Casamento em Crise

Um conto erótico de O Carteiro
Categoria: Heterossexual
Contém 2207 palavras
Data: 07/12/2013 04:56:37

Na adolescência é comum fazermos besteiras e fantasiarmos os resultados de algumas delas e só na hora do pagar para ver é que a verdade previsível se impõe.

Mas estávamos maduros, casados, felizes e nosso casamento estava em crise porque com a rotina instalada meu orgasmo passou a falhar. Isso estava deixando meu marido tão abalado que ele chegou, chorando, a me propor e liberar para uma aventura extraconjugal. Em seguida me implorou que eu não o trocasse por um eventual amante. A coisa estava séria.

Estas foram as circunstâncias que me fizeram aceitar sua última e acanhada proposta. Num banner de um site qualquer um anúncio: “Aulas práticas e domiciliares de massagem para casais da área metropolitana do Rio de Janeiro em três sessões de duas horas por dois salários mínimos”.

O preço, apesar de ser absurdo, deu credibilidade ao anúncio. Aceitei e meu marido clicou no anúncio e enviou seu e-mail. Recebemos, no dia seguinte, instruções detalhadas sobre produtos a serem adquiridos. Óleos, oleado, lençol usado limpo, pilhas. Ao final a recomendação que as aulas não poderiam ser gravadas ou fotografadas e que não haveria qualquer envolvimento emocional ou sexual. Fiquei ainda mais aliviada, exceto pelas ressalvas: o casal participará sem qualquer roupa; sinal de um salário mínimo e na terceira e última aula pagamento antecipado em dinheiro de um salário mínimo. Não haveria devolução, em nenhuma hipótese, do sinal.

Marcamos para um final de semana, como era recomendado. Sexta-feira, 20h em ponto, Paulo toca a campainha, Alfredo o recebe e sentamos os três na sala. Ofereço uma bebida e ele questiona que bebida me deixa mais leve com facilidade. Confesso que basta um licor de laranja antes de qualquer bebida que logo estou alegre e desinibida. Ele repete a pergunta ao meu marido e ele afirma que pode alternar entre vinho e o licor que eu sugeri que também ele fica suscetível ao efeito. Então ele pede um refrigerante e recomenda que bebamos vinho e licor e pede que a televisão seja substituída por música romântica. Eu gostei da abordagem.

As 21h eu estava dançando com meu marido por estímulo de Paulo e ele pede que nos livrássemos aos poucos de nossas roupas e que nos estimulássemos sexualmente apenas com carícias e beijos.

Já estávamos nus e eu excitada quando seguimos para nosso quarto. Cama arrumada com o plástico protegendo o colchão e um lençol antigo por cima. Para minha surpresa ele faz meu marido deitar, me ensina a escolher e espalhar os óleos e massageá-lo. Ele fazia e eu repetia. Ele me ensinou a massagear o pênis de Alfredo, que já estava ereto, sem qualquer afetação ou hesitação. Quando apliquei as técnicas fixando os ensinamentos meu marido ejaculou e me senti ainda mais excitada e orgulhosa.

Levei nosso professor até a porta enquanto Alfredo se limpava. Paulo, sem qualquer constrangimento, ao chegar à porta, me abraçou nua, acariciou minhas costas, me elogiou e beijo minha face, um lado de cada vez.

Mas era eu que estava com problemas e nem naquela noite consegui alcançar o orgasmo. Estava mais úmida que nunca, extremamente excitada e Alfredo, mesmo na segunda vez, ejacula. Não conseguiu segurar sua ereção a ponto de provocar meu orgasmo. Dormi chorando.

O ritual se repetiu no dia seguinte. O professor consumiu apenas refrigerante e eu e meu marido usamos a bebida alcóolica apenas para desinibir. Desta vez, durante a dança, fomos interrompidos algumas vezes com o professor ensinando a mim e a Alfredo práticas de como pegar nossos corpos, como colar meu corpo ao dele, como ocasionalmente ele tocar um de meus seios ou apertar minha bunda ou roçar sua ereção em minha pélvis. A mim cabia palavras de estímulo obscenas sussurradas ao ouvido, mordidas, toques co meu corpo no pênis de meu marido. Durante essas demonstrações ele por vezes assumia meu corpo nu e a mão de Paulo percorria meu corpo excitando-me profundamente enquanto ele permanecia inalterado, nem sua ereção conseguiu perceber.

O manequim naquela noite seria eu. Paulo ensinou ao Alfredo que mulher era diferente de homem e que durante a aula eu teria mais de um orgasmo. Cheguei a rir. Tinha mais de um mês que eu não gozava e Paulo afirmava que na próxima hora eu gozaria mais de uma vez.

Ele foi ensinando cada toque especial em cada área massageada. Alfredo disputava com ele na busca dos mesmos arrepios. Meu corpo se arrepiava ao ser tocado por um homem estranho. Afinal meu corpo só fora tocado por Alfredo até aquele dia.

Acabada a primeira fase ele informou a Alfredo que me faria gozar mecanicamente. Pegou em sua pasta, pela primeira vez usada, um pequeno e fino vibrador e um vibrador torto com uma ponta arredondada e um pino no meio.

Vamos ao gozo mecânico usando o estímulo direto do clitóris. Ligou o pequeno vibrador fino e o fez passear por toda minha vagina massageando os pequenos e grandes lábios, a portinha da vagina e fazendo Alfredo repetir suas manobras. Anunciou que o vibrador seria usado no clitóris diretamente. Paulo deixou o vibrador na mão de Alfredo e foi guiando a mão dele fazendo aquele zumbidor mínimo tocar ao redor do clitóris e de repente ele aplicou na pontinha do grêlo e senti dois dedos me penetrarem, entrar, me sacudir inteira, sair, tornar a entrar,..., sair e tornar a entrar e eu perdi o controle me arrepiando completamente e gemendo e tentando controlar meus gritos que tendiam a ser audíveis por toda vizinhança durante o delicioso orgasmo que há muito eu não experimentava. Prefiro nem pensar de quem eram os dedos que entraram em mim, preferi não perguntar a única testemunha, meu marido. Só sei que gozei como uma babaca adolescente conhecendo o sexo.

Eu não existia. Paulo só falava com seu aplicado aluno Alfredo, eu era uma simples marionete. Lá estava eu, relaxada na cama, ainda com um tremor leve percorrendo meu corpo, Paulo apresenta a Alfredo o massageador de ponto “g” e ligou, foi enfiando aquilo em mim orientando a Alfredo a arreganhar bem minhas pernas. Disse que depois que ele localizasse meu ponto “g” – o que era simples – ele o alcançaria independente das minhas posições. Foi incrível ver meu marido arreganhando minhas pernas moles e trêmulas para outro homem enfiar em mim outro vibrador. Meu corpo pulou de repente e com o pulo ele perdeu o local e logo achou novamente só que mais uma vez senti meu corpo pular involuntariamente. Ele pegou a mão de Alfredo e o ensinou a chegar ao danado pontinho que eu não acreditava existir. Quando Alfredo aprendeu a encontra-lo Paulo pediu que ele sentasse apoiando minhas costas, mantivesse minhas pernas arreganhadas e não me deixasse fugir que ele iria ensinar a capacidade máxima daquele brinquedinho.

Foi um deus nos acuda. Eu deitada com as costas apoiadas ao peito de meu marido, suas pernas ao meu redor contendo meus movimentos, minhas pernas erguidas e arreganhadas por ele e outro homem, com o vibrador ligado, tem acesso a minha vagina. Aquilo vibrando quando toca meu ponto “g” meu corpo se esforça tentando fugir do intenso prazer enquanto descubro que a rebarba externa serve para agredir meu clitóris com eco da vibração interna e perco a visão estremecendo em pequenos e involuntários tremores e meu gozo mais uma vez me toma. Eu babo, balbucio, não tenho fôlego sequer para gemer ou gritar. Minhas unhas estão cravadas nos braços de meu marido e aquela deliciosa agonia não passa. Praticamente em convulsão meu corpo inteiro está estremecendo involuntariamente meus braços largaram meu marido e se quedaram inertes e pela primeira vez na vida eu peço arrego com um fio de voz:

- Para, por favor, para.

No sábado eu queria muito levar Alfredo à porta para receber seu abraço e seus beijos na face, mas estou praticamente desfalecida e meu olhar agradecido segue nosso guru que nos abandona.

Meu marido volta como quem à beira da morte encontra um oásis no deserto. Estou inerte, largada nua na cama, incapaz de me defender e sinto um travesseiro erguer meus quadris e recebo meu marido guloso e tão saboroso que logo estou gozando intensamente com ele. Foi delicioso gozarmos em sincronia e em plena cumplicidade.

No domingo não quisemos perder tempo com bebidas ou dança, recebemos Paulo, já livres de nossas roupas, e fomos imediatamente para a cama. Meu marido pagou a quantia estipulada dando o necessário toque de profissionalismo nos liberando de culpas.

Fizemos uma breve revisão do aprendido com a supervisão de Paulo e parabenizei meu marido que até na simples massagem relaxante atuou com competência. Paulo nos ensinou palavras chaves: mais forte, devagar agora, está difícil, pega aqui, vamos mudar. Nós conversávamos durante o sexo, mas ele ensinou que as palavras deviam ter o mesmo significado para os dois, pelo menos um grupo delas.

Passou a ensinar pequenos truques sobre uso da boca, lábios, língua – quem diria que eu ainda tinha algo a aprender – nós usávamos alguns movimentos, mas, pelo menos eu, usava intuitivamente sem saber efetivamente o que provocava nele. E eu que pensava que tínhamos um bom dialogo sobre sexo, estava descobrindo que brincávamos de sexo sem nunca conversar a sério sobre o tema e sobre nossa relação.

A aula estava terminando e ele me colocou deitada para ensinar ao Alfredo a otimização do uso dos dois dedos. Explicou que ele não deveria usar isso a miúdo. Mas também não deveria deixar de usar se eu em algum momento apresentasse dificuldade de chegar ao orgasmo.

Ele apoiou uma das mãos aberta pressionando levemente meu abdômen. A outra mão foi direto na minha vagina. Ele mostrou ao Alfredo o dedo mindinho afastado, os dedos anelar e médio bem colados, o indicador também afastado. Enfiou em mim, sem ao menos pedir licença, os dois dedos centrais apontando para meu umbigo e pressionando levemente contra a palma da mão, acomodou os outros dois em minha virilha apontando para a cama ficando a mão dobrada em um "u" estreito com sua palma colada em minha vagina e disse ao Alfredo para fazer uma leve pressão dos dedos internos sobre a palma. Sua mão vibrava intensamente. Parecia que os dedos estavam fixos, isto é, não entravam nem saiam, mas friccionavam meu interior na mesma intensidade que sua palma friccionava minha vulva. No inicio cheguei a rir lembrando a fricção que se faz passando pomada anti-inflamatória em pancadas na perna, era isso que ele estava fazendo, mas eu não esperava que toda região experimentasse calor tão intenso que me tiraria a consciência. A agonia tomou meu corpo e minha mente, o arrepio tomou todo meu corpo, aquilo estava mais intenso do que eu podia suportar. Meu corpo estremecia, eu agarrei as mãos de Paulo, era urgente parar aquela agonia que parecia provocar curto circuito em meus nervos e sem noção do que se passava ao meu redor entrei em frenesi gozando intensamente – o gozo mais rápido e intenso que eu já experimentara. Quando voltei a minha razão soube por Alfredo que eu me urinara toda e mesmo depois que Paulo abandonou meu corpo se afastando eu continuei estremecendo, me arrepiando, gozando e expelindo pequenos jatos de urina que chegaram a alcançar a parede que estava molhada. Quis ter vergonha, mas meu corpo estava satisfeito e realizado, se aquele era o preço, foda-se. Eu queria experimentar tudo outra vez.

Era a vez de Alfredo treinar e ele mal começava a friccionar interna e externamente minha vagina eu entrava em gozo frenético, arrancava a mão dele de dentro de mim enquanto liberava jatos de urina. Quando eu amansava Alfredo insistia e eu queria mais, é viciante, e novamente perdia meu controle muscular e em orgasmo intenso afastava Alfredo com força descomunal enquanto jatos de urina anunciavam os curtos circuitos de meus nervos em êxtase.

Aquele era o clímax que anunciava o fim do nosso caro curso e que eu pagaria por todo ele outra vez sem reclamar de nada. Só que Alfredo despedia-se, desta vez o casal estava com ele a caminha da porta. Ele informa sobre seu curso avançado, em local onde pudéssemos fazer ruídos sem acanhamentos, por um final de semana. Preço: cinco salários mínimos. Detalhe: com relação sexual dele comigo e de sua assistente (e esposa) com Alfredo, usando camisinhas.

Quando os cumprimentos iam acontecer, já quase me abraçando, Paulo pede água a Alfredo e me abraça. Enquanto Alfredo sem estranhar nada segue para a cozinha recebo um delicioso beijo na boca que retribuo enquanto meu clitóris é manipulado (eu e Alfredo ainda estamos nus) me deixando ardendo de desejo de gozar com aquele homem dentro de mim.

Sei que Alfredo para gastar num só mês dez salários mínimos entre honorários e despesas vai ficar endividado. Mas eu quero, eu preciso e não sei como vou pedir isso a ele.

Não sou mais adolescente, mas sonho com a aventura proposta que nos deixará, certamente, abalados e endividados. Depois de fazer sexo de fato com outro homem não sei se vou me conformar em não continuar experimentando. Uma coisa agora eu sei, em matéria de sexo nada como outros parceiros para aprendermos novas lições.

Toca de Lobo

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Comentários

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Ai nossa que aprendizagem gostosa. Otimo conto :)

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Querida! Muito didático sua aula Gostei, mas ficou caro em termos financeiros. Há muitos casais de confiança de que podem ajudá-los sem o compromisso em dinheiro e emocional. Gostei de seu conto e de Alfredo.

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