Um amor duplamente proibido (parte 87)

Um conto erótico de H. C.
Categoria: Homossexual
Contém 793 palavras
Data: 29/12/2013 11:27:31

Mais um...

ParteLeopoldo assume a narrativa. O tempo passa a ser contado do momento em que o Rafael levanta vôo (...)

Nunca me acostumarei com aquele garoto. Quando ele chegou com as asas, de um lado negro e outro branco, mesmo com os olhos encobertos pelos óculos, eu podia perceber a preocupação em seu rosto, algo normal. Todavia quando lhe disse que a bicicleta não era minha, seu tom mudou severamente.

Percebo, agora, que a bicicleta é do Lucas e consigo encaixa as peças, mas naquele momento eu só consegui sentir medo, dor, sofrimento, escuridão. Aquele grito me aterrorizou, o terremoto, o escuro que as nuvens produziam por estarem tão densas que nem um raio de sol penetrava e, principalmente, quando as assas passaram a ficar ambas escuras, um negrume intenso e profundo.

Meu corpo e minha mente ainda estavam intensamente abalados com o terror que o Rafael exalava, mas levantei e levei a bicicleta para a delegacia. Decidi que iria de carro para a casa do Lucas, saber mais da situação e contar o que eu sabia, quer dizer, excluindo as partes “incomuns”.

Maria assume a narrativa. O tempo passa a ser contado a partir do momento em que o delegado Leopoldo bate na porta e Maria vai atender (...)

Leopoldo – Olá. Preciso conversar com você e seu marido, receio ter más noticias de seu filho.

Ao ouvir aquilo meu coração de mãe ficou desesperado. Mandei que sentasse em uma poltrona na sala, eu fiquei em outra com o João e o Leopoldo começou a despejar.

Leopoldo – encontrei uma bicicleta no parque. Primeiro pensei que fosse de alguém que foi até as arvores fazer xixi ou algo assim, todavia o Parque estava deserto e não apareceu ninguém lá por um bom tempo, ai o Rafael me disse que o Lucas havia ido passear lá. Acontece que dei uma checada na bicicleta e encontrei o nome do Lucas gravado nela.

Eu – então meu filho foi outra vítima – não podia conter as lágrimas que se seguiram.

Leopoldo – calma dona Maria. Não encontrei nem um corpo no Local e minha equipe de pericia já está em busca de provas, ele pode estar vivo ainda.

João – e o Rafael, porque ele não voltou para cá?

Leopoldo – Ele ficou furioso, e saio para procurar pelo Lucas. Agora penso que ele tem alguma ideia de onde ele esta – ele falou, mas na sua voz se escondia alguma inverdade, tinha certeza, eu possuía vasta experiência em mentiras.

O Dr. Leopoldo ainda nos deu mais esperanças antes de sair. Eu deixei meu marido na sala, dizendo que precisava ficar um pouco sozinha. Meu filho estava em perigo, agora eu tinha certeza, não pouparia esforços em encontrá-lo. Para tanto me utilizaria de quaisquer modos que eu conhecesse, eu posso ser velha, mas ainda sei fazer meu antigo trabalho. É como andar de bicicleta, nunca esquecemos.

Rafael assume a narrativa. O tempo passa a ser contado do momento em que ele começa a voar em direção a sua casa (...)

Tudo estava escuro novamente, o ódio fazia meu sangue ferver e um poder formidável corria por mim. Eu iria encontrar o Lucas e ia espedaçar aquele monstro, o faia sofrer tanto que desejará morrer. Mesmo com todo o ódio, a dor em meu peito era forte e lagrimas escorriam por meu rosto, pingando ao longo do caminho até em casa.

Ao chegar fui diretamente para a biblioteca, procuraria um feitiço ou técnica, um meio de rastrear a criatura. Pois imaginei, em meu desespero e devaneios, que o monstro era um animal e como todo o animal podia ser rastreado.

Passei cerca de uma hora e finalmente encontrei um feitiço que poderia rastrear o monstro. Era algo complicado, mas, diferente da outra vez, eu não sentia o Lucas, sabia que ele estava vivo e sabia que estava em perigo, porém algo o escondia de mim. Preparei os ingredientes para feitiço do melhor jeito que pude, mas eu não podia ficar tentando o dia inteiro.

O feitiço tinha um limite de espaço de busca, quer dizer, só funcionaria se o mostro estivesse a um raio máximo de três quilômetros. Um dos ingredientes que eram usados eu tinha uma pequena porção, para extrair da planta da estufa e fazer as devidas transformações levarias dias e eu não tinha esse tempo, então minha pontaria deveria ser precisa.

Onde lançar o encanto? Na cidade, e que parte, pelo que sei a estringa atacou em tantas regiões diferentes que é difícil saber. A raiva subiu pelo meu corpo, eu não podia errar caso contrário perderia minha razão de viver. Meu celular tocou. Não queria atender, mas poderia ser alguma coisa sobre o Lucas. Olhei no visor, era a mãe do meu amado. O que será que ela queria?

(...)

Continua...

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive H. C. a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

posta logo muto ansioso, ótimo conto.

0 0