A descoberta do verdadeiro amor - Cap. 10

Um conto erótico de Léo
Categoria: Homossexual
Contém 1904 palavras
Data: 27/12/2013 00:18:31
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

Demorei mais de uma hora na ducha. Vez ou outra eu notei a presença dele no quarto me observando por trás da fresta da porta. Adorava aquilo. Ficava provocando ele colocando a minha mão no meio das pernas e me ensaboando com o sabonete de uma forma bem sexy. Ele saiu do quarto porque o telefone estava tocando na sala. Já nem estava pensando mais nele quando percebi ele batendo na porta:

- Léo sua mãe no telefone. – ele disse me olhando fixamente meio que espantado.

- Ah... diz pra ela que eu ligo em cinco minutos, que to tomando banho!

- Ta – ele saiu mas antes me deu mais uma olhada. Não sei o que ele tanto olhava porque eu estava na banheira, logo o que ele via era só meu rosto e da minha cintura para cima... mas tudo bem.

Sai do banho me enrolei numa toalha e me vesti no quarto dos pais dele. Coloquei uma calca de moletom e uma camiseta. Não coloquei cueca naquele dia porque não gosto de usar moletom com cueca alem do que é bem mais sexy ficar sem.

Desci pra sala e o Dani estava vendo televisão. A maioria das ruas do centro de São Paulo estavam inundadas. Liguei la em casa falei com a minha mãe e depois fui pra cozinha pra comer alguma coisa. Depois da aventura que vivi naquele dia estava faminto. Preparei algo e voltei pra sala e fiquei assistindo televisão com ele. Por volta das dez a gente subiu para o quarto e foi fazer lição de casa.

Terminamos os deveres já era quase uma da manha, fomos dormir. Aquela mesma coisa dos outros dias. Deitamos na cama dos pais dele cada um de um lado e ficamos de bruços aquela noite. Meu rosto estava muito próximo do rosto dele, tanto ele sentia minha respiração quanto eu sentia a dele.

Ficamos naquilo ate adormecermos. Só levantamos no outro dia bem cedo pra ir pra escola.

Aquela situação já estava ficando monótona. Todo dia a mesma coisa e todo dia nem ele nem eu tomávamos atitude pra fazer alguma coisa. Mas mal sabia eu que a primeira coisa a acontecer estava bem próximo...

A aula daquele dia foi bem calma e não teve nenhuma novidade. A não ser a novidade de que a nossa professora de geografia estava de licença... quando recebemos a noticia foi uma festa enorme, a sala inteira deu graças a Deus pelo acontecido e estavam todos felizes.

Quando saímos do colégio eu nem fui pra casa do Dani, segui direto pra casa da Claudia. Dessa vez fui mais esperto, por receio de pegar outra tempestade eu fui de ônibus por que era mais seguro. Nunca se sabe quando vai cair uma tempestade não é? Cheguei na casa dela ela estava no quarto trancada. Abriu a porta só para mim. Entrei e fui recebido com o maior abraço que alguém já tinha dado em mim!

- Lééééééééo... – ela disse isso e caiu em lagrimas.

- Que foi Claudinha? O que aconteceu? – eu já tava todo preocupado com a menina e ela ainda começa a chorar.

- Vêm Léo, senta aqui, a gente precisa conversar!

Eu entrei e sentei numa poltrona que tinha do lado da cama dela. Esperei ela se acalmar e só então eu recebi a noticia que fez com que o meu dia ficasse péssimo.

- Agora que você ta mais calma conta, o que aconteceu?

- Eu... – ela disse ainda tremula – eu não sei nem o que dizer...

- A verdade. Sou seu amigo e eu vou te ajudar.

- Ainda não contei pra ninguém! – ela começou a chorar de novo...

- Ai eu to quase louco de preocupação, da pra você falar logo? – ate me estressei com a coitada da menina. – Você não vai a escola tem uma semana quase, não conta nada pelo telefone... Anda fala logo de uma vez!

- EU TO GRAVIDA! – ela caiu no travesseiro e chorou descontroladamente.

- O quê? – eu fiquei em choque, sem voz, sem reação...

- É isso que você ouviu! Eu to grávida! E eu não faço idéia do que eu vou fazer! – o choro dela era tamanho que eu também comecei a chorar.

No meio daquele desespero dela eu entendi a situação e abracei ela forte. Acalmei ela bastante e só depois continuamos a conversar...

Já tinha ate perdido a fome. Parecia que eu estava caindo de um precipício tamanha as batidas do meu coração e meu estomago parecia que estava preso em um iceberg de tão gelado.

A gente continuou abraçado e eu fui fazendo carinho no rosto dela dizendo que eu ia ajuda-la mas que antes ela tinha que me explicar o que aconteceu. Foi então que ela se acalmou um pouco mais e contou a historia:

- Bom... Ah... Você já sabe que eu e o Dani transamos...

- Sei sei sim... – ate aquele momento não tinha percebido que o filho provavelmente poderia ser do meu amor secreto.

- Então, não preciso dizer mais nada preciso? – começou a chorar de novo.

Meu mundo caiu. O meu amor, o meu amor secreto, o garoto por quem eu estava apaixonado ia ser pai! E ainda por cima a mãe era a minha amiga! Fiquei desolado, me deu vontade de chorar, chorar muito! Como aquilo poderia estar acontecendo? Por que eu tinha me apaixonado por um homem? Por que comigo?

Todos os questionamentos vieram de uma única vez, tudo, desde o inicio... apesar de não entender os meus sentimentos, de não compreender o por quê daquela situação eu já estava conformado em ser gay, já tinha assumido para mim mesmo a minha opção. Opção que não foi escolhida, mas que mesmo com tantas duvidas foi aceita!

Saindo de meus pensamentos vi que a Claudia estava me sacudindo e despertando volto ao assunto:

- O que você pretende fazer?

- Não sei. Pensei seriamente em tirar!

- Tirar? Mas você tem certeza?

- Não sei Léo! Ficar com ele eu não posso! E nem quero!

- Por quê?

- Você ainda pergunta? Eu sou muito nova para ser mãe, não tenho o pai do bebe ao meu lado, meus pais iam me expulsar de casa... quer mais alguma coisa ou só isso ta bom?

- Nossa não precisa ficar assim...

- Desculpa Léo, mas é que eu não to numa situação legal! Você sabe como é...

- Sei!

- Bom o que você me aconselha a fazer?

- Primeiro, procura o Dani e fala pra ele! Segundo coloca as cartas na mesa com sua família. Terceiro procura auxilio medico e vê se ta tudo bem com você e com o bebe. Quarto não tire esse filho. Quinto assuma seu erro e sua responsabilidade. Sexto lute e consiga ter esse bebe!

- Nossa! Você é curto e grosso mesmo!

- Você pediu a minha opinião, ai esta ela!

- Ai, ai, sinceramente não sei o que eu faço. Não quero ter esse filho! Sei que eu errei e sei que vou pagar pra sempre por esse erro. O que eu e o Daniel tivemos não passou de um caso. Concordo que sempre tive uma quedinha por ele e tudo o mais, porem jamais queria ter engravidado dele e não quero ter esse filho!

- Então você prefere tirar a vida de um inocente que não pediu para ser feito a assumir a sua responsabilidade?

- Se for ver por esse lado eu prefiro sim! Léo, eu tenho dezesseis anos, sou muito jovem para ser mãe! Eu vou entrar na faculdade ano que vem, é meu sonho! Você acha que vou deixar de estudar de ter um futuro promissor para cuidar de um moleque chorão?

- Bom Claudia, é uma pena que você pense assim! Quem transou sem se prevenir foi você meu anjo! Quem errou foi você! Tivesse pensado nisso antes de transar sem camisinha!

- Ah agora a culpa é só minha né?

- Não, a culpa é tanto sua quanto dele – me veio na cabeça a imagem dele transando com ela sem camisinha e isso me deu um aperto no coração – Agora quem errou que assuma o erro. Essa é a minha opinião!

- Sinceramente Léo, eu estou sem rumo! Eu não sei o que fazer!

- De quanto tempo é essa gravidez?

- Pouco mais de um mês.

- Olha Claudia, conversa com o Dani e vê a reação dele. O melhor no momento a se fazer e conversarem e verem o que os dois querem dessa situação. Independente da minha opinião o que vocês decidirem eu apoio. Mas pensa! Essa criança não pediu para ser feita!

- Ai será que eu devo falar pra ele?

- Lógico, não tenha duvidas!

- Ai mais eu tenho medo da reação dele...

- A reação dele não vai ser boa isso eu te garanto, mas você tem que falar, não adianta você esconder a verdade dele né?

- Ah não sei se vou falar não!

- Se você não contar eu conto!

- Então conta!

- Tem certeza?

- Absoluta!

- Então eu conto mesmo!

A gente não falou mais nada, simplesmente dei outro abraço nela e ela novamente caiu em pranto. Parecia realmente que não sabia o que fazer! Mas apesar da circunstancia, mesmo ela sendo a minha amiga eu não pude deixar de sentir uma certa raiva dela, afinal ela estava esperando um filho do homem que eu amava, mesmo que ninguém soubesse disso.

Voltei para a casa dele a pé aquele dia. Poderia chover duas vezes o tanto do dia anterior que eu não ligaria. Acho que eu tava ate pior que a Claudia. O Daniel o menino que eu estava gostando ia ter um filho com a minha amiga! Como isso?

Acho que demorei mais de uma hora pra chegar na casa dele. Fiquei pensando em tudo que estava acontecendo desde o inicio. De como eu comecei a gostar dele, de como ele é lindo, de como eu terminei com a Fabíola, pensei muito nela também... enfim, tudo rondava a minha cabeça...

Cheguei na casa dele e ele estava deitado no sofá assistindo televisão. Trajava somente uma bermuda azul, o cabelo bagunçado e molhado... tão lindo! Fiquei olhando pra ele um certo tempo até que ele percebeu que eu estava o observando.

- Ah moleque, já chegou! Vêm aqui cara, senta aê... conta como foi la com a Claudinha?

Eu fiquei olhando pra ele mais um pouco. Depois de alguns instantes pensando não sei em que eu sentei do lado dele.

- Ah... Bom, foi surpreendente!!

- Ah é? Por quê?

- Ah Dani, mas tarde a gente conversa ta bom? Eu vo subir pra tomar banho e comer alguma coisa pode ser?

- Claro Léo, já disse que a casa é sua cara...

- Valeu. Ate mais tarde então.

Eu subi e fui para o chuveiro do banheiro do corredor mesmo. Tranquei a porta com a chave dessa vez para me certificar de que ele não iria me observar. Aquele dia eu não estava afim de nada... Não daquele jeito que eu estava. Tirei a roupa e fui pra de baixo do chuveiro. Uma água morna e refrescante. A única ação que eu tive foi o choro. As lagrimas caiam dos meus olhos uma seguida da outra, era estranho, mas era realmente um alivio!

Me demorei bastante aquele dia. Fiquei mais de meia hora só pensando, só depois me ensaboei e fiz os procedimentos que se fazem em um banho. Sai da ducha me vesti e fiquei no quarto, deitei e acabei dormindo. Nem me lembro se sonhei ou não, só sei que foi um sono muito bom, um sono profundo e bem relaxante.

Votem e Comentem.

Pessoal me perdoem pela demora ? Amanhã posto mais ok !

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Comentários

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Nossa que situação complicada. Demais o conto.

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