Juntando os Pedaços - Família: Sou lésbica

Um conto erótico de Liahbook
Categoria: Homossexual
Contém 896 palavras
Data: 13/11/2013 20:08:40

Um ano se passou desde que eu sai de casa e fui para a cidade. Minha família juntou dinheiro para vir me visitar, passar as festas de fim de ano comigo.

Daiana e eu estavamos praticamente morando juntas, fora meu horário de trabalho, ao chegar em casa ela estava esperando por mim de um jeito a me deixar completamente louca de tesão.

Nesse dia em questão eu iria chegar mais cedo, Daiana foi para minha casa depois de sua aula na faculdade, trouxe o jantar, ficando à minha espera, vestida somente com uma gravata e calcinha.

Sentada no sofá lendo uma revista ela ouviu batidas na porta, pensou que eu houvesse esquecido a chave, abriu a porta sorrindo, se deparou com minha família.

- Nos adescurpa, axu que erramu de casa. - Falou mamãe.

Segundo o que soube depois, os homens da família não tiravam os olhos do corpo de Daiana.

- Quê vocês estão procurando?

- Franciele. Viemu do inteerior. Samu a família dela.

Daiana ficou branca, fechou a porta. Se vestiu rápido, então abriu a porta para eles entrarem.

- Ela mora aqui sim, entrem. Fiquem à vontade, vou fazer uma ligação.

Estava fechando o parque quando meu celular tocou, o nome amor me fez atender de imediato.

- Boa noite, amor. Não aguentou a saudade? - Sorri.

- Sua família tá aqui na sua casa. Eles chegaram e me pegaram praticamente pelada aqui. Vem logo, mas se prepara que é hoje que fudeu tudo! No sentido ruim da palavra.

Nem pude responder ouvi o tum tum tum, desligou. Uma coisa que admiro nela, mas as vezes irrita é ser tão objetiva. Me diz uma coisa daquelas e desliga.

.

- Minha fia!

Mamãe foi a primeira a me abraçar, depois os irmão, meu pai ficou sentado onde estava. Pelo pouco que o conhecia estava furioso.

- Pai, não vai me dar um abraço?

- Não. Quenhe é essa desavergonhada que tava quasi pelada na sua casa, hein?

- Pai, calma. Daiana não é nenhuma desavergonhada, ela estava normal para esperar a namorada dela.

- Não, mana.

Um dos meus irmãos esbravejou.

Meu pai quis vir para cima de mim, Daiana o segurou.

- O senhor não é nem louco de bater na minha mulher na minha frente.

Daiana empurrou meu pai de volta no sofá, meus irmão vieram cercando ela.

- Calma, vocês todos. - Gritei.

- Eu não te criei pra isso.

Meu pai falou com nojo.

- Para o quê, pai?

- Pra se torna uma indecente. Você merece uma boa surra pra tomar vergonha na cara e para de ce instrumento do Diabo.

- Daiana por favor, vá para casa. Tenho que conversar com minha família.

- Mas amor se eles quiserem te agredir eu estando aqui te ajudo a se defender.

- Ei, calma, não vai acontecer nada, está bem? Faz isso por mim, ok?! Eu me entendo com eles.

- Tá bom amor, me liga depois.

Me deu um selinho e saiu.

Todos olharam com nojo.

- Vou tomar um banho, estou cansada, trabalhei o dia todo. Depois conversamos.

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Do banheiro podia escutar a discussão na sala, meu pai e meus irmão achando que a culpa por ter me tornado essa aberração foi porque eu vim para a cidade, que o certo mesmo era eles me levar logo para o campo e me casar com um fulano (nem lembro mais o nome, só sei que na época o homem tinha umas terras e umas cabeças de gados) bom partido. Indo com eles eu voltaria para os eixos.

Engraçado eles estavam decidindo minha vida como se eu não fosse capaz de decidir por mim mesma. Iria doer muito em mim ter que responder mal meus pais, mas eu não ia sair dali logo agora que estava tudo dando certo em minha vida.

Quando cheguei morava na favela, hoje aluguei uma casa melhor, estava para ser promovida no emprego, também pensava seriamente em aceitar o pedido de Daiana para nós morarmos juntas.

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- Filha, vorta co noisi po sítio? Seu luga nué aqui co essa genti qui tá te levanu pu mal caminho.

- Pai, deixa eu te esclarecer uma coisa, eu vim para cá para ter uma vida melhor. Graças à Deus e à muito trabalho, eu nunca mai passei fome. Olhe para mim estou até com uma barriguinha. A Daiana é minha namorada e eu vou morar com ela. No futuro nós vamos nos casar e quem sabe ter filhos.

- Isso é um absurdo, Franciele!

- Não é não. Vou te dizer o que é um absurdo... Absurdo seria e ir com vocês, casar com um homem que eu não conheço só porque ele pode me sustentar, ter um monte de filhos que no futuro não saberei se poderei sustentar, esquecer que tenho cérebro e sempre dizer amém à tudo que meu marido dizer que é certo, viver uma vida infeliz, mas se contentar com o pouco que tem. Me desculpa, mas não quero me tornar você.

Senti a mão pesada no meu rosto. Admito, mereci aquele tapa, porém disse a verdade.

- Pegue as malas meninos, vamu vorta pa casa. Ocê esquece que tem pai. Mior, esquece qui ocê tem famia. Vambora genti.

Aquela foi a última vez que vi minha família, até acontecer o acidente com Daiana.

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Pessoal desculpa a demora para postar é que eu estou com problemas de adaptação com meu óculos de grau novo e estou sentindo dor na mão, está ruim para digitar. Espero voltar em breve com a continuação, BJS

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Comentários

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Oh fia mioras pa oce...,kkkk

Brincadeirinha de leitora fã dos teus...

Demora nao

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Mais um conto lindo demaiscontinuabjs

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Eitaa, volta logo que eu to curiosa mulher :)

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Melhoras a ty :) continua continua

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Tudo bem pow..o importe é seu bem estar primeiro...bjos bjos

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Nossa que barra, ela doida pra fazer a surpresa e acontece isso!!

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