Amor de Felipe Cap.6

Um conto erótico de amor de felipe
Categoria: Homossexual
Contém 956 palavras
Data: 05/11/2013 03:42:45

Cap. 6

- O que houve, fale logo...- falei, já preocupado

- É a Dona Judith

- O quê houve com ela

- Bem, ela foi atropelada, e morreu.

Eu não consegui mais escutar. A única reação que eu tive foi começar a chorar, e chamar o Jorge.

- O quê você quer..

- A mamãe morreu- falei

- Como assim

- A MAMÃE MORREU CARALHO...

- Como, do quê você está falando- e pegou o telefone que estava na minha mão, e começou a ouvir tudo o que falou a moça, até que ele, se encostou na parede, e começou a chorar. Até que Leo saiu do banheiro.

- O quê houve- falou Leo

- Você vai ter que ser forte filho- falou Jorge

- O quê houve

- A mamãe morreu, a mamãe morreu- falei, indo pra abraça-lo

- Não, não pode ser, naaaooooooo- falou ele, me agarrando cada vez mais.

DEPOIS DE 1,5 DIA

- Meus pêsames- falou um dos meu melhores amigos, pra mim, me cumprimentando, no velório.

Aquele tempo em que se passou, estava sendo um dos piores pra mim. Eu nunca senti tanta angústia na minha vida. Imagine a falta que minha mãe faria, agora era apenas eu, Leo e Deus. Não tinha mais apoio em ninguém. A única pessoa que nos apoiava, agora estava no reino dos céus.

UM TEMPO DEPOIS

- Porqueeeeeeeee Deuuuuussssssssss- gritava eu, enquanto corria descontroladamente, numa praia- porque você a levou, eu precisava tanto dela- falava, quando era encontrado pelos braços de Leo.

- Calma, Felipe- falou ele, enquanto me confortava em seus braços

ALGUNS DIAS SE PASSARAM

- Quero você fora daqui- falava pra Jorge

- Você não pode me expulsar- retrucou

- Lógico que posso, a casa agora é minha e do Leo, só nossa. Você vai embora. Eu não quero você dizendo mais lorotas pro meu amor. Fora Jorge- falei, enquanto jogava suas coisas pra fora, da janela.

MAIS DIAS SE PASSAM

- Hoje papai me ligou- falou ele, enquanto comíamos naquela cozinha enorme e vazia

- E o que ele falou

- Eu não vou nem dizer. Ele anda me deixando cada vez mais pra baixo Felipe, eu já não aguento mais ouvi-lo dizer que sou uma aberração, eu não escolhi ser assim.

- Eu sei Leozinho, não liga pra isso. Você não é aberração- falei beijando seu rosto, e o enchendo cada vez mais de carinho, até que o clima esquentou mais, e acabamos transando no quarto.

ALGUM TEMPO DEPOIS

- Leo, olha pra mim- falei, depois de ver um frasco de remédios no chão- você tomou isso, responde

- Não, eu não tomei

- Ah, que bom, porque você quis fazer isso, eu não iria aguentar viver sem você, de jeito nenhum, nunca mais faça isso- falei o abraçando

- Eu não aguento mais, ouvir todo mundo me dizendo, que eu sou errado, que eu tenho que ser curado, não aguento mais.

AINDA NO MESMO DIA

- Alô- falou Jorge do outro lado da linha

- Você sabia que seu filho acabou de tentar se suicidar- falei na cara mesmo

- COMO É QUE É- falou ele espantado no outro lado da linha

- O que foi que eu te falei Jorge, você não para de encher a cabeça dele de coisas, ele não aguenta mais. Ele está preferindo morrer, do que continuar a escutar isso, e eu só te digo uma coisa, se o Leo morrer por tua culpa, eu mesmo te encaminho pro inferno- falei, desligando a ligação.

Desde esse dia, passei a vigiá-lo muito bem. Quase nunca o deixava sozinho, estava com muito medo de ele tentar suicídio novamente. O levei a um psicólogo, mas não pra “curá-lo”, e sim pra ver se ele se sentia melhor. Até que ele melhorou, mas o “diabo 2”, não o deixou em paz.

NARRAÇÃO DE LEONARDO

A minha vida estava muito confusa. Por um lado, um batalhão de pessoas diziam que eu devia me curar, que era doença, que isso era errado, que Deus me ajudaria, e pelo outro lado, meu irmão dizia que Deus me amava do jeito que sou. Ai, eu estou tão confuso, é um turbilhão de sensações na minha alma. Fiz meu aniversário de 16 anos, em casa. Poucas pessoas. Mas acabou tendo uma briga feia entre mim, quando eu disse o que eu e Felipe fazíamos em casa.

- Eu não quero ouvir esses seus desejos não Leo.

- Mas, eu me sinto tão bem com ele, eu não acho isso errado.

- A Bíblia diz que é errado, você vai pro inferno, pro inferno se continuar com essa invenção de homossexualismo filho.

- Mas eu não vou mudar, eu nasci assim

- Eu não vou aceitar um filho gay

- Então você não tem mais um filho...

Por um momento de distração do Felipe, sai de casa, e fui correndo o mais rápido possível.

- Eu não quero mais viver. Me perdoa Felipe, seja forte, eu nunca vou te esquecer- falava enquanto deixava uma mensagem na sua caixa postal.

E parei próximo a uma ponte, comecei a subir, até encontrar o meio. Nesse meio tempo, tudo o que aconteceu comigo passou pela minha cabeça. Me lembrei da época em que eu e Felipe eram crianças, me lembrei da mamãe, de como éramos felizes, da nossa casa, me lembrei do papai, de como fomos crescendo, da primeira vez que me peguei pensando no Felipe, de quando li aqueles textos no blog, de quando ele se assumiu, do nosso primeiro beijo, primeira transa, nossa ida pro sítio, daquela árvore, da nossa volta, do acidente, de como quase morro, da nossa volta, e de cada palavra que meu pai dizia pra mim, junto com quase toda minha família, e da nossa briga. “ Eu não vou aceitar um filho gay”. Foi a última coisa que me lembrei, antes de me jogar daquela ponte.

Continua

E agora, o que aconteceu, ele morreu. Votem por favor.

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Comentários

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Não acredito que o Leo vai morrer. Que vontade de encher de socos a cara do Jorge.

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Naaao! :c bando de religiosos fanaticos animais. Eu gostava tanto do leo :c continua pfvr

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Trágico! Jorge tem que sofrer profundamente e sozinho, ten q morrer em solidao e aos poucos.

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