Chegamos em casa e tava tudo em ordem, o apê tava bem organizado e tinha que estar já que não deixamos ninguém reparando. Eu estava exausto e a primeira coisa que fiz foi Nescau hahaha O Léo tava tão apertado que foi logo no banheiro de visitas enquanto que eu fui no do quarto e quando entrei vi que a torneira da pia tava aberta, só podia ter sido ele mas negou até a morte. Lógico que não brigamos, foi só uma discussão besta e ele ficou todo bravinho e como castigo ficou desfazendo as malas enquanto eu pedia comida pra gente. Pelos poderes de Zeus minha mãe nunca lerá esses relatos, porque se ela souber o tanto de comida “de rua” que pedimos é capaz dela me matar, pois ela diz que me ensinou a cozinhar pra não depender de mulher (ela falava isso quando pensava que eu era hominho ^^). A gente se acabou em comida chinesa e caímos de sono.
Não temos um padrão na forma de dormir, sempre varia mas o Léo sempre dorme ou de frente pra mim ou de bruços e quando ele se vira para o lado de fora da cama é porque tá prestes a acordar, ele diz que é assim desde pequeno. Era umas 06 h quando ele se virou de costas pra mim e eu já sabia que ele tava acordando, mal chegamos de viagem e ele tinha que trabalhar em plena sexta-feira. Abracei ele pela cintura e cheirei seu pescoço e ele acordou se arrepiando todo.
- Bom dia.
- Bom dia. Dorme mais um pouco.
- Depois. Quero aproveitar enquanto ainda te tenho aqui. Depois você vai ser todo daqueles velhos lá.
- Haha Não fala assim deles.
- Eu tô brincando, mas diz se a maioria não são idosos?
- Alguns, tem umas gatinhas também.
Belisquei o peito dele e logo parou com a palhaçada.
- Vou fazer café.
- Tá.
Ele sempre gostou mais de café do que Nescau e sempre faço pra ele, ou melhor, a cafeteira haha. Enquanto preparava o café fui pra sala e liguei a TV, passava o jornal local e me joguei no sofá, senti falta do Lion que a essa hora deveria estar lá. Certa hora ele vem da cozinha com café e biscoito pra gente e senta ao meu lado de calça e camiseta branca, super gostoso.
- Vai derramar café, vai.
Ele é estabanado e nunca me escuta quando digo pra tomar café antes ou na mesa.
- Vou não. Dá beijo.
Fiz vontade dele e tomamos café. Não demorou muito ele teve que ir trabalhar e eu fiquei com a tarefa de desfazer o resto das malas que ele não acabou na noite anterior e limpar o apê. Vida de Isaura é difícil.
A tarde, antes de voltar pra casa o Léo passou na casa do pais dele e trouxe o Lion de volta, pensa na felicidade dele e minha, o gato só faltou berrar “Eu te amo”. Torci pra que os pais dele terem sido mais atenciosos porque o Léo esquece de dar comida pro coitado, sei que ele não faz por querer mas brigo com ele. O coitado quando tá com fome fica irritadíssimo e ele é igual ao Garfield só que bem peludo, dá a impressão que é gordo, aí deixa pelo por onde passa, uma graça. Ele tem uma girafa de pelúcia que ele adora, dorme até agarradinho, exala fofura.
A gente passou o fim de semana em casa, eu teria prova na segunda e não havia estudado nada e só fui pegar em algo no sábado e assim, por alto. Até que me saí bem na prova, propriedades dos matérias foi o que mais estudei durante o TCC e sobre saneamento. A semana tava até tranquila, eu tava mega nervoso. Descobri por alto que o Rafa era meu professor esse semestre e com ele tenho que ir pra aula porque ele pega no meu pé e na primeira aula que eu fui, notei que ele tava com anel de compromisso e o desgraçado não me contou nada. Fiquei mordido com ele e o pior é que depois da aula ele saiu feito um foguete meio que prevendo que eu iria interrogá-lo. Nem minhas mensagens no WhatsApp ele retornou, maldito. Quando foi quinta-feira dessa mesma semana, recebo uma ligação de um número desconhecido.
- Alô?
- Matheus?
- Quem deseja?
- Aqui é do Instituto de Geociências e queríamos falar com o senhor.
- Pois não.
- Seria possível o senhor comparecer aqui às 11 h de hoje? – tipo uns 20 minutos depois.
- Poderia saber o assunto?
- Assunto acadêmico.
- Olha, eu tenho que trabalhar... mas quem lhe deu meu número?
- O professor Rafael xxxxxx.
- Hummm... tá. Eu vou.
Despedi-me da moça e fui até o outro campus. Uma secretária me levou até a sala onde tinham três pessoas: um velho que tinha cara de ser um professor arrogante, um rapaz que deveria estar perto dos 30 e um cara mais velho pouca coisa que o anterior, e este pouco falava. Cumprimentei-os e sentei, logo depois o Rafa me mandou mensagem avisando que já estava chegando. Assim que ele chegou a conversa começou. O velhaco (vou chama-lo assim) disse que ele coordenava o programa de pós-graduação de geologia e que estava me oferecendo uma bolsa de mestrado para um trabalho em conjunto com o rapaz mais novo, que estava no doutorado. O velhaco tinha papo e já tava quase me convencendo. Claro que eu não poderia me dedicar integralmente porque eu assinei um contrato com uma empresa e assim que me formar, tenho minha vaga garantida e teria pouquíssimo tempo para estudar mas seria por um bom motivo. Eu só ouvia o velho discursar até ele dizer que eu teria que voltar à USP por seis meses.
- Como?
- É. A nossa faculdade também possui vínculo com o pessoal de lá e que dará suporte a vocês dois no primeiro semestre da pós de vocês.
- Não, eu não vou.
O velho, que já deveria estar pensando que eu havia aceitado, mudou logo de feição.
- Não há porquê recusar.
- Pra mim há.
- Você não pensa que pode estar perdendo uma grande oportunidade?
- Bom, eu não vou aceitar.
- Mas por qual razão você não aceita?
- Porque eu namoro.
- Ah, mas garota tem em qualquer canto.
- Concordo, mas homem como o meu namorado, não.
O velho ficou branco, verde, rosa tudo que é cor e o Rafa explicou pra ele que eu morava com o Léo e tal.
- Mas meu jovem, é um trabalho rápido e fácil. Vai nem cansar essa sua defesa de tese.
- Ah é fácil? E por que vocês foram me chamar? Vão lá chamar o pessoal de vocês, se abalem pra civil não. Se o trabalho fosse tão fácil esse daí conseguiria sozinho. Ou melhor, se é tão fácil faça você.
O pior é que eu tava calma porque se eu me estressasse mais um pouquinho e ele metesse o Léo no meio, a coisa ia feder. Saí de lá as pressas e deixei o Rafa tomando conta deles, liguei pro trabalho e disse que não tava bem. Fui pra casa dos meus pais e contei pra eles toda história, logo meu irmão chegou e ouviu, disse que era burro e começou a falar merda e ainda falou que o Léo que me prendia em Belém enquanto que eu podia sair daqui. Quase voei no pescoço dele mas me contive.
- Deixa mãe, não vou bater nele. Lembro que o papai disse da última vez que a gente brigou: que se um batesse no outro, ia sair de casa na mesma hora. Se eu bater nele, tenho pra onde ir, já ele não. Então, considere isso um favor.
Saí da cozinha e me tranquei no meu quarto que ainda mantém minha cama e outras poucas coisas minha. A bocuda da minha irmã avisou o Léo que já queria fazer onda também, liguei pra ele e disse pra ir pra casa que depois a gente conversava.
- Não vem pra cá, vai pra casa que é melhor.
- Eu tô indo.
- Não, eu vou me chatear. Vai pra casa, por favor.
- Se ele te bater...
- Ele não vai fazer nada.
Desliguei e fiquei um tempo no quarto até ir jantar com a minha mãe. Passei o reto da noite na sala. A véia anda inventou de fazer bolo e só me deixou ir quando aprontou, pois eu tinha levar pro Léo. #ciúmes u.u
Não demorou muito meu celular toca, mensagem:
“Amor, pega um táxi e vem pra casa. Pfvr.”
Como se eu fosse deixar ele dormir só, bestinha. Minha mãe terminou de fazer o bolo e separou quase que metade pra eu levar, peguei o táxi e fui pra casa. Cheguei e ele tava cochilando com a televisão ligada, foi eu desligar ela e ele despertou.
- Demorou. – disse com a voz de sono mais fofa do mundo.
- Por tua causa.
- Por quê?
- Trouxe bolo e a mamãe só deixou eu sair depois que aprontou.
- Amo minha sogrinha.
- Ama é?
- Uhum... mas eu te amo mais.
- Mesmo?
- Uhum.
- Quanto? – eu faço de propósito haha.
- Um tantão assim. – e ele abria os braços.
Caí na risada e disse que ia tomar banho.
- Não. Fica aqui.
- Rapidola, já volto.
- Não.
Ele me segurou pelo braços e pernas, tá forte. Ele fixou o olhar em mim e nem me atrevi a desviar hahaa
- Te amo.
- Também te amo.
- Ele te bateu?
- Não, já disse.
- Fiquei preocupado. – ele dizia passando a mão no meu cabelo trazendo todo o cansaço à tona e pesando minhas pálpebras.
- Ele não fez nada.
Eu falei de olhos fechados mas senti que ele ainda me olhava e tava certo.
- Ohana?
- Ohana.
- Ohana quer dizer famíliae família quer dizer nunca mais abandonar.
Ele me abraçou tão forte que parecia ser o último, ele ali queria deixar claro o quanto e preocupava comigo. Acabei dormindo sujinho hahahaHello mai frendis. Passando pra dizer que o próximo o Léo vai me ajudar a escrever lol Ele anda sem tempo pra escrever, e tá preguiçoso também u.u Só tem tempo pra mim #chupasociedade hahahaha Beijão pra vcs, té mais.
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Salinas:pelo amor de Jeová, volta logo e posta por favoooooooooor. Abstinência da fofura de vcs é maldade. Amo vcs, meu conto preferido u.u Espero que estejam bem, bjs;
Gerfried: tentando aqui, achar nexo do pão de queijo com torneira. Hasuhauhsuah
Mas mesmo assim, obrigado por ficar ao meu lado lol INHAIIIIIIIIIIIIIIIM, aproveitando muito pra ler os mega contos aqui da CDC??? Porque só tem conto top né? O meu nem está nessa lista pois sou muito ignorante e não uso Pos-Scriptum corretamente HAUHSAUHSUHUSH Limpe o veneno por favor haha. Beijão, lindo; #piadamaisqueinterna;
diiegoh' valeu;
Jhoen Jhol: não trapaceio, sou um rapaz de família u.u Gaúcho, tchê haushaush Adoro esse “Não tô fazendo nada”, são quentes haha Culpa do Léo, conta caríssima;
Ru/Ruanito: GreenPeace é uma instituição que não tem minha aprovação hauhaus;
Bruce W.: alta haha Quer pagar? Poxa, vou te mostrar uns cheiros bacanas, tem de tudo. Até pra arranjar macho hasuahuh Bjs;
Pyetro_Weyneth: uma simples torneira aberta por 10 dias haushuahs Bjs;
Obito II#: pois é né? Me largou ao relento Acabou nossa relação u.u
Thiago (HPD): também te amo, lindo. ^^
Roitman: se preocupe não, como eu já disse: os contos numerados são desde o começo do nosso relacionamento e segue uma linha cronológica. O sem numeração são aleatórios, vou lembrando e vou postando ^^ Ownti, fofo. Cê que é lindo. BJS;
Tay Cris: foi ele, certeza hahaha;
