Meu amor escolar - 01

Um conto erótico de Hugo
Categoria: Homossexual
Contém 1494 palavras
Data: 19/10/2013 19:49:57

A mesma entrada, as mesmas pessoas, a mesma sala de aula, os mesmos professores e os mesmos problemas. Lá vou eu de novo para a rotina escolar, aonde eu podia aprender as matérias escolares e as matérias da vida. Porém, eu não imaginava que estudaria uma das disciplinas mais difíceis ali: o amor.

Olá pra todos! Meu nome é Hugo Santana, sou estudante do ensino médio e hoje começa as aulas do 3 ano do ensino médio. Sou magro, alto e meus músculos não são definidos, apenas dá uma pequena definição em meu corpo. Apesar de ter 17 anos o meu comportamento parece-se com a de um adulto. Mais uma coisa: sou gay assumido e muito sentimental.

A minha turma é a mesma desde o 1 ano do ensino médio. Tirando aqueles alunos que não costumo conversar, eu posso destacar três alunos em especial:

Fabiana minha amiga leal que tenho e que me aconselha quando preciso - e de uns puxões de orelha também -, gostam de shopping e de garotos malhados;

Diogo, o garoto mais popular de toda a escola. Ele é loiro de olhos azuis, corpo malhado de academia, acho que tem 1,90m de altura, um deus grego! Mas o que ele tem de gostoso, ele tem de ignorante e preconceituoso. Ele me humilha todos os dias e eu, idiota, tenho uma queda por ele;

e o Bruno, o cara mais assustador daquela escola. Ele parece uma montanha com perna. Ele é malhado, sarado, bombado, uma muralha de músculos ambulante. Tinha a mesma altura do Diogo. Todos os alunos daquela escola tinham medo dele, pois ele era muito violento nos tratos com os colegas. Ele queria resolver tudo na "base da porrada", e não havia ninguém a altura para enfrentá-lo. As meninas eram caidinhas por ele e diversas delas já foram namoradas dele.

Eu os apresentei a vocês porque eles e eu nos envolveremos de alguma forma.

São 7h15. Eu acabo de chegar à escola para o meu primeiro dia de aula. Nós todos estamos na expectativa para as aulas, pois esse era o ano da formatura, o momento em que decidiríamos o rumo que nossa vida profissional iria tomar. A pergunta que mais se ouvia no último dia de aula no ano passado era "Vai fazer vestibular pra quê?" e muitos não sabiam respondê-la. Esse último ano escolar iria ajudar-nos a descobrir qual rumo seguir.

Fui para a minha sala de aula - tanto tempo no mesma sala, na mesma carteira que poderia afirmar que a sala era minha já - e tive o desprazer de ver que alguém tinha escrito os dizeres no local aonde sento: "Local reservado para o viado do colégio". Aquela frase escrita com tinta corretiva era obra dele, do cara mais popular do colégio e mais tolo que existia lá. Como é que alguém pode humilhar tanto alguém e eu ainda o perdoar? Deve ser porque eu gosto dele. É difícil explicar o motivo de desejar tanto o Diogo, mesmo ele me maltratando todo o tempo.

Bom, eu tirei um pouco do álcool em gel que carregava na minha mochila, molhei uma folha rasgada de um caderno qualquer e apago aquela maldita frase.

Quando termino, Diogo e a trupe dele chegam na sala e o dito-cujo vem com essa:

DIOGO: Olha lá gente! O viadinho também virou zeladora - ele falava isso usando um tom de falsete feminino na voz.

Eu nada disse. Estava com raiva dele por ter me humilhado, mas nada podia fazer. Ele era forte, andava em grupo e eu não quero problemas para mim. Depois de limpar a minha carteira, eu me sentei nela e comecei a assistir a aula da professora que tinha acabado de chegar.

Quando deu o intervalo, eu vou para o refeitório e me sento numa mesa solitária e começo a comer. Cinco minutos depois chega Fabiana e se senta feliz ao meu lado. Eu estranhei tamanha felicidade.

EU: Nossa Fabiana, você hoje está a cara da felicidade. O que aconteceu? Viu o passarinho verde?

FABIANA: Verde não, talvez um de cor de pele e que vai me dar prazer! - Ela mexeu as sobrancelhas - Adivinha com quem eu tô namorando? Uma dica: Uma montanha de músculos com pernas.

Eu arregalei os olhos ao pensar na única pessoa que se encaixa nessa característica.

EU: O BRUNO!!! O.O!!! - Ela assentiu, com um sorriso de campeã no rosto - Não acredito! Faby, parabéns... Me conta aí como foi que vocês se conheceram.

FABIANA: Eu estava de olho nele desde o ano passado, mas ontem eu o pedi em namoro e ele aceitou! Aquele homenzarrão é todinho meu!

EU: Uau! Espero que tudo dê certo entre vocês. Já pra mim, o meu primeiro dia de aula foi um sinal do inferno por causa do Diogo.

FABIANA: É! Eu vi. Que carinha mais perturbado ele é! Em três anos ele não mudou nada; continua a mesma criança que ele sempre foi, e ainda por cima achou aqueles três papagaios-de-pirata para apoiá-lo nas suas travessuras. - Ela faz uma expressão fácil que poderia ser traduzido como: É uma pena! Ele não tem jeito!"

Terminamos o almoço e seguimos para a sala de aula para assistir a outra sessão de aulas. Fabiana ficou sentada ao lado do namorado e eu fiquei longe do Diogo e da trupe.

A última aula do dia era a de Educação Física. Eu costumo participar das atividades, mas hoje fiquei apenas assistindo os alunos praticarem esportes. E os olhos se fixaram nele, o idiota do Diogo. Ele estava jogando futebol com alguns da turma e, diga-se de passagem, ele era um craque em potencial. Eu babava ao vê-lo jogar, parecia que a bola foi feita exclusivamente para o Diogo; os passes deles eram precisos e providenciais, ele sabia onde chutar, quando chutar e com quanta intensidade ele deveria aplicar para que ela, a bola, fosse para o destino dela: balançar as redes adversárias.

É uma pena ver que o que ele tinha de bom em alguma coisa, ele tinha de personalidade ruim.

Decidi desviar o olhar da partida dele quando vi que ele percebeu que eu estava olhando. Passei a olhar outras atividades interessantes. A outra pessoa que me chamava a atenção era justamente o Bruno. Cara, como pode existir alguém tão musculoso quanto ele?! Ele estava praticando corrida, e não precisa nem falar que ele corria igual ao vento. Ele era muito rápido quando comparado aos outros colegas, e o que mais de atraia nele era a quantidade de músculos - acho que já disse isso antes - e a fama de mau dele. Ele falava com poucos e tinha a postura de um lutador de Muay-Thai. Ninguém tinha coragem de cruzar o caminho dele, pois tinha medo de chegar com alguma parte do corpo arrebentada pelos punhos dele. Existiam boatos no colégio de que um cara resolveu desafiá-lo numa luta com ele, e que o Bruno deu um soco tão bem dado nele que o tal perdeu os dentes da frente, ficou com a cara roxa durante meses e nunca mais esse carinha foi visto naquela escola depois disso.

Um cara forte, musculoso, rico, bonito e bad boy atrai qualquer rabo de saia para si. E com o Bruno não era diferente. As meninas ficavam babando por ele, algumas chegaram até a brigar uma com as outras só para ver quem o brutamontes achava a mais linda dentre elas.

Agora elas sossegaram o facho porque o Bruno namorava a minha amiga Fabiana. Ela acompanhava a corrida do namorado gritando, comemorando-o, incentivando-o e isso causava inveja nos outros homens que estavam ali.

Lá estava eu em meus devaneios quando a professora me chama e pede para me aproximar dela.

EU: O que foi, professora?

PROFESSORA: Vai dar uma voltas no campo de futebol. Você vai jogar no segundo tempo.

O quê???? Eu vou jogar bola com o Diogo? Não sei não, mas acho que isso vai dar problema, e eu vou sobrar nisso. Lá ia eu, correndo pelo entorno do campo de futebol, quando de repente sinto um impacto forte no lado esquerdo do meu rosto, e começo a rolar pela pista e paro alguns metros depois. Fiquei tontinho, tontinho, mas deu para ouvir o Diogo dizer: Ih gente, parece que "a menininha" ali não aguenta receber uma bola" e começou a dar risada de mim com os amigos, que ficam apontando pra mim e gargalhando junto.

Eu me levantei, e mesmo com a cara inchada, eu resolvi sair do campo e voltar para a sala de aula mais cedo. Ainda bem que a sala estava vazia, pois eu comecei a chorar. Chorava por ter recebido uma pancada forte na cara, chorava por ter sido humilhado pelo cara que tava afim, chorava por mim mesmo, por ter sido um idiota de crer que ele mudaria os tratos para comigo se ele me conhecesse melhor. Por que tudo de ruim acontecia comigo? Será que nunca irei encontrar um amor pra mim? Estou condenado à tristeza eterna?

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Comentários

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É gostei, veremos os rumos da história.

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Mais um clichê escolar. Adoro contos com essa tematica. Cara posta logo a continuação. Quero vê se o Diogo vai mudar ou se tu vai ficar com o Bruno.

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Pelo rumo da história o Diego vai dizer que te ama a muito tempo e por isso ele te fazia essas maldade,eu acho,mas mesmo assim estou adorando a história

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Já tô amando essa história também rs.

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É, eu também espero uma grande surpresa.

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Gostei,pena que sempre tem um idiota que nos trata mal e agente acaba não tomando uma atitude porque é afim da criatura !! Mas enfim continua logo que estou adorando

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Tay Cris - Você vai ter uma excelente surpresa... Garanto que não é isso que está pensando, cara!

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