Sobrevivência - Capítulo 2

Um conto erótico de Soccer
Categoria:
Contém 1553 palavras
Data: 19/10/2013 15:48:19
Assuntos:

PARTE 2

Então eu havia passado no teste. Pela animação da voz de David, eu devia ter ido muito bem com o "patrão" e ele deve ter ficado muito impressionado comigo. Agora eu tinha que estar às 18:00 no escritório de um tal de Roccio: dono da boate AIME, onde eu começaria nessa nova vida.

18:00 em ponto eu estava batendo na porta de Roccio. Bati uma, duas, três vezes. Como ninguém respondeu, abri a porta com cuidado enfiando só a cabeça pra dentro e perguntei:

- Tem alguém ai. Sr Roccio?...

Quando ia completar a frase, a visão me fez calar a boca. Provavelmente eu cometi um leve engano e não era Sr. Roccio e sim Sra. Roccio.

Roccio era uma mulher espetacular. Ruiva, com aparência de uns 30 anos e corpo perfeito. Ao me ver ela deu um sorriso e disse:

- Decepcionado? Prazer, meu nome é Solange Roccio. Você deve ser Fabio. O reconheço pelas fotos. Entre.

Sem dizer nada entro. Ela faz um movimento para que eu me sentasse e eu obedeci.

Roccio: Sua reação é comum em todos os garotos que eu entrevisto - disse ela com um ar divertido - todos esperavam ver um homem com pinta de machão ou um David versão mais velha. Nunca uma mulher com idade para ser sua mãe. Então, está preparado?

Eu tinha acabado de me recuperar do choque quando recebo outro por causa dessa pergunta.

- Como assim pronto? Nós não íamos apenas discutir o emprego hoje?

- Eu sei que isso parece inusitado, mas estamos em momentos difíceis. Três outros jovens saíram da boate na última semana. Logo estamos com a mão-de-obra baixa. Então recorremos ao David para que ele recrutasse garotos o mais rápido possível. Infelizmente você foi o único aprovado. Então, se não for pedir muito, seria legal você começar hoje mesmo.

Realmente eu não esperava isso, mas como "quem ta na chuva é para se molhar" eu aceitei.

Roccio: Legal! Agora eu vou te dar uma base de como funciona o lugar. Venha comigo.

Ela me guiou pelo estabelecimento. Tinha um ar de Boate europeia, com sua arquitetura antiga e seus sofás espalhados.

Roccio: Bem, como você deve ter notado, aqui não lembra nem um pouco as festas que você deve frequentar. A música aqui é mais relax. Isso por causa do público que recebemos. A maioria são homens de 30 à 40 anos. Alguns casados e com família que vem aqui para relaxar e esquecer os problemas. A boate AIME então voltou sua infra-estrutura para atendê-los. Aqui temos uma pista de dança que só é utilizada quando temos algum evento que trazem jovens para cá. Fora isso vira um espaço para trânsito. Bem vamos a parte que interessa. Aqui temos dois tipos de funções: os garçons e os "convidados". Aos garçons não cabe apenas a parte de servir a clientela, mas também entretê-la. Normalmente você vai receber cantadas e patoladas e eu espero que você as receba da forma mais profissional possível: sem se insinuar mas também sem fazer o cliente se sentir desprezado. Basicamente é isso, há não ser que você queira uma coisa a mais para conseguir boas gorjetas (ela deu uma entonação a mais nessa última frase). Bem, aos garçons não é permitida a saída em horário de trabalho, por isso os programas tem de ser feitos aqui mesmo. Mas para isso seguem-se regras:

“1 - não pode ser feito na pista de dança ou em locais muito visíveis. Aqui não é um evento "guys go crazy". Para isso temos áreas especiais. Daqui a pouco eu às mostro para você (eu não sabia o que era o evento "Guys go crazzy", decidi anotar a coisa na cabeça e pesquisar depois.)

2 - Se houver penetrações use camisinha. Seguindo essas regras você se dará bem. E aqui vão outras dicas:

3 - não consuma bebidas alcoólicas, pois você tem de estar 100% para poder negar o que não quiser.

4 - como já disse, você é livre para negar cantadas e todo o dinheiro que conseguir com seus "favores" são seus. Bem basicamente é isso."

Depois disso ela me apresentou outros garotos da boate que trabalhariam como garçons como eu. Ela disse para um negão chamado Felipe que me mostrasse e explicasse sobre os locais especiais. Depois que eu fui me lembrar que ela não me disse nada sobre a função de "convidado".

Felipe: Prazer Fabio, ele disse me estendendo aquela mão enorme para apertar.

Felipe era uma referencia perfeita da música "Meu Ébano" da Alcione. Ele era alto e muito forte. Sua pele negra tinha um tom perfeito e brilhante. Era careca e tinha um ótimo sorriso. E ao julgar pelo tamanho de sua mão, era bem dotado.

Eu: Prazer.

Felipe: Bem, venha comigo. Ao passarmos pela boate tinha um corredor que dava acesso aos banheiros e ficava bem longe da pista e do bar. Ao adentrarmos, percebi que era um complexo labirinto. Felipe foi me explicando rapidamente os macetes para não se perder.

Felipe: Bem, aqui são as áreas especiais.

Ele só podia estar de brincadeira. Ta certo que não eram locais muito vistos mas não se tinha nenhuma privacidade neles. Qualquer um podia adentra-los e te pegar masturbando um negão de um metro e oitenta.

Felipe: Eu sei. Parece estranho. Mas o objetivo da Aime não é impedir a orgia em seus estabelecimentos e sim não torná-la muito obscena. As pessoas que vem aqui têm de ter e impressão de que estão indo para um local normal. Uma boate tranquila e que vão encontrar pessoas que poderiam encontrar em um cinema, supermercado ou festas da vida. Só que o diferencial é o que temos ocultos pelas paredes. Coisas que uma pessoa que tenha coragem e se aventurar pode descobrir. Entende?

Eu concordei com a cabeça. A coisa me parecia bastante diferente mas de uma forma que poderia dar certo.

Felipe: Nós estamos no ramo há uns 30 anos.

Eu agora estava surpreso.

- Tudo isso!? Mas eu nunca ouvi falar de vocês.

Felipe deu um sorriso malicioso e respondeu com um piscadela:

- Esse é o segredo do sucesso. A descrição e a áurea de normalidade. Como Roccio já deve ter lhe contado, boa parte de nosso clientes são chefes de família, que não gostariam de ver seus nomes num escânda-lo. Aime oferece um cenário perfeito para eles.

Realmente o lugar não perecia nem um pouco com uma boate GLS normal. Poderia se passar por uma qualquer. Então me veio uma pergunta.

- Felipe, não acontece de pessoas entrarem aqui por engano? Felipe deu uma risada e respondeu.

- Isso é raro, mas muito divertido quando acontece. Devido a nosso acesso difícil e pelo fato de não usarmos divulgação isso ocorre pouco. Roccio prefere trabalhar com clientes selecionados. Não sei como ela faz para selecioná-los mas sempre deu certo. Ela conhece cada um e eu já a vi expulsar gente daqui. Gente com ar honesto e normal, mas quando se investiga, tem um passado sujo. Como eu te disse não sei como ela faz isso, mas sempre está certa.

Eu: Felipe, a minha pergunta...

Felipe: Ah sim! Desculpa, me empolguei. Bem, raramente alguém entra aqui por engano, mas de vez em quando alguns jovens perdidos entram por nossas portas procurando por diversão altas horas. Ao chegarem estranham a quantidade de homens que transitam, mas quando percebem onde se meteram é tarde.

Eu: Como assim, tarde?

Felipe agora fez uma cara de sonso ao responder.

- Alguns quando percebem já se envolveram com o lugar e estão numa das áreas especiais.

Eu ri um pouco.

Eu: Sério?

Felipe: Claro, aqui é o lugar perfeito para se fazer besteira sem ninguém saber. Essa é minha especialidade: fazer os jovens perdidos se sentirem em casa.

Eu: Entendo.

Depois de um suspiro Felipe continuou.

- E algumas vezes nossa boate recebe a visita de mulheres também. A maioria é uma das clientes de Roccio, atrás de um garoto de programa. Quando elas chegam é muito engraçado, pois alguns garotos daqui são heteros e só fazem programa por dinheiro. Então quando elas chegam eles pulam em cima como urubus na carniça. Isso me faz lembrar: você ta aqui por diversão ou dinheiro?

Eu pensei um pouco antes de responder e cheguei a conclusão.

- Um pouco dos dois.

Felipe abriu um imenso sorriso ao ouvir minha resposta. E comentou:

- Que delicia. Hetero ou homo?

Eu: Tanto faz.

Felipe: Melhor ainda. Então você já pode ser iniciado. Mas hoje não. Deixa pra de manhã cedo.

Eu quis saber o que seria ser iniciado, mas antes de poder perguntar Felipe continuou:

- Ah. Uma dica. Se for em cima de uma das poucas mulheres que frenquentam aqui, aviso: elas preferem os "convidados".

Eu: É... o que são convidados? Roccio não me falou sobre eles.

Felipe: Provavelmente pois queria que você começasse como garçom. Depois você deve saber, quando ela achar conveniente. Tchau Fabio. Vai se arrumar. O show vai começar em 15 minutos.

Eu: Mas o que é ser iniciado?

Eu havia acabado de me lembrar da pergunta, mas Felipe já estava longe. Fui então para o vestiario e coloquei meu uniforme. Na verdade era bem simples: uma camisa social branca, gravata borboleta e calças e sapatos sociais. Tinha lá um armário com o meu nome e um uniforme feito sobre medida pra mim. Decidi então me arrumar e partir para o ataque.

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Comentários

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humm essa historia ta ficando cada vez melhor sera qe pode ficar ainda melhor?ancioso pela continuaçao.

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Serio. Esse conto e muito bom.deixa todos intrigados. Alem de ser algo proibido, ate de ler. Sei la. So posso implorar pra postar com mais frequencia. Parabens.

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Curtindo. Conto bem escrito. Ri muito com a referência à música da Marrom. Me fez viajar longe. Esse conto foi escrito quando Soccer?

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Muito bom. Queria um emprego desses. Ia adorar.

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