Paixão Inesperada XXIX

Um conto erótico de Edu S.
Categoria: Homossexual
Contém 2507 palavras
Data: 15/10/2013 23:29:14
Assuntos: Gay, Homossexual

Semana seguinte era Natal, passei na casa do Ricardo e o Breno foi pra Maringá. A mãe e os manos me ligaram na noite de Natal, fiquei pra lá de feliz. Só faltou mesmo o meu pai, mas fazer o que né?

Conheci a familia toda do Rico, um bando de gente bonita, muitos simpáticos, outros nem tanto. Gostei mesmo foi da mãe do Fernando, uma velhinha muito da querida que me tomou como neto nos primeiros dez minutos de conversa. O Fernando me apresentou um primo, gerente de um Banco, durante o papo com o cara percebi suas intensões em saber porque eu, um cara de 33 anos, estava namorando com um rapaz de 22. Fiquei puto da cara em saber que ele imaginava o pior a meu respeito. Dei mas trela pro idiota não e fui ficar com o Ricardo e o tio chupador de rola.

Fiquei feliz em saber que o tio havia se desculpado com o Rico. Abracei o safado e disse no ouvido dele.

– vi seu dono semana passada na academia.

Ele muito disfarçado perguntou:

– ah é, e como ele estava?

– do jeito que o diabo gosta, suado e exalando testosterona.

O Rico me olhou e me puxou pra um canto.

– para de assanhar as lombrigas do tio Edu rsrs.

Fomos pro jardim e disse a ele pra fechar os olhos e estender a mão. Coloquei o objeto na palma de sua mão e ele tateou sorrindo.

– ahhhh, amor, que lindo isso, viadão safado.

– kkkkkkkkk, gostou? Acesso livre agora amor.

– agora sim senti firmesa, só falta o pedido de casamento kkkkk.

– kkkkkkk, seu bobo, tudo tem sua hora amor.

– eu sei. Mas gostei demais. E olha o chaveiro, puro luxo isso viado.

– kkkkkkkk, já disse, Edu não é ambicioso, mas sabe ser caro.

Dei a ele uma cópia das chaves do meu AP. Assim ele não precisaria mais passar na boate, já podia me esperar em casa, ah, detalhe, com um chaveiro de ouro com uma plaquinha que mandei gravar o nome dele atrás. O garoto se jogou me abraçando e todo mundo começou a assoviar, o sem graça balançou o molho de chaves e gritou pra todo mundo:

– ele me entregou as chaves da casa dele. Só falta me pedir em casamento.

Fiquei com a cara no chão e abracei dando um selinho, a galera foi ao delírio, povo doido. Ele disse que estava muito feliz e que não precisava de mais nada. Mas ainda não tinha acabado. Pedi que fosse comigo até o quarto dele e chamei o Miguel.

Fomos os três e dei a eles meu presente. Ao caçula dei um vale presente, já que não fazia ideia do que ele queria, visto que tinha de tudo. O pequeno saiu correndo e foi mostrar a mãe.

– de quanto é o vale?

– não te interessa. Abre a sua caixa.

– Edu, Edu, você está mimando demais o mano.

– vai abrir ou não vai?

– vou sim.

Quando ele abriu a caixa e viu um Kit da CK que fiz questão de montar pra ele, quase teve um infarto kkkkkk.

– amor de Deus, tem tudo aqui. Agora fiquei envergonhado. Te dei ainda a pouco um mísero perfume só.

– mas era o perfume que eu mais gosto. E que você fez questão em fussar no meu armário e ver que estava acabando rsrs.

– kkkkk, fussei mesmo. To mais que íntimo de tudo que é seu.

– gosto muito disso, desse cuidado que você tem comigo. Vai ver o que ganhou não?

– ah, é. Obrigado amor.

– não por isso, você merece mais.

Tinha um jeans que quando ele vestiu dei-lhe uma mordida gostosa na bunda, ficou justo e deixou a bunda do leke um tesão. Tinha boxers brancas, meias e um perfume.

– eu sei que você não usa muito perfume, mas usa esse pra mim, é cheiroso demais. Usa em casa mesmo.

– ohh amor, claro que eu uso. Caramba, quanta coisa. Tem até samba canção hahah, que lindo tudo isso, mas as chaves do AP superou tudo.

– kkkkk, sabia que você ia curtir as chaves. Te Amo demais garoto. Quero que sejas feliz, comigo ou sem migo rsrs, mas se for comigo, melhor ainda.

– prefiro ser feliz contigo, te amo.

Nos abraçams e ficamos deitados na cama dele. Comecei a cochilar e ele me cutucava.

– amor, quer ir pro AP?

– vai comigo?

– rsrs, pergunta mais besta. Vou ficar lá até você cansar de mim.

– hahah, é ruim heim. Já to de pau duro, vamos logo amor, quero sexo ainda.

– grandão safado, vamos então.

Nos despedimos e fomos pro meu AP. Fui no quarto do Breno e vi todas as suas coisas encaixotadas, ele ia se mudar depois do Ano Novo, me bateu uma tristeza, estava acostumado a ter o meu mano comigo de novo.

Fomos pro quarto e o Ricardo arrumou a cama pra gente deitar. Rolou um sexo light.

*

*

Ano novo passamos num hotel, coisa fina, champagne e cascata de camarão a vontade e mais outros tipos variados de aperitivos. A família do Rico estava também e o Breno pra minha alegria estava conosco, ah, ele levou a Tati.

Foi a passagem de ano que eu mais me senti feliz, estava com o um cara que eu amava e tinha comigo o mano que era uma parte da minha família.

A passagem de ano foi ótima e

o Ricardo começaria a trabalhar na semana seguinte.

Dia três de janeiro viajei pra Maringá e me hospedei num hotel próximo ao escritório do meu pai. O Ricardo ficou chateado, ele queria ir, mas disse que seria uma viajem rápida.

Na manhã do dia quatro fui ao escritório e meus irmãos já estavam a minha espera. Nos abraçamos e senti uma falta danada dos dois. Me trouxeram os documentos e meu pai entrou na sala, mas como sempre disse apenas bom dia. Assinei o que tinha que assinar e deixei uma procuração no nome da minha mãe, caso fosse preciso ela me representaria.

Meus irmãos, minha mãe e eu fomos almoçar num restaurante metido a besta de tão chique. Muita formalidade não é comigo. Almoçamos e o meu celular tocou. Era o Ricardo preocupado em saber se eu estava bem.

– oi amor, você está bem?

– to sim, mas é tanta saudade que doi meu coração.

– kkkkkk, que isso garoto, hoje a noite já estou aí. Você está aonde?

– na nossa casa, o Breno acabou de sair pra trabalhar, to aqui sozinho. Ah, estava sozinho, a Juli acabou de chegar.

– fica ai então e me espera.

– fico sim. Vou ao centro depois com o Leandro, ele quer minha ajuda pra comprar um presente pro Rafael, mas nem ele sabe ainda o que vai comprar.

– ta bom, ajuda o teu amigo. Fica paquerando ninguém não.

– kkkkkkkk, ah, só uma paqueradinha não faz mal.

– hahahah, safado. Amor, tenho que ir to num restaurante com os manos e a mãe.

– ta bom, te amo viu e não paquero ninguém não, mas volta logo.

– rsrs, ta bom. Xau.

Cumpri o que prometi aos manos. Ainda estávamos na mesa e meu pai chegou, pediu pra conversar comigo a sós. Pedimos outra mesa e nos sentamos.

– o senhor precisa de alguma coisa?

– o que fez com o cheque que seu avô lhe deu?

– ainda não fiz nada, está na poupaça. Porque quer saber?

– sua mãe disse que está vivendo de investimentos.

– também. Eu trabalho, não vivo só de investimentos não.

– como você consegue viver assim? Sem um trabalho decente?

– pai, com todo o respeito, o senhor muitas vezes defende marginais, mesmo sabendo que são culpados. Não me fale em trabalho decente não. O que eu faço não é o problema, mas sim, onde eu faço. Boate GLS não é tudo aquilo que pintam não.

– tudo bem, não quero discutir contigo. Quem é o menino que você está namorando?

– pai, deixa o Ricardo fora disso vai, o senhor nunca se importou, quer saber agora porque?

– só estou tentando ter uma conversa contigo. Sua mãe disse que ele é novo.

– é sim, mas isso já é disco furado. Se ele não se importa com onze anos de diferença, eu também não ligo. Mas se o o senhor quer tanto saber, o Ricardo é a melhor pessoa desse mundo. To feliz com ele.

– tudo bem.

– mais alguma coisa?

– Eduardo, sabe que eu não consigo conviver com isso, por Deus, não consigo ver você se esfregando em outro homem.

– pai, entenda uma coisa, eu só não pedi ao Ricardo pra morar comigo ainda, porque ele é jovem demais, não por ele ser imaturo, mas eu tenho medo dele acabar percebendo que eu não sou tudo aquilo pra ele. Mas pai a nossa rotina é igual a todas as outras. Entre quatro paredes também, mas nunca faltamos com respeito a ninguém, nunca deixamos ninguém constrangidos com nossa presença. Mesmo eu achando que cada um tem que cuidar da própria vida.

– tudo bem, mas preciso de um tempo.

– rsrs, te dei dez anos. Ainda precisa de mais? Olha pai, vamos fazer o seguinte, quando o senhor aceitar o que eu sou, aceitar que eu gosto de homem, porque é isso mesmo, eu gosto de homem e não sinto vergonha nenhuma disso, depois de aceitar tudo isso e me respeitar pelo o que eu sou, vem falar comigo. Antes disso, melhor deixar como está. Quero que você me respeite, que respeite meu companheiro. Mas pai, faça isso de coração, não só pra agradar a mãe. Sei que está aqui por ela, da pra ver na sua cara o desconforto que sentes em estar comigo e o esforço que está fazendo.

– olha rapaz, vim conversar contigo pela sua mãe sim.

– rsrs eu sei. Ao contrário, o senhor estaria olhando pra mim e não pro chão. Não consegue nem me olhar na cara. Mas eu agradeço a tentativa forçada.

– não seja irônico.

– não me trate como idiota. Não sou criança e muito menos burro.

– de todos os meus filhos você foi a minha pior decepção. O Breno é outro, parece que vai seguir o mesmo caminho que você. Pra falar a verdade,ele te respeita mais do que a mim.

– porque será né pai? E o Breno não Gay se o senhor quer saber. Ele é um artista e digo mais, faço o que for preciso pra ver ele feliz. O senhor deveria fazer o mesmo. Eu acho que essa nossa conversa é melhor parar por aqui, não acha?

– pode ser.

– passe bem e obrigado pela conversa.

– não fiz por você.

– claro que não.

Me levantei e voltei à mesa dos meus irmãos.

– não façam mais isso comigo. Chega ser humilhante ver ele tentando uma conversa, com todo aquele despreso no olhar. Juro que nunca mais volto aqui.

– desculpa filho. Eu achei que podia fazer vocês dois se acertarem.

– mãe, eu não estou brigado com ninguém, é ele que não consegue entender que o filho é gay, mas que droga isso. Eu já vou indo, quero dormir um pouco antes de voltar.

– como está o Rico filho?

– rsrs, disse que está morrendo de saudade. Pelo menos alguém sente minha falta.

– não fala assim mano. – disse o Sergio.

– rsrs, vou indo nessa. Melhor eu ir mesmo, o pai está vindo pra cá.

Me despedi deles, fui pro hotel, dormi um pouco e voltei pra minha cidade.

*

*

O Ricardo começou a trabalhar, no começo era pra ser só meio pedíodo, mas ele acabou aceitanto em ficar o dia todo, o que diminuiu nossos encontros. Início de março começou sua especialização e pelo amor de Deus, era aos sábados e o dia todo. Como ele já trabalhava no hospital, resolvel fazer Neuropsicologia.

Abril era meu aniversário, comemoramos no AP do Breno, apenas nós quatro, o Breno, o Rico, a Tati e eu. Como ele havia se mudado e na correria do dia-a-dia, eu ainda não havia feito a ele uma vizita decente, nos convidou e me fez uma festinha.

Maio foi o pior mês, o Robson inventou que queria aumentar a boate e foi aquele quebra-quebra de parede desgraçado, eu ia praticamente todos os dias durante o dia. O Ricardo me ligava e eu estava ocupado, sentia ele chateado. Eu ligava de volta e era ele quem estava ocupado e não podia falar, ou seja, o tempo estava nos fazendo mal, a gente se via mesmo de verdade só aos domingos e ainda tinha que dividir ele com os trabalhos da pós. O sexo pelo menos era intenso, isso sempre foi uma constante.

Junho era aniversário dele, não dei nada em especial, disse que íamos a Fernando de Noronha e já estava pagando o Cruzeiro pro fim de ano. Levei ele ao Shopping e disse que comprasse o que estava precisando, ele comprou uma jaquete de couro linda que depois me deu uma invejinha branca dele kkkkkk, mas passou quando ele usou no dia do aniversário dele. O Fernando deu um jantar em casa mesmo só pros íntimos.

Nossa vida estava um caos, um sentia a falta do outro, mas o nosso amor estava intácto, pelo menos a distância não estava abalando as estruturas do nosso relacionamento, não tanto, o que seria muito ruim, já que a gente se amava demais. Eu dizia pra ele aguentar, que era só uma fase e que a gente era forte o suficiente pra superar.

Era um domingo e ele chegou no meu AP, eu ainda dormia, só senti quando ele se enfiou debaixo das cobertas.

– oi, bom dia dorminhoco.

– rsrs, bom dia namorado.

– chegou que horas?

– fechamos a boate as cinco e meia amor, to quebrado.

– então dorme, são dez horas ainda. Vou la pro escritorio fazer um trabalho.

– me acorda meio-dia.

– ta. Ainda me ama?

– te amo muito amor. Faz essa carinha não.

– rsrs, eu sei amor, mas a gente está sem tempo né?

– sim amor, mas você me ama?

– bem grande.

– isso é que conta. Vai la fazer seu trabalho, depois te quero só pra mim.

– vou trocar de roupa, dorme.

Ele me acordou a uma da tarde, fiquei meio chateado, mas passou quando o vi pelado kkkkk. Garoto sacana, resolvia qualquer probleminha ficando nu, e eu caia feito patinho, caio até hoje kkkkkk.

Com o passar dos meses as coisas foram piorando. Já era novembro e o Fernando resolveu fazer um churrasco, o Rico me ligou avisando que seria no domingo, disse que não estava muito afim de ir, e foi a pior coisa que falei em todos esses meses de namoroContinuaMuito obrigado pelos comentários de vocês e por lerem. Adoro escrever pra vocês.

E ao leitor recém chegado. O Ricardo é pscicologo mesmo e o meu nome é Eduardo, só mudei o sobrenome, pra não dar tão na cara. A diferença de idade é essa mesmo e confesso que me preocupo mais com isso do que ele. Não é fácil, com tanto franguinho por aí não, a carne aqui já ta ficando maturada, mas tem gente que curte né? Hahahah. De nada invento no que escrevo, só aumento rsrs. Mas a estória é mais ou menos assim.

Obrigado de coração a todos... Beijo grande. :)

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Comentários

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Hahah muito difícil lidar com ah falta de tempo num relacionamento.

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Ri demais desse tio do Rico hahahahaha, ele se faz isso até hoje? Pois é, namorar universitário é complicado, como minha professora disse: "Por isso que muitos namoros e casamentos não dão certos, a pessoa que não passou por uma faculdade acaba não entendendo que você precisa fazer mil e mil coisas, passar dias acordados, ir pra faculdade de madrugada, deixar de sair para qualquer lugar, e até de abandonar o sexo..." etc, etc hahahaha. Sem contar que acaba que ficamos chateados por ver que a pessoa que gostamos/amamos está ficando triste também pela rotina. Estou até com medo do que você vai falar e vai ser quase inédito ler você com raiva. É seu pai não vai entender mesmo, acho que essas pessoas já vem com a região do cérebro bloqueada para aceitar certas situações. A elas eu digo: Morre que passa! Abraços!!

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muito boa sua historia rapaz, estou acompanhando desde o inico, e sempre ansioso pelo novo capitulo,

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Ah cara demais o amor de vocês, que superou até a distancia. Pra mim isso sim é amor.

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AHHHHHHHHHHHHH Cê postou!!! SOltei fogos aqui, gritos eufóricos haushauhs

Já podia postar outro amanhã, nada contra u.u hahaha

Beijão, e até.

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adoro vcs dois a história tudo parabéns o churrasco e uma comemoração seta?

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Linda a história de vcs.Poxa será que vão começar os problemas espero que não amo muito vcs.

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