Você Quer Ser Meu Pokémon? Cap. 4

Um conto erótico de Fã do Pokemon Gui/Dodói
Categoria: Homossexual
Contém 2202 palavras
Data: 11/09/2013 13:08:48

- Você quer ser meu Pokémon? – ele perguntou.

Ele me derrubou na cama e nós trocamos um gostoso e rapidinho beijo.

- Peraí, deixa eu salvar o jogo. – falei, pegando o Game-Boy.

- Cara, você deve me achar muito bobo... – falou Guilherme.

- An? Claro que não véi, por que você acha isso?

- Sei lá. – ele disse, passando a mão no cabelo. – Sabe, as vezes, eu mesmo me acho idiota quando estou com você. Quando estou perto de você eu fico agindo igual um adolescente boboca apaixonado... Fico me sentindo... Fico me sentindo... Ah, deixa pra lá...

Eu olhei para meu primo com ternura.

- Você fica se sentindo o quê? – perguntei. – Fala ow, eu quero saber.

Guilherme fez uma pausa. Ficamos um olhando para o outro.

- Eu fico me sentindo seu namorado. – ele disse, desviando o olhar para o chão e pela primeira vez eu vi Guilherme ficar vermelho.

Então escutei a empregada bater na porta.

- Marcos, telefone, é a Monise. – falou Cintia, a empregada lá de casa.

Levantei e sai do quarto, abandonando Guilherme na cama.

- Oi amor, como é que você tá? – perguntei. – Como é que estão as coisas aí?

- Ah lindo, vovô tá muito deprimido, não tá querendo fazer nada. Os médicos deram a noticia que vovó talvez nunca saia do coma...

- Poxa, eu sinto muito linda...

- Aí a gente resolveu ficar mais tempo aqui, por causa do vovô. Vou ficar aqui até a data do vestibular.

- Claro, claro. – falei.

- Mas tô com muita saudade de você! – ela falou.

- Eu também linda.

Ficamos mais uns 10 minutos de melação no telefone e depois eu me despedi dela.

Resolvi ir assistir televisão, não queria ver Guilherme na minha frente, minha cabeça estava muito embananada

Minha mãe me chamou para jantar.

Vi Guilherme chegar na sala de jantar tentando disfarçar os olhos inchados.

Ficou um clima estranho entre a gente.

Depois do jantar Guilherme ficou na sala jogando seu Pokémon Red. Eu fui para o meu quarto usar computador. Fiquei conversando com meus colegas no MSN, de repente vi que tinha um e-mail novo pra mim. Num primeiro momento achei que fosse um e-mail de Monise me dando noticias. Mas logo vi que o remetente era Guilherme. Ele tinha me mandado o e-mail depois que eu tinha saído para atender o telefonema de Monise.

“Marcos,

Antes de qualquer coisa, quero te pedir desculpas por estar usado o seu computador sem ter pedido a sua permissão. Mas é que não achei outra maneira para falar com você, talvez eu seja muito covarde para dizer pessoalmente...

Quero me desculpar por ter ficado enchendo o seu saco, você está sendo muito atencioso comigo e me tratando muito bem na sua casa, estou envergonhado de ter ficado fazendo brincadeiras de mau gosto com você.

Não quero que a memória da nossa amizade na infância fique prejudicada.

Espero que possamos continuar conversando normalmente. Eu não voltarei a fazer aquelas brincadeiras.

Queria dizer que te admiro muito e que você é uma grande pessoa.”

Confesso que fiquei mexido ao ler aquele e-mail. Deitei na minha cama, abracei meu travesseiro e fiquei pensando em Guilherme, pensando em como eu ficava gratuitamente feliz ao vê-lo alegre e mostrando aquele sorriso dele pra mim. Então por que eu estava sentindo um aperto no coração?

Será que era porque eu não ia mais sentir o calor do corpo de Gui? Será que era porque eu não ia mais poder provar daquela boca de morango?

Voltei para o computador e reli mais umas três vezes o e-mail de Guilherme, sentindo uma compressão no estômago enquanto percorria as palavras que ele tinha escrito.

Foi chegando a hora de dormir. Guilherme entrou no quarto, abriu a bicama e deitou.

- Eu vou ficar jogando Pokémon. – ele falou. – Quando você for dormir, você me avisa.

Eu fiquei no MSN mais alguns minutos e depois falei que ia dormir, Guilherme desligou o Game-Boy e logo em seguida eu apaguei a luz e fui para a minha cama.

Senti um vazio, fiquei olhando Guilherme deitado, torcendo para que ele subisse para a minha cama, mas ele não subiu. Fiquei com vontade de descer para a cama dele, mas eu era muito orgulhoso.

Dormi sentindo um vazio no coração.

Acordei no dia seguinte, eu e Guilherme conversávamos, mas sem qualquer intimidade, como se só fossemos parentes mesmo, era apenas conversa cortês, de educação, nada além disso.

Isso me machucava e ao mesmo tempo me deixava confuso. O que eu estava sentindo por Guilherme? Eu tinha medo de pensar na palavra que começava com a letra “A”.

Quando foi no final da tarde, a empregada já tinha ido embora e meus pais e meu irmão precisaram sair. Ficamos eu e Guilherme sozinhos em casa...

Tava aquele clima estranho entre a gente. Guilherme estava lendo "O Príncipe" do Maquiavel deitado na cama e eu estava na minha bancada estudando.

Entretanto eu simplesmente não conseguia me concentrar.

Parei de fazer o exercício de matemática que eu estava fazendo e comecei a encarar Guilherme. Depois de algum tempo ele percebeu.

- Que foi? – ele perguntou de forma seca.

Fiquei parado olhando para ele, sem responder, criando coragem para dizer o que eu queria dizer.

Finalmente consegui reunir força suficiente para abrir a boca.

- A resposta é sim. – eu falei.

Guilherme me olhou perplexo.

- Como que é?

- Você tinha me perguntado se eu queria ser seu Pokémon e eu não tinha respondido. Tô respondendo agora. – falei sem graça. – Eu quero ser o seu Pokémon.

Guilherme abriu um imenso sorriso ao ouvir aquelas palavras, largou o livro na cama e veio correndo na minha direção.

- Ahh Dodói... – ele falou, me levantado no ar enquanto me apertava num forte abraço.

Algumas lágrimas começaram a descer do rosto dele.

- É desejei tanto ouvir isso de você. – ele falou. – Cara, não consigo acreditar que é verdade.

- Nem eu acredito véi... Mas você mexe comigo, porra, de um jeito que eu não sei explicar...

- Eu serei o melhor dos treinadores. – ele falou sorrindo, fazendo referência à Pokémon.

Então nossas línguas se encontraram novamente e pareceu que havia anos que eu não sentia o sabor daquele beijo maravilhoso.

Eu sentia o toque da mão de Guilherme em meu rosto.

- Meu Pokémon Dodói. – ele sussurrou sorrindo no meu ouvido.

Ficamos curtindo aquele momento romântico durante alguns minutos.

- Espera aí. – falou Gui com cara de quem tava tramando algo.

Ele foi em passos rápidos até a sua mochila Redley e tirou de dentro dela um estojo de CD. Depois ele caminhou em direção ao meu computador.

- Esse CD aqui foi um colega meu lá do Rio que gravou pra mim. – ele explicou. – A família dele é de Fortaleza. São músicas de algumas bandas lá do Ceará. São bem legais.

Guilherme e suas excentricidades, eu pensei.

Ele selecionou a faixa número sete do CD. (Na época essa música nem era conhecida, hoje em dia ela está mais “famosinha”, teve algumas bandas nacionalmente mais expressivas que regravaram ela e tal).

Começou a sair um gingadinho gostoso das caixas de som do meu computador.

- Vem que eu vou te ensinar a dançar forró! – falou Guilherme, pegando em minhas mãos.

Era estranho e ao mesmo tempo gostoso ficar de mãos dadas com o meu primo.

- É só você deixar eu te guiar. – explicou Gui.

- Tá, eu vou tentar, mas eu sou meio desastroso quando o assunto é dançar. – e eu era mesmo!

- Eu vou te ensinar e você vai ficar fera. – ele sorriu.

Um dos braços de Gui estava inclinado, de mão dada com a minha mão. O outro braço dele, ele laçou em minha cintura, puxando meu corpo para junto dele.

- Agora coloca o seu outro braço em cima do meu ombro. – falou Guilherme e eu fiz o que ele pediu.

Então ele começou a me ensinar a dançar forró, enquanto meu computador tocava “Chora, Me liga, Implora”

“Não vai ser tão fácil assim

Você me ter nas mãos

Logo você que era acostumada

A brincar com outro coração...”

A música tinha uma melodia gostosinha...

Depois de um tempinho e com muito esforço, eu já tinha pegado o jeito da dança e estava conseguindo dançar de forma razoável. Era uma sensação tão agradável dançar agarradinho com Guilherme e deixar que ele me guiasse, embalado pela música.

Escutamos o barulho do carro do meu pai chegar e então desligamos a música, fomos para sala e ficamos vendo televisão. Nós dois rindo a toa... Era tão bom estar de bem com Guilherme.

Mas tinha o problema da Monise...

O mais coerente era eu terminar o meu relacionamento com ela. Porém eu não podia fazer isso agora, primeiro porque era falta de educação terminar por telefone e segundo porque ela estava num momento difícil, a avó estava em coma e o avô estava em depressão e ela era muito ligada aos avós, sem contar que tinha o vestibular chegando aí.

O mais sensato era esperar o vestibular passar e foi o que eu decidi. De noite, na hora de dormir, conversei esse assunto com Guilherme, só para sabe a opinião dele.

- Acho que depois do vestibular é melhor mesmo. – concordou Guilherme.

Depois disso ele ficou me secando com os olhos...

- Você quer falar alguma coisa? – eu perguntei.

- Bom cara... – disse Gui encabulado. – Você então não é mais namorado da Monise, certo?

- Sim. – respondi.

- Então cara... – ele ficava lindo vermelho. – Isso quer dizer que você tá solteiro... não é verdade?

- Sim.

Ele então olhou no fundo dos meus olhos de uma forma como ele nunca tinha olhado antes.

- Você quer ser meu namorado? – ele perguntou.

Eu retribuí aquele olhar com a mesma intensidade.

- Quero muito. – respondi.

Ele me olhou com ternura.

- Eu te amo meu Pokémon Dodói... Você faz eu perder a referência, você faz eu perder o chão, você me faz perder o bom senso! Cara, você me deixa perdidinho...

- Eu também te amo, meu Pokémon Gui.

Fomos para a minha cama dormir abraçadinho, peladinhos debaixo do lençol.

- Espera! – exclamei. – O despertador!

- Ah é.

Peguei meu celular e coloquei o despertador para 05h45min.

Deitamos de conchinha, meu primo atrás de mim, com uma de suas pernas em cima da minha coxa, me cobrindo.

Fechei os olhos e dormi profundamente, no conforto do abraço de Guilherme.

05h45min tocou meu celular, nos despertando. Dessa vez Gui foi para a cama dele sem eu precisar pedir, foi bonitinho.

Pontualmente às 06h00min entrou meu pai cantando “Meu Mundo e Nada Mais”. Eu não estava mais agüentando aquela música.

- Pai, você não quer voltar para os hinos, não? – perguntei.

- Não. – respondeu meu pai de forma simples e objetiva, em outras palavras, curto e grosso.

Na aula eu estava alheio, não conseguia acompanhar as explicações dos professores. A única coisa que eu conseguia pensar era que agora eu tinha um namorado. Um namorado muito gato! Só meu, todo meu! Nada de loirinhas...

De tarde quando entrei no meu computador, encontrei mais um e-mail de Guilherme. Dessa vez uma linda declaração de amor que me deixou todo aéreo.

- Como que você me mandou o e-mail dessa vez? – eu perguntei intrigado.

- Mas meu namorado é um Pokémon muito do curioso, meu deus! – exclamou Guilherme sorridente.

- Ah...

- Eu passei numa lan house depois da aula. – ele falou.

O que ele tinha escrito tinha sido tão lindo que eu não queria deletar do meu e-mail. Porém ao mesmo tempo eu não podia deixar na minha caixa de e-mail, porque Monise tinha a minha senha. Era altamente improvável que Monise fosse acessar o e-mail, ela tinha a senha e nunca tinha entrado no meu e-mail, agora que ela estava lá preocupada com outras coisas, a possibilidade dela querer entrar no meu e-mail parecia ainda mais remota. Mas em todo caso, seria de boa precaução tirar o e-mail dali.

Resolvi salvar o e-mail de Guilherme no meu pen drive, aproveitei e salve o e-mail anterior que ele tinha me mandado também, aquele que ele dizia que ia parar com as brincadeiras, queria ter aquele e-mail salvo também. Depois de ter transferido os dois textos, apaguei os dois e-mails da minha caixa de mensagens.

Passei o resto da tarde jogando Pokémon Red, eu estava viciado naquele jogo. Guilherme ficou lendo o tal do O Príncipe.

Quando foi chegando perto de 18h00min...

- Terminei! – anunciou Gui. – Agora já posso ser um soberano!

Ele veio até a cadeira do computador onde eu estava assentado jogando o Pokémon e me abraçou por trás, cheirando o meu cangote e dando um beijo no meu pescoço.

- Véi, você não pode ficar fazendo essas coisas assim. – eu falei. – Se entra alguém?

- Cara, eu faço isso de propósito, só pra você fazer essa carinha de preocupação...- ele disse e depois acrescentou. - Vai soar muito gay isso que eu vou falar agora... Mas vou dizer mesmo assim, porque não consigo achar outra palavra para usarVocê fica muito fofo com essa carinha de preocupado.

Trocamos um selinho, depois ficou silêncio, um olhando para o outro, um clima esquisito entre a gente. Acho que nós dois estávamos pensando a mesma coisa. Como seria o nosso futuro? Quer dizer, depois do vestibular Guilherme ia ter que voltar para o Rio... O que ia acontecer com a gente?

Acho que nesse momento Guilherme leu minha mente.

- Vamos fugir... – ele falou, soltando sem nexo a frase no ar

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Comentários

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Cara essa repostagem está ótima, fico muito feliz com esses contos da época do ouro(orkut) e não fique chateado com a inveja dos outros, continue postando, eu diria que era plagio se você dissesse que foi você que criou, mas você disse a verdade, e se o autor original não gostar ele pede para você parar de postar, acho fofo esses contos e eles tem que encarar e não fugir.

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seu malvado vc fez o gui chorar e ele e tao fofo eu sei que nao e facil se descobrir apaixonado por um kra mas o marcos e um grosso

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