A ESCOLHA - PARTE 16

Um conto erótico de Uisley
Categoria: Homossexual
Contém 1768 palavras
Data: 01/09/2013 11:39:38

A ESCOLHA – PARTE 16

Eu percebi que eu estava dentro de um carro, e parecia que o motorista corria numa velocidade um pouco alta. Olhei para fora da janela e vi as lojas passando num flash. Depois de alguns minutos o carro parou e eu estava com vontade de vomitar. Alex abriu a porta do carro e me ajudou á sair. Vi que não estava na minha casa. Queria voltar pro carro e ir embora, mas Alex me arrastava para dentro daquela casa que era muito bonita. Casa de rico.

Alex: Ei se é muito pesado, não dá pra dar uma forcinha não?

Ele abriu á porta da casa e me ajudou a deitar no sofá de luxo na sala. Eu estava muito cansado e estava quase dormindo. Eu sentia á mão do Alex no meu rosto, ele ficava me acariciando e era tão bom aqueles dedos dele que parecia algodão.

Alex: Ei não dorme aqui não. O sofá é muito duro e ruim. Se dormir aqui, amanhã vai estar todo quebrado. Me deixa levar você para uma cama logo antes que apague e eu não consiga levar depois.

Ele me puxou e eu me apoiei em seu ombro, passei meu braço por trás do pescoço dele e ele me arrastou até um quarto grande e muito luxuoso e depois me colocou na cama. Eu estava muito zonzo e Alex ali, me cobrindo e passando a mão no meu rosto... Ele se tornou um lindo garoto. Ele ia sair de perto de mim e presumi que ia sair do quarto também, mas consegui puxar seu braço e impedi-lo de ir.

Eu: Não vaaai... Ficaa aquii comiiigooo.

Alex: Ei Rô, é melhor você descansar e não quero ficar aqui do seu lado incomodando.

Eu: Nãooo... Deitaa aqui comiiigooo.

Eu senti o peso dele sentando na cama ao meu lado e logo ele deitou e eu pude sentir aquelas mãos macias dele me abraçando por trás. Eu estava tão cansado que apaguei alguns minutos depois e nem vi á noite passar.

Acordei de manhã com meu celular tocando. Assustei-me ao ouvir o toque e me assustei ao perceber que eu tinha dormido com o Alex e que ele estava abraçado comigo. Tirei os braços dele de cima de mim, e corri e peguei o telefone que estava em cima de uma mesinha no canto do quarto. O Alex deve ter colocado meu celular lá, eu não se lembrava de quase nada que aconteceu na noite anterior. Minha cabaça estava um pouco doendo, mas era normal. Eu sempre acordava com um pouco de dor de cabeça mesmo, então para mim era normal. Alex abriu os olhos e me encarou sorridente. Peguei o telefone e vi no visor o nome do Jack, e vi que ele já havia ligado 12 vezes sem sucesso.

Eu: Oi Jack.

Bruno: Mano onde você está?

Eu: Hã... Num hotel...

Menti. Alex riu baixinho. Eu ás vezes era péssimo na mentira.

Bruno: O que? Num hotel? Mas o que está fazendo num hotel?

Eu: É que ontem eu bebi demais e acabei vindo pra um hotel. Vai que acontecesse alguma coisa na volta para casa, então decidi dormir num hotel.

Bruno: Mano eu fiquei te procurando que nem louco lá na festa ontem... Devia pelo menos ter me avisado antes de ir né!

Eu: Desculpe Jack, eu não sabia onde você estava e então deixei quieto.

Bruno: Ok vem embora logo.

Eu: Ok, já estou indo.

Desliguei o telefone e encarei Alex.

Alex: Bom dia. Está melhor?

Eu: Melhor? Por quê? Eu passei mal ontem?

Alex: Você bebeu pra caramba e eu trouxe você pra minha casa para descansar.

Eu: Ai que vergonha.

Alex: Não ta tudo bem. Foi doloroso arrastar você da escada acima até aqui, mas olha só... Estou vivo.

Eu: Olha desculpa mano, eu geralmente não bebo muito e agora exagerei demais.

Alex: Não te tudo bem, você já vai?

Eu: É, tenho que ir... O meu irmão disse para eu aparecer em casa logo.

Ele sorriu.

Eu: Essa casa é sua?

Alex: Não, da minha família. A gente se mudou pra esta casa á um ano e meio. Legal aqui não é? Meu pai vai passar pro meu nome o ano que vem quando eu completar 20 anos. Há e não se preocupe, minha mãe e meu pai estão viajando, então estamos sozinhos.

Eu: Háá. Legal. Olha me desculpa mais uma vez por tudo e também pelo fato de você quase morrer para me carregar bêbado para sua casa. Eu preciso ir embora.

Alex se levantou da cama e me acompanhou até a porta da sala. Ele segurou meu braço antes de eu partir para fora da casa e aproximou bem pertinho de mim que pensei que fosse me beijar.

Alex: Por favor, tome cuidado. Principalmente se for beber de novo e qualquer coisa me dá um toque. É o mesmo número de antes. Quero perguntar também se você quer uma carona até sua casa. Aceita?

Eu: Ok. Valeu mano, mas você já me ajudou demais.

Alex: Não, deixe que eu leve você. Por favor.

Eu: Hai, tudo bem.

Ele ficou feliz e entrou na casa e pegou á chave do carro e um controle remoto. Apertou um botão no controle remoto e o portão da garagem abriu e um lindo volvo preto e reluzente estava lá dentro. Pensei que iria babar, mas foi só pensamento.

Alex: Vamos?

Eu: Vamos.

Entrei no carro e fiquei olhando de vez em quando para o rosto dele. Eu reparava no garoto lindo que ele se tornou, mas pensei também nas coisas do passado quando ele queria se vingar de mim. Alex parecia ter mudado muito. Ele estava mais bonito, carinhoso e maduro. Ele ligou o carro e saiu numa velocidade considerável.

Ele percebeu que eu estava encarando ele.

Alex: Tudo bem?

Eu: Sim, está tudo bem. Diga-me, como te chamaram para ser modelo?

Alex: Nem eu sei. Eles simplesmente chegaram em mim e me chamaram. Eu assinei uns papéis e aceitei. É bom ser modelo. Estou tirando essa semana de férias.

Olhei para o corpo dele e parecia bem definido, mas não conseguia ver por que ele estava com uma camiseta com manga. Nem dava pra ver os braços dele.

Eu: Você malha?

Ele sorriu.

Alex: Claro. Um modelo deve manter á forma. Mas na verdade eu malho desde meus 16 anos.

Eu: Você nunca me contou.

Alex: É por que eu não queria mais arrumar confusão com você e nem queria que ficasse irado comigo, então decidi afastar.

Eu: A gente era praticamente crianças adolescentes com seus dramas de relacionamento. Isso passou. Pelo menos para mim sim.

Alex: Então quer dizer que eu sou seu amigo?

Eu: Não sei. Você é e meu amigo?

Alex: Você quer que eu seja?

Eu: Pra mim tudo bem. Eu estou de boa, ainda mais por que você me ajudou.

Alex: Então somos amigos.

Ele sorriu e eu retribui o sorriso. Logo ele estacionou o carro na frente da minha casa e antes de eu descer do carro...

Alex: Posso pedir uma coisa?

Eu: O que?

Alex: Mas têm que prometer que não vai ficar bravo comigo. Promete?

Eu assenti com a cabeça concordando.

Alex: Me dá um beijo?

Eu olhei para ele meio sem saber o que falar.

Alex: Se não quiser tudo bem, eu vou embora...

Coloquei o dedo na boca dele para impedi-lo de continuar á falar e o beijei na boca. Foi um beijo um pouco demorado e ele colou a mão dele no meu pescoço e retribuiu com outro beijo e ficamos ali nos beijando. O beijo dele era muito bom também, e era quase viciante por que eu não queria parar de beijá-lo.

Quando terminamos o nosso beijo ele sorriu lindamente para mim.

Alex: Não sabe como isso significa para mim Rô. Você sabe que eu sou apaixonado por você desde á adolescência. Obrigado por me dar esse beijo.

Eu: Tudo bem, de nada. Acho melhor eu ir.

Alex: Tudo bem, a gente se vê outra hora amigão.

Eu: Ok. Até mais Alex.

Desci do carro e logo ele foi embora, desaparecendo no horizonte da rua. Sorri comigo mesmo. Eu gostei daquele beijo. Gostei muito. Alex parecia um vilão á alguns anos atrás, mas olha pra ele agora... Ele me acolheu na casa dele, quer dizer casa vírgula. Aquilo tava mais pra mansão de ator de filmes de Hollywood.

Abri á porta e entrei em casa. Falei bom dia pro Jack e fui para meu quarto. Liguei o notebook e entre no Facebook. Fiquei lá curtindo e comentando umas postagens e então percebi que o Felipe estava on-line. Mandei um “oi”, mas não obtive resposta nenhuma.

Eu: “Qual é? Não vai mais falar comigo? Olha se você não sabe o Alessandro se foi. Ele morreu á três anos atrás e então ele não pode me proteger. Poxa, eu sinto sua falta e você faz isso comigo.”

Demorou alguns minutos e obtive minha primeira resposta dele em anos.

Felipe: “O Alessandro o que? Ele morreu mesmo?”

Eu: “Sim, foi baleado e não conseguiu sobreviver.”

Felipe: “Nossa, tadinho... Puxa vida Rô, eu não sabia. Por que só me contou agora?”

Eu: “Por que você sumiu! Você nem se quer mais fala comigo! Acha que só por que foi embora e deixou o Alessandro no seu lugar, ia ser melhor você ficar longe... Poxa, você me deixou pior do que eu estava!”

Felipe: “Desculpe Rô, mais queria ver você feliz e como eu não podia estar ai fazendo isso, eu deixei ele no meu lugar... Sabia que ele era uma pessoa boa e que gostava de você. Eu preferi perder você pra ele do que perder você para uma pessoa que ia te fazer triste.”

Eu: “Esquece isso. Olha queria poder ver você.”

Felipe: “O meu bebê... Talvez eu volte o ano que vem.”

Eu: “Puxa vida, queria te ver agora.”

Felipe: “É meu bebê, não posso fazer nada agora. Olha vou ter que sair, depois a gente se fala melhor.”

Eu: “Ok!”

Sai do Face também. Eu estava sentindo falta de alguém. Falta de uma pessoa que me apoiasse e que estivesse ali do meu lado. Peguei meu celular e fiquei olhando a lista de contato, até que achei o nome que eu queria. Alex. Ele era o único que talvez estivesse do meu lado e me apoiaria naquela hora. Liguei para ele e esperei ele atender.

---(CONTINUA)---

COMENTÁRIO DO AUTOR:

OBRIGADO PELOS COMENTÁRIOS ANTERIORES. ESPERO QUE ESTEJAM GOSTANDO DA RETA FINAL DESSE CONTO...

campoazul_10@hotmail.com

EM BREVE Á CONTINUAÇÃO DE A ESCOLHA.

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Comentários

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Acho que todos merecem uma segunda chance, se o Alex fez aquilo com ele porque se sentiu rejeitado e quiz se vingar, tudo bem, mas se ele realmente se arrependeu dê a chance. Embora ache que muita coisa vai ser revelada nessa reta final do conto pra mudar tudo. Ansioso pela continuação.

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Legal mas é estranho saber que a pessoa que fez ele sofrer tanto o faça feliz agora, mas espero que de tudo certo

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