ENTRE HOMENS - CAPÍTULO XXIV – CRISTAL QUEBRADO

Um conto erótico de Antunes Fagner
Categoria: Homossexual
Contém 3723 palavras
Data: 22/09/2013 21:20:51

ENTRE HOMENS

CAPÍTULO XXIV – CRISTAL QUEBRADO

Os dias se passarão na fazenda Paraíso. Seu Fernando faz a proposta de comemorar o aniversário de Humberto.

“Como vocês sabem faltam dois dias para o aniversario do meu caçula gostaria muito de fazer uma festa para comemorar esse dia.”

“Mas pai, fico sem jeito com isso.”

“Que nada meu filho, você merece.”

“Verdade meu irmão, afinal será o seu primeiro aniversário entre a gente.” Falou com o sorriso nos lábios Taumaturgo.

“Não mereço o amor de vocês mesmo. Sinto-me muito amado por vocês.”

Seu Fernando deu um abraço demorado no seu filho caçula. Fez um gesto pedindo a aproximação do seu primogênito. Todos se abraçaram. Humberto começou a enxugar as lagrimas.

“Sei lá não mereço mesmo o amor de vocês.”

“Meu filho na vida sempre existe a possibilidade de darmos a volta por cima. Se um dia você errou com o seu irmão. Não deixe que o passado te marque para sempre. Se o Taumaturgo te perdoou, entenda isso como prova de amor que você conseguiu com o seu arrependimento.”

“Poxa pai me sinto pequeno agora.”

“Não se preocupe meu filho. A vida nos ensina que somos pequenos diante das dificuldades diárias, que somos ínfimos diante dos nossos medos, que somos pequenos diante de nossos sonhos. Mas a vida dia que somos maiores quando esperamos com amor e acreditamos no outro.”

“Nossa paizão o senhor realmente está inspirado, hein!” Falou rindo Taumaturgo.

Próximo dali Enzo escutara toda a conversa sobre o aniversário de Humberto. Procurou se ausentar da fazenda indo em direção da fazenda dos SilvaNa fazenda dos Silvas

Enzo se aproxima da porta central do casarão e toca a campainha da próxima a porta. Um dos empregados da fazenda abre a porta.

“Preciso falar com o seu patrão.”

“Prontamente. O senhor pode esperar aqui na sala. Vou anuncia-lo.”

Após alguns minutos o empregado pede que Enzo adentre a sala onde se encontrava André.

“O que lhe traz aqui meu caro.”

“Bom uma informação da casa do meu tio.”

“E qual seria?”

“Meu tio quer fazer o aniversario daquele bastardo.”

“Hum, interessante... Poderíamos aproveitar esse momento para minar a relação do teu primo com o Miguel, o que você acha?”

“Por mim tudo certo. Mas como seria isso?”

“Bem, poderíamos forjar uma situação de traição. Mas vou precisar de sua ajuda é claro.”

“Por mim tudo bem, contanto que você não venha a prejudicar o meu primo.”

“Claro nunca iria prejudicar o seu priminho. Lembre-se que eu quero muito bem a ele.”

“Tomara que seja isso mesmo. Nunca vou me perdoar se algo acontecer ao Taumaturgo. Apesar de não aceitar o namoro dele com o tal peão. Em hipótese nenhuma vou querer vê-lo sofrendo.”

André se aproxima de Enzo. Beija-lhe a testa. Coloca suas mãos nos seus ombros. Encosta seu queixo na cabeça de Enzo. E lhe diz:

“Preocupado com o priminho é? Pensava que você não tivesse coração!” Falou de uma forma debochada.

“Claro que tenho coração. E amo de coração o meu primo. Apenas não aceito essa relação que ele desencavou e está acorrentado.”

“Posso lhe fazer uma pergunta?”

“Faça-a.”

“Sinto uma pontinha de ciúmes do Taumaturgo. Será que realmente é somente isso ou você está com outros interesses?”

De repente Enzo se levanta do sofá no qual se encontrava e fala exaltado.

“O que poderia ser o outro interesse?”

“Acredito que você está gamado pelo peão.”

“Você está loucoooo. Nunca isso iria acontecer comigo. Não misturo os departamentos. O problema do Taumaturgo sempre foi esse lado bondoso dele. Ele sempre acreditou no amor. Que o amor não tem fronteiras, na cabeça dele não existe classes sociais.”

“Hum, espero que seja isso mesmo meu caro. Não se pode negar que o Miguel é um pedaço de mau caminho capaz de despertar nas pessoas o desejo sexual e até mesmo o amor por aquele peão.”

“Você nunca me disse o motivo porque você tem tanta raiva do Miguel. O que ele te fez para que você queira a queda, a destruição dele?”

André dá as costas para Enzo. Por um tempo fica em silencio. E fala: “Por enquanto apenas quero que você colabore comigo. Quem sabe chegue o momento que não somente você mais todos saberão o que o Miguel fez comigo.”

“Pelo visto foi algo muito grave pra despertar essa sede de vingança de você por ele.”

Andre volta-se para Enzo se aproxima dele e dá-lhe um beijo demorado. Enzo responde-lhe com um beijo de língua. Enfiando sua língua dentro da boca do peão. Apalpando a sua bunda.

“Você está com saudade do meu traseiro?”

“E como essa bunda é uma delicia.”

“Podemos matar essa saudade agora.”

“Agora...”

André e Enzo vão para os aposentos do peão. André tranca a porta. Enzo joga Andre sobre a cama de forma violenta. Abre o zíper de sua calça e faz com que o peão engula sua rola. E depois fazem sexo bem selvagemNa fazenda Paraíso, começam os preparativos para o aniversário de Humberto.

Todos estão empenhados com a preparação do ambiente da festa. Rita está tomando à frente de toda a organização. Afinal é o aniversário do namorado dela. As mesas estão sendo arrumadas à beira da piscina da fazenda. No centro das mesas estão sendo postas arranjos de flores brancas. Rita está pondo um arranjo de flores numa mesa quando é abraçada por trás pelo aniversariante.

“Oh meu amor!”

“Nossa que o meu amor está empenhada na arrumação da casa.”

“Que nada. Apenas estou fazendo o básico. Além de que você merece meu amor.”

Humberto pega uma flor branca e coloca entre os cabelos e o ouvido de sua amada.

“Uma flor para mais bela flor. Que perfuma e embeleza a minha vida.”

“Nossa meu homem está tão romântico hoje. Não mereço tanto (risos).”

Os dois se abraçaram e se beijaram. O sol alumiava o momento do casal cercado de mesas ornadas com arranjos branco de flores. Um gramado verde servia de tapete perfeito para qualquer transeunte.

No momento em que o casal estava no maior amasso, aparece o seu Fernando.

“Pai!”

“Deixa disso meu filho, está tudo bem! Fico feliz em ver você de bem a com Rita.”

“Seu Fernando eu fico sem graça, perto do senhor.”

“Não fique minha filha. Estou muito contente com o namoro de vocês. E sei que você faz muito bem ao meu filho. Depois que ele te conheceu, vejo nitidamente a mudança de comportamento dele.”

“Poxa pai, para com isso, o que a Rita vai pensar de mim?”

“Que antes de te conhecer você era um brutamonte (risos).”

Humberto ficou todo corado com que se dizia a respeito dele, sentou-se em uma cadeira próximo dele. Rita e seu Fernando não resistiram e caíram de risos com as atitudes de Humberto.

Observando a tudo isso está Enzo na varanda. Seu Fernando ao vê-lo pede que venha e se aproxime do grupo. Enzo prontamente se aproxima.

“Pelo visto tudo indica que a noite vai ser inesquecível.”

“É meu sobrinho, tudo indica que a noite vai ser maravilhosa.”

“Espero que tudo seja legal mesmo, titio.”

Rita aproveita o momento e atiça um pouco o modelo:

“Uma coisa curiosa, nunca vi você dirigindo a palavra para o Humberto.”

Enzo ficou meio desconfiado com a afirmativa da professorinha.

“Não é bem assim. Apenas não sinto Humberto como meu primo, alguém que faz parte da minha família.”

“Meu sobrinho, o Humberto é tão teu primo como o é Taumaturgo.”

“Entendo, tio, mais ainda não engoli o que o Humberto fez com o Taumaturgo, na verdade ainda não entendi como vocês mudaram tão rápido de opinião com ele. Ele só causou mal.”

Humberto se levanta da cadeira com o intuito de tirar satisfações com Enzo. Aproximar-se do modelo com certa raiva dos comentários do mesmo. Quando tenta ensaiar um murro na direção do rosto de Enzo, o mesmo é impedido pelo seu pai.

“Para com isso vocês dois... Oxi, hoje é dia de festa, não quero saber de brigas aqui.”

“Esse carinha ai que o senhor insiste em chamar de filho, não é meu primo.”

“Espero que você se desculpe agora dele, Enzo.”

“Não acredito que o senhor está pedindo isso de mim.”

“Não estou pedindo, estou exigindo. Peças desculpas do seu primo.”

“Tio, ele não é meu primo.”

“Não preciso de suas desculpas cara. Se o meu pai e o meu irmão me perdoaram e me acolheram não preciso de sua esmola ou de caridade.”

“Enzo, entenda uma coisa, o Humberto é tão meu filho quanto o Taumaturgo. Por isso peço o mesmo amor para com ele. E além do mais o Humberto nunca lhe fez mal pra você viver assim de rancor com ele.”

“Sei disso, tio, mas por enquanto ainda não engoli esse papo furado dele. Se o senhor o considera o seu filho, tudo bem. Agora não sou obrigado a aceitá-lo como meu primo.”

Enzo empurra Humberto e se afasta de todos bufando de raiva por ter sido contrariado. Quando Humberto tenta alcançá-lo é impedido por Rita.

“Deixa meu amor... um dia vocês vão se entender.”

“Nunca fiz nada com ele. Sei que eu errei feio com o Taumaturgo. Envergonho-me de tudo o que eu fiz no passado.”

“Meu filho o que se faz no passado não se apaga com uma borracha... temos que ter paciência para viver o presente e não cometer os meus erros no futuro. Agora deixa o teu primo refletir um pouco, quem sabe o tempo não ajuda ver que ele está sendo intransigente com você.”

Seu Fernando se aproxima de Humberto e o abraça carinhosamente. O jovem peão apenas corresponde aos afetos paternos com um amplexo demorado no seu velhoNa mansão de Pablo Scobar.

Um belo café da manha está posto à mesa. Pablo como de costume está tomando seu café preto e encorpado, lendo as noticias do jornal. Alan aparece junto a ele se espreguiçando.

“Bom dia meu amor.”

“Bom dia gato, pelo visto você acordou mais animado. Que tal a gente fazer algo juntos hoje?”

“Sinto lhe desapontar, mais preciso ir até a casa dos meus pais, que moram no interior do estado. Sabe hoje é aniversario de morte deles e gostaria de visitar os túmulos dos meus pais, se você não se importa é claro.”

“Claro que não. Mas acho isso muito mórbido. O que passou, passou gato.”

“Sei que você pode ser materialista, mas eu acredito em outra vida. Acredito também que devemos zelar pela última morada de quem nos é muito importante.”

“Você é muito nostálgico meu caro. A vida é feita aqui e agora. Não devemos ser tão sentimentalistas. Apegados ao passado. Devemos nos ater no presente. É nisso que eu acredito, meu gato.”

“Cada um tem suas crenças. Procuro respeitar isso, mais devemos alimentar os nossos laços com as pessoas que amamos também.”

“Está certo Alan, mais tenho que ir pra agencia agora. Quando você volta?”

“Acredito que daqui uns três dias. Tenho que ver algumas coisas que ficaram na casa. Nunca tive coragem de deixar alugada a casa dos meus pais. Pra mim tudo lá é sagrado.”

Pablo beija a testa de Alan e se despedi. Alan toma seu café. Logo em seguida arruma suas malas para viagem... Passada algumas horas de viagem, Alan chega a uma cidade próxima do Rio de Janeiro, Niterói. O nosso modelo chega a uma casa bonita que fica cercada de muitos jambeiros. Adentra na casa, deixa sua bagagem e vai até um quarto. No recinto do quarto abre uma gaveta da escrivaninha onde se encontra um bolo de cartas envolvido por um laço que facilmente o modelo desata.

Começa abrir a primeira carta e começa a chorar com a leitura do texto que se encerra no corpo da carta. O que pode ter no conteúdo de tal epístola que tanta comoção causa no jovem Alan? O passado que se encontra naquele ambiente ainda mexe com a interioridade do modelo.

Alan deixa sobre a mesa as cartas. E joga-se sobre a cama. Em prantos jura que tudo o que tem feito não será em vão. Olha com muita emoção para os papeis e tenta tocá-los. Mas uma força interior o impede de entregar a tanta tristeza que teima em morar no seu coração.

Sem se dar conta Alan adormece em seus pensamentos solitários e ensurdecedores. Após certo tempo recobra os sentidos. Vai até o banheiro e toma um banho refrescante. Dirigi-se até a cozinha, abre a janela e descobre que está desabastecida, nem se quer tem água potável para beber. Resolve pegar o carro e ir até ao supermercado fazer compras.

No supermercado entre um produto ou outro da pratileira, começa lembrar-se de fatos do passado.

‘Um dia no passado quando surfava com um cara lindo. Pareciam dois amigos de longa data. Dois adolescentes que brincavam sem nenhuma preocupação adiante. Sem nenhuma pretensão, apenas armadorismo, enfrentavam com ousadia as ondas que se formavam no mar. Dois meninos que se entregavam a risos, despudorados de qualquer medo onipresente. O outro rapaz após sair do mar se dirigia a Alan, enfiava sua prancha na areia e se sentava do seu lado.’

“Eu te amo muito... Para sempre vou te amar.”

“Eu te amo muito meu brother. Você sabe que mora aqui no meu coração.”

“Sei disso sim... Nunca em minha vida vou te esquecer. Nem mesmo a morte vai me tirar o amor que sinto por você.”

“Para com isso Ícaro, pensamento negativo atrai coisas negativas. A vida é muito linda para pensarmos coisas negativas.”

“Está certo... por isso confio em você. Mas agora vamos pra água senão vamos qualhar aqui na praia (risos).”

‘Os dois rapazes se dirigem para as águas marítimas como duas crianças que vem pela primeira vez o mar.’

Toca o celular despertando Alan de seus pensamentos antigos, olha para o visor aceita e chamada:

“Oi Roberto.”

“Vi sua mensagem no meu celular. Você se encontra na cidade? Quando você chegou?”

“Não faz muito tempo. Apenas o tempo duma visita ao supermercado (risos).”

“Podemos nos encontrar naquele nosso local de sempre pra conversar. O que você acha?”

“Está tudo bem então, nos vemos depois.”

Alan depois de encher o carrinho de compras, dirige-se para o caixa para efetuar o pagamento. Retira da carteira o seu cartão de crédito para efetuar o pagamento. Vai até o carro desabastece o carrinho do supermercado colocando tudo no porta-malasNa fazenda paraíso.

A noite está maravilhosa. O céu todo cintilado de estrelas para abrilhantar o momento de comemoração da família dos Alves. Era o aniversário do caçula do seu Fernando. O filho que ele descobriu tempos recentes. Fruto de um amor avassalador, de encontros fortuitos que renderam o nascimento de Humberto que hoje chega aos seus 21 anos de idade.

Os convidados começam a chegar à festa. Alguns peões que conviveram com ele fizeram questão de celebrar esse momento seu agora junto de seu pai e do seu irmão, Taumaturgo. Ainda mais agraciado por um amor que é a sua Rita. Seu Fernando se torna o anfitrião da festa todo felicíssimo por se tratar da festa do seu caçula. Rita está empenhada nos últimos acertos. Taumaturgo e Miguel auxiliam na festa preparando a churrascada e as bebidas.

Enzo fica por ali apenas observando a agitação da festa sem muito interagir com os demais convivas. Andre desponta próximo da piscina e ao longe faz um gesto para Enzo. Os dois se afastam e começam a planejar o que iriam fazer naquela noite para separar Taumaturgo de Miguel.

“Espero contar com a sua ajuda hoje, Enzo?”

“Espero que seja algo que não venha machucar ninguém, principalmente, o Taumaturgo.”

“Relaxa bonitão, só peço que você convença o Miguel para vir próximo da piscina quando eu estiver conversando com o seu priminho querido.”

“Vou tentar, mas não sei se tenho todo esse poder de persuasão junto aquele peão.”

“Por hora precisamos nos afastar não quero que ninguém saiba que temos algum tipo de intimidade.” Falou André se afastando do modelo.

Seu Fernando chama a todos para se aproximar da mesa que continha o bolo de aniversário de Humberto. Por sua vez o jovem peão estava radiante com a comemoração. Não esperava que aquela família que um dia prejudicara com o seu pré-julgamento e preconceito, agora pudesse estar lhe proporcionando esse momento especial.

“Venham meus amigos, se aproximem... Meus filhos: Taumaturgo e Humberto venham para junto de seu velho.”

Seu Fernando deu um abraço muito carinhoso em cada um de seus filhos. Fez outro gesto chamando agora o Miguel e Rita para se aproximarem.

“Hoje estou muito feliz, é a primeira vez que festejamos o aniversario do Humberto aqui no seio da nossa família. Há pouco tempo descobri que tenho um filho que o destino quis que fosse criado longe de mim. Mas graças a Deus hoje ele se encontra perto de mim... Estamos aqui para celebrar a vida dele. Peço a todos que ergam suas taças e vamos brindar esse momento.”

Todos atenderam ao pedido e elevaram suas taças. Exceto é claro o nosso modelo Enzo que ainda não engolira toda essa história.

“Tim, tim, tim...”

“Mano está na hora de você corta o bolo. Queremos saber pra quem vai a primeira fatia (risos)?” Tomou a palavra Taumaturgo brincando com Humberto.

Depois de corta a primeira fatia, deu para o seu Fernando:

“Claro que a primeira fatia é para o meu pai, que me acolheu e me amou como eu sou. Essa fatia é pra você meu irmão, o melhor irmão que eu podia querer ter tido nessa vida.”

A noite estava prometendo fortes emoções. Rita não parava de paparicar o seu amado peão. Realmente formam um belo casal. Há quem diga que realmente eles vão além de que um simples namoro. Os dois estão profundamente enamorados. Seu Fernando era só sorrisos, a sua família toda reunida, os amigos da redondeza da fazenda, marcaram presença, além dos peões que estavam presentes.

Miguel conversa com Taumaturgo sobre a presença de André na festa, mostrando que se sente incomodado com tal presença.

“Morr queria saber quem convidou esse cara?”

“Sei lá amor, você já esqueceu que o Andre é peão de outra fazenda, quem sabe não foi o Humberto que o convidou.”

“Hum, sinceramente não curto a ideia, Morr dele aqui entre a gente. vou pirar na batatinha se ele tentar dá em cima de você.”

“Deixa disso amorzão. Meu peão é muito bravo.” Taumaturgo concluiu a frase roubando um beijo de Miguel.

Ao longe na espreita, André apenas observa o desenrolar da conversa entre o casal de pombinhos. O que será que está se passando na cabeça daquele peão? O que ele pretende para atrapalhar a vida dos nossos enamorados?

Sem se dar conta de qualquer intenção ofensiva Taumaturgo fica de namoro com Miguel.

“Nossa Miguel será que realmente você teria coragem de fazer alguma coisa?”

Miguel começa a coçar a cabeça quando fica sem uma resposta imediata:

“Não sei Morr, sei lá sempre vejo o André se aproximando de você feito um urubu. Mas uma coisa é certa deixa ele comigo, se ele se aproximar de você com segundas intenções ele vai ver (risos).”

“Oxi que lindo ver o meu peão todo valente assim.”

“Morr coloca uma coisa na sua cabeça, eu sou um cara louco de paixão por você. E farei tudo o que for possível para demonstrar o amor que eu sinto por você.” Miguel não hesita e toma o seu Anjo em seus braços e dá-lhe um beijo demorado de tirar o fôlego.

Rita e Humberto se aproximam do casal e pedem que Taumaturgo o acompanhe para se despedir de algumas pessoas. Miguel fica junto à churrasqueira ainda assando alguns pedaços de carne.

Alguns casais dançam a beira da piscina. Enzo se aproxima de Miguel.

“Oi Miguel!”

“E ai Enzo, pouco te vi hoje.”

“Estava por ai, afinal não tenho muito pra comemorar.”

“Deixa disso soh, é aniversário do teu primo.”

“Não o considero meu primo, só tenho um primo, o Taumaturgo.”

“Você é cabeça dura mesmo, hein. Se o meu Anjo já o perdoou quem somos nós ainda pra criar confusão, homem.”

“Não quero mais tocar nesse assunto. Que tal deixar essa carne ai, vamos dar uma volta.”

“Está certo vamos conversar... Nunca tivemos uma conversa legal. Pouco nos falamos.”

Os dois começam uma prosa muito descontraída. Pareciam amigos de longa data. No outro ponto da festa, quando todos já começam a ir embora, André se aproxima de Taumaturgo.

“Você deve estar muito feliz?”

“Claro André é o aniversario do meu irmão.”

“Vi que ele está muito feliz, ainda bem acompanhado com a Rita. Formam um belo casal.”

“Torço muito pelo meu irmão, quero que ele seja muito feliz.”

André vai ficando mais próximo de Taumaturgo.

“E quando eu vou ter a minha chance?”

“Eu não estou entendo o seu papo?”

“Claro que você está entendendo, o que eu estou dizendo. Estou falando de nós dois. Quando você vai ficar comigo.”

“Hei cara, é melhor parar com esse papo aqui. Estou muito bem obrigado com o meu amor.”

“Eu sou o melhor partido que ele. Eu sou melhor que ele. Eu tenho muito desejo por você.”

“Acho melhor eu ir embora. Não estou gostando do rumo que esse papo está tomando.”

André percebendo que Miguel se aproximava com Enzo. Repentinamente força um beijo na boca de Taumaturgo.

“O que está acontecendo aqui?” Disse o Miguel espantando com tudo que estava vendo.

‘Um dia você vai sentir que não meu deu valor

Que nunca soube entender meu verdadeiro amor

Queira Deus que já não seja muito tarde

Quando você se tocar, já me perdeu.

Os sonhos que eu fui buscar na luz dos olhos seus

De tanto que só fiz te amar, ficaram sendo meus

Agora você vem dizendo, que se enganou no sentimento

Inventa essas palavras doces pra dizer adeus.

Não tente me enganar! Não diz que vai voltar!

Não minta pro meu coração!

O amor quando se parte assim é um cristal quebrado

Não cola nunca mais, o sol não se refaz

A alma perde a ilusão, os passos de uma paixão

Não voltam pro passado.

Eu peço a Deus que dê em dobro pra você

Tudo que me desejar de hoje em diante

Do fundo do meu coração

E se você sofrer, quando se arrepender

Não pense em me rever, não peça a minha mão

Volta pra mim, não!’

Continua...

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Comentários

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espero que o amor entre os dois seja mais forte que qualquer intriga provocada externamente por aqueles que tercem contra o casal

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André filho de um égua,creitno sem futuro.

Adorando o conto.

Abraços.

Bom dia.

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bom, você foi bonzinho e deixou o flagra a situação toda bem leve (mas sem perder a importância do fato). Muito obrigado (sei que não foi por minha causa, mas mesmo assim agradeço rsrs). Então né, acho que vai ter briga nessa festa (e se tiver, que seja do peão ardente com o André) rsrs

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