CLICHÊ ADOLESCENTE – Parte 2

Um conto erótico de Felipe (hellolipe)
Categoria: Homossexual
Contém 1479 palavras
Data: 14/09/2013 18:00:57

Pessoal, estou muito feliz por o início do meu conto ter agradado vocês, eu realmente não pensei que seria tão bem recebido aqui. Estou decidido a continuar ele aqui na CDC e espero que eu obtenha novamente o retorno de vocês para eu saber como estou me saindo. Lá embaixo tem alguns agradecimentos e a resposta das perguntas que me fizeram. Divirtam-se.

♡♡ PARTE DOIS - DESENCONTROS ♡♡

No caminho pra casa, eu e Leila fomos conversando sobre as duplas: quem provavelmente ia se dar bem, quem não, etc. Falamos também sobre o ano estar acabando e como ele passou tão rápido. Chegamos na porta da casa dela, dei um beijinho no rosto dela e avisei que ia passar na casa dela pra irmos juntos pra casa do Alisson. Segui mais duas quadras e cheguei na minha casa. Meu pai passa o dia trabalhando, portanto, só minha mãe estava em casa. Avisei que ia pra uma festa mais tarde, ela disse que estava tudo bem, contanto que não demorasse tanto. Passei a tarde no meu quarto resolvendo atividades de casa, ouvindo música, assistindo TV e nas redes sociais, pelo notebook.

À noite, já faltando uma hora e meia antes pro horário estabelecido (sim, eu demoro muito), comecei a me arrumar pra balada mais tarde. Tomei um bom banho e tudo mais, coloquei uma calça skinny preta não tão apertada, um tênis Vans vermelho e uma blusa com gola V com uma âncora preta na frente. Quanto ao meu estilo de se vestir, sempre sou básico. Foi um dos poucos dias que me senti realmente bonito. Como meu cabelo tem um tamanho médio, coloquei ele pra frente e fiz um topete (mas nada exagerado). Liguei pra Leila pra confirmar, ela já estava pronta. Me despedi da minha mãe e fui.

Cheguei na porta da casa da minha amiga, ela estava linda: o mesmo penteado, com um vestidinho branco bem simples, mas que super combina com ela e um saltinho bem vermelho. Ela disse:

— Nossa Murilo, caprichou, hein? Haha, tá lindo.

— Para com isso, você sabe que fico sem graça quando me elogiam!

— Só tô falando a verdade. Vamos lá.

Seguimos novamente conversando sobre as tais duplas do trabalho, mas já estava cansado disso:

— Então, você falou com a Thábata?

— Ainda não, eu nem vi ela na hora da saída.

— Ela é bem esquisitinha, né?

— Ah, nem tanto assim...

Chegamos na porta da casa do Alisson e ele sempre ousando nos looks. Estava com um tênis simples, uma calça vermelha e uma camiseta cinza com spikes nos ombros. Não sei como três pessoa tão diferentes como nós somos tão amigos. Leila falou:

— Ai ai Alisson, nunca vou me acostumar com seus visuais.

— Luxo é assim, meu amor! — disse falando uma voz de gay estereotipado

— Hahahaha, vambora que agora eu tô me animando pra curtir a noite.

Fomos andando mesmo, a balada era perto (nem tanto assim) para ir andando, mas fomos.

O lugar era lindo: cheio de luzes, pessoas bonitas, música de qualidade, comidas, bebidas e tudo mais. Mas tudo isso podia ser melhor. Leila olhou pra mim e mexeu os olhos como se estivesse apontando pra alguém usando eles. Olhei na direção em que ela 'apontava' e toda minha animação foi por água abaixo. Entrando na casa de shows estavam Ulisses e Julia, que não nos viram entrar. Eu falei:

— Aff gente, vamos embora?

— Você não vai deixar esses dois acabar com a nossa alegria né? — Alisson reclamou

— Isso não vai dar certo, tô falando...

Seguimos e entramos normalmente e fizemos tudo que sempre estamos acostumados quando saímos: cada um pro seu lado e no final da festa nos encontramos na porta. Leila com seu jeito fofinho sempre arruma uns caras, apesar dela não gostar muito de 'só ficar'. Eu sempre fico na minha, de vez em quando umas garotas chegam em mim, é até engraçado ver a cara delas quando digo que sou gay. Enquanto isso, o Alisson sempre se joga na pista, ele dança super bem e nem liga pro que os outros dizem enquanto ele dança. Às vezes, timidamente eu me arrisco em dançar, mas isso é raro. Me encontrei com a Leila no meio da balada e fiquei grudada nela, meu ânimo passou depois que vi os dois babacas entrando na festa, que aliás, não os vi nenhum segundo desde que entramos. Minha amiga falou:

— Então, já conversou com alguém?

— Não, mas se alguém se interessou por mim, nem prestei atenção. E você?

— Ah, um cara veio com papo pro meu lado, mas o bafo dele é horrível! Hahahaha!

Rimos juntos. Avisei pra ela que ia no banheiro e ia ser rápido. Em meio a alguns esbarrões, finalmente encontrei a porta. Assim que eu ia encostar na maçaneta, a porta abriu pro sentido contrário, e me dou de cara justo com Julia, namorada de Ulisses. Achei estranho por ela estar no banheiro masculino, quer dizer, nem tão estranho assim. Ela estava com o rímel todo borrado, pareciam lágrimas, e disse com ignorância:

— Sai da frente, viado imundo! — e passou batendo com o ombro no meu

Eu segurei ela pelo braço com força sem ela perceber, ela se virou com uma cara de dor (mas era só frescura dela mesmo) e gritou:

— Seu doente, solta meu braço!

— Olha aqui, você não é a rainha da cocada preta não, quem você pensa que é pra tratar todo mundo com ignorância?

— Eu sou linda, tenho dinheiro e sou popular. E você, o que é mais além de um viadinho ridículo?

— Posso ser gay, mas com toda certeza sou mais humilde que você, sua oxigenada fútil! — após dizer isso, ela se soltou

— Não tô nem aí, vai se fuder, seu pobre!

Deixei de lado e entrei no banheiro. Estava completamente vazio, quer dizer, quase. Ulisses estava na pia do meio lavando o rosto. Hesitei em entrar e fiquei na porta, esperando que ele me notasse ali. Quando tirou a água do rosto usando as mãos e abriu os olhos, disse:

— Tá me seguindo, é?

— Claro que não, como eu ia saber que viria aqui hoje e estaria no banheiro na mesma hora que eu?

— Que seja, sai da frente da porta, eu quero sair.

— Espera. Antes de sair, me responde: por que não quer fazer o trabalho comigo? — eu já estava ficando com medo

— Quer que eu dê mais motivos além de você ser uma bichinha?

— Já sei... o mesmo discursinho de todo gay enrustido...

Quando eu disse isso, ele ficou furioso, seu semblante ficou assustador. Ele me agarrou pelo pescoço, me deixando sem ar, chegou bem perto da minha cara e cochichou:

— Você nunca, nunca mais repita isso, tá ouvindo?! NUNCA!

Eu, sem conseguir falar e com lágrimas nos olhos, balancei a cabeça. Ele me largou no chão e novamente senti o ar percorrendo meu interior. Antes de sair, ele me deu uma surra. Ele distribuiu pancada pelo meu corpo todo: socos, chutes, cotoveladas, joelhadas... Ele me pegou de jeito e pra valer. E eu não pude fazer mais nada a não ser ficar lá, apanhando feito um condenado, sangrando. Apaguei.

Quando acordei, ainda meio zonzo, estava sentindo meu corpo todo balançar, como se estivesse num carro, porém eu estava deitado. Ouvi uma voz desconhecida falando ao celular:

— Não, está tudo bem... Ele me conhece... Tudo bem, amanhã eu entro em contato com você... Abraço, tchau.

Meio que sem forças pra fazer qualquer coisa, inclusive falar, minha voz saiu quase muda da minha boca:

— Q-Quem... é você?

Ele deu uma risadinha e olhou pra mim: cabeça raspada, barba mal feita. Boca carnuda e pele branca, normal. Tinha um maxilar proeminente, o que o deixava lindo. Ele disse:

✰ CONTINUA ✰

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O que acharam dessa parte? Espero que tenham gostado!

Caso alguém tiver perguntas sobre o conto, faça nos comentários e eu responderei na próxima parte.

Comentários, críticas e sugestões são bem-vindas desde que sejam construtivas.

Obrigado por ler, espero você na próxima parte!

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△ RESPONDENDO OS COMENTÁRIOS DA PARTE ANTERIOR △

Pedro Silva ☮ Eu entendo que o que você quer é atenção. Você xinga e dá notas ruins em todos os contos sem ao menos ler o trabalho de cada autor. Mas quem sou eu para lhe julgar, não é mesmo? Portanto, faça o que quiser, só queria dizer que suas atitudes não me atingem.

Filósofo ☮ Vou tentar postar um por dia, mas provavelmente não irei cumprir isso, por causa dos meus outros compromissos, porém sempre que eu conseguir estarei aqui para entreter vocês. Obrigado e um abraço.

Thiiiputra ☮ Muito obrigado mesmo, sempre que puder estarei aqui escrevendo. Já entendi o que ele quer, haha, pode deixar!

Hiibrubs ☮ Eu escolhi esse título porque a história envolve tudo que uma pessoa que acompanha contos gays costuma ver, esse é apenas mais um CLICHÊ ADOLESCENTE, porém com toda sua leveza e com meu toque especial, haha! Abraço.

E a todos os outros que comentaram elogiando, meu sincero OBRIGADO! ♡

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Comentários

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Um início cheio de mistérios, tô adorando... 10

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Quem será esse ?, concerteza esse Ulisses e um gay enrustido como muitos em minha escola.

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Muito bom. Curioso aqui pra saber quem é a pessoa.

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