The Cuckoo's Calling - 1 - Outono.

Um conto erótico de Frost
Categoria: Homossexual
Contém 1271 palavras
Data: 05/08/2013 23:33:48

Ariel POV

“Levante Sam, já está tarde”.

O despertador fez um barulho ruidosamente irritante e eu apertei o botão soneca.

O dia ia ser muito difícil, estava com uma enxaqueca horrível e acordei ouvindo vozes. Estava com uma cara péssima e um gosto amargo na boca.

Eu me levantei com muita dificuldade, me arrastei até o banheiro e, enquanto tomava banho pensava sobre como ia ser à volta as aulas naquele lugar com pessoas doces e fúteis. Falando sobre seus carros e viagens a França e México, enquanto eu apenas perguntava o horário.

Saí do banho e vesti uma camisa branca com pichações azuis escuras, uma calça jeans meio apertada, sobretudo preto, uns óculos escuros e um tênis que mais parecia uma bota. Estava pronto para retornar.

Coloquei minha mochila nas costas e saí, no final até que o sobretudo foi uma boa ideia, estava ventando muito. As folhas das árvores caíam nos carros naquele clima de Outono, estavam alaranjadas e secas, eu podia vê-las formando formas e trilhas nas ruas como se fossem planejadas para aquilo, as casinhas britânicas com seus quintais e cercas simples decorado de laranja deixava tudo aquilo mais agradável.

Eu fui para o ponto de ônibus que ficava a algumas quadras da minha casa, me sentei em um daqueles banquinhos de madeira e esperei. Ao meu lado uma senhora, que aparentava ter 70 anos, cabelos platinados, estatura baixa e olhos azuis me disse:

“O amor vem de vidas passadas, os destinos cruzados não podem ser desfeitos.”

Eu a fiquei olhando por algum tempo e ela ainda me encarava, eu virei para trás torcendo para que estivesse mais alguém ali, mas não, era comigo que ela falava. Acho que era esquizofrênica. Com toda a educação eu perguntei:

-Desculpe, a senhora está falando comigo?

-Claro Sam. –Ela respondeu. – Eles te esperam.

-Desculpe novamente, mas meu nome é Ariel. –Eu contestei. –Quem me espera?

-Eu adoro você Sam.

Ela se levantou e saiu andando e cantando “My Way” do Frank Sinatra como se nada tivesse acontecido. Eu fiquei atordoado com aquilo, será que seria uma ameaça? Ou será que ela era alguma paciente mental que fugiu do sanatório? Será que eu deveria ter a fornecido ajuda?

Mil pensamentos vagavam pela minha cabeça, e quando me dei conta meu ônibus já estava vindo, eu dei sinal, entrei e fiquei pensando sentado no fundo. O que aquilo queria dizer?

Eu balancei a cabeça rapidamente tentando me livrar daquele pensamento estranho, eu não a conhecia, nunca a tinha visto. Ela realmente devia ser esquizofrênica.

Desci do ônibus bem em frente a aquela trilha verde que eu conhecia. Oxford. Uma das melhores universidades do mundo. A meu ver parecia mais um castelo sinistro, porém agradável. Enquanto caminhava pelo jardim em direção ao prédio do meu curso, eu pude ver todos se reencontrando, felizes, com a volta, as árvores enormes e o campus gigantesco da Universidade dava uma sensação de paz...

Até que de longe eu avistei. Era Katia. Minha melhor amiga.

Katia era oriental, baixa com cabelos lisos e óculos hipsters, usava uma sandália que ia com tiras até o joelho e um vestido florido acima deles. Estava radiante.

-AHHHHHH! Que Saudades!!! –Ela pulou em cima de mim e me abraçou forte.

-Nos vimos às férias praticamente inteiras. Por Favor. – Eu retribui o abraço.

-Mas ficamos dois dias sem se ver, nos preparando para a volta. Eu escolhi bem a minha roupa e os acessórios.

-É, vai ser um semestre ótimo.

-Principalmente se você conquistar o coração do galante Bad Boy e jogador. – Ela cruzou as mãos no peito.

-Ei! Pare com isso! Você sabe muito bem que eu não... Gosto dele. –Minhas mãos suavam.

-Ah! Joseph! Eu estou com dificuldade de marcar um Touchdown! Por favor, salve-me. –Ela colocou uma das mãos na testa como se estivesse atuando em um drama. Eu ri muito.

-Ok, volte para o seu prédio de Engenharia Mecatrônica, construa alguma coisa que avance no tempo e vamos discutir o meu futuro Ok? –Ela deu uma risada.

-Você que manda capitão. –Ela fez uma condolência. – Mas não vamos nos esquecer de que antes do início de cada semestre, eles juntam alguns cursos para falar sobre as regras e as novidades, as baboseiras de sempre para os calouros. E advinha quais cursos vão estar presentes?

-Como você... ?

-Eu modifiquei alguns dados, mexi uns pauzinhos e consegui que você e seu príncipe descartado por Walt Disney ficassem na mesma reunião.

-Eu já disse que te amo? –Eu dei um abraço nela.

-Quem nunca disse isso, gato? –Ela deu um sorriso convencido. –Vou guardar as coisas no armário e nos vemos na reunião!

-Ok, te aguardo lá. – Disse indo na frente.

“Oh Meu Deus! eu irei ficar na mesma sala que Joseph, isso era tão raro acontecer, não sei se era uma coisa boa eu gostar dele, mas é inevitável. Parece que esse semestre vai ser um dos melhores da minha vida. Eu não sei se vou sentar do lado dele. E seu sentar? E se eu não souber o que falar caso ele resolva falar comigo? E seu vomitar nele?”

Estava andando em direção ao meu prédio, perdido em meus pensamentos, flutuando em outro mundo, até que percebo algo que me chamou a atenção, mas não era algo. Era alguém.

Ele tinha um topete estilo Elvis Presley, olhos azuis cristalinos e um corpo lindo, era branco como a neve e tinha um sorriso encantador. Eu fiquei em transe por alguns segundos, um calafrio percorreu meu corpo e eu senti vontade de desmaiar. É a mesma sensação de quando olhei a primeira vez para Joseph.

Ele veio se aproximando em minha direção. Os calafrios aumentaram.

“Ai nossa, o que eu faço agora?? Aja normalmente! Eu não consigo! Pare com isso, você está parecendo uma garota retardada americana. Não sinto meus pés! Ah por favor, é só um garoto. Meu pés ainda continuam dormentes.”

-Com licença. –Ele sorriu pra mim. Lindo. – Poderia me informar onde fica o prédio de ciências biológicas?

-Ah, sim, fica do lado do meu prédio. Estou indo para lá agora. Se quiser pode me acompanhar.

-Seria um prazer. – Ele sorriu novamente.

Eu o acompanhei até o prédio, dando a maior volta possível para que continuássemos conversando mais.

O nome dele é David, tem 20 anos e vem de uma família tradicional na Escócia, adora filmes de terror com bastante sangue, morava com os pais até ganhar uma bolsa para a Oxford University, era solteiro (uhuul!) e disse que se identificou muito comigo. E me convidou para tomar um café!

Chegamos ao prédio e eu vi Katia guardando meu lugar. Ela estava uma cadeira depois ao lado de Joseph, eu ia sentar entre ela e ele! Mas e David?

Eu fiz um sinal significando “Ele é legal também” e acho que ela entendeu se afastou mais uma cadeira e piscou o olho direito. Eu entendi o sinal.

-Se quiser podemos sentar ali com minha amiga, ela guardou lugar para nós.

-Ah, claro obrigado – Ele deu aquele sorriso lindo novamente.

Ele ia atrás de mim rumo aos nossos lugares, porém Joseph, que estava com uma bebida na mão, esbarrou em David e gritou:

-QUAL É? VOCÊ É CEGO SEU IMBECIL?

David não se conteve.

-FOI UM ACIDENTE SEU RETARDADO MENTAL.

“Droga eles vão brigar. As pessoas podem se machucar.”

Foi muito rápido, eu não senti o impacto. Eu apenas gritei

-NÃO!!!

Deja vu.

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E aí pessoal, saudades. :) Está aí mais um conto, foi muito legal escreve-lo, foi inspirador. Vocês realmente acertaram na reencarnação. Mas vão lembrar dessa última cena? HAHA!

Comentem, adoro seus comentários. Bjs de luz a todos. *--*

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Comentários

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Simplesmente amando *-*

Sou Team Blake 4ever <3

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E a história se repete, sera que o Ariel vai levitalos? Muito bom 10

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Torço para que o Renan/David tenha mais destaque nessa história... #Resam #Dariel

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Toh gostando muito do seu conto:-P continua:)

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