O amor é passageiro de ônibus 06

Um conto erótico de Paulo
Categoria: Homossexual
Contém 1126 palavras
Data: 28/08/2013 11:58:03

Espaço do feedback:

Samuka's - Obrigado! Você também é!

HPD - Devemos vencer os nossos preconceitos para poder vencer o dos outros

Oliveira Dan - Eu esqueçi de avisar sobre a ficção do conto. Pardone moi! Parece uma boa ideia, não tinha pensado em tornar Michal e Paulo como amigos. Pensarei a respeito. Eu também espero que os dois se deem bem.

Edu19>Edu15, pri'h*-* e Ru/Ruanito - Obrigado por gostarem do conto. E Ru/Ruanito, ainda estou pensando em um perfil para o "cara de preto". Aceito sugestões.

Fim do feedback

Segue mais um capítulo do conto:

Ao chegar em casa, eu vi a minha vó dormindo. Ela parecia muito cansada. Claro, né, com 68 anos, todos os afazeres domésticos se tornam cada vez mais difícieis. Minha vó cuida tão bem de mim e se preocupa tanto comigo que a considero como a minha mãe, apesar de chamá-la de vó.

Então fui para a cozinha e comecei a lavar os pratos (quantos pratos sujos para duas pessoas apenas), varri a casa e passei pano no chão enquanto o meu tesouro em pessoa dormia profundamente no sofá.

Enquanto fazia os afazeres, comecei a pensar em tudo o que aconteceu nesses três primeiros dias de vida acadêmica. O cara que me mexeu por dentro nem sabia que eu existia e ainda tava ficando com uma mina (tá mais para ninfete); eu tinha que desfazer desse desejo. Conheci a minha faculdade e apesar de ser ainda cedo para afirmar alguma coisa, eu sei que escolhi um curso certo!

Dentro desses conjunto de dias, ainda conheci duas figuras legais, o Juan e a Hellen. O namoro deles me alegrou. Meu preconceito foi testado ao conhecer o Michal. Ele tem uma aparência assustadora mas tem um bom coração, falta somente passar por uma operação de mudança de guarda-roupa, sendo eu o encarregado disso.

Falando em ajudar, eu prometi ajudar o Bira a passar no Enem e poder fazer uma faculdade. Até agora eu não sei o porquê de ajudá-lo, mas algo dentro do meu coração me moveu a fazer isso.

Ainda tenho que apresentar o trabalho sobre surrealismo com Juan e Hellen. Tenho que começar a pesquisar logo e me reunir com a equipe para debater o tema.

Estava de cócoras (ou agachado no chão) passando o pano na sala/cozinha quando eu vejo um copo com suco de laranja "flutuando" na minha frente. Pera, tem uma mão o segurando. Quando olho para a direção da mão, vejo minha vó, com o seu doce sorriso.

Vó: Tome, meu filho! Um suquinho de laranja para recarregar as energias!

Eu: Obrigado vó! - disse com um sorriso no rosto, contornado pelas gotas de suor que transpirava.

Vó: Obrigado você por ter estar ajudando a uma pobre viúva velha a cuidar da casa.

Eu: Por nada, vó!

Terminei os afazeres domésticos e fiquei duplamente satisfeito pelo resultado da faxina: a casa estava um brinco, depois de tanto esforço a tarde inteira, e vi minha vó feliz pela minha iniciativa. Me sentia feliz quando vejo que consegui fazer a vó mostrar o sorriso mais lindo que eu já vi.

A seguir fui pro meu quarto,deitei na cama e fiquei criando história na minha mente para conseguir dormir (sou um bobo louco, né?!). Eu sonhava com um homem que me amava, me desejava e principalmente me respeitava. Mas acho difícil encontrar um homem que consiga ser respeitador. Vejo na net e nos relatos das meninas que os homens só pensam em sexo, sexo, sexo e sexo. São raros os homens solteiros que pensem no amor antes do sexo. Mas eu sei que tipo de cara existe, sei que não estou sozinho nessa.

Estava nesse devaneio quando o meu celular toca. Olho no visor que era a Hellen.

Eu: Alô.

Hellen: Oi Paulo! Tá fazendo algo agora?

O que eu poderia estar fazendo de importante às oito da noite? "Tentar conquistar o mundo"! #SQN.

Eu: Nada.

Hellen: Bora pro Pheros!

Eu: Pheros?

Hellen: Aff, Paulo! Qual é?! Pheros é a boate mais badalada da capital. Fica no Rio Vermelho. Bora?

Eu nem sabia que existia essa boate, mas o bairro é onde vão os filhinhos de papai que curtem a noite soteropolitana. Eu nunca fui para uma boate antes; aliás, nunca fui a nenhum lugar badalado antes. Talvez seja hora de conhecer essa sensação...

Eu: Olha Hellen, eu ligo daqui a pouco e te dou a resposta.

Hellen: Estarei esperando. Não demore em ligar!

Desliguei a chamada e fui conversar com a minha vó. Pode parecer estranho, mas eu sinto o dever de pedir permissão pra minha vó para sair à noite. Ela cuida de mim e tenho certeza que ela saberá me preparar para sair pelo mundo afora.

Eu: Vó!

Vó: O que foi meu querido.

Eu: Minha amiga me chamou para ir para uma boate no Rio Vermelho. Posso ir?

Ela respirou fundo e disse: Acho que deve ir sim. Você já é grandinho o suficiente para ir a uma boate. Mas tome cuidado! Você sabe que pode sofrer preconceito ou ser cantado, né?! (eu ri um pouco. Ela sabe que sou gay.) Você precisa se impor e impor limites, para não se dar mal.

Eu: Tá certo vó. Saberei me impor.

Vó: Cuidado se algum cara te oferecer alguma bebida. Se você não ver o barman colocar a bebida para você, não aceite! Pode estar batizado. Você sabe o efeito do Boa Noite Cinderela. (eu assenti, apesar que ela afirmou, não perguntou) Não confie em ninguém, me ouviu bem?! NIN-GUÉM!

Eu: Ok, vó. Prometo que irei me cuidar.

Minha vó me deu um dinheiro, já que eu ainda não trabalho. E retornei a ligação para Hellen para confirmar que ia e obter o endereço da Pheros.

Eu peguei o ônibus e soltei num ponto que fica do outro lado da rua da boate. Eu atravessei a rua e me dirigi a entrada da boate. Eu entrei, pois pareço ter 18 anos e não me pediram a identidade.

O lugar é dominado pelas luzes dançantes que iluminava toda a boate. O som era quase ensurdeçedor! Muita gente jovem e bonita estava lá. Modelo de jovem de classe média-alta daqui: branquinhos, cabelos lisos, roupas de marca (geralmente camisa gola V e bermuda, com sapatênis) sempre com alguma bebida na mão.

Eu cheguei até o bar, para encontrar Hellen. O bar tinha uma bancada de mármore em formato de "U", delimitadas por cadeiras com pernas compridas. Eu me sentei e comecei a escrever um torpedo para ela: "Hellen, kd vc? Tô esperando no bar. Vem logo". E enviei o SMS.

Ao olhar para a minha direita, a procura dela, eu não acreditei em quem eu vejo sentado à duas cadeiras de distância da onde eu estou...

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Comentários

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Olha fiquei muito curioso agora, e calma eu sei o que ocorre nessa fase, eu nunca tive o desprazer ou a sorte de me apaixonar ainda mas acredito que essa hora vai chegar, e eu sou igual o Paulo eu vejo sempre o amor primeiro que o sexo.

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Acredito que a pessoa vista no bar GLS seja o motorista.Legal o teu conto.

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haha eu também tenho esse negócio de pedir permissão pra minha mãe (mesmo já tendo 18 anos rsrs). Falando em mãe, lembrei da minha com essas recomendações. Consegui até ouvir como ela fala rsrs; Hmmm acho que quem estava perto do Paulo é o Michal... Ou o Bira rsrs; Ahhhh não tinha pensado nos Michal e Paulo como amigos? Hmmm seu danado, o que você pensou então? Rsrs (mas vai, não teria graça se o Paulo ajudasse o Michal e não virassem ao menos bons colegas)

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O motorista do buzão, só pode. Demais o conto. E é vero, devemos vencer nosso preconceito para podermos vencer o dos outros.

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