Olhos Azuis - Parte 3

Um conto erótico de Bearzinho321
Categoria: Homossexual
Contém 888 palavras
Data: 25/08/2013 00:45:35

Queria agradecer a todos que estão lendo, eu tinha medo de postar e ngm ler mas vcs são uns amores, obrigado, ta perto de rolar a paixão e o sexo.

Cap.3

Fiquei com aquilo na cabeça, por umas duas semanas e comecei a perceber que todo mundo comentava mesmo sobre o novo menino gay da cidade. Haviam aqueles que criticavam, os que nem ligavam e, até mesmo, os que se interessavam. Eu, preferi me manter de fora dessa discussão. Só conseguia lembrar dos olhos sem brilho de Iago. Aquilo martelava tanto na minha cabeça que resolvi que naquele dia mesmo ia conversar com meu vizinho. Poxa! Nunca tinha sido um cara preconceituoso e ele parecia estar precisando de companhia. Matei a aula de reforço, sem o menor remorso, e segui direto pra casa dele. Bati e sua mãe atendeu, parecendo bem preocupada e abatida, perguntei se podia falar com o Iago e ela respondeu que podia tentar, já que havia uma semana desde que ele se trancara no quarto e só saía para comer e ir ao banheiro. Pedindo licença, segui suas instruções e bati em uma porta toda enfeitada com pôsteres de bandas e fotos de homens em sunga, pelo visto, ele já tinha se assumido mesmo. Alguns segundos depois, ouço sua voz um pouco rouca e baixa dizer:

-Mãe, pela última vez, só saio desse quarto quando tiver vontade!

-Ãhn, aqui é o Caio, mas pelo visto eu já vou. - me arrependi na hora de ter ido até lá, afinal, eu era ou não era o cara seco e caladão? Enquanto eu me afastava percebi a porta se abrir e revelar um Iago surpreso e desarrumado. Somente de cuecas pude observar melhor seu corpo, bem branquinho, não tinha nada de magro, sendo não tão definido como o meu, mas bem moldado. A cueca, também não escondia o volume entre suas pernas e a bunda empinada. Senti aquele mesmo arrepio de excitação correr meu corpo, mas empurrei pro fundo da minha mente quando ele perguntou o que eu fazia ali, se tinha vindo caçoar dele.

- Não eu.só queria dizer que.eu não me importo. - pra falar a verdade, nem eu sabia o que fazia ali.

- Não se importa com o quê? - pelo visto, queria que eu pronunciasse todas as palavras. Pois bem, aí vai:

- Eu não ligo se você é gay ou não. Só quero que saiba que.tem um amigo em mim. - Pronto! Estava dito. Agora eu podia ir embora e esquecer a imagem de seu corpo de minha mente. Faria isso, se não fosse aquele sorriso maravilhoso que se abriu em seu rosto, delineando seus lábios vermelhinhos e carnudos e mostrando os dentes brancos e perfeitos. Correu e me deu um abraço, o qual desajeitadamente, retribuí.

- Tem noção do quanto eu precisava ouvir isso? Que tenho um amigo? - disse, enquanto se afastava, mantendo o seu rosto perto do meu, o que me permitiu presenciar a volta do brilho em seus olhos tão lindos.- Considerando-se que você estava trancado no seu quarto há uma semana, bem, creio que sim. - respondi, adorando ver seu rosto novamente alegre, como da primeira vez que nos conhecemos, e saber que era tudo por mim só adicionava mais prazer ainda.

- Ah, não ligue pra isso. Só eu e minha tendência para o drama! - brincou, enquanto me puxava para seu quarto, parecendo um ser totalmente diferente do que eu tinha encontrado naquelas últimas semanas. Assim que entramos ele disse que ia se trocar e pediu que eu ficasse á vontade. Fiquei um pouco triste por saber que ele ia cobrir aquele corpo tão lindo, porém mais uma vez empurrei aquele pensamento pra longe. Dediquei-me somente a analisar seu quarto.bem.eu acho que era um quarto, de fato, tirando toda a roupa espalhada, os pôsteres e materiais, era definitivamente um quarto. O que mais me chamou a atenção estava no canto esquerdo do cômodo espaçoso, apesar da bagunça, era uma bateria linda. Toda preta, cheia de apetrechos e bem lustrada. Me aproximei dela, quando ele voltou, agora usando uma calça jeans desbotada e bem colada a seu corpo, para meu desespero, e uma camisa azul clara que combinava perfeitamente com aqueles olhos. Perguntei se ele tocava e me respondeu que tentava, mas que não tinha tido ânimo para praticar naqueles seis meses.

Questionei se tocaria uma música agora e ele, bem provocativo, disse que tinha vontade pra tudo agora. E sentando-se em um banquinho, esticou o corpo para a cômoda ao lado, o que permitiu-me ter uma visão daquela barriguinha lisa, e pegou duas baquetas verde-esmeralda. Então posicionou-se e começou com a batida de uma música bem conhecida e provocante, a meu ver...Sympathy For The Devil. Iago tocava muito bem, seguia corretamente o compasso da música, até que ao chegar no refrão, surpreendendo-me começou a cantar com uma voz aveludada olhando diretamente para mim, formando uma figura extremamente sexy. Os olhos brilhantes, o corpo e a boca sensual movimentando-se, tudo criou um conjunto que para mim foi irresistível, caí na cama e senti aquela onda de calor correr todo o meu corpo, concentrando em uma área bem específica. Foi aí que soube que algo havia mudado dentro de mim, pela primeira vez, eu cogitava se era eu mesmo ali achando aquele garoto a coisa mais linda do mundo.

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Comentários

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Ta perfeito o conto !! Tadinho do Iago, as pessoas não medem as conseqüências dos seus atos quando julgam um Homossexual -'-Que bom que o Caio teve essa iniciativa de ir ajudar ele ... Mas vejo que só ajudar não é bem agora o que o Caio quer uú10' *-*

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