MEU AMOR É COR DE ROSA - Parte 07

Um conto erótico de Alê12
Categoria: Homossexual
Contém 1463 palavras
Data: 20/08/2013 21:11:47

Queridos, mais um post. Beijo a todos bem gostoso. Fico muito feliz que estejam gostando... Até o próximo e boa leitura queridos. Ah! Comentem hein?

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Quando ele se virou para olhar, seus olhos se encontraram com os do Daniel. Parecia cena de novela. O Dan respirou fundo, enquanto era encarado por aquele par de olhos castanhos claros. Era evidente na cara dele que nunca deixou de amar o Ricardo, mesmo tendo sido humilhado... O outro por sua vez, ficou tão chocado, que estava sem ação.

- Dan é você? Nossa! – o Leo se jogou nos braços dele, o fazendo sair daquele transe. Mas o Ricardo ainda continuava olhando...

- Leo! Quantas saudades eu senti de você cara.

- Amigo! Não pode ser a mesma pessoa... Incrível! Sensacional! Como? – ele exclamava perplexo com o resultado do amigo. O Daniel estava completamente malhado, com braços fortes, barriga definida, e a pele limpa e iluminada. Era realmente outra pessoa.

- Eu agora sou outro Daniel. Gostou? – ele perguntou rindo.

- O quê? Você está gato demais! Eu tô sem palavras. Olha como as pessoas estão olhando para você.

Ele lançou mais um olhar para o Ricardo, que continuava a encará-lo.

- Ainda não dá pra acreditar! Aquele gordo e com cara de ralo, não é este cara aí. – disse Victor, um dos amigos do Ricardo e do Maurício.

- O filho da puta mudou mesmo... – bradou Maurício, olhando o Dan de longe.

- Olhem só para ele. O cabelo, o rosto... Eu vou lá falar com ele.

- Tu vai onde Ricardo? Tá doido? O cara nem é teu amigo.

- Eu vou mesmo assim. – ele se soltou dos braços do amigo e seguiu em direção ao Daniel.

- Este cara está vindo em nossa direção Leo.

- Oi. – ele estendeu o braço para o Daniel.

- Olá! Como vai?

- Cara, você mudou muito! Confesso que estou surpreso. Parece que nem é o mesmo Daniel de um ano atrás.

- E não é o mesmo! Aquele cara que você conheceu, infelizmente está morto. Em compensação nasceu outro bem diferente, e em todos os sentidos... Agora se me der licença, eu vou pegar alguma coisa pra beber.

- Mas que eu me lembre você nunca bebeu.

- Pois é! Como eu te disse, aquele Daniel está morto! – ele puxou o braço do amigo, e deu as costas para o Ricardo.

- O que foi aquilo?

- O quê? Ficou surpreso? Eu aprendi muita coisa no período em que estive fora.

- Percebe-se. Mais me conta tudo. Como foi passar este tempo em Vitória?

Eles se afastaram um pouco da multidão, e o Daniel deixou o amigo a par de todos os assuntos. Volta e meia, vinha alguém cumprimentá-lo e ele causou certo frisson entre os colegas.

- Então é isso Leo... Eu tive que parar para refletir sobre a minha vida, e dar um basta, um chega para tudo que eu passei; e você é testemunha do quanto que eu sofri.

- Eu sei sim, mais agora é vida nova, e espero pra ontem, um amor pra completar esta vida renovada hein?

- Rssrsrs... Eu estou tão mais maduro pra estas questões... Acho que não precisamos de alguém pra sermos felizes. Se tem uma coisa que aprendi muito, foi amar a mim mesmo. E acredite...Isso tudo aqui que você está vendo, não foi para agradar a ninguém; foi porque eu sabia que podia me sentir melhor e elevar o meu alto estima.

- Eu to tão orgulhoso de você amigo. Superação define o nome Daniel.

- Amigo, me espera aqui que eu vou ao banheiro e já volto.

Ele para um corredor onde ficavam os banheiros, e se deparou com uma cena chata.

- Vai lá meu amorzinho, que eu te espero aqui. – a Denise tinha a voz mais insuportável do mundo. O Daniel pensou duas vezes, antes de entrar no banheiro, pois não queria se deparar mais uma vez com o outro. Entrou mesmo assim.

Usou o mictório e quando lavava as mãos, foi surpreendido pelo Ricardo, que ficou lado a lado com ele, sobre a enorme pia de mármore.

O silêncio tomou conta dos dois, até que o Ricardo dispara:

- Eu queria marcar fora daqui, para trocar uma idéia com você.

- Ao que eu me lembre... Não existe nada para conversarmos.

- Você está muito duro. Você não era assim...

- Olha só Ricardo, nós não somos amigos, colegas, parentes, enfim... Você quer me deixar em paz e curtir a tua namorada que está te esperando lá fora?

- Eu tenho algo que lhe pertence, e preciso te entregar... Por favor, vamos marcar pra gente conversar? Sei lá, num barzinho, ou em outro lugar.

- Eu disse Não! E você não tem nada que me pertence.

- Um caderno de capa vermelha te lembra alguma coisa?

Ele levou um susto! Como o Ricardo havia conseguido aquele caderno?

- Você mexeu nas minhas coisas? Eu sinceramente, por essa não esperava. – disse ele quase gritando.

- Calma! Eu não roubei nada ta? Você deixou cair da sua mochila, um dia antes de você viajar. Eu ainda tentei de alcançar para devolver, mais não conseguir...

- O meu passado está todo naquele caderno. Você...

- Sim. Eu li. Foi mais forte do que eu, e acabei lendo todas as páginas.

- Não tinha este direito!

- Vamos ficar aqui discutindo dentro do banheiro? Vai marcar comigo ou não?

- Ok! Apenas para você me devolver o que é meu.

- Eu ainda não te falei... Mais você ficou muito...

- Antes que você termine, guarde os seus comentários para a sua namorada!

Ele saiu e deixou o Ricardo falando sozinho. Daniel saiu dali com a cabeça quente! – Como? Por que meu Deus? Por que eu não consigo esquecer este cara? – ele dizia pra si mesmo.

- Você demorou hein?

- Desculpa!

- Que cara é essa?

- Nada! Vamos dançar?

Daniel foi para pista, e curtia cada música tocada. Do pop ao eletrônico, ele se acabava na dança. Mais uma vez, atraía olhares... Curtiu a sua noite até as quatro da manhã, quando decidiu voltar pra casa.

- Eu já disse que não precisa Leo. Fique mais um pouco e divirta-se! Eu pego um táxi e rapidinho estou em casa.

- Tem certeza cara?

- Absoluta! Amanhã nos encontramos de novo.

Ele se despediu do amigo e resolveu ir embora. Talvez tivesse bebido demais e achou melhor ir embora.

Atravessou a rua, e já estava no ponto por mais de vinte minutos aguardando e nada de um táxi. Um carro preto parou diante dele, e abaixou o vidro.

- Aceita uma carona? – era o Ricardo.

- Você está me seguindo?

- Quer que eu te leve pra casa? – ele estava com a voz branda.

- Não! Obrigado!

- Para de ser durão cara. Entra aí que eu te levo. Uma hora dessas vai ser difícil passar um táxi.

Num certo ponto ele tinha razão, e ficar ali naquele lugar, parado, podia ser perigoso. Ele resolveu aceitar, e sentiu a aproximação dele com o Ricardo, estava fugindo de controle.

- E aí? Como foi lá em Vitória?

- Melhor impossível! Na verdade, eu nem queria voltar.

O Ricardo ficou olhando para ele, e o Daniel ficou meio sem graça.

- Eu sei por que você tem ódio de mim. Na verdade, você tem toda razão pra ter.

- Não perco o meu tempo com esse tipo de coisa. Você quer ir mais rápido por favor?

- Depois que eu li o seu caderno, eu pude perceber o quanto fui idiota com você. Eu jamais pensei que...

Daniel sabia que o rumo da conversa acabaria mal...

- Jamais pensou no sentimento de alguém. No quanto esse alguém, que nunca ofendeu e nem desrespeitou ninguém, foi tão humilhado, maltratado, excluído... Que esse alguém Ricardo, com a mais pureza da sua alma, abriu seu coração para você, e o que eu recebi em troca? Sabe... Eu não esperava um sim da sua parte, mais ao menos um pouco de respeito com os meus sentimentos. Eu olhando para você agora, vejo um adulto com cérebro de adolescente.

- Me perdoa. Por tudo que eu te fiz, me perdoa Daniel.

- Você precisa pedi perdão a si mesmo e não a mim. Agora, pode parar aqui, que eu faço o caminho a pé.

Daniel era uma rocha sólida. Imbatível! As mudanças eram mais internas do que externa.

- Eu queria que você soubesse que eu senti a sua falta. Sei que é estranho está dizendo isso... Pois nunca me considerei gay, nem coisa do tipo, mais eu sei que existe uma coisa aqui dentro que me faz sentir a sua falta.

- Como você mesmo disse... Você não é gay, e isso com certeza deve ser coisa da sua cabeça! – ele era imparcial.

- Para de me agredir desse jeito. Eu sei que você ainda gosta de mim.

- Eu não gosto de você! E para essa droga de carro, ou eu me jogo com ele em movimento.

Ricardo deu uma freada brusca, e não pensou duas vezes... Tascou um beijaço na boca do Dan.

CONTINUA...

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Comentários

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Gostei da parte que ele diz que a mudança não foi para agradar ninguém mas sim pra agradar ele mesmo. Acho que precisamos nos amar primeiro, pra que depois que alguém nos ame e sobre o final, acredito que o Daniel não resistira ao beijo. E ele esta sendo duro com o Ricardo por que ainda o ama, caso contrário estaria agindo com indiferença.

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"Acho que não precisamos de alguém pra sermos felizes. Se tem uma coisa que aprendi muito, foi amar a mim mesmo." .. Uso essa filosofia de vida desde sempre, foi ótima vê-la aqui, e o essencial pra ser feliz.. Amor próprio.. Perfeitooo...

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Eita! Por essa eu não esperava, o seu conto está excelente. Não demore para continuar.

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Seu novo conto esta demais. Adoro a guarra que o Daniel tem! 10

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Amo seu conto mesmo nao comentando estou acompanhando so acho q vc demora a postar

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