ENTRE HOMENS CAPITULO 11 – UM MODELO ENTRE NÓS

Um conto erótico de Antunes Fagner
Categoria: Homossexual
Contém 2458 palavras
Data: 25/07/2013 20:06:11

ENTRE HOMENS

CAPITULO 11 – UM MODELO ENTRE NÓS

De repente o rapaz acorda de um pesadelo... Mas sem perceber que aquela fração de tempo poderia ser vital e por causa da chuva que fazia a estrada ser perigosa. Devido ao susto que passara, perde a direção e bate com o carro numa árvore, ficando desacordadoDepois duma noite e dum dia maravilhoso que tivemos naquele paraíso que se chama cachoeira do Paraíso. Estávamos voltando pra fazenda. Pegamos uma baita chuva na estrada. Mais graças a Deus estava apenas caindo uma chuva bem de leve. Apenas pra deixar o clima mais ameno mesmo. Escutávamos várias musicas de um cd que eu tinha de mp3: músicas variadas de vários cantores de MPB.

Eu estava na direção do carro dessa vez. Não costumo muito dirigir, queria dar umas férias pro Miguel que sempre se prontificou em ser o motorista. A viagem estava muito tranquila ali por volta do quilometro 15 da estrada avistamos um carro que havia se chocado contra uma árvore. Já estava muito escuro, afinal já era noite. Paramos o carro e Miguel se adiantou pra ver o que estava acontecendo. Poderia ter alguém ainda em meio a tudo aquilo precisando de socorro. Foi quando Miguel gritou já próximo do lado do motorista do carro.

“Mor tem um cara aqui!”

Como Miguel era muito forte conseguiu tirar o rapaz de dentro do carro ainda desacordado. Ao me aproximar dos dois pude perceber que era o meu primo.

“Enzooooo...!!!”

“Você o conhece mor?”

“Sim morzão é o meu primo Enzo que mora no Rio de Janeiro e que é modelo.”

Começamos a reanima-lo com tocando em seu rosto. Enzo estava ainda no colo de Miguel que aos poucos foi abrindo seus olhos e contemplando-o.

“Ai minha cabeça! Nossa está tudo girando.”

“Fica calmo rapaz.” Disse-lhe Miguel.

“Onde eu estou? O que estou fazendo aqui? Quem é você?”. Falou ainda meio que atordoado.

“Primo sou eu o Taumaturgo.”

“Taumaturgo?! O que aconteceu comigo?”

“Você bateu com o carro nesta árvore. Mas agora está tudo bem vamos te levar pra fazenda. O pior já passou você ficou apenas desacordado.”

“Quem é você rapaz?”

“Eu sou o Miguel.” Ainda nos seus braços Miguel o conduziu até o carro, colocando deitado no banco de trás. Eu fiquei com o Enzo na minha perna, enquanto Miguel dirigia até a fazenda.

Quando chegamos a fazenda levamos o Enzo para descansar no quarto de hospede. Preparamos um calmante e demos pra ele pode descansar tendo em vista que ele apenas ficou desacordado com apenas alguns arranhões, nada de grave.

Pela manha já estávamos a mesa tomando café quando aparece Enzo depois de uma bela noite de sono.

“Oi primo você está melhor?”

“Estou sim Taumaturgo. Depois dos cuidados que recebi acordei pronto pra outra.”

“Enzo talvez você naquele momento não se lembre, mas este aqui é o Miguel.”

Quando Miguel tentou lhe cumprimentar apenas acenou com um agradecimento muito frio pela ajuda que o mesmo lhe deu no socorro.

“Primo, o Miguel é o meu namorado.”

“Namorado!”

“Sim rapaz, somos namorados.” Falou Miguel olhando de forma firme para o espanto de Enzo.

“E o tio Fernando sabe disso?”

“Claro primo, ele deu sua benção para o nosso relacionamento. Ficou muito feliz em saber que estou ao lado de um homem muito especial que nem o Miguel.” Falou Taumaturgo olhando com um sorriso para Miguel. E os dois concluíram com beijo diante da cara de espanto de Enzo.

Novamente tascou um beijo mais demorado em Taumaturgo. Depois disso Miguel se retirou

“Mor vou nessa tenho que ver os afazeres da casa.”

“Tudo bem ainda tenho que ver depois como ficou a reforma na escola.”

“Te amo meu anjo... Até logo Enzo.”

Continuamos tomando café quando Enzo me perguntou se realmente tudo ele estava vendo era real. Eu apenas disse que sim. Que realmente estávamos casados, nos amando muito e que estávamos vivendo uma grande história de amor. Então indaguei sobre o motivo de sua vinda pra cá. Enzo tentou responder que eram apenas saudades.

“Depois de todo este tempo. O que te trouxe aqui realmente Enzo?”

“Nada primo realmente precisei me desligar de tudo que estava vivendo. Estava entrando numa pilha por conta da pressão da vida de modelo. Por isso pensei neste local, longe de tudo e de todos.”

“Hum... Espero que você aproveite o espaço para descansar.”

“Preciso mesmo primo... e o tio Fernando?”

“Papai foi passar umas férias na casa da tia Irene. Deixando a fazenda sob nossos cuidados.”

“Primo posso te falar uma coisa?”

“Pode sim.”

“Olha Taumaturgo você deveria ter um gosto melhor... tá certo que o Miguel é fortão... mas o cara é um ogro, um peão, o máximo que poderia ser apenas uns pegas... você é bonitão... poderia ter um cara a sua altura social, do mesmo nível social.”

“Enzo isso é preconceito puro. Você nem conhece o Miguel e fica julgando. Outra coisa que papo é esse de nível social, de classes sociais... isso tudo é tão ultrapassado, pensava que esse tempo fora não tivesse feito tão mal assim, pelo visto me enganei. Onde está o carinha simples que foi embora daqui?”

“Desculpa Taumaturgo... você tem razão quem sou eu pra julgar alguém?”

“Espero mesmo que você mude sua forma de pensar. Não tolero discriminação de forma nenhuma. As pessoas são iguais. Ninguém é melhor do que ninguém nesta vida.”

“Tá nervosinho priminho.” Disse com certo tom de ironia. “Me dá um beijo para matar as saudades.”

“Está maluco cara... Não entendo porque ainda as pessoas procuram fazer classificação entre as pessoas. Porque as pessoas ainda se deixam levam pelo exterior das pessoas. Pelo os que elas têm, o ‘status quo’. O importante não é ter, Enzo, é ser melhor, é ser humano, e entender que diante de Deus somos iguais.”

“Relaxa primo, não está mais aqui quem falou...” Antes de sair Enzo lhe roubou um beijo... “Vou pro quarto descansar depois conversamos mais.”

“Está maluco, sai daqui.” Falou Taumaturgo lhe empurrandoNa escolinha Monteiro Lobato

Estava lindo o ambiente para inauguração da nova escolinha. Foram feito apenas alguns reparos, uma pintura externa com cores claras, dentro da sala tinha sido tudo pintado de branco para deixar a sala bem iluminada. A Rita tinha ornamentado com cartazes, figuras de palhacinhos, outros objetos geométricos. Realmente estava com espaço bem elaborado no que tange didática e pedagogicamente. Tive que dar os parabéns para Rita. Realmente papai teve a sorte de tê-la como a professora e eu como mais nova amiga.

“Taumaturgo está tudo preparado para a inauguração hoje à tarde. Tive a ajuda dos pais das crianças. Até mesmo algumas crianças vieram ajudar.”

“Desculpa ter desfalcado, mas o Miguel preparou uma surpresa pra gente. Uma espécie de lua de mel.”

“Relaxa meu amigo, sei como são essas coisas. Temos que aproveitar cada momento ao lado de quem se ama.”

“Não consigo mais esconder isso de você mesmo. Mas amo demais aquele homem. Tenho medo de estar sonhando.”

“Torço muito por vocês... o que você acha do Humberto?”

“Rita nem sei o que pensar daquele rapaz. O que houve?”

“Sei lá mais acho que ele está interessado em mim. Passou o dia aqui todo comigo, foi muito prestativo. Ele saiu daqui antes de você chegar.”

“Você sabe que eu ainda não o perdoei. Quase que perco meu pai por causa daquele carinha. Mais se o meu pai o perdoou, quem sou eu pra ser contra ele. Mais ainda tenho minhas reservas.”

“Mas acho ele até interessante. Ele me lembra alguém que eu conheço. Ele é até um pouco parecido contigo, Taumaturgo, rs.”

“Que loucura Rita, impossível, nem parentes somos... bom vou indo, mais tarde apareço aqui.”Na piscina da fazenda

O Enzo está desfrutando de um dia ensolarado à beira da piscina da fazenda. Estava usando uma sunga branca estampada. Entre uma nadada e outra, parava à beira da piscina pra tomar um fôlego, e também beber uma cervejinha. Como já estava próximo do almoço aparece por ali Miguel vindo do celeiro.

“Ai Miguel não quer refrescar um pouco do calor?”

“Posso?!”

“Claro rapaz estamos somente eu e você mesmo aqui, eu não tenho nada contra e você tem?”

Miguel foi tirando todo seu traje de peão, começando pelas botas, desabotoou a sua camisa quadriculada típica de quem é do interior, tirou sua calça jeans meio desbotada, que realçava suas formas e, principalmente, seu volume entre as pernas. Ficando apenas de uma cueca branca box. Logo deu um mergulho deixando um pouco as águas agitadas.

Aproximou-se de mim e logo lhe ofereci uma latinha de cerveja. O cara deu uma golada daquelas, acho que devido a sede e o calor daquela manha.

“Peão você está com muita sede mesmo.”

“Não somente com sede mais com muita fome também.” Falou com um sorriso safado no rosto.

“O que é isso rapaz. Você deve está com muita sede mesmo. Cuidado com as goladas. Pode ficar porre rapidinho você não acha?”

Miguel começou a jogar a cerveja sobre o seu peitoral e fazendo uma cara que deveria chupar pra não desperdiçar nada. Fiquei tenso nessa hora. Sentia-me impelido a corresponder aos anseios daquele peão safado. Comecei a lamber a cerveja que escorria pelo seu peito.

“Isso mesmo, não desperdiça nada. Não aceito que nenhuma gota de cerveja se perca.”

“Não vou deixar nada se perder. Não sou fã de deixar uma cerveja gelada se perder em meio a esse peitoral.”

O Miguel colocou ao alto a cerveja que tinha em sua mão e pediu que o beijasse para sentir o gosto de sua boca e da cerveja. Não me fiz de arrogado e comecei a beijá-lo. Com o tempo fui percebendo algo endurecendo próxima a cintura daquele peão. E fui apalpando aquele volume todo que ia desabrochando sob a cueca.

Miguel resolveu ficar sentado à beira da piscina e neste momento comecei a mamar gostoso a sua rola.

“Sei que você queria isso, safadinho.”

“Cara desde o primeiro momento que eu te vi, senti algo legal por você.”

“Chupa caralho... engole porra... quero ver o meu pauzão dentro da tua garganta.”

“Pode deixar, vou colocar tudo isso dentro da boca meu peão.”

“Isso veadinho, chupa gostoso... delicia assim que gosto de ver um veadinho fazer.”

Sinceramente fiquei entalado com aquele rolão na minha boca. Estava ficando sem ar. Pense numa pica grande e grossa. Tem que ser guerreiro pra enfrentar aquilo tudo e não deixa um macho daquele insatisfeito.

Ele me puxou para próximo dele e começamos a nos beijar novamente.

Quando me percebo diante do Miguel noto que era apenas um sonho, rs.

“Oi Enzo tomando banho de piscina.”

“Sim rapaz, senti um pouco de calor e esta piscina me convidou para dar um refresco as altas temperaturas.”

“Tudo bem aproveite a piscina. Vou indo nessa.”

Quando Miguel se foi fiquei pensando naquele pensamento que passou em mim. Será que estou sentindo alguma coisa por este cara? Não pode ser, o cara não tem nada haver comigo. Somos de mundos diferentes. Além de que ele é o namorado do meu primoReinauguração da escola Monteiro Lobato

Tudo estava pronto. As crianças brincavam ao redor da escolinha. O povo estava todo reunido em todo da entrada da escola. Rita conversava com algumas mulheres da comunidade. Cheguei no horário marcado. Miguel estava muito cansado e resolveu ficar em casa descansando. O Enzo veio comigo, apesar de não ser a praia dele. Imagina o Enzo junto do povo humilde da fazenda. Para ele parecia cena de filme de terror. Mesmo assim gostei dele ter me acompanhado.

Quando nos aproximamos percebi algumas pessoas murmurando algumas coisas e com certo riso sarcástico na minha direção. Como sou do tipo de pessoa que não vou atrás de conversinhas mesmo fiquei na minha. Poderia ser até mesmo precipitação da minha parte. Afinal poderiam estar pensando ou falando outras coisas que não tinham nada haver comigo.

“Boa tarde meus amigos e amigas!”

“Boa tarde!” responderam de forma uníssona ao meu cumprimento.

Chamei para perto de mim Rita. E logo apresentei oficialmente como a nova professora da comunidade.

“Estou aqui dando continuidade ao trabalho iniciado por meus pais quando construíram este espaço para o aprendizado das crianças. Também quero anunciar que vamos ter inicio de aulas para adultos. Ou seja, as crianças e o seus pais vão ter a mesma oportunidade para crescerem humana e intelectualmente aqui.”

Percebi o contentamento de algumas pessoas. Alguns me cumprimentaram pela oportunidade de ver suas crianças aprenderem e também por eles mesmos terem oportunidade de estudarem. Contudo, quando cheguei já na porta de entrada da escola alguns pais liderados pela senhora Ruth Athias, me falaram que não estavam contente com o mal exemplo que poderia ser proveniente de mim.

“Não estou entendo o que vocês estão falando.”

“Não queremos nossas crianças no convívio de gente desviada e que não temem a Deus.” Disse Ruth com um ar de desprezo.

“Como?” falei espantando com tal declaração.

“Nunca esperava isso de você, sendo um padre, tendo um comportamento abominável. Você tem que ficar longe de todos aqui.”

“O que eu fiz a vocês, para que me tratem assim?” já falei com tom de voz meio alterado.

“Não queremos nenhum ex-padre gay perto de nossas crianças!”

“Quem falou essas coisas pra vocês?”

“Não vem ao caso agora. Se o senhor persistir com a sua pouca vergonha, vamos tirar nossos filhos daqui desta escola.”

Nesse momento Enzo se aproximou e começou a falar também alterado.

“Quem são vocês, seus bandos de ultrapassados. Acordem estamos em pleno século XXI e vocês ainda tem um pensamento mesquinho. Saiam daqui ou eu deixo de lado a minha educação.” Falou já irritado com aquela atitude de algumas pessoas.

Por outro lado percebi que algumas pessoas nem estavam entendo o que se passara ali e fizeram pouco caso, enquanto que as crianças continuavam a brincar.

“Só quero saber quem falou alguma coisa da minha vida pra vocês?”

“Foi o Humberto, ele estava no dormitório quando disse para quem pudesse ouvir, sobre o senhor.” Disse Ruth Athias.

Então falei para todos que aquilo não iria ficar daquele jeito. E que não abriria mão de ser feliz com ninguém por causa da mesquinhez de ninguém tão pouco por causa de preconceito antiquadro.

Nesse momento peguei o carro bufando de raiva e fui ao encontro de Humberto que se encontrava no dormitório. Deixei para traz Enzo que ficou sem saber como agir. Adentrei o dormitório dos peões da fazenda na procura do tal filho da mãe.

“Cadê você Humberto?” estava mesmo bufando de raiva... Mas adiante eu o avisto, estava meio desacordado. Eu o pego pela gola de sua camisa e falo bravamente:

“Quer dizer que você anda espalhando que eu sou veado, não é seu filho da puta!”

Continua...

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Comentários

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Nossa pensei que Miguel estava se entregando tão fácil, ainda bem que eram pensamentos desse outra pedra que aparece. Bate nele e dá para o Miguel ensinar ele também!

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Nossa quase tive um treco aqui ao pensar que o Miguel estava traindo o Tamaturgo, cheguei a ficar sem fôlego haha; Vish, esse priminho aí vai ser problema (tô vendo que vou sofrer um pouco juntos com os personagens rs)

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Coloca este vagabundo na cadeia.

Cuidado para não dar asas a cobra dentro do seu proprio terreiro!

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