Ficamos separados a maior parte do dia, ele com os primos mais “cidade grande” e eu fui jogar bola com os tios e os parentes do interior dele, o pessoal acho que não estava fazendo a ponte relacionamento entre nós dois, o que parecia é que eu era um amigo de longa data do Guilherme que todos conheciam e adotaram como da família, a tardezinha ele foi para o quarto tomar banho e eu fiquei tomando tererê com alguns primos dele, o pessoal bem cordial e simpático, estávamos todos entrosados e chega minha cunhada e se senta ao lado de uma das primas a única que parecia conversar com ela, eu contava coisas da minha vida e minha cunhada começa a me provocar...
– Então Igor como é andar de ônibus na capital?
– É ruim, como em qualquer cidade do pais, sempre lotados os preços altos, os atrasos entre outras coisas, já tem um tempinho que não pego um buzão mais creio que ainda deva estar bem ruim.
– Nunca entrei em um ônibus ou metro não sei se eu conseguiria ir misturada com aquele monte de gente.
– Não vejo problema nisso, em Nova York todos usam transporte publico, porque é de qualidade se no nosso país fosse assim seria muito melhor.
– Nossa mais seu pai não tinha nenhuma moto pra te levar pra escola ou lugares onde precisasse ir.
– Não tenho pai.
Com minha resposta o silencio reinou no ambiente onde estávamos eu me levantei e fui pro quarto, nunca me abati por ser zoado ou até mesmo humilhado pela minha condição social, ao contrario a cada critica eu me empenhava mais em mudar minha realidade, mais aquela garota era ridícula e precisava de um choque de realidade, fiquei deitado na cama um tempo depois o Guilherme saiu do banheiro e aquele cheiro de hidratante e cremes incendiaram o quarto, adoro o cheiro dele, ele me olhou com um sorriso no rosto, um gesto amável e espontâneo como poderia ser tão diferente da irmã, eu tirei minha roupa e fui para o banheiro tomar uma ducha, vesti uma bermuda e me deitei na cama pra dormir um pouco.
O Guilherme foi ficar com os familiares dele que ainda estavam bebendo a beira da piscina acordei já era 21:00 da noite, lavei meu rosto vesti uma camiseta e desci para ficar com o pessoal a avó dele me viu e me chamou onde ela estava fui conversar com ela e ficamos um tempão juntos ela me contando coisas de quando era jovem e eu rindo do jeito dela falar, por mais que ela fosse ou melhor é de outra época, tem uma mentalidade totalmente vanguardista é liberal e compreensiva com tudo conversamos sobre tudo o que se pode pensar, depois nos juntamos ao pessoal que estava na cozinha e eu fiquei com elas enquanto preparavam o jantar.
A irmã do Guilherme passou pela cozinha algumas vezes e ficou me olhando com aquela cara de bosta dele, se fosse cara de cu ainda seria bom, mais nem pra isso ela servia, como podia ser tão amarga a avó dela olhava e apenas balançava a cabeça ela definitivamente não era muito querida pela própria família me dava pena dela, porem eu nada poderia fazer já que ela não colaborava quando ela subiu os primos do Guilherme me chamaram pra jogar vôlei com eles, o Guilherme jogaria, eu não sabia que ele praticava esportes, então fui mesmo pra testar as habilidades dele, ficamos em times opostos, cada um de capitão do seu time, foi bem legal me fez esquecer aquela infeliz da minha cunhada, fiquei bem cansado e meu time perdeu para o dele, mais também no meu só tinha mulher ai não dava mesmo pra ganhar, mais me diverti muito, ficamos acordados até meia noite conversando e fomos para nosso quarto, a família dele é tão de boa que nos deixou no mesmo quarto na nossa hospedagem.
Estávamos na porta do quarto a irmã dele saiu do dela, eu entrei na frente pra não ter que olhar na cara dela, pois provavelmente daria um soco na fuça daquela escrota, ele foi entrando e ela falou...
– E agora é a hora em que ira começar a sensação de pecados no seu quarto, cuida usa uma Hipoglós maninho pra evitar assadura.
– Pode deixar eu vou usar sim, depois agradece seu ex-namorado foi ele quem me deu essa dica maravilhosa, e você bem sabe o quanto ele gosta de uma sessão de pecados, porem os dele ainda era mais graves, ele era noivo né.
Ela ficou cacarejando alguma coisa na porta ele entrou e a trancou deixando-a falando sozinha, o que todo mundo fazia e mesmo assim ela não aprendia a lição, fomos então nos deitar e tentar dormir, quem namora sabe o que eu to falando não existe nada melhor que deitar ao lado de quem se namora e ficar trocando algumas caricias na cama é muito gostoso nem precisa de sexo, acho que isso conta muito quando se namora, mais logico que comer é bom demais, na casa da avó dele eu não iria me arriscar né, fiquei quieto na minha, apenas ganhei uma chupada, dei uma gozada farta e dormi, ao lado dele, a gozada me fez tão bem que evitou que eu tivesse pesadelos com minha cunhada, no dia 24 eu acordei depois de meio dia, o Guilherme já tinha saído do quarto, eu tenho o dom de dormir muito é uma coisa de louco as vezes eu próprio me impressiono com isso.
Fui ao banheiro, tomei banho, bati uma de leve me troquei e fui me juntar a família, quando descia a escada a primeira que vi foi a irmã dele que teve a cara de pau de me desejar bom dia, eu respondi entredentes e fui a cozinha estava morto de fome, como sempre tinha pão de queijo recém saído do forno, me sentei e avó me serviu e me deu um beijo na testa, alguns primos do Guilherme que também tinham acabado de acordar se sentaram comigo e fomos todos tomar café, os primos gays dele não conversaram muito comigo não sei porque, apenas os heteros que ficaram me bajulando em especial as meninas, mais sabiam que eu era caso perdido não tentaram nada, o que foi ótimo é muito bom quando uma família se respeita, já terminávamos quando chegaram os pais do Guilherme com um monte de sacolas, me cumprimentaram e o pai dele veio falar comigo...
– Guilherme, sabe pescar?
– Não senhor, nunca aprendi.
– Vai aprender hoje, já comprei tudo que precisava, vamos no açude a tarde e você vai junto eu tentei ensinar o Guilherme a vida inteira mais ele nunca gostou de rio, ou de natureza ou de ar fresco, então você vai comigo...
– Tudo bem então, sendo assim iremos, eu gosto muito de rios e açudes vou com maior prazer.
Pulando a parte do drama, eu nunca tive ninguém pra me ensinar essas coisas, e meus irmãos mais velhos também não serviam pra nada, então era uma boa oportunidade pra eu aprender algo, quem sabe quando adotar uma criança eu não a leve pra pescar também eu já fiquei ansioso, terminei meu café e fui contar ao Guilherme que o pai dele tinha me chamado pra ir pescar ele achou ótimo, assim não iria precisar inventar nenhuma desculpa pra não ir como sempre fazia, a mãe dele veio e se sentou onde estávamos e começamos a conversar, na casa tinha um piano ela me contou que o Guilherme tocava piano, outra coisa que eu não sabia sobre ele, que ela o tinha ensinado quando tinha oito anos de idade, e me contou outros podres dele também, dos medos dele e bobeiras de criança, eu fiquei encantado com tudo, ele literalmente teve a infância perfeita, após conversarmos eu disse a ele que quando voltasse da pescaria iria querer que ele tocasse algo no piano pra mim...
Continua.....
