ENTRE HOMENS CAPITULO VIII – ENTRE VERÕES

Um conto erótico de Antunes Fagner
Categoria: Homossexual
Contém 2470 palavras
Data: 14/07/2013 15:59:07

ENTRE HOMENS

CAPITULO VIII – ENTRE VERÕES

‘Eu sou a rosa de Saron, eu sou o lírio dos vales.’

‘Sentei-me à sua sombra (à sombra da macieira) em desejo e vi que o fruto da macieira era doce ao paladar. Sustentei-me com bolos de passas, reanimei-me com maçãs, porque estou doente de amor.’

‘...Não acordem, não despertem o meu amor antes da hora do seu desejo.’

Quando amanheceu percebemos que a chuva já havia passado. Resolvemos então pegar a estrada de volta pra casa. Estávamos felizes. Éramos só sorrisos. Miguel só me chamava de mor. Eu um cara de 1,80m de altura e 90 quilos bem distribuídos. Achava muito foto e carinhoso da parte dele. Imagina um cara do porte de Miguel com seus 1,90m de altura, 100 quilos com seu corpo todo musculoso e sarado me chamando de mor. Amei é claro. Estou apaixonado por ele.

Miguel dirigindo o carro me perguntou: “E agora? Como vamos fazer? E o seu pai? Como vamos dizer a ele?”

“Calma Miguel tudo ao seu tempo, por enquanto vamos amadurecendo nossos sentimentos, nosso amor. Vamos deixar que tudo aconteça naturalmente.”

“Você está certo meu anjo. Precisamos no primeiro momento curtir tudo isso que está nos acontecendo. Mas te confesso que tenho vontade de gritar pra que o mundo escute o quanto eu estou feliz.”

Eu ficava esfregando minhas mãos nas coxas de Miguel. Sempre fitando os olhos nele. Ele me correspondia com um sorriso maroto. Às vezes me roubava alguns beijos. Ficava passando minha mão esquerda na sua cabeça, acariando seus cabelosQuando chegamos à fazenda seu Fernando estava agoniado na porta de entrada do casarão. “O que aconteceu? Por que vocês demoraram tanto? Vocês estão bem?”

“Estamos ótimos disse Miguel, apenas tivemos um contratempo. Ao longo da viagem se formou um temporal e tivemos que nos abrigar num casebre abandonado na estrada.”

“Estamos muito bem, papai, ressaltou Taumaturgo e piscando para Miguel. Agora precisamos descansar um pouco.”

“Descansem... Depois teremos o almoço.” Disse o senhor Fernando. E acrescentou: “Obrigado por ter cuidado do meu filho, Miguel.”

“Pra mim é uma honra, cuidar de Taumaturgo.” Disse Miguel olhando para Taumaturgo que já estava corado de vergonha.

Miguel e eu nos dirigimos aos nossos quartos. Mas antes mesmo que eu pudesse adentrar no meu, Miguel me roubou um beijo e declarou que me amava. Sem duvidas estávamos muitos felizes com o nosso amor nascenteDurante o almoço éramos só olhares e entreolhares mútuos. Parecíamos dois adolescentes descobrindo em tenra idade o amor. Estávamos numa situação que até cego percebia que estava acontecendo algo entre a gente. Quando fomos interrompidos com a presença de uma jovem senhorita que nos fez companhia a mesa.

“Quero apresentar a você meu filho e a você Miguel, Rita, a nova professora da escola.” Disse meu pai apontando para a Rita.

“Prazer senhor Fernando, Taumaturgo e Miguel.”

“Vamos comer, pois temos que fazer os preparativos para o churrasco.” Falou Fernando.

“Que churrasco?” interrompi logo em seguida.

“Meu filho quero comemorar a sua volta pra casa e apresentar também a professora Rita aos comunitários da fazenda.”

Não podia deixar de notar que Rita era muito bonita, deveria ter seus 25 anos, uma morena clara, 170 m, 70 quilos, cabelos longos presos com um objeto comumente chamado de piranha. Aí também senti o meu coração vir a boca. Pois percebi os olhares de Miguel para com a Rita.

Miguel percebeu que fiquei meio abatido. Continuamos a almoçar e depois me retirei. Miguel logo me seguiu pelo corredor central da casa.

“O que houve meu amor?”

“Nada... apenas quero descansar um pouco.”

“Sei que você acha que estou interessado na Rita. Mas deixa eu te falar uma coisa. Depois que descobri que te amo, nunca mais vou ter olhos pra outra pessoa.”

“Sei... mas ela é muito bonita... sei que você também gosta de mulher. Lembre-se que tenho meus receios com cara bi.”

Nesse momento Miguel me tomou em seus braços sem se preocupar se teria alguém como plateia e me tascou um beijo demorado.

“Cara nunca vou deixar de te amar. Aconteça o que acontecer. Você é a pessoa da minha vida.”

Entramos no meu quarto e nos jogamos na cama e continuamos nos amassos, esquecendo-se de tudo e de todos. Parecíamos que estávamos largados numa ilha deserta sem nenhum medo de sermos pegos. Não sei o Miguel, mais eu da minha parte acredito que todos têm direitos iguais ao casamento, a demonstrar a sua felicidade, seja casais heteros ou homossexuaisNo celeiro da fazenda

Miguel estava olhando os cavalos da fazenda enquanto Humberto arrumava os feixes de palhas que eram usados na alimentação dos cavalos.

“Oi Miguel. Tudo bem?”

“Tudo certo sim Humberto.”

“Soube que você perdeu a competição pro André?”

“Sim. Perdi mesmo. Apenas me desequilibrei e cai da montaria do touro.”

“Ele está todo feliz. Por que finalmente te venceu numa prova de montaria.”

“Você sabe que o André não vai muito comigo. Nunca fiz nada. Não tenho nada contra ele. Mais fico feliz com a vitória dele.”

“Você perdeu mais parece que está muito feliz. O que aconteceu por lá, hein?”

“Deixa de ser curioso macho. Mais te posso dizer que ganhei o maior de todos os prêmios.”

“Hum... você estava acompanhado do tal de Taumaturgo?”

“Ei peão mais respeito com o patrãozinho.”

“Relaxa cara, apenas um comentário...”

Nesse momento Miguel dá as costas para Humberto. Que continua no celeiro resmungando: “Aquele padrezinho vai me pagar muito caro!”Estávamos todos em volta da piscina da fazenda. Um local muito bonito com um jardim em torno dele maravilhoso. Cercada de rosas, pampolas, cravos e copos de leites, entre outras flores de diversas cores e formas e tamanhos. Muitos conhecidos de meu pai, os peões da fazenda, a nova professora, a Rita. Mas parece que podemos estar cercados de uma multidão, quando não vemos a pessoa que se ama ali, parece até que os outros perdem sua singularidade e até mesmo desmerecemos a suas existências. O nosso coração que repousar sempre naquele que amamos. O tempo fora passando e André se aproxima de mim. Começa a puxar uma conversa, que pra mim apenas respondia com monossílabos. Estava muito ansioso pra ver o meu peão.

Eis que surge o amor da minha vida. Parecia um príncipe. O homem mais lindo de todo o churrasco, quiçá do mundo. Meu coração foi parar na minha boca de tão encantado eu estava. Parece com aqueles momentos inesquecíveis na vida de cada um, quando se ganha algo que se almejava há muito tempo. Assim estava me sentindo vendo aquele peão vindo na minha direção. Mais que droga ele se volta pra professorinha e começa puxar assunto com ela. Que droga! Por que ele não vem falar comigo. Poxa o que ele ver naquela criatura?

Mesmo de longe entrecruzávamos os olhares. André que estava próximo de mim, ou melhor, do meu lado pode perceber isso. Todavia procurava disfarçar o indisfarçável. Fiquei um pouco chateado com aquela situação. Quem eu gostaria que estivesse aqui do meu lado não estava e quem não estava dando à mínima, ficara do meu lado como um cão de guarda. Eu posso com isso!

Via apenas sorrisos entre os dois. O que eles falavam? Quem era o motivo da piada? Será que era eu? Será que eu estava me enganando com o Miguel? Será que sou apenas um passatempo pra aquele peão?

Como a minha cabeça estava um pouco cheia de idéias de quem sente muito ciúmes. Resolvi sair dali um pouco. Fui à direção da capelinha, uma espécie de gruta que minha mãe em vida fizera pra homenagear Nossa Senhora. Ficara ali contemplando tal imagem, na busca de uma consolação, uma consolação substituta tendo em vista que minha mãe já era falecida. Quando estou sentado diante da imagem, sinto uma mão me tocando. Num primeiro momento pensava que fosse Miguel vindo ao meu encontro. Mas na verdade quando me volto para o estranho vejo que é um peão.

“Se assustou patrãozinho?”

“Não apenas estava pensando que fosse outra pessoa.”

“Qual a sua graça, peão?”

“Eu me chamo Humberto.”

“Prazer, Humberto, acho que você sabe quem eu sou?”

“Claro que sim, você é o padrezinho filho de seu Fernando.”

“Não sou padre. Apenas sou um frade franciscano. Mas estou longe de lá algum tempo.”

“Mas acho que você não deveria ter saído de lá.”

“Por que você fala isso?”

“Desculpa, foi apenas um pensamento tolo da minha parte. Desculpa novamente, quem sou pra se meter na vida de alguém ainda mais na sua, que manda em tudo aqui.” Falou isso com certo tom de ironia.

Então Humberto se retirou enquanto continuava a ficar pensar sobre a vida naquele lugar pra mim que se tornara uma espécie de refugio.

O tempo foi passando quando meu pai me encontra e diz: “O que você faz aqui? Vamos voltar pra junto dos outros.”

“Tudo bem pai.”

“Está acontecendo alguma coisa com você filho?”

“Nada não pai, apenas queria ficar um pouco sozinho mesmo. Sabe tem horas que quero me isolar. Coisa minha mesmo.”

Voltamos e ficamos junto aos outros. Miguel se aproximou de mim e perguntou: “O que estava acontecendo, pois havia desaparecido.”

Fiquei calado apenas olhando pra ele, na verdade estava engasgado, mas não queria falar. Sei lá estava me sentindo usado por Miguel.

“Fala comigo, cara, por favor. Estou ficando mal com o teu jeito. Me diz ai o que eu te fiz.”

“Miguel me deixa, por favor. Volta lá com a tua professorinha.”

“Então é isso! Deixa de ciúmes amor, você é a única pessoa que amo em todo mundo.”

“Sei lá cara tenho medo de ser apenas um passatempo.”

“Passatempo! Você realmente quer que te mostre o que é passatempo pra mim?”

“Vamos deixar dessa história.”

“Preste bem atenção quero que depois a gente se encontre no celeiro. Mais tarde, não vai ter ninguém mesmo, todos estão aqui, até mesmo os peões, quero namorar (risos).”

A churrascada continuou a ficar animada. Tinha muita cerveja, refrigerantes, doces, bolo de milho, de macaxeira, doces, e muita carne. Estávamos um pouco animados com tudo aquilo. Meu pai tomou a palavra e falou:

“Quero aproveitar o momento para celebrar duas coisas: a volta do meu filho, Taumaturgo e também apresentar a nova professora da comunidade, a senhorita Rita. Então vamos fazer um brinde a tudo isso.”No celeiro da fazenda

Cheguei ao celeiro sem nenhuma alma viva no local. Fiquei olhando os cavalos de raça que estavam guardados e comendo feno. Subi por uma escada que dava acesso ao sótão e nada de encontrar Miguel. Fiquei lá abri um janelão que podia ver do alto uma parte da fazenda. Quando estou totalmente envolvido com a paisagem da janela. Sou abraçado por trás.

“Eu te amo, Taumaturgo.”

Nesse exato momento me volto pra ele e tasco-lhe um beijo. Como estava com saudade de sua boca. Como estava com saudades de seus lábios. Ficamos muitos minutos apenas nos beijando. Miguel enfiava sua língua com voracidade na minha boca. Faltava ficar sem ar. Mais o tesão entre a gente era muito grande. Sem hesitar tirei sua camisa. E comecei a mamar seus mamilos que estavam enrijecidos por causa do toque dos meus lábios. Fui descendo até ficar de joelhos diante dele. Miguel abriu o zíper de sua calça e fiquei sentindo o cheiro de sua cueca que envolvia sua rola.

Comecei a mamar sua rola sob a cueca. Apenas sentindo o gosto de seu cheiro. Aos poucos aquilo ia se avolumando diante dos meus olhos. Não resisti e abaixei sua cueca, quando salto diante de mim aquele mastro que dispensa comentários. Não me fiz de arrogado e comecei a mamar aquela rola monumental. Olhando para o alto e vendo a cara de felicidade de Miguel.

Depois de mamar por vários minutos a sua rola. Miguel me toma em seus braços e me joga contra a parede e começa a me sufocar com seus abraços mesclando com beijos longos e calientes. Estávamos ambos sem camisas. Suados, banhados de cheiro de sexo, que exalava do tesão que nos envolvia.

Infelizmente não sabíamos que estávamos sendo vigiados.

Em um espaço na cocheira estava Humberto. Apenas olhando o que nos acontecia. De forma sorrateira.

“Quer dizer que o padrezinho e o peão são um caso. Filho da puta você vai me pagar bem caro. Alguém precisa saber o que está acontecendo.” Sem que percebemos ele saiu do celeiro.

Inocentemente continuávamos namorando. Parecia que pouco nos importávamos com possível chegada de alguém naquele recinto. Depois decidimos sair de lá. Havíamos combinado que dormiríamos juntos naquela noiteQuando estava no meu quarto descansando. Alguém bate a porta. Abro e eis quem vejo. Humberto diante de mim com uma cara de poucos amigos.

“O que foi Humberto?”

“Creio que você precisa ser mais caridoso comigo, padrezinho!”

“Como assim não estou entendendo nada, seja mais claro por favor.”

“Você precisa ser mais cooperativo comigo, Taumaturgo, afinal sei algo que o seu pai gostaria muito de saber.”

“Que coisa cara? Seja mais claro.”

“Sei do seu caso com o Miguel. E se você não for bonzinho comigo acho que seu pai pode ser muito mal o com seu filho santo”, ironizou novamente.

“Você não vai fazer isso cara, o que você ganha com isso? Por que você tem raiva de mim? O que eu te fiz?”

“Um dia você vai saber santinho do pau oco. Mais por agora quero que você seja bonzinho comigo. Ou então...”

“Nunca vou me submeter a sua chantagem cara.”

“Se é assim que você quer... então assim será.”

Nesse momento Humberto sai de meu quarto em direção a sala onde estava meu pai. Não tive outra reação senão apenas correr atrás dele para impedi-lo de tal ação. Quando Humberto se aproxima de meu pai. E diz: “Acho que o senhor precisa saber de uma coisa.”

“Que coisa rapaz? O que está acontecendo aqui? Quem lhe deu o direito de estar aqui na minha casa?”

“O senhor precisa saber quem é seu filho? O filho que o senhor acha que é perfeito, santo, digno de todo o seu amor.”

“Não estou entendo rapaz, seja mais claro.”

“O seu filho é...”

Nesse momento interrompo Humberto com um soco. Meu pai entra na briga que estava se formando nesse momento. “O que está acontecendo aqui?”

“Humberto pare com isso, não seja moleque, isso não te diz respeito.”

“Claro que me diz. Você roubou tudo de mim cara. Agora vou acabar com você.”

Então foi a vez de levar um soco de Humberto. Estávamos numa briga daquelas. Começamos a quebrar as coisas, pois estávamos numa verdadeira luta.

“O seu filho querido é gay.”

“Para com isso Humberto.” Esbravejei e continuando a esmurrar o filho da puta.

“Parem com isso.” Gritou meu pai. Quando olho pra ele vejo que começa a passar mal. E desmaia...

Continua...

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Comentários

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Hmmmmmm essa professora aí vai ser problema, tô vendo que o amor do Tamaturgo vai ter que ser bem forte pra suportar o ciúmes... E torço pra que o Miguel realmente não esteja interessado nessa cadelinha

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Huumm excitante o sequissu no celeiro. Essa professora vai aprontar. Pelo que entendi o Humberto ama o Miguel?? Agora o véi morre e tudo ficará nas costas do Tau, tomara que o véi não morra. NÃO DEMORA!!!

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