Confesse Que Me Ama | CAPÍTULO 09 | Decepção

Um conto erótico de Xixi Mijurina
Categoria: Homossexual
Contém 1342 palavras
Data: 09/06/2013 02:04:30
Última revisão: 09/06/2013 02:13:28

- E agora na passarela a nossa última candidata: Lady Diva!

Os alunos e todos presentes se perguntavam quem era essa tal de Lady Diva.

- Me deseje sorte! - Felipe pegou a mão de Cauê.

- Você já venceu.

Felipe, ou melhor, Lady Diva subiu na passarela e todos emudeceram. Alguns o reconheceram, outros ficaram na dúvida, mas todos concordaram que Lady Diva era uma bela mulher.

Felipe sentiu um frio na barriga, mas venceu o medo. Desfilou com toda a sua sensualidade e elegância arrancando aplausos e ovações do público.

Abel estava indignado:

- Mas que porcaria é essa? Será que o diretor não está vendo? Isso não é uma mulher nem um homem. É uma aberração.

- Aberração é você. Felipe teve mais coragem que muito homem mostrando o que é. - disse Cauê aparecendo derrepente.

- Melhor seria se ele nem tivesse saído do armário. Coitado! Vai sofrer muita humilhação.

- Felipe é forte.

- Ele não vai aguentar a pressão. Mal tem amigos.

- Ele tem a mim. - Cauê saiu deixando Abel a se perguntar o que havia entre ele e Felipe.

- Que bom! Agora tenho duas gazelas para perseguir. Ah, e não me esqueci do que fez com minha camisa. Era nova. - gritou para Cauê que já estava longe.

Depois de muitos corpos belos desfilarem chegou a hora decisiva:

- Senhoras e senhores! Atenção para o anúncio dos vencedores: Da categoria masculina o vencedor é... Ninguém mais que Patrick, o P-day do terceiro ano. Vale lembrar que é a sua terceira vitória consecutiva!

P-day recebeu a faixa de vencedor acenando para as meninas que estavam histéricas com sua vitória. Ele realmente era muito lindo. O locutor prosseguiu:

- E da categoria feminina a vencedora foi...

Existia uma tensão quase palpável entre o público que apreensivo não descartava a hipótese de uma surpresa no resultado. Depois de uma longa pausa o narrador finalmente concluiu sua frase:

- ... Lady Diva!

Todos os olhares mudos se direcionaram a Felipe que estava sem reação. Para ele desfilar já era uma vitória por isso foi pego de surpresa. Ao som de aplausos crescentes caminhou até o palco e recebeu a sua faixa de vencedor, quero dizer, vencedora.

***

No dia seguinte não se falava em outra coisa nos corredores da escola. A opinião como sempre muito dividida, mas Felipe se sentia feliz, importante, especial. Até entre os alunos do noturno o assunto era bem difundido:

- Então, Joaquim, o que você achou da vitória do Felipe?

- Não sei, Cauê, achei meio bizarra. Não simpatizo com travestis, mas adimiro a coragem dele. Vitória merecida.

O comentário animou Cauê pois afirmou mais uma vez que havia tolerância da parte de Joaquim a homossexuais já que ele havia engatado de uma vez o namoro com Janaína. O que reduzia suas chances a zero. Mas, ao invés de o sentimento por Joaquim desaparecer, Cauê sentia-se cada vez mais atraído:

- Uau, você tem uma letra linda. Nem olha pro meu caderno, que vergonha, cara! - Cauê o elogiou.

- Ah, bondade sua! Nem é tão bonita assim, a sua ganha.

- Jamais! Olha que garrancho!

Seus cochichos foram interrompidos por uma gritaria vinda do corredor:

- Abel, já pra diretoria! Chega, seu desordeiro! Tomara que pegue uma suspensão! - o professor Bruque estava roxo de raiva.

- Nossa, o que aconteceu? É o tal do Abel. Esse moleque é insuportável. Ei! O que está fazendo com meu caderno? - Cauê se assustou ao ver Joaquim escrevendo em seu caderno.

- Não gosta tanto da minha letra? Resolvi deixar uma marca. Lê.

- "Cauê e Joaquim, amigos para sempre!" - Cauê leu. - Que lindo, cara!

- Eu sei que é meio gay, mas gosto muito de você. É o meu melhor amigo.

- Sinto-me lisonjeado!

- Lisonoquê?

***

Na sala da direção Seu Lucas M. aplicava um sermão em Abel:

- Até quando você vai sustentar esse comportamento infantil? Temos que respeitar as diferenças. O professor Bruque sentiu-se altamente ofendido.

- Não sei por que ele se estressou tanto! Eu nem estava falando dele. Se se sentiu ofendido deve ser porque ele faz hora extra na esquina rodando bolsinha!

- O que é isso, rapaz? Mais respeito!

- Respeito? Como assim? Essa escola está toda errada! Ontem um garoto venceu a categoria feminina de um desfile. E só por não concordar com essa bagunça eu vim parar aqui. Tenho liberdade de opinião ou não?

- Tem, claro que tem. Mas você também tem que entender que o seu direito termina quando o do outro começa.

- Ah, mas que frase mais clichê!

- Damos liberdade a todos os alunos para defenderem o que quiserem dentro dos limites.

- Pois é, o Felipe ultrapassou os limites.

- Se não quisesse ter visto por que não ficou em casa?

- Se eu soubesse tinha ficado.

- Seu Lucas M., pode vir aqui um pouquinho. - uma secretária chamou-o.

- Estou indo. Abel, o seu caso não é digno de suspensão.

- Droga!

- Volte pra sala e reflita sobre o que conversamos. Um pouco de tolerância não diminuirá a sua sexualidade.

Seu Lucas M. entrou na sala da secretária e pela porta aberta Abel ouviu a conversa:

- Reconhecemos os dois alunos. São Cauê Tomazeli do terceiro e Felipe Nurks do segundo.

- Ótimo, mande chamá-los, preciso conversar com os dois. E cuide pra que esse vídeo não saia daqui da direção.

- Sim, senhor.

- Mas que vídeo? - Abel ficara curioso.

***

Abel havia pensado em muitas formas de entrar na direção e ver o tal vídeo, mas nenhuma era eficaz. Durante o período noturno só o Seu Lucas M. e sua secretária ficavam na direção. Como tirar os dois de lá? Olhou pela janela e viu o Seu Lucas M. saindo de carro. Era agora ou nunca. Quebrou o alarme de incêndio e todos entraram em desespero.

Durante a confusão viu a secretária sair da sala da direção. Entrou e, encontrando o computador ligado, inseriu seu pen-drive começando a procura pelo vídeo. Abriu um que estava bem na área de trabalho e xeque-mate! Era o dito-cujo.

Viu o beijo e exclamou:

- Então você é o Cauê? Me aguardem, bichinhas!

Copiou o vídeo e se levantou.

- O que faz aqui, Abel? - Seu Lucas M. o observava da porta.

- Nada! Eu só estava me protegendo do incêndio. - Abel escondeu rapidamente o pen-drive.

- Pode voltar pra sala, não existe incêndio algum. Alarme falso.

***

Depois que os ânimos se acalmaram os alunos foram dispensados mais cedo.

Cauê ficou esperando por Joaquim que apareceu atônito:

- Cauê, vem comigo!

- Pra onde?

- Vem, Cauê! - Joaquim mal olhava em seus olhos deixando nítido o nervosismo.

Caminharam em direção ao banheiro. A porta abriu-se e Joaquim entrou seguido de Cauê que tentava imaginar o que estava acontecendo, mas um golpe forte em sua cabeça embaralhou seus pensamentos.

Cauê caiu e dois garotos, até então escondidos atrás da porta do banheiro, meteram-lhe socos e pontapés sem dó nem piedade. Sem entender o que acontecia viu Joaquim assistir a cena desconfortato ao lado de Abel que entalhava um semblante triunfante.

- Pára com isso! Joaquim, me ajuda! Socorro!

O coração de Joaquim se espremia dentro do peito, seus olhos começaram a lacrimejar, mas ele disfarçou e continuou a assistir a cena:

- Já chega, Abel, você vai matar ele!

- Se eu pudesse eu mataria! O quê que foi? Tá com dó da bichinha?

- Eu só não quero problemas!

- Relaxa! Ei, vocês dois, já chega! Tragam-no aqui. Joaquim vai concluir o serviço.

- Por que estão fazendo isso comigo? - Cauê cuspia sangue.

- Tadinho dele! - Abel o esbofeteou - Isso é pela minha camisa! Eu faço porque odeio frutinhas como você.

- Covarde! Por que não me enfrenta sozinho?

- Porque não estou afim! Agora é com você Joaquim.

Joaquim não escondia o seu sofrimento.

- Joaquim! - Cauê chorou de ódio ao pronunciar o nome - Traidor! Vá em frente. Não tenha pena de mim.

Joaquim hesitou:

- Abel, ele já está todo quebrado, chega!

- Não o suficiente. Quero que faça isso.

- Vai, Joaquim! - Cauê gritou - Bate na frutinha! Na bicha! Mostre o quanto você é homem!

- Pára com isso, Cauê! - Joaquim estava enlouquecendo.

- Vai, anda! Você não é homem, não?

- Bora, Joaquim! Termina logo com isso. - Abel o aconselhou.

- Desculpa! - Joaquim sussurrou.

E socou Cauê.

Tudo escureceu.

_____

Vem, gente!

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Comentários

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Realmente uma decepção...realmente não gosto do Abel...Muito bom o conto, bastante emoções envolvidas. Continua.

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se antes o Cauê gostava do Joaquim, depois deste capítulo qualquer amor dele pelo outro morreu. Melhores amigos?! Nem conhecidos de vista depois disto! Mal posso esperar pra ver o gelo que o Cauê vai dar no Joaquim, as palavras que ele vai usar e quando ele jogar tudo o que ele fez pelo Joaquim na cara dele

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Kkkkkk adoreeei a homenagem,valeu!! Kkk agora posta logo a continuaçao!10

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Depois dessa covardia contra Cauê Eu quero sinceramente que Joaquim e Abel morram queimados desgraçados

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GEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEENTE, COMO NÃO VICIAR NESSE CONTO? MEU DEUS, QUE FILHO DA PUTA ESSE ABEL, EU QUE ESTAVA ACHANDO ELE UMA GOSTOSURA... ME FEZ SENTIR UM ODIO NUNCA DESCRITO ANTES! PARABÉNS.

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Achei digno o uso do meu nome :) kkkkkkk Conto maravilhoso! Pean q vc demora tanto pra postar a continuação :/

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Mais um capítulo, meus gatos e gatas! Espero que gostem! Comentem!

Uma lambida no pau e boas ejaculações!

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