De inocente a amante de pica 11

Um conto erótico de JJRS
Categoria: Homossexual
Contém 1700 palavras
Data: 16/05/2013 19:22:43

Hoje quero antes de iniciar essa parte do conto quero compartilhar a primeira música que ouvi enquanto me dirigia para meu trampo. Essa música diz muito sobre a fase da minha vida que estou narrando. Música antiga mas que diz muito mais do muitas músicas atualmente tocadas pelas rádios do Brasil.

Às vezes, no silêncio da noite

Eu fico imaginando nós dois

Eu fico ali sonhando acordado, juntando

O antes, o agora e o depois

Por que você me deixa tão solto?

Por que você não cola em mim?

Tô me sentindo muito sozinho!

Não sou nem quero ser o seu dono

É que um carinho às vezes cai bem

Eu tenho meus segredos e planos secretos

Só abro pra você mais ninguém

Por que você me esquece e some?

E se eu me interessar por alguém?

E se ela, de repente, me ganha?

Quando a gente gosta

É claro que a gente cuida

Fala que me ama

Só que é da boca pra fora

Ou você me engana

Ou não está madura

Onde está você agora?

Quando a gente gosta

É claro que a gente cuida

Fala que me ama

Só que é da boca pra fora

Ou você me engana

Ou não está madura

Onde está você agora?

Não sou alguém que curte exclusivamente algum estilo de música achando que um estilo seja melhor que outro. O que me interessa numa música é o momento. O momento que eu estou passando. A letra para mim é o mais importante. Consigo curtir Caetano Veloso como nessa música, assim como Roberto Carlos, Milton Nascimento, Chico Buarque, como outros tantos da Atualidade. Música para mim tem que ter letra que me toque. Não curto muito música internacional por não saber inglês, mas nessas eu curto o ritmo.

Outra coisa que gostaria de compartilhar antes de dar continuidade é que eu sou gaúcho. Não havia comentado isso até agora. Não tenho a visão separatista que uma certa minoria daqui tem, mas eu acredito no meu RS. Canto o Hino do RS com muito mais empolgação do que o Hino do BR por exemplo. No Hino do BR tem aquela parte do "Pátria Amada...". Pátria é onde você se sente bem, é onde você realmente ama, e pra mim, minha pátria é sim o RS, antes do BR. Vamos ao conto...

Após procurar o Alexandre e o Everson por todo o seminário e não encontra-los, resolvi fazer o que eu sempre fazia aos domingos à tarde, fui ao convento rever as minhas amigas noviças que fazia muito tempo que não as via por causa da quarentena. No caminho, já chegando próximo ao Convento, vi que elas estavam todas no pátio jogando vôlei. Fui me aproximando do pátio, já ansioso por revê-las. Elas me vêem chegando e param de jogar e vieram ao meu encontro. Eu "estava em casa" novamente. Receber aquela acolhida me fazia muito bem. Fui com elas até onde elas estavam jogando quando para meu espanto sentado em um degrau vejo o Everson sentado que assistia ao jogo. Veio em minha direção, me abraçou e disse:

Everson: Veja só quem voltou! Se recuperou bem? Não quis ficar mais tempo com a mamãe?

Eu: É estou melhor, já me recuperei. Infelizmente não dava para ficar mais tempo em casa. As provas se acumularam e eu preciso recuperar o tempo. Mas o que tu está fazendo aqui? Tá querendo se meter em confusão? hahahaha...

Everson: Confusão, não! Passei por aqui, vi elas jogando e parei para assistir, nada demais!

Uma das noviças, Elisângela, veio até mim me puxou para longe e perguntou se eu conhecia o rapaz que estava ali. Pergunta meio besta, se não conhecesse não teria abraçado... Respondo que sim, que era seminarista, meu colega. Ao invés de ver uma cara de alívio nela, eu vi uma cara de apavorada, estranhei e perguntei o porque da cara, ela tenta disfarçar e tenta mudar de assunto. Eu insisto e então ela resolve falar:

Elisângela: Não é nada demais é que pensávamos que eles fossem meninos que residem aqui na vila.

Eu: Como assim, eles?

Elisângela: Sim, ele e o outro rapaz!

Eu: Que outro rapaz? Ele está sozinho...

Elisângela: Chegou ele e um outro rapaz. Ficaram sentados ali assistindo. Um deles se levantou veio jogar com nós pois faltava uma pessoa para completar outro time. A Natália ficou trocando olhares com ele e pararam de jogar e saíram. Ela está meio de saída do convento, não quer ser freira, então está querendo "aproveitar" as oportunidades. Ela já saiu com alguns meninos da vila, por isso achávamos que não eram do seminário. Ah olha lá! Estão voltando.

Eu olho na direção que ela aponta. Não consigo reconhecer nenhum dos dois pois estavam longe. Só sabia que a menina era a Natália. À medida que vão chegando perto reconheço o menino. Era o Alexandre! Eu não acreditava no que estava vendo. Fiquei mordido de raiva. Eu fiquei muito brabo, mas não era hora de ter um pití, não ali, não naquele lugar e naquela hora. A Natália me reconhece e vem correndo na minha direção e me abraça num pulo. Eu a abraço de volta com carinho. Ela não era a culpada e eu gostava muito dela, e ela era realmente uma das mais bonitas das noviças. O Alexandre vem logo em seguida a ela, passa por mim e vai até o Everson. Eu o encaro e faço as meninas irem comigo até eles. Chamo as outras pra lá também. Eles ficam meio confusos e envergonhados.

Eu: Esses aqui são os meus colegas no seminário. Esse é o Everson e esse é o Alexandre!

Quando eu os apresento, a Natália vai até o Alexandre e diz:

Natália: Ah tu é seminarista!! Que interessante!! Não foi isso o que tu disse agora pouco!! Disse que morava aqui perto que era morador daqui!!

Alexandre: Hehehehe.. De certa forma eu sou! O seminário é logo ali em cima. É vizinho do convento...

A Natália chega mais perto dele e aproxima seu rosto do dele como se fosse dar um beijo nele. Eu já estava com raiva e pensei "Ah não, vou ter de ver eles se beijarem na minha frente ainda!". O Alexandre vai com seu rosto em direção a ela e eu não acredito no que vejo. A Natália enche a mão dela num tapa na cara dele e sai dali. As outras meninas começam a rir dele. Eu apenas fiquei espantado, não ri, não falei nada. O Alexandre me olhou com uma carinha que me cortou o coração na hora. Fiquei com tanta pena que o tapa doeu em mim. Ele se vira para voltar para o seminário e o Everson começa a acompanha-lo. Eu não sabia se ficava ou se eu ia também. Resolvi ir com eles, mas a Natália, volta, me pega pelo braço e me faz ficar. Fico com elas mais uma hora mais ou menos e vou de volta para o seminário.

Quando eu chego o Alexandre vem querer falar comigo. Eu aceito e saímos caminhando pelo pátio.

Alexandre: Que bom que tu está de volta!!

Eu: O que? Tu é muito cara de pau!! Enquanto eu estava em casa me recuperando tu estava correndo atrás de uma menina. Enquanto eu estava em casa pensando em ti a todo instante, tu estava pensando em que? Em sair com outra pessoa. Quer saber eu te daria um tapa na cara, mas vou te poupar dessa, a Natália já fez isso por mim. Levou uma bem dada...

Alexandre: Tu precisa entender que eu não sou gay. Eu gosto de meninas.

Eu: Eu nunca tinha te cobrado qualquer coisa a respeito disso tudo. Mas se tu não queria que as coisas chegassem a esse ponto deveria ter cortado as minhas esperanças logo no início e ter deixado claro isso, que eu seria apenas um brinquedo onde tu iria querer de vez em quando enfiar teu pau! Quer saber! Eu adorei aquela noite! Não me arrependo em nada, foi muito bom pra mim, amei aquilo tudo. Amei tudo o que aconteceu com nós até agora...

Ale: Eu também, maninho. Aquela noite tudo foi além do que eu esperava que fosse. Eu te amei por aquela noite e sou honesto quando digo isso...

Eu: Quer saber!! Não vou ficar aqui discutindo relação. Mas lembre-se que foi tu quem quis assim!! Apenas não me procure mais. Não vou te procurar mais. Afinal, eu não sou uma menina... Diga adeus ao que eu sentia por ti agora seremos colegas, no máximo amigos. Vou me arrumar e terminar de arrumar minhas coisas.

Fui para o dormitório terminar de arrumar meu armário com as coisas que havia trazido de casa. Terminado isso, não aguentava mais. Fui até o quarto que havia ficado de quarentena. Me tranquei e chorei horrores lembrando tudo. Fiquei muito tempo lá. Como o quarto me trazia lembranças, saí de lá e fui para o arbusto que sempre me escondia. Entrei lá e logo o Ale veio lá.

Ale: Sabia que ia te encontrar aqui!! Está mais calmo? Podemos conversar melhor?

Fiquei quieto.

Ale: Engraçado que foi aqui que começamos nossa história.

Eu: Certo! E você veio aqui para finalizar?

Ale: Claro que não. Não quero que termine assim. Eu gosto muito de ti.

Ele levanta meu rosto pelo queixo e vai aproximando seu rosto do meu. Eu acabo cedendo e o deixo me beijar. Mas logo o corto.

Eu: Eu não sou uma menina. Me deixa quieto. Não é eu quem tu quer.

Ale: Desculpa! Não era aquilo que eu queria falar! Não é aquilo que eu realmente sinto!

Eu: Faz assim!! Pensa direito o que tu quer! Quando tu se decidir tu me procura e então conversaremos direito. Eu estou muito chateado contigo agora, eu também preciso pensar!!

O Ale saiu do arbusto e tomou seu rumo. Eu saí logo em seguida e vi que o Everson me observava. Fui até ele. O abracei e chorei. Chorei muito. Ele nada falava. Apenas me abraçava forte e com carinho. Depois que parei de chorar fui com ele para o dormitório, deitei e dormi acordando somente no dia seguinte com a maldita música a todo volume.

Continua...

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Comentários

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Entendo o seu sentimento pelo seu estado. Sou pernambucano e aqui nós nos referimos à Nação Pernambucana. A nossa bandeira tem uma bela história. Foi da Revolução Pernambucana de 1817, quando ficamos independentes de Portugal por pouco mais de 70 dias.

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É AOS POUCOS EVERSON ESTÁ VENCENDO. E VC MUITO FÁCIL SE ENTREGANDO.

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cara, nao sou fã d contos longos como o seu, mais os seus contos, alem d estar me dando um prazer tão grande, esta fazendo eu mudar meus conceitos. parabéns e continue contando sua historia.. nota 1.000 pra vc.

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Que triste. É duro quando a gente se entrega tanto e não há contrapartida :( To chorona hoje, magoei! Mas é 10!

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Que triste. É duro quando a gente se entrega tanto e não há contrapartida :( To chorona hoje, magoei! Mas é 10!

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