Nossa história de amor...Parte 16...Penúltimo

Um conto erótico de Fernanda Araújo
Categoria: Homossexual
Contém 1375 palavras
Data: 14/04/2013 03:54:09

E em consideração e pedido de remissão com todos que com muito carinho seguem meus contos,eu venho já postar o penúltimo conto da sequência:NOSSA HISTÓRIA DE AMOR.Espero que gostem e acompanhem em breve o último conto e desfecho da história.Mil abraços da Fernanda Araújo!!!

Relembrando o conto anterior:

Foi assim que eu e ela caímos no sono,e lamento em dizer,mais foi no fim da madrugada que aconteceu o que poderia mudar o rumo de nossas vidas de certa forma,pois foi quando....eu acordei no meio da madrugada com certos incômodos,talvez fosse próprio da minha gravidez.Deixei para lá talvez fosse só meu bebezinho dando sinalzinho de vida hshs

O tempo se passou e eu entrei no meu 8º mês de gravidez,era um menininho,meu princípezinho novo:Eduardo Daniel.

Fizemos tudo que fizemos na gravidez dos nossos gêmeos,com direito a toda aquela bagunça novamente com a família e amigos.

Lembro-me que estava uma noite linda,eu e Alícia dormíamos.Uma das piores noites vividas...

Uma das piores sensações da vida:perda.Eu lembro que acordei a Alícia sem muito alarde pois eu ainda estava em certo pânico com a cena que eu acabara de ver.Alícia se apoiou na cama para se sentar e ficar ao meu lado quando colocou a mão numa parte molhada da cama e ascendeu o abajur do lado dela,vendo então uma certa pocinha de sangue na nossa cama.Ela foi imediata,ligou o carro,se vestiu e voltou para me pegar no colo,ela já tinha ligado pra Camila,que iria ficar com os filhotes.Assim que fui posta no carro,comecei a sentir dores enormes,forte pra caramba,era inexplicável.Pensei:Será que esse também vai ser prematuro???

Assim fomos para a clínica mais próxima em plantão e fui de imediato atendida.Meus amigos faziam o plantão,e foram estes mesmos que ficaram na sala de espera acalmando a Alícia dizendo que ficaria tudo bem.

Lembro-me que depois de quase 3 horas desacordada na anestesia um de meus amigos veio falar comigo e logo depois Alicia entrou no quarto.Ele nos deixou sozinhas.Eu disse:

-Amor,ele disse que eu tive um sangramento e deveria ficar de repouso,estranho ner??? Mais e ai,cadê nosso novo pequenininho???

A Alícia estava de cabeça baixa em silêncio e depois desta pergunta ela tentou mais não conseguiu deixar de chorar.Isto já me levou a entender o que havia acontecido.

-Amor,por favor fala comigo!!Cadê o Eduardo Daniel??

Ela me olhou tristonha e me abraçou,e eu já caindo em soluços.Chorei muito,e o estranho é que Alícia estava normal,fria,durona,sem derramar sequer uma só lágrima.Ela me abraçou e tentou me acalmar,eu depois de anestesias e acalmantes acabei dormindo,foi ai que o médico chegou e perguntou qual seria o procedimento para Alícia.Só me lembro de ter acordado com a Alícia já do meu lado,toda séria.

-Como está meu amor?Já está melhor um pouco?-Ela me perguntou acariciando meu cabelo.

-Creio que nunca vou me perdoar por não ter te dado este filho Alícia,nunca ter te proporcionado vê-lo!Me perdoa amor?

Ela se sentou do meu lado,pôs minha cabeça nos seus seios macios e começou a me confortar:

-Amor,não peça um absurdo desse,você me deu filhos lindos,olha a dose dupla de pura alegria que me destes Nanda,o nosso pequeno Eduardo foi só um anjo que veio nos avisar que a vida sempre continua e que ninguém nunca nos impedirá de ser feliz e ter nossa família,foi uma das melhores experiências da minha vida cuidar da minha amada grávida,toda dengosa,amor,foi só um acidente,com toda a certeza ele está em um lugar melhor,eu fiz questão de mandar vesti-lo com a roupinha que compramos e mandei sepultá-lo em um caixãozinho branco com o nominho dele,pois apesar de tudo,aquele pequeno ser era nosso fruto,não um indigente...

Eu não sabia o que dizer e só chorei muito,e em meio a soluços eu disse:

-Nem tivemos a chance de conhecê-lo,e você que tanto queria conhecer teu filho....

Assim Alícia se abaixou pertinho do meu rosto me sorriu e disse:

-Eu o vi amor,não podia deixar de ver nosso fruto.E quer saber,seria mais um galã.O mais lindo é que ele até que se parecia muito comigo,mais as características marcantes eram suas:boca pequena e bem desenhadinha e o semblante todo sereno como o teu,porém enigmático.Amor,foi só mais uma provação,isso tudo vai ficar guardado em nós porém não nos fará mais sofrer tá?

Ganhei alta,fui pra casa,curti meus filhos mais enquanto eu estava de repouso pude perceber que só ai a Alícia caiu na real,pois ela ficou parada olhando pro nada e saiu de mansinho pra um canto só da casa,que ela só fica lá,pensando e meditando.Sei que deu muita dó mais ela precisava daquele momento só,pois ela começou a chorar tanto,abafou o choro e os gritos com almofadas mais era inevitável não ouvir os sussurros provindo disso.Foi uma época difícil,mais que aos poucos fomos superando.

Passamos a fazer caridade.Visitávamos os asilos e passávamos boa parte do fim de semana lá.Íamos ao orfanato visitar as crianças,e levávamos os filhotes,pois no meio da tarde de caridade eles acabavam se divertindo muito com os pequenos.

Passamos a visitar quarto por quarto e criança por criança.Ficamos muito tempo fazendo essa ação.

Era 16 de setembro,exatos 2 meses da perda de Eduardo Daniel.Fomos visitar a ala hospitalar do orfanato e nos emocionamos com muitos casos lá,mais um em especial.

Era a história de um bebê de aproximadamente 2 ou 3 meses que chegou nesse orfanato pois havia sido achado abandonado em um banheiro de um terminal aqui na cidade.Ele tinha sido "ganho" nesse terminal e a mãe o abandonou ao certo.Após o acharem o levaram pro hospital e cuidaram dele,e depois de certa melhora ele foi mandado para esse orfanato,onde permanecia em observação.Porém a Madre Superiora de lá disse que os médicos não davam muito tempo de vida pra ele pois o hospital não tinha equipamentos e investimentos hospitalares para salvá-lo.Foi assim que eu arquei com todo tratamento na época.Eu havia inaugurado minha própria clínica,e foi nela que houve todo o decorrer do tratamento,e como eu já havia o diploma de obstetra/pediatra,eu mesma acompanhava junto aos outros profissionais o tratamento de recuperação do pequeno.Tanto eu quanto Alícia fomos tomando amor pela criança.Quando ele se recuperou,ele já estava com 5 meses e já podia voltar ao orfanato.

Foi inevitável,eu e a Alícia já não vivíamos sem aquela criança,parece que nos apegamos a ele depois da perda do Eduardo e pelas idades serem muito semelhantes.Pedimos a adoção da criança,mais ai veio o pior,não queriam nos deixar adotá-lo por causa de sermos um casal homossexual,a justiça alegou que seria um distúrbio psicológico para a criança.

Fomos a justiça,que foi se mostrando falha no país,e foi apenas um veredito o dado,o juiz disse que a Madre superiora que decidiria.Ele foi esperto,pois sabia que ela não aceitaria pois o homossexualismo ia contra as regras de sua religião,e foi o discurso dessa Madre superiora que fechou o caso e o concluiu,eu e Alícia já sabíamos mais ou menos a resposta,então por isso não criamos muitas expectativas,então a Madre superiora disse:

-Fernanda,você deverá me convencer que pode criar essa criança,mais saiba que não será muito possivel por vocês descumprirem as regras da nossa religião.

Ela foi esperta,sabia que me jogando no fogo assim era caso encerrado.Mais ai eu discursei,não morreria sem tentar:

Próximo conto meus amores.Beijãaao a todos!!!Não percam o último conto da sequência!!!!

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Beijos,Fernanda Araújo

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Comentários

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:'( Puxa... já estava emocionada antes de ler e agora fiquei mais.

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