Assumindo-se bissexual XVIII: Final

Um conto erótico de AlexBi
Categoria: Heterossexual
Contém 4515 palavras
Data: 09/04/2013 18:09:13
Assuntos: Heterossexual

Baile de formatura. Minha formatura. Duas turmas reunidas, parentes e amigos em uma casa de festas. Final de fevereiro, fazia calor, e eu de terno. É chegado o momento da valsa, essas formalidades de formatura que viram mais é diversão - onde já se viu valsa ao som de New York, New York cantada por Frank Sinatra?

Dancei com minha mãe, depois uma prima que gosto muito (gostar fraternal, diga-se) e em seguida ela, que parada ao lado da pista, estava com uma expressão ansiosa. Claro que a chamaria. Sorriu ao me ver esticar o braço.

Dançamos, a música estava alta, eu queria dizer algo. Peguei-a pela mão, seguimos para o jardim. No lado de fora estava calor, mas pelo menos era tranquilo e dava para conversar. Lentamente a conduzia, como se ouvisse uma música própria, talvez Brothers in arms do Dire Straits. Ela linda, num vestido longo que valorizava o corpo esguio, magro. Os olhos, ah, que olhos, aquela cor de âmbar, brilhavam. Aproximei meus lábios dos dela, rocei, inspirei seu perfume, sempre suave, encostei meus lábios em seu ouvido, e sussurrei: "até te conhecer eu não sabia que era possível me satisfazer com uma só."

4 meses antes

Léo havia me proporcionado um prazer intenso, tenho que reconhecer. Fazendo uso da boca, das mãos, do plug anal, e usando este da forma como eu havia dito, me levou a um orgasmo profundo, que percorreu a espinha, me deixou prostrado no sofá por um tempo antes de eu poder retribuir.

Eu poderia iniciar ali uma relação adulta de apenas sexo. Além de amigos, morávamos juntos. Fui para o quarto com a cabeça cheia. Voltei no tempo, no passeio de lancha que acordou, 4 anos depois, um lado que, pensava eu, tinha sido apenas experiência adolescente. E vivi esse lado por dois anos. Com o Cláudio, depois o carinha no metrô, o Rodrigo, os garotos no carnaval, o do sítio, Marcelo, Léo, Lucas, o professor Jorge. Isso entremeado pelas relações com elas, como a colega de trabalho, a Janaína, Deborah, com quem tudo começou, Olívia, a irmã do Lucas. E um ou outro caso que por ter sido mais do mesmo não relatei.

E nenhum envolvimento emocional. Como já disse, relação com alguém do mesmo sexo não tem esse apelo, é estritamente físico; já por elas não, mas com a escolha que fiz de viver assim talvez eu tenha até encontrado candidatas a tal envolvimento e não me dei conta. Porém com ela tudo foi diferente desde o primeiro encontro. E por isso decidi, era hora de mudar, só sexo pelo sexo era bom na hora da curtição, eu já sentia o vazio se abatendo depois.

Liguei para ela. Combinamos de nos encontrar num quiosque na Lagoa (bairro do Rio). O papo foi legal, animado, de vez em quando o jeito dela espevitado, as respostas atravessadas, apareciam. É dela. Voltamos para o prédio, um carro atrás do outro. Eu queria ir para o apartamento dela, talvez ela quisesse o mesmo, parei na porta do meu. Ela não fez qualquer menção de me chamar.

Deste modo nossa relação foi avançando, com saídas que não resultavam em nada contudo íamos ficando mais próximos, os olhares, as insinuações. Três semanas assim. Até convidá-la a uma festa de aniversário de uma prima minha, a mesma com quem dancei no baile.

Ambiente animado, descontraído, cheio de gente da nossa idade. Havia um espaço transformado em pista de dança. A música já rolava há um bom tempo quando decidimos ir. Lá fomos nós. Minha prima havia contratado um DJ, boa música. Na segunda música já dançávamos com os corpos mais próximos. Avancei, segurei na cinturinha fina dela, que deixou, estava sensual sem ser ofensivo, vulgar, mas o olhar havia deixado para trás a expressão calma para um mais penetrante. Encostei meu quadril ao dela, mas sem forçar, e desse modo finalmente nos beijamos.

Os lábios carnudos, macios, a língua quente, firme, trocamos um beijo delicioso, resultado de uma longa espera. Todo meu corpo sentiu, se aqueceu, ficou ligado a cada toque, cada roçar, era como se cada poro, cada ponto de contato com ela fosse uma zona erógena.

Eu e ela sabíamos, a festa tinha acabado ali, ou melhor, a festa com outros participantes, agora a festa seria só de nós dois. Mandei um curto e apressado "tô indo" para minha prima, que riu e entendeu. Minha prima morava em Niterói, bairro de Piratininga. As ruas de terra. Chegamos no carro, estávamos no dela, estacionado em uma rua com pouca iluminação, transversal à rua da minha prima. Quando eu ia abrir a porta, ela me puxa. Nos agarramos, nos puxamos, colamos nossos corpos. Na festa eu evitei, mas ali não, grudei meu quadril ao dela para ela sentir que eu estava duro, e ela sentiu, pois disse em meu ouvido.

Era brasa pura, um desejo, uma vontade difíceis de refrear. Isso vinha - por que não? - desde nosso primeiro encontro no prédio. Ainda assim tentei que fôssemos para o motel. Ela recusou, não agora, não queria quebrar o que estava sentindo. Era queria ali?, tudo bem que a rua estava deserta, mas... por outro lado tive um vislumbre de que a gente iria se entender bem.

Fomos para a frente do carro, sentou nele, os pés no para-choque , fiquei no meio das pernas dela, nos beijamos, minhas mãos em seus seios. Ela usava uma camisa, uma espécie de bata curta que quase deixava o umbigo à mostra, uma saia rodada estampada e sandália. Se vestia bem, sabia ser feminina sem ser vulgar, coisa que eu não poderia imaginar a vendo sempre com calça jeans, blusa de malha para fora dela, desprovida de qualquer encanto. Mais tarde vim a saber o porquê daquilo, e sim, a mudança era consequência do nosso envolvimento.

Levantei a bata, ela retirou, arqueou as costas, lá estavam eles, cobertos por um sutiã branco, uma lingerie sofisticada, valorizavam seu colo, suas formas, firmes, acariciei por cima do tecido, apertei, com uma mão soltei o sutiã, escorregou pelos braços. Linda, à meia luz, sombras e claridade cobriam seu corpo. Os biquinhos já duros, uma formato tipo pêssego daqueles que cabem na mão, branquinhos, os mamilos rosa claro, lindos, perfeitos, apertei, acariciei, beijei, lambi, mordisquei, ela com as mãos em minha nuca, nas minhas costas, a respiração forte, o hálito morno.

Levei a mão debaixo da saia enquanto nos beijávamos, estava quente, emanavam ondas de calor, toquei nela, o tecido da calcinha úmido, muito, sentia-a com a ponta dos dedos, ainda mais quente, ela ofegava, olhos cerrados, a boca sediciosa buscando a minha, o suor brotando da testa.

E eu provocava, me demorava a tirar a calcinha, baixei uma parte até sentir seus pelos, recolhi sua saia, ela segurava no alto, beijei seu umbiguinho, lambi, depois beijei logo acima dos pelos, percorri minha língua nelas, expirava, fazia com que sentisse o calor da minha respiração, eu já podia sentir o aroma de sua excitação, inebriante, convidativo, ela quase implorando para eu tirar a calcinha, queria minha boca nela.

Beijei em torno, na virilha, por dentro das coxas, mordi arrancando um gemido mais alto, segurei firme na sua bunda, apertei, então coloquei a boca sobre a calcinha, beijei, suguei o caldo que já havia ali, entre minha língua e ela apenas o tecido, ela não aguentou, levantou o quadril, da forma que deu puxou a calcinha, no que acabei, sem pressa, puxando pelas pernas até tirar pelos pés.

E lá estava ela, entreaberta, me chamando, os pelos negros acima, assim como gosto, a virilha depilada, havia se preparado, era evidente. Nos olhamos, desejo estampado em nossos olhos, os dela como se aguardasse uma manifestação minha, e eu falei a verdade.

Ao vê-la nua sobre o capô do carro, os seios firmes apontados para cima, as pernas abertas, uma pose pra lá de sensual, eu disse, "você é linda, toda linda", aproximei meu rosto, ela sentiu meu hálito, minha respiração, em seguida o toque, a ponta da língua, de baixo para cima, estremeceu, abriu mais as pernas, deitou no capô como se dissesse, sou sua.

Seu suco brotava, todo aquele desejo era manifestado ali, eu sem pressa, explorando os pequenos lábios, lambia um de cada vez, subia, encontrava o clitóris durinho, massageava com a língua, acariciava com os lábios, chupava, depois chupava ela, mergulhava como se quisesse invadir seu interior, aquele tom de rosa forte, brilhante, o cheiro de muita excitação, ela arquejava, estremecia. Gozou.

Me apoiei no capô, fiquei diante dela, deitada, que me abraçou, me puxou e deu um beijo longo, molhado, entregue, disse a ela que além de linda era deliciosa, gostou de ouvir, devolveu, "se você soubesse o quanto esperei por isso..." Ah, isso é gostoso de ouvir, pensei, porém falei o mesmo, que eu sabia pois esperei talvez pelo mesmo tempo.

Nos abraçamos. Ela se recompôs. Motel agora? Não. Não houve nada mais naquela noite. Aquilo tinha sido uma espécie de necessidade de colocar algo pra fora, de quem não aguentava mais se segurar, e por outro lado tinha sido muito pouco, o que aguçava ainda mais a vontade pelo porvir.

No final de semana seguinte subimos a serra, fomos para Itaipava, distrito de Petrópolis, região serrana do Rio. Veio uma frente fria, chovia, na serra fazia vinte graus, ideal para um jantar com vinho. O clima era de romance, quase onírico.

Retornamos para a pousada, abrimos um vinho, bebemos na cama. Depois colocamos as taças na cabeceira. Nos entregamos ao som da chuva. Dessa vez contivemos o desejo, deixamos que ele fosse dando as caras aos poucos. A vontade era de arrancar as roupas, abrir a camisa de fazer saltar os botões, contudo contivemos, iniciamos um enlace romântico, cuidadoso, detalhista e como se chegados ao limite da relação contida, irrompemos numa entrega visceral, carnal para ao fim, e depois de anos, eu voltar a ter vontade de aninhar em mim uma garota e dormir.

Aquela dia no carro e a nossa primeira noite de verdade bastaram, a gente de entendia, e fácil, no sexo. No começo, e como todo começo, ainda por cima morando no mesmo andar, era sexo todo dia. Léo sabia e ficava satisfeito em ver que eu estava tão envolvido pela espevitada quanto ele pela Fabiana. Passamos a sair juntos. Era bom voltar à 'vida de casal'.

Apesar de ter Léo ali, morando comigo, com as inúmeras situações onde ele, ou eu ou nós sem roupa, até porque homem gosta mesmo de ficar nu, eu não tinha vontade, não sentia falta, ele também não insinuava, viramos amigos puramente heteros um para o outro.

****

Depois da formatura nós fomos para o apartamento dela. Eu passava o final de semana lá, às vezes pegando a sexta e/ou a segunda também. Mas eu não queria uma vida de casado. Na cama, após o sexo, abraçada em mim diz que ficou sem palavras ao ouvir eu dizer aquilo na formatura. Disse um "te amo", e dormiu. Eu permaneci acordado.

"Até te conhecer eu não sabia que era possível me satisfazer com uma só." Foi o que eu disse, era verdade, a mais pura verdade. Eu não tinha qualquer interesse por mais ninguém. E era essa a diferença que ela não sabia. "Uma só" para ela significava "uma mulher apenas"; só que não era isso, era "uma pessoa apenas", pois eu incluía aí Lucas, Léos e Rodrigos da vida. Pensava comigo, "pelo visto isso passou" ou "só me interesso por isso quando não estou envolvido com uma garota."

Os meses foram passando, nada de reduzir o ímpeto, por mais que eu a visse nua com frequência, numa troca de roupa, numa ida ao banheiro, de manhã ao acordar descabelada, sonada, sempre a olhava com desejo.

Nossa química juntos não apenas era muito boa como parecida, tanto eu quanto ela curtíamos fazer um oral daqueles que podem levar muitos minutos, sem pressa, saboreando e sem ter que virar

sexo depois. Era comum ela me pegar na cozinha antes de eu sair para o trabalho ou eu acordá-la desse modo, o que eu fazia com frequência.

E num desses dias em que ela me saboreava... Estávamos na sala do apartamento dela, eu sentado no sofá, ela entre as minhas pernas. Era de noite, a gente ia sair com uns amigos. Ficou de joelhos diante de mim, meu pau em sua mão, nos beijamos.

Nessas horas às vezes acontecia de eu cheirar a boca dela, passar o nariz próximo antes de beijá-la, e depois a beijava com vontade. Óbvio que eu já tinha feito isso, mas nem me dava conta; ela contudo se deu, já tinha percebido e naquela ocasião comentou, o fez de forma sensual, provocante, disse "sentindo seu cheiro, seu gosto na minha boca?"

Contive um desconforto e respondi que gostava que ela tivesse meu cheiro, o cheiro do macho dela. Acabou que ela montou em mim entregando sua boca à minha, "então sente...". O fato é, eu gosto do odor deles e delas, me excita, daí eu curtir fazer oral. O normal é o macho gostar do cheiro da fêmea e vice e versa. Meu cérebro gosta dos dois. Minha boca gosta de sentir os dois. Eu não me dei conta de que fazia isso e nem sabia com que frequência, mas isso acendeu uma luz amarela: sem saber eu estava sentindo falta. E eu não tinha coragem de falar da minha vida pregressa.

E as coincidências no sexo apareciam, ela, que ironia, era como eu, dependendo da posição, com ela sentada em mim de frente por exemplo, gostava que eu a tocasse com o dedo. Muito apertadinha, jeito mesmo de que não tinha dado, e o dedo a excitava. A primeira vez que eu fiz isso outra luz amarela se acendeu, eu queria que ela fizesse em mim. Só que nada.

Eu tentava refrear, partir para outra, mas não tinha jeito, eu acabava conduzindo a transa para posições em que ela poderia fazer isso, tal como o clássico papai-e-mamãe, eu por cima, ela aberta por baixo, apertando minha bunda, me trazendo para ela, os dedos próximos que nunca chegavam lá, e eu cheio de vontade de meter com ela me provocando.

Levei algumas semanas para acertar o momento, o tom certo. Até um dia, a coisa estava quente, quente mesmo, de eu chamá-la de minha putinha, pegar com força, ela sentada na beirada da mesa de jantar, as pernas arreganhadas, eu em pé em frente metendo com vontade, ela segurando em minha bunda, a gente se 'xingando', ela dizendo o que queria, peguei na mão dela, tirei meu pau, fiz ela se masturbar, lambuzar seus dedos com seu suco, seu creme, ela quando muito excitada, depois de gozar liberava uma secreção mais cremosa, que eu adorava, era prova concreta, para mim, da excitação dela, e foi o caso, ela lambuzou, peguei neles, voltei a enfiar meu pau nela, chupei os dois dedos, e chupei como se chupasse um pau enquanto a comia, a expressão dela não era de interrogação mas de quem estava no clima. Tornei a enfiar, melecar mais, e era a hora, coloquei seu dedo atrás, encostado.

Esperei a reação dela, mas sem ela saber disso, a beijava, apertava seus seios, foi quando ela disse num tom de voz até meio sacana, mas preferencialmente devasso, "ah, o ponto G de vocês.." Sussurrei no ouvido dela, "são dois os pontos, um está dentro da sua boceta gostosa, na cabeça do meu pau, outro, não é culpa nossa, está aí perto da ponta do seu dedo." E ela comprou a ideia, e eu mostrei como eu gostava, segurando na mão dela, e ela querendo aprender, "assim, tá gostoso assim, enfia mais?..." Gozei dentro com o dedinho fino dela, até o primeiro terço, mexendo dentro de mim, ela percebeu a intensidade do gozo quando me larguei sobre ela, torcendo para a mesma aguentar.

Com o tempo passamos ao plug que compramos juntos numa sex shop, dois. Eu usava nela, ela em mim. A cumplicidade era total, a entrega, a parceria mesmo no sexo, e tínhamos os mesmos limites, nada de troca de casais ou outro (outra) junto conosco na cama. "Sou muito possessiva para dividir você com outra", dizia ela, eu repetia o mesmo quanto a mim.

A espevitada atendia àquilo que me dava prazer. Falta de chupar um pau? Sim, é a prática que mais gosto na relação homo, porém era uma falta sem vontade de preencher. Falta de fazer anal, de comer a bunda de um carinha gostoso? Não, até porque o plug levou a espevitada a experimentar uma penetração de verdade, e ela curtia não ele todo, mas só a cabeça, ou metade, um provocação mais ousada, digamos.

Pouco tempo depois da minha revelação de que curtia ser provocado, e por conseguinte da dela dizendo o mesmo, estávamos mais soltos. Um dia, na cama, eu deitado, ela já tinha gozado e terminara de me chupar, eu gozando na barriga e nos pelos. Ela passa a ponta de dois dedos no gozo, espalha, estava deitada de lado, a cabeça apoiada na mão. Leva os dedos melados nos meus lábios. Depois faz o mesmo no dela. Sem me dar conta, comento, "se engolir prepare-se para aquela sensação de cica, de que grudou na garganta", ela deu um risinho sem me encarar.

Olha a situação, eu dizia ali que já havia engolido. Tudo bem que ela poderia pensar que beijei uma garota após gozar na boca dela, ainda assim... E o risinho dela, de quem sabia do que eu estava falando, ou seja, já tinha engolido. Entendi aquilo como um sinal, agora era ela mostrando o que curtia.

Quem tem vida sexual ativa sabe: nem tudo que gostamos no sexo faz-se todas vez que se transa, tem coisa de momento, de situação, a gente curtia o plug, mas não era sempre. Nem sempre rolava dedo, e assim ia. E mais uma coisa se acrescentou a essa lista.

Estávamos no motel - é bom ir ao motel mesmo tendo como transar em casa - ela de quatro na cama, atrás dela o espelho que a mostrava exposta, eu de joelhos diante dela, ela me chupava gostoso. Segurei no queixo dela, perguntei o óbvio, no fundo era uma provocação, "quer me fazer gozar é?", ela assentiu, fui além, "afasta mais as pernas para eu te ver toda abertinha", e apontei o espelho atrás com o queixo, ela se virou, se viu, fez o que pedi, "gostosa", falei, e era a hora, "e a minha gostosa quer sentir a porra do seu macho, hein? quer sentir ela caindo quente na boquinha, na língua, depois lambuzando o rostinho?" Era a vez dela, e ela não refugou.

"Goza na minha boca, meu macho, me lambuza toda."

Passei a me masturbar com ela lambendo a cabeça, quando dei sinais que vinha, abriu a boca, esporrei no rosto dela, depois ela me tomou na boca, engoliu e deixou escorrer para depois lamber como se eu fosse um sorvete que derretia na boca dela, ela se lambuzou ouvindo meus gemidos e palavras de incentivo, isso, chupa gostoso, toma minha porra, lambe a porra do seu macho, assim, que tesão ver a boca dela toda melada, a língua me lambendo, sorvendo cada gota do prazer que ela me dava, ok que tenha mulher que não curta, nada contra, mas é um tesão da porra ver alguém te provar, e aprovar, por inteiro. E assim foi, ela deu mais um passo e a nossa entrega cada vez melhor.

Um dia, depois que gozei com o oral dela, ela veio por cima de mim, toda sinuosa, rebolando de quatro e me beijou. Não tenho apreço pela prática apesar de ter acostumado com o gosto. A bem da verdade, se é para ser, prefiro que entre direto, mas ali era a boca da mulher que eu amava, e que me amava, estava no clima, tudo mais fácil. Estava melada, seus lábios grudentos, em volta, no queixo, gozo que havia caído, escorrido, ela roçava a boceta no meu pau melado e me beijava com o intuito de me lambuzar. Em seguida, com a expressão sensual, começa:

"Gosta de me beijar assim?"

"Eu gosto de te beijar de qualquer jeito". Ela sorriu. Passou o dedo no rosto, onde havia caído gozo, e colocou em minha boca.

"Gosta?"

"Indiferente, se rolar, rolou, mas você gosta que eu sei", tentei virar o jogo para o lado dela. Sorriu, manteve-se firme.

"Já chupou?" Ela sabia que eu entendi mesmo sem ela ter dito "um pau". O envolvimento era sério, parceiro, cúmplice, a gente se entendia bem, se entregava numa boa. Não menti, mas respondi com uma ponta de receio.

"Já."

"É por isso que gosta do seu cheiro na minha boca?" Ela tinha tirado aquele momento para colocar as cartas abertas na mesa. Vamos ver.

"Gosto dos odores do sexo", puxei ela, trocamos um beijo, quente, isso foi um bom sinal, ela não esfriara, não estava portanto me condenando.

"Mas gostou?" Respondi que sim. Ela parou um tempo e tornou a perguntar.

"E já deu?"

"Para dedo e para o plug apenas", sorri, ela idem. Ela montou em mim, ficou roçando a boceta no meu pau.

"Tem vontade de chupar de novo?" O olhar dela era insidioso.

"Sinceramente não sei, mas se o fizer só com você junto."

"Vai me dividir com outro homem??", perguntou surpresa.

"Eu não disse isso, até porque não." Fiquei duro, ela me colocou para dentro. Foi a minha vez de perguntar:

"Isso te incomoda?" Ela ficou se remexendo devagar, não respondeu de imediato. Por fim disse:

"Não gosto de julgar e gosto de fidelidade, lealdade, que é o que você acaba de fazer. Lembro daquela orgia que escutei, tinha voz de mulher, mas agora desconfio do que possa ter rolado..." Parou, olhou séria, prosseguiu, "não tenho na a ver com a sua vida passada, mas a atual tenho tudo a ver." Sustentou o olhar, nada mais dissemos. Ela não tinha por que me ver como menos homem depois do que falei, ela só queria, precisava me ver como o homem dela, e só dela. E assim foi.

O tempo passou, ela se formou no ano seguinte, eu mudei de emprego, depois ela, Léo terminou com a Fabiana, ficou mal, dei um suporte a ele, depois me mudei, ganhando mais pude alugar um apê sozinho. Tudo caminhava bem. Claro que haviam umas discussões, uns arranca-rabos, a menina era tinhosa, depois as pazes, e fazer as pazes e depois sexo... Eu continuava frequentando academia, porém outra, e o clube. Dizer que no vestiário eu não olhava um ou outro com segundas intenções seria mentira, eu via os garotos de 16, 17 e lembrava da minha iniciação, via aqueles em torno dos 20, quando assumi o lado bi, e claro, nestes grupos tinham aqueles que ou daria vontade de comer, de chupar ou os dois. Mas era como se olhasse outras mulheres, podia numa boa as achar gostosas, atraentes, bonitas e nem por isso ir para as vias de fato.

A família dela era legal, a minha a acolheu bem. Eu ter saído do prédio foi uma boa, o aumento da distância nos favoreceu. Ela, formada em direito, trabalhava num bom escritório no centro do Rio, conhecido, e se desenvolvia bem na área do direito empresarial e administrativo.

Depois de 4 anos de namoro, de minha parte com total fidelidade e da parte dela acredito no mesmo, eu já nos via nos encaminhando para o passo seguinte. Nossas rendas unidas permitiria uma vida boa, em condições de começar uma nova etapa. Mas a gente não tocava nesse assunto, eram os outros. A gente estava bem com o namoro sério. Ela podia passar uma semana inteira morando comigo, eu com ela, e outras tantas apenas nos finais de semana. Viajávamos, tínhamos amigos em comum. Posso afirmar sem erro, foi a melhor fase da minha vida.

Comemoração do aniversário dela, já estávamos no quinto ano de namoro. De madrugada, na cama, ela deitada de lado ao meu lado passava a mão devagar pelo meu peito. Já a conhecia o suficiente para saber que havia algo, e perguntei, "o que foi espévi?" Eu por vezes abreviava o espevitada. Ela deu um risinho, disse "você me conhece bem..." Aguardei.

Pegou nas minhas mãos: "conquistei a promoção que eu tanto queria." Puxei ela para mim, dei um abraço apertado nela e um beijo, porém este foi diferente.

"O que foi?", perguntei preocupado.

"É para o escritório de São Paulo....", falou sem me olhar. Esperei a ficha cair.

"Você vai para São Paulo?"

"Mas eu posso vir todo final de semana! Nada vai mudar!", ela falava de um modo de quem queria acreditar nas próprias palavras. Deitou sobre mim, "a gente vai se ver todo final de semana, poderemos viajar em São Paulo, vai dar tudo certo, a gent..." Calei ela com um beijo, transamos de novo como se ambos quisessem reter aquele momento e afugentar o receio pelo que estava por vir.

E o que veio foi muito bom. A distância aumentava a saudade, por conseguinte a vontade de matá-la. Foi assim nos primeiros 5 meses, mas já haviam sinais de que a distância atrapalhava. Passamos a conversar a respeito. Nem eu nem ela queria sugerir que o outro abrisse mão do trabalho e viéssemos a morar juntos. A gente se entendia até nisso - era para ser uma decisão pessoal para depois não vir uma cobrança. A decisão pessoal não veio. Vieram finais de semanas seguidos sem nos vermos; momentos bons, de comemoração, e ruins, que não compartilhamos.

Por mais alguns meses levamos isso até que não deu mais. Se um de nós estivesse mal no trabalho creio que seria mais fácil, mas não, ela progredia do lado dela, eu do meu e em áreas distintas. Não foi um término abrupto, sim um término construído cujo final concordamos. E fim para mim é fim. Não sou de matar as saudades, encontrar para um sexo entre ex-amantes. Nem entro em contato. Por mais ruim que seja o término. E foi. Não fosse a distância e as consequências desta ainda hoje não vejo motivo concreto algum que justificasse. Coisas da vida.

Tive um período de ostracismo sexual e social. Léo ainda tentou me convencer a participar de outra festa como fora o open house, mas recusei. Seria fácil demais voltar àquela vida e eu não queria. Quando voltei, retornei diferente. Quando batia uma intimidade legal, quando rolava um pressentimento de 'quem sabe?', eu tentava engatar um relacionamento. Com elas, um namoro, com eles, uma relação apenas física, porém adulta, sem alternância de parceiros. Que não tenha sido , e nem seja, sempre assim, contudo é uma vontade que antes não existia.

****

Fernando levanta para pegar uma cerveja. Retorna, me entrega uma latinha e pergunta:

"Quer dizer que até você conhecer uma menina a ponto de querer namorar nós vamos nos curtir mais vezes?"

Sorri. Bebi. Desceu gelada.

FIM (da série, afinal a vida segue).

Obrigado a todos que leram a série e àqueles que comentaram. Para quem não compreendeu o final veja o primeiro conto da série.

Alex, 33 anos

Rio,

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Comentários

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ahhhhh que pena pelo termino. Pensei que namoraria um dos guris hehehehe. Você já teve recaídas com algum homem? Que tudo dê certo pra você, obrigado por dividir sua história! Super abraço.

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Uma surpresa a separação com a tua gata. Mas tá lá, coisas da vida mesmo. Uma série muito boa de acompanhar. Valeu, sucesso na vida. Abraço

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