Forever - Velha Infância - Capítulo 2

Um conto erótico de Piih e Télo
Categoria: Homossexual
Contém 2373 palavras
Data: 21/04/2013 10:16:21
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

Você é assim

Um sonho pra mim

E quando eu não te vejo

Eu penso em você

Desde o amanhecer

Até quando eu me deito

Eu gosto de você

E gosto de ficar com você

Meu riso é tão feliz contigo

O meu melhor amigo é o meu amor

E a gente canta

E a gente dança

E a gente não se cansa

De ser criança

Da gente brincar

Da nossa velha infância

Seus olhos meu clarão

Me guiam dentro da escuridão Seus pés me abrem o caminho

Eu sigo e nunca me sinto só

Você é assim

Um sonho pra mim

Quero te encher de beijos

Eu penso em você

Desde o amanhecer

Até quando eu me deito

Eu gosto de você

E gosto de ficar com você

Meu riso é tão feliz contigo

O meu melhor amigo é o meu amor

Tribalistas - Velha Infância

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Marcos

Paramos o beijo lentamente, finalizando com selinhos. Eu sentia meu mundo em minhas próprias mãos, meu primeiro e único amor, meu anjo, o salvador e dono do meu coração. Pierre era isso, o homem da minha vida, pai dos meus filhos, meu tampinha magrelo que eu tanto amava. Aquele baixinho invocado que me tirava do sério na adolescência e aquele anjinho de caixinhos dourados da minha infância.

Pierre: "Télo... No que você esta pensando?" Disse-me com as mãos no meu rosto.

Marcelo: "Ai neném, estou pensando na nossa infância, lembra o dia em que ficamos amiguinhos?" Deixei se formar uma lágrima em meu rosto.

Pierre: "E como esqueria o dia em que você quebrou meu barquinho?" Falou dando um sorriso malicioso.

Marcelo: "Bobo, eu aqui me emocionando e você pensando naquele maldido barco de madeira, eu sou um idiota!" Levantei e sentei no braço do sofá apoiando as mãos nas coxas. Ele se levantantou também se agachando na minha frente.

Pierre: " Ei, ei seu emotivo. Eu estava brincando. Você acha que poderia esquecer o dia em que conheci o meu companheiro dessa jornada que é a vida?"

Olhei para ele fazendo beiço, ele se aproximou lentamente e mordeu meu lábio inferior.

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40 anos atrás

Eu estava no campinho próximo de casa, tinha saído para jogar bola com meus amiguinhos. Eu morava em um local tranquilo, era uma espécie de beco, moravam minha família e mais 7 no bairro todo. Sou de uma cidade do interior de SC.

Meus amigos foram se recolher por causa da chuva que estava por vir. Eu resolvi ir até o riacho que ficava na rua de baixo me lavar, se aparece com as roupas encardidas daquela forma minha mãe me bateria, mas se voltasse com elas molhadas poderia dizer que foi a chuva.

Me aproximei do riacho e fui em direçao as pedras em que as mulheres esfregavam as roupas, chegando lá observo um garoto, talvez um pouco mqis novo que eu. Ele tinha um sanduíche em uma mão e com a outra brincava com um barquinho de madeira. Eu nunca tinha visto aquele garoto por ali, mas por ser ruivo deduzi ser filho dos vizinhos novos que se mudaram para a casa dos Rovea.

Eu estava com fome e então vi uma oportunidade, já que provavelmente minha irmã já teria guardado o café e janta demoraria a ficar pronta.

Marcelo: "Ora ora o que temos aqui!" Disse pegando seu sanduiche.

Pierre: "Ei, devolve meu lanche seu chato." Disse ele levantando-se e olhando furioso pra mim.

Marcelo: " E quem vai me impedir de ficar com ele? Você? Hahahaha.

Pierre: " Sim eu mesmo." Logo em seguida me meu um pontapé no meu pintinho fazendo-me cair no chão. Pegou o sanduiche deu uma batidinha e enfiou boa parte na boca. Eu fiquei atônito, totalmente sem reação, nunca ninguém havia respondido minhas provocaçôes. Esse garotinho definitivamente tinha meu respeito.

Marcelo: "Oi!" Sentei ao seu lado.

Pierre: "Oi." Respondeu entredentes.

Marcelo: "Você quer ser meu amigo?" Disse mais do que depressa.

Ele pensou, parecia pesar os prós e os contras, analisou a água, mecheu seu brinquedo nela. Aquela espera era dilascerante, normalmente eu teria acertado ele e saído, mas eu não sei o que me fez esperar.

Pierre: "É eu quero sim." Falou meio triste.

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Marcelo: "Amor... por quê aquele dia no riacho você demorou a me responder?"

Pierre: "Paixão, é a trigésima vez que te conto essa história... Você sabe, minha família se mudava demais, eu não queria criar falsas esperanças de um amiguinho, eu não sabia quanto tempo ficaria em um lugar. Eu era pequeno estava sofrendo."

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Pierre

40 anos atrás...

Eu estava triste, eu estava destruído, eu estava perdido. Meu avô querido havia morrido, meu pai quis mudar novamente, eu tinha perdido todos os meus amiguinhos. A única coisa que ainda me alegrava era meu barquinho de madeira feito pelo meu querido avô.

Eu estava brincando e comendo meu lanche quando um garoto maior pega ele e diz que iria comer. Eu bato nele pego o sanduiche e volto a comer. Derrepente aquele garoto maluco senta ao meu lado e pergunta se quero ser amigo dele, eu achei estranho, pensei se realmente queria, afinal não previa meu futurol. Mas resolvi aceitar depois de pensar, afinal seria ótimo conhecer alguém.

Começamos a brincar, com o barquinho, com as pedrinhas e com uns pauzinhos os quais juntamos e fizemos uma espécie de pier. Ele perguntou se eu não queria entrar com ele na água, resolvi aceitar. Brincamos muito aquela tarde, infelizmente a chuva começou a ficar forte e eu resolvi ir para casa.

Estavamos saindo da água nos vestindo, quando ele acidentalmente erra o pé caindo sobre o barco fazendo-o em pedaços. Eu comecei a chorar peguei minhas coisas e saí correndo.

Marcelo

Eu olhava assustado para ele correndo, eu não sabia o que fazer, juntei as partes do barco e fiquei mal.

Não sei o que me levou a pedir ajuda para meu pai consertá-lo. Consertamos e decidi que levaria segunda na casa dele pessoalmente, pois no domingo iria com minha mãe ao circo.

Chegou segunda-feira, fui para a aula de manhã pensando na cara dele ao ver o barquinho concertado. A aula passou muito lentamente, eu prestava menos atenção do que o costume e os garotos nem reclamaram porque eu não havia batido em nenhum deles.

Cheguei em casa correndo, peguei o brinquedo e saí em busca do garoto, ele não estava na pracinha e nem no campinho, fui ate a casa dele e bati na porta, bati palma, ninguém atendia. Fui até a casa ao lado e perguntei da família que morava ali:

Marcelo: "Dona Otilia, a senhora sabe se os **** saíram?

DO: "Sim meu garoto eles viajaram hoje pela manhã, seu Jean (pai do Pierre) recebeu uma proposta de última hora e foi morar em Chapecó, e ....

Mal deixei a senhora terminar e sai correndo, eu não sabia o que sentia, eu estava chorando por um amiguinho, eu nunca chorei assim. Eu cheguei em casa chorei, eu estava triste eu nem sabia o nome daquele anjinho de cabelos vermelhos.

Meu rendimento escolar caiu, eu acabei reperindo o primeiro ano 2 vezes, minua mãe já estava preocupada comigo, bater já não adiantava. Eu afogava minhas magoas brigando com meus colegas, eu batia neles na esperança que alguém respondesse as minhas provocações. Ninguém respondia, todos tinham medo de mim. No terceiro ano que estava cursando o primeiro eu tive uma leve melhora, eu estava decepcionado com o mundo e comigo mesmo. Eu me revoltei e resolvi melhorar, melhorar por mim mesmo. Era uma revolta, aquele garotinho insolente me fizera pensar nele, eu não tirava ele da cabeça. Senti raiva, raiva do pai dele e dele, raiva do mundo...

Pierre

Eu chorei, ele quebrou meu barquinho. Eu sei que foi um acidente mas era o presente do meu avô. Meu pai chegou em casa com a notícia que iriamos mudar novamente, eu não contestei, era o mais novo de oito irmãos, eu não tinha voz alguma e naquela epoca filhos não contestavam nada. Fomos.

Foram dois anos, eu resolvi não ter mais amigos. Me isolei, eu me concentrava apenas em meus estudos, aprendi a ler naquele mesmo ano. Com 7 anos fui para a primeira série, eu vivia eu meu mundinho particular, meus livros, brinquedos. Estava saindo da escola quando vejo meu pai na porta, eu me assustei. Ele nunca me buscava, era sempre um dos meus irmãos. Perguntei se tinha acontecido algo, ele sorriu, me pegou no colo e me levou correndo para nosso carro. Sim um carro, era visívil o olhar encantado dele, nosso primeiro carro e logo um Fusca, na epoca era uma Ferrari para nós.

Eu fui para o banco traseiro e ele me olhou e disse que as novidades não acabaram. Chegamos em casa, foi aquela festa, ele nos mandou reunir na sala e esperar. Entrou e disse:

Pai P: "Meus filhos, mulher, primeiro gostaria de agradecer a paciência de vocês comigo, sei que nos mudamos muito mas isso foi necessário. Ao longo desses anos eu e a mãe trabalhamos para que vocês tenham um bom futuro. Nós temos uma ótima notícia, iremos mudar uma última vez, eu consegui um emprego fixo na prefeitura de Joaçaba. Eu consegui faculdade em Florianópolis para os dois mais velhos, vocês irão morar com sua avó. Bem era isso, mãos a obra!"

Meu pai era um homem direito e decidido, ele não deixava ninguém contrariar. Ele era assim chegava, falava e saia, nos filhos só tinhamos baixar a cabeça. E foi o que fizemos, meus irmãos mais velhos estavam radiantes por ir morar na cidade grande, já os outros apenas se apressaram em arrumar as coisas. Chegamos na cidade nova, eu estava relativamente feliz, pelo menos ali teria um amiguinho. Eu arrumei meu quartinho, embaixo da escada. Tinha um armario, uma cama e uma escrivaninha de madeira bruta. Uma portinha torta e uma janelinha redonda que dava para os fundos. Eu já ia começar a estudar segunda, era noite então resolvi dormir ancioso pelo próximo dia.

Marcelo

Era uma segunda-feira, eu estava com preguiça mas estava me encaminhando a pé para a escola. Chegueix busquei minha classe, sentei e dormi na carteira.

Acordei com a irmã Lucia (eu estudava em um colégio de freiras) estilhaçando á rêgua na minha nuca.

Marcelo: "Ai irmã Lucia! A senhora deveria economizar suas réguas, é a segunda esse mês"

Todos os meus colegas riram eu olhei para o lado e ri tambem, então vi algo que me deixou desnorteado, não era possivel. Pisaquei, olhei novamente, eram os mesmos olhos bicolores e os mesmos cabelinhos cor de bronze. Eu o encarei, ele me encarou de volta, sim era ele. Ninguém mais me responderia o olhar daquela forma.

Chegou o recreio e resolvi tirar a prova, ele estava comendo o mesmo sanduíche daquela vez. Lembro-me até hoje, uma fatia de queijo, mel e pedacinhos de salame. Peguei da mão dele o encarei e ele largou entredentes:

Pierre: "O chute daquela vez não foi o sulficiente? Me devolve agora meu lanche!" Disse ele me dando um pisão no pé, sim era ele. Era o meu anjinho, eu não senti direito a pisada, apenas o abracei e comecei a chorar:

Marcelo: "Nunca, nunca mais ouviu? Nunca mais vá para longe de mim."

Ele estava sem reação, mas apenas consentiu e me retribuiu o abraço. Todos em volta olhavam aquela cena, eu encarei eles e disse:

Marcelo: "O que foi? O que estão olhando? Perderam o bumbum na minha cara? Circulando raposada, ou esse punho" Falei fazendo muque (eu era um garotinho sequelado) "Vai fazer um estrago no meio da cara de vocês."

Meu anjinho me olhou e disse:

Pierre: "Menos Rock, olha pra mim. Qual é seu nome?" Falou segurando meu rosto.

Marcelo: "Me chamo Marcelo, mas todos me chamam de Furacão, hehe" Coloquei minhas mãos na cintura e sentei na mureta.

Marcelo: "E o seu?"

Pierre: "Hmm, furacão não é um bom nome para uma pessoa. Vou te chamar de Télo e meu nome é Pierre." Ele disse sentando do meu lado.

Marcelo: "Ok, e eu vou te chamar de Piih meu anjinho."

Pierre: "Do que você me chamou?" Sussurrou limpando as mãos em um guardanapo.

Marcelo: "De Piih" Fiz uma cara de bobo.

Piih: "Não seu bobo." (-.-) "Você me chamou de anjinho depois." Falou incrédulo.

Marcelo: " Mas é isso que você é, o meu anjinho." E bagunçei o cabelo dele.

A aula transcorreu normal, mas com uma diferença eu tenho um amigo. Ele mudou de lugar e sentou ao meu lado. Ficamos a aula toda conversando e contando as novidades, ele me contou sobre o carro e me disse que nunca mais precisaria se mudar. Eu fiquei feliz.

Ele me perguntou sobre o barquinho, disse como significava pra ele. Eu resolvi não contar nada e fazer uma surpresa. Convidei ele para ir até minha casa aquele dia ele aceitou. A aula acabou e fomos cada um para sua casa

Eu cheguei em casa dei um beijo na minha mãe que estava tomando chimarrão com a visinha. Subi todo alegre, entrei no quartinho e vi o barquinho em cima da cômoda como deixei a 2 anos atrás. Tirei o pó e limpei ele, deitei com ele nos braços e acabei cochilando. Acordei com minha mãe me chamando, era ele que tinha chegado. Pedi para ela mandar ele subir e fui para o banheiro me lavar. Quando entrei no quarto la estava ele, lindo com uma blusinha vermelha e um calção bege, ele olhou para mim e sorriu.

Sentei ao lado dele e disse que tinha um presente, desenrolei o barco do cobertor e entreguei a ele, ele me olhou assustado e vi uma lágrica cair.

Eu o abracei e me afastei ele me olhava. Em um impulso involuntário o beijei. Um selinho rapido...

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Pierre

Atualmente...

Eu me recordava da confunsão daquele momento, ele estava sobre mim e falava sobre nosso primeiro beijo. Eu olhei nos seus olhos verdes e disse:

Pierre: "Foi ali que você roubou meu coracão para você" E nos beijamos, um beijo severo, com vontade como se fosse nosso último. E deitei minha cabeça sobre o seu peito.

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Bem meus amores esse é o segundo capítulo da nossa saga ^^

Agradeço desde já dos lindos comentários que recebemos.

Obrigado e continuem comentando!

Piih e Télo

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Comentários

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Nossa acabei de ler,lindo,simplismente fabuloso e fantastica suas historias

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Nossa,obrigado por compartilhar a história linda de vocês, estou amando... Aguardando o próximo...bjs

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