A HISTÓRIA DE NÓS TRÊS - 06X10 - "DESPREZO"

Um conto erótico de My Way
Categoria: Homossexual
Contém 1760 palavras
Data: 20/04/2013 11:54:19

- Pedro? Você é feliz com o Mauricio?

- Muito. - falei fazendo massagens em minha mão que estavam doloridas.

- Eu o amei também... mas, não soube aproveitar a oportunidade. Desculpa, mas é a verdade.

- Bem... preciso ir... - falei levantando.

- Pedro... eu... eu sei que ainda não me perdoou, mas se quiser vir mais vezes aqui... pra... sei lá conversar...

- Não prometo nada... bem... deixa eu ir. - falei saindo do apartamento.

Márcio foi até o banheiro e se olhou no espelho. Ele parou e se viu como realmente era: um mostro. Ele lavou o rosto com dificuldade e deitou na cama. Durante alguns minutos ele chorou e se perdeu no mundo dos sonhos.

São Paulo - 15 anos antes

- Eiii... eu vi você olhando para aquele garoto na boate! - gritou Márcio para o Mauricio.

- Para de viagem... eu não olhei para ninguém!! - gritou ele.

- Não olhou?! Quer saber! Quer saber!! Sabe o que eu faço com os livros que eu comprei para você? - ele disse pegando uma pilha de livros da mesa e jogando pela janela.

- Não!! Você está louco? - perguntou Mauricio com lágrimas nos olhos.

- Nem para ser garoto de programa você serve! Tem sorte de eu não pedir da minha mãe para demitir os seus pais... tua irmã foi esperta... foi embora... vocês nunca vão sair desse buraco... você acha que vai mudar de vida Mauricio?! - ele disse dando um tapa na cara de Mauricio.

- Eu não sou... eu...

- O que você não é? Ou vai dizer que não me vendeu o teu corpo? Me comeu para comprar seus livros. - ele disse rindo.

- Você é um monstro... como... como... - disse Mauricio.

- E me dá essa blusa! - Márcio gritou arrancando e rasgando a blusa de Mauricio.

- Não... não... você me deu essa blusa...

- Tira a minha calça também... tira agora... se não eu grito pelo segurança...

- Você...

- Tire... vou ter que mandar desinfetar toda a minha roupa... ou posso doar para os mendigos. Já que você infectou.

- Porque você está fazendo isso?

- Querido... amor... eu sou rico e você é um morto de fome... que se ilude... acha que vai ser alguém na vida. Daqui há 20 anos... eu estarei aqui e você estará me servindo... sendo meu escravo!!! Agora tira a minha calça.

Humilhado e chorando, Mauricio tirou a calça e entrou para Márcio. No rosto do perverso jovem, era possível ver a felicidade. E Mauricio não podia fazer nada, pois, o emprego de seus pais estava em risco.

- Vai embora pobre... sujo!!! - gritou Márcio. - Que cueca ridícula... se quiser eu faço uma doação. - falou ele rindo.

Mauricio chegou próximo a piscina e pegou os livros. Ele pegou algumas roupas suas que estavam na varanda e entrou em casa.

São Paulo - atualmente.

- Deus! - disse Mauricio acordando.

- Hummmmm. - falei dormindo ao seu lado.

- Foi só um pesadelo. - ele disse pra si mesmo. - Eu te amo. - falou baixinho me beijando.

Na segunda-feira, estávamos em nossa rotina no hospital e chegou um homem gravemente ferido. Ele era um foragido da polícia. Mauricio teve trabalho para fazer a cirurgia, pois, ele havia sofrido um traumatismo craniano. Cerca de 12 horas de cirurgia, ele finalmente conseguiu estancar o sangramento e o homem ficou instável na UTI. Mesmo sem consciência, os policiais o mantinham algemado. Priscila e Vinicius conversavam sobre o novo paciente do hospital.

- Dou 20 horas. - ela disse.

- Dou 30... talvezrespondeu Vinicius.

- Oi gente. - disse Osvaldo se sentando próximo a eles.

- Responde pra gente. Quantas horas o assassino fica vivo? - perguntou Priscila.

- Vocês fazem aposta com os pacientes? - ele perguntou.

- Faz parte novato. - disse Vinicius. - Ele é assassino... procurado pela policia. Temos que ver pelo menos o lado engraçado disso tudo.

- Eiii... Carlos... quanto tempo?! - gritou Priscila;

- 23 horas. Talvez 35. - ele respondeu.

- Não se preocupa...

- Bem... é... - disse Osvaldo.

Na casa de Phelip, ele e Eleonora se conheciam a cada dia mais. Eles já haviam se tornado 'parceiros' de crime. E principalmente, contra Ezequias.

- Oi? - disse Ezequias entrando em casa.

- Oi, filho. - disse Eleonora assistindo televisão.

- Onde está Phelip?

- Ele está no trabalho... bobinho.

- Mãe... é muito bom ter a senhora aqui, mas a senhora não acha que está na hora de se acertar com o papai?

- Meu filho... ele errou feio... eu comecei a entender seu ponto de vista... não se escolhe o amor. E o seu pai está diferente daquele homem que eu conheci... muito diferente.

- Eu sei... e por mais que eu adore essa nova mulher que a senhora se tornou, ainda fico preocupado com ele.

- Filho. É doloroso, mas é a verdade. O Luís é orgulhoso... e eu não quero me desculpar, porque até então não fiz nada errado.

- A senhora tem razão... mas, mudando de assunto... a senhora e seu Phelip estão muito unidos.

- Querido. Você não poderia ter escolhido pessoa melhor para ser o seu parceiro. - disse Eleonora o beijando.

- Ele é perfeito né? Ele tem falado algo de mim? - ele disse deitando a cabeça no colo da mãe.

- Só reclamado desses seus ensaios inconstantes. Até eu reclamo... nessa semana eu quase não o vi.

- Mãe é um trabalho de músico, e paga bem. Tem suas exigências... quantos meninos tem essa sorte? Hein... de ter uma mãe maravilhosa que luta pelos seus sonhos? - ele perguntou a abraçando. - Obrigado.

Todos estavam falando muito no tal criminoso. Contrariando a todos, ele sobreviveu as duas primeiras noites e recobrou a consciência. Certo dia, caminhando pelo hospital me deparo próximo ao leito dele. Curioso dou uma espiada. Vejo que ele está com dor e me aproximo.

- Veio rir de mim? - ele perguntou.

- Não vejo motivos para isso.

- Assassinei duas pessoas. Isso é motivo para pessoas como você rir de mim. - ele disse.

- Você não me conhece.

- Deixa eu ver... menino de ouro, criado em berço de cristal, casado, com filhos, nunca passou necessidade, fome...

- Essas coisas pode ser verdade, mas jamais riria de alguém por esses motivos. - disse ma aproximando. - Está tudo bem?

- Pareço bem? Parece que fui atropelado por um caminhão. - falou o homem. - Perai, mas eu fui.

- Seu braço está vermelho. - falei me aproximando.

- Tem certeza que vai afrouxar essas coisas? - ele perguntou.

- Na sua situação, se eu quisesse poderia te matar. - falei deixando as algemas um pouco mais confortável.

- Sábias palavras. - ele disse. - Poderia me dar um pouco de água?

- Claro. - falei pegando um copo de água com um canudo e oferecendo ao homem.

- Espero um dia retribuir o favor. - ele disse.

- Não se preocupe. E procure descansar... sua recuperação vai ser lenta.

- Melhor do que ficar naquele inferno de penitenciaria.

- Boa noite. - disse antes de sair.

Longe dali, Márcio achou algumas fotografias da prisão. Entre elas encontrou uma ao lado de Ryan. Ele pegou as fotos e enfileirou. E sorriu.

- Márcio vem cá. - ordenou Ryan.

- Oi?

- Dá um sorriso. - ele pediu.

- Mas, onde conseguiu uma câmera?!

- Te importa?! Sorri logo! - ele disse tirando a foto.

- E se os carcereiros encontrarem essa câmera aqui? - questionou o jovem.

- E que tal?! A gente utilizar essa máquina para registrar os nossos momentos?

- Deixa pra outro dia.

- Eu quero agora... vem cá vem...

Márcio se aproximou e Ryan baixou a bermuda. Márcio começou a chupar o pênis dele. Entre gemidos e tapas, Ryan forçava a cabeça de Márcio com uma das mãos até onde ele conseguia. E com a outra filmava a ação.

- Espera... não to me sentido bem...

- Mas, pro médico tu tinha tempo né?! - ele disse esbofeteando o jovem.

- Para... não...

Ryan deixou a câmera nas mãos de um dos colegas de quarto. E tentou virar Márcio que se debatia. Com violência ele rasgou a calça de Márcio. O deixou na posição de frango assado e o penetrou sem qualquer cerimônia. Márcio arranhava a costa de Ryan e gemia de prazer. Ele se entregava para aquela situação humilhante. Mas, ao mesmo tempo, sentia-se protegido pelo parceiro.

- Sua puta... é assim que você gosta né?! Até o talo... isso geme.

- Ei chefe... divide com a gente hoje. - falou o homem segurando a câmera.

- Não... hoje esse cuzinho é só meu... só meu... - disse Ryan aumentando as estocadas. - Vou gozar... filma meu pau melado... filma.... que gostoso!!!

- Posso ir? - perguntou Márcio juntando as roupas rasgadas.

- Vai se levar e volta... que dessa vez vai ser com calcinha. E participação especial do carcereiro.

- Como assim?! - questionou Márcio.

- Amor... você precisa fazer sua parte... marquei um encontro para vocês na lavanderia.

- Não... não...

- Quem disse que você tem escolha?! Hein?! Olha só pra você... um viado... imundo... todo cagado!! - gritou Ryan rindo alto.

- Para... não...

- Você quer dar uma de riquinho, mas é pior do que a gente... é um imundo... pobre... gente... pega as roupas dele. - ordenou Ryan.

Todos os colegas de cela ficaram agitados e levaram as roupas para Ryan. Ele rasgou as poucas peças que Márcio tinha.

- Agora você não tem opção... terá que ir apenas de calcinha para a lavanderia. Por falar nisso... que tal a gente amaciar a carne? - ele perguntou para os outros.

Márcio deitou no colchão, sujo e imundo daquele pequeno espaço e fechou os olhos. Se imaginou longe dali... mas, percebeu que não tinha para onde fugir, pois, suas memórias não eram de momentos felizes. Enquanto, os presos se revezavam em cima do jovem, ele apenas lembrou de um momento em que foi realmente feliz. Ao lado de Mauricio, pois, antes de serem namorados, o médico foi o primeiro amigo que o jovem teve durante a vida toda.

- Aposto que o médico filho da puta faz melhor. - disse Ryan Penetrando Márcio com violência.

Quanto terminaram Márcio tomou banho e foi levado até a lavanderia. O carcereiro para sua surpresa era virgem e queria justamente treinar, antes de fazer qualquer besteira. Márcio se surpreendeu com os carinhos do carcereiro. Ryan apenas observou de longe e filmou tudo. Após, o termino Márcio voltou para a cela. Deitou no chão e dormiu.

Três semanas se passaram e uma rebelião estourou na prisão. Sangue para todos os lados, Márcio ficou perto de Ryan o tempo todo.

- Vem cá. - ordenou o homem. - Sobe aqui. - ele disse fazendo pezinho.

- E você... eu não vou... - falou Márcio chorando.

- Sobe porra!!! - disse Ryan o batendo no rosto.

Márcio subiu e viu Ryan matar um guarda que entrou na cela... para a surpresa de Márcio o mesmo guarda que transou com ele.

- Meu Deus. - disse o jovem.

As lembranças de Márcio não eram felizes e ele se sentia atraído por Ryan, pois, apesar de tudo foi à única pessoa que cuidou dele nos últimos anos. E na cabeça dele, a divida deveria ser paga. Nem que pra isso, Márcio tivesse que cometer uma loucura.

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Comentários

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Nossa estou com dódo marcio ele esta desnorteado,espero que ele encontre logo seu caminho

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Marcio, Marcio, Marcio...

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Torço pelo Marcio apesar de tudo. O que ele fezvé imperdoável, mas ele mudou. Espero que encontre seu conforto logo, e que o Pedro o ajude. É difícil, sim é, mas o Pedro tem um coração bom. Só espero que o autor não resolva fazer o sofrimento do Márcio ser em vão e fazer ele cometer mais crimes até contra o Pedro

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Tomara que o Marcio encontre logo o caminho certo, o caminho do bem.

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