Supernatural - A Mulher de Branco

Um conto erótico de Davos
Categoria: Homossexual
Contém 2866 palavras
Data: 01/03/2013 10:15:17
Última revisão: 01/03/2013 11:14:44

Lembro que desde muito cedo, o primeiro pesadelo que consigo lembrar, era referente a coisas assustadoras que o meu pai combatia. Sim, monstros existem, acredite. Desde cedo, também, fui obrigado a aceitar.

Meu pai não se estabelecia na mesma cidade por muito tempo. E também não permanecia ao nosso lado. Ao lado do meu irmão e eu. Dean, meu irmão, foi sempre minha base, minha inspiração, quem cuidou e que cuida de mim. Nossa relação é mais que amizade e fraternal. Não sei explicar, mas ele é o único que me motiva a viver neste mundo dominado por legiões de demônios, espíritos e diversas outras criaturas que humanos normais conhecem apenas nos filmes clichês de Hollywood, ou talvez em lendas mirabolantes de procedência incerta.

Até a minha adolescência eu vivi sobre as regras dos Winchesters: mate quantos puder e, sobretudo, sobreviva! Minha mãe, Mary, morreu quando eu era apenas um bebê. Meu pai custosamente contou-me que morreu em meu quarto, carbonizada, pregada no teto sobre o meu berço, por um demônio de olho amarelo com intenções desconhecidas. E desde este dia, meu pai, John, vem procurando a Azazel por todos os lugares. Bem, isto até queMas ainda não chegamos lá.

Embora eu amasse o meu irmão, não um amor fraternal, mas falo de amar, como um homem que deseja avidamente outro homem, não suportava a vida que levava. Pois eu queria ser normal. Fazer faculdade, trabalhar, sem ter preocupações em morrer nas garras de um Aswang ou uma Daeva em uma bela manhã de domingo. E por intermédio desse motivo, discuti com meu pai e sai de casa, deixando para trás o meu irmão, o qual me olhou tristemente, mas era fraco de mais para enfrentar nosso pai.

Devia ter não mais que quinze anos quando fui morar em uma quitinete alugada. Trabalhei duro, mas no final passei no vestibular de uma conceituada universidade e me ingressei na faculdade de direito com a melhor nota. Estava feliz, como há muito não era! Comecei a namorar um garoto que também estudava comigo. Ao passar de dois anos decidimos morar juntos. Seu nome era Gabriel. Eu o amava, sabia disso. Divertia-me muitíssimo quando estava em sua companhia, e já começávamos a traçar planos mais ambiciosos, como casar e adotar filhos, por exemplo.

Ah, ainda nem me apresentei. Bom, me chamo Samuel, ou simplesmente Sam. Sou alto, branco, forte, cabelos grandes e olhos castanhos. Essa história se inicia quando estava em uma boate com meu namorado Gabriel, feliz por eu ter conseguido um emprego melhor em uma importante firma de advocacia. Estávamos curtindo a noite e de madrugada decidimos voltar para casa. Morávamos em um bom apartamento no centro. Não era nada muito sofisticado, porém, mesmo assim, podíamos desfrutar de uma boa vida.

– Vou ir direto pra cama – anunciou Gabriel. – Estou destruído. Por sua culpa, Sam.

– Minha culpa? – eu perguntei retirando a jaqueta e a jogando sobre o sofá. – Você que quis dançar a noite inteira. Eu ainda avisei: “Gabriel, Gabriel, já está tarde, vamos embora”.

– Não me lembro de você avisar nada.

– Claro que não. Você estava ocupado dançando feito um louco.

Não discutimos mais. Fomos dormir de conchinha, como sempre, soterrados por duas colchas felpudas.

A madrugada transcorreu normalmente. Eram quatro, cinco horas da manhã quando um ruído me acordou. Abri os olhos e observei Gabriel dormindo tranquilamente. Outro ruído fez-me saltar da cama e ir com cautela até a origem do barulho.

Estava na sala, preparado a acender a luz quando uma mão pousa em meu ombro e, institivamente, me defendo, iniciando, posteriormente, uma luta de socos e chutes com o invasor, o que foi derrubando todas as coisas que havia no nosso caminho, e isso incluía até mesmo a televisão.

Fui surpreendido por uma rasteira e cai com tudo no chão. O invasor deitou sobre mim, me imobilizando, prensando minhas mãos contra o soalho do chão. Ficamos em silêncio. Não conseguia o ver direito. Segundos depois a luz é acessa e percebo que quem está obre mim não é nada mais, nada menos, do que meu irmão, Dean.

– Precisa treinar mais, maninho.

Ele é branco, forte e alto, porém consideravelmente mais baixo do que eu. Tem os cabelos curtos e castanhos. Já os seus olhos são verdes. Ele possui um sorriso safado capaz de derreter um iceberg. É mandão, gosta de controlar a situação, quase nunca aceita estar errado, muito ligado a família, regido pela emoção, corajoso e determinado.

O empurro com força e me levanto. Vou para junto de Gabriel que estava assustado, mas ao perceber que nós nos conhecíamos, não demonstrou estar visivelmente aterrado.

– Quem é ele, Sam? – Gabriel pergunta.

– Então nunca falou sobre mim, Sammy?

– Sam. Meu nome é Sam, Dean. Gabriel, ele é meu irmão. Desculpa nunca ter te falado.

– Não se preocupe, Gabriel – disse meu irmão com uma ponta de ironia. – O Sam aí costuma esquecer-se da família.

– O que você faz aqui? – eu pergunto em tom ríspido.

Dean anda de um lado para o outro, observando a sala do meu apartamento.

– Preciso conversar com você. A sós.

Olho para Gabriel.

– Tudo bem, Sam. Pode ir – ele diz sem apresentar objeções. – Vou fazer um café pra nós. Aceita um Dean?

– Ah, não. Não pretendo ficar muito tempo.

Gabriel vai para a cozinha, e Dean se aproxima de mim.

– O que você faz aqui? – mais uma vez eu pergunto.

– Sam, não viria aqui se a situação não fosse séria. O papai desapareceu enquanto estava numa caçada. Já faz semanas. Tenho que acha-lo.

– E o que eu tenho a ver com isso? – meu tom ríspido já estava se tornando peculiar. Mas eu não sou ríspido. Na verdade, isso é um atributo do meu irmão. Sou sensível, racional, mais inocente, e aparentemente mais preocupado em ter uma “vida normal” do que o meu irmão; apesar disso, daria minha vida por ele.

– Tudo, pois vou precisar de sua ajuda. Por favor, Sam. Pelos velhos tempos.

Eu não queria aceitar. Ainda guardo mágoas da última discussão com meu pai. Porém... no final das contas aceitei.

– Aff, tudo bem então. Mas escute, Dean: tenho uma vida que eu sempre quis. Trabalho, estudo e estou em um relacionamento. Não me proponha adentrar nos “negócios da família” porque minha resposta vai ser não. Vou com você somente hoje.

– Uou! O que aconteceu com aquele Sam calminho que eu conhecia?

“Ele ainda está aqui, Dean”, eu pensei.

Conversei com Gabriel que precisaria viajar por talvez alguns dias e ele concordou sem relutar. Coloquei apenas uma peça de roupa em uma mochila e desci do prédio na companhia de Dean, o qual cantarolava de um modo debochado. Estávamos na rua quando ele entra em um Impala preto.

– Espere. Você ainda tem esse carro? – eu perguntei ao adentrar no carro, sentando ao lado do banco do motorista onde estava Dean, analisando uma caixa de fitas de rock clássico.

– Nunca vou largar minha Baby, Sam, lição número um.

E dizendo isso, Dean pisou no acelerador e saímos da cidade. O dia havia amanhecido. A música dispersa do aparelho de som do carro era Immigrant Song, do Led Zeplin. Algum tempo depois, meus ouvidos certamente flamejando, paramos em um drive-thru do Mc Donalts onde somos atendidos, ainda dentro do carro, por um adolescente magricela e cheio de espinhas.

– Sério, Dean? Vai comer essas porcarias logo de manhã?

Meu irmão olha para mim e sorri descaradamente.

– Relaxa, Sammy. A vida é muito curta pra ligarmos para essas besteiras.

– É, relaxa Sammy – disse o atendente, sorrindo bobamente.

– Ô babaca – disse Dean agressivamente –, só eu posso chamar ele assim, está me escutando?

O atendente desfez o seu sorriso de bobo e nos atendeu. Eu quis apenas um chá e um sanduiche de atum, enquanto Dean caprichou em seu pedido, com direito a dois sanduiches enormes, uma poção gigantesca de fritas e um copão de refrigerante.

Seguimos pela estrada sem conversar nada, o que me enfurecia, já que tudo o que podia ouvir eram os brados de Metallica emanados daquele som. Em determinado momento me irritei e desliguei a música.

– Ei, o que você pensa que está fazendo? – perguntou Dean resignado.

– Querendo saber mais detalhes. Como o papai desapareceu?

– Já disse. Ele sumiu já faz algumas semanas em uma caçada. Soube que a última cidade que ele esteve não fica muito longe daqui. Vamos até lá.

Dean colocou a mão na minha coxa e disse:

– Relaxa, Sam.

Eu me arrepiei todo. Senti meu corpo ser bombardeado por um misto de emoções. Fui impossível não ficar excitado.

Chegamos à cidade no cair da noite, quando o crepúsculo desaparecia no ocaso. As ruas de paralelepípedos eram pouco movimentadas. As edificações eram todas voltadas para o estilo neoclássico. Na praça, o sino de uma velha igreja badalava sinistramente no campanário.

Nós saímos do carro e fomos até um bar. Parecia que a maioria dos moradores da cidade se encontrava ali. Estava abarrotado de todo tipo de gente. Desde velhinhas plácidas à valentões com pose de machos. Seguimos até uma bancada e somos atendidos pelo barman. Dean pediu uma cerveja, enquanto eu não quis nada.

– Acha que vamos encontrar alguma coisa por aqui? – eu perguntei, não concedendo muita confiança que nosso pai houvesse ficado por muito tempo em uma cidade sem importância.

– Saber eu não sei. Mas já que estamos aqui, o que acha de aproveitarmos o momento?

Dean limitou-se a beber sua cerveja tranquilamente. Aquilo me irritou. Saí de perto dele e também me retirei do bar, tencionado a ligar para Gabriel e saber se estava tudo bem com ele. Quando me preparava para pegar o celular, ouço uma mulher desesperada, conversando com um policial:

“Ela pegou o meu marido! Estávamos no carro. Ela apareceu no meio da estrada e demos uma carona. Pediu para que a levássemos até sua casa. Nós fomos até lá. Mas a casa estava abandonada! Meu marido foi com ela até a porta, enquanto eu esperava no carro. Ela o matou na minha frente. Você precisa me ajudar!”

Eu escutei aquilo com incredulidade e fui correndo até Dean, o qual ainda bebia.

– Dean, Dean! Um fantasma na estrada, eu acho.

– Como você sabe?

– Escutei uma mulher relatando para um policial. O marido dela foi morto. O que vamos fazer?

– Apenas dar continuidade ao negócio da família. Vamos caçar, Sammy.

Entramos no carro e seguimos por uma estrada erma. A tensão preponderava. Não negava estar com medo. A última vez que participei de uma caçada foi há muito tempo, junto com meu irmão e meu pai. O carro titubeava pelos buracos. Logo começou a chover. Os raios enredavam o céu negro como piche. Quando nossa frustração começava a aparecer, uma mulher trajada com um vestido branco e esmolambado surgiu no acostamento entremeio a hera, o braço direito erguido, solicitando uma carona.

– Tem certeza que devemos dar carona pra ela? – eu perguntei.

– Acho que sim. Só espero que ela não nos mate dentro do carro. Mudei o estofamento recentemente.

Dei um soco no braço do meu irmão, e ele limitou-se a sorrir.

Dean estacionou o carro e a mulher de branco entrou e sentou no banco do lado de trás. Ficou em silêncio até Dean pergunta-la para onde queria ir.

– Leve-me pra casa – seu tom era de agonia. – No final da estrada!

Meu irmão e eu nos entreolhamos. Continuamos a seguir pela estrada, emudecidos. Chegamos até a tal casa. Era uma edificação que outrora fora imponente, mas agora tinha as janelas pregadas com tábuas, telhas faltando e a hera se espalhando livremente pela fachada.

– Venham comigo, por favor – ela quase chorava.

Ela desceu do carro e seguiu para dentro da casa. Meu irmão abriu o porta- malas do Impala, onde havia um compartimento secreto apinhado de armas e outras bugigangas. Ele pegou um pacote de sal e duas barras de ferro.

– Ainda se lembra dos velhos hábitos? – Dean perguntou sorrindo.

– Sim, embora gostaria de esquece-los. Ou melhor, nunca tê-los vivenciado.

Dean me olhou com tristeza, mas não replicou. Seguimos pelo caminho de lajotas, subimos alguns degraus e adentramos em uma velha edificação engolfada pela escuridão.

– Tenha cuidado, Sam. Por favor.

Nós subimos por uma escada em espiral e posteriormente caminhamos lentamente por um corredor, evitando fazer barulho quando nossos pés tocavam o soalho. Passamos com cautela por algumas galerias e, no final, desembocamos em uma ampla sala sem mobília, com apenas uma suntuosa lareira em um dos cantos, evidenciando ha muito não ser utilizada.

– Cadê a vadia?

Mal Dean lançou a pergunta e somos atingidos por uma rajada de vento que nos lança a metros de distância. Nos levantamos com dificuldade e fitamos a mulher de branco, nos mirando com ameaça:

– VOCÊ ME TRAU! EU ENTREGUEI MEU CORAÇÃO PARA VOCÊ!

– Do que essa filha da puta está falando? – Dean perguntou, alisando a sua nuca com a mão.

– Não é óbvio? Um fantasma na estrada, que assassina somente homens. Algum idiota deve ter partido o seu coração e ela deve ter morrido com muita raiva. Provavelmente acha que todos os homens são cretinos

– Ah é, esqueci que você o nerd e eu o bonitão.

Dean sorriu e abriu o pacote de sal. Espalhou ao nosso redor e ergueu em riste a barra de ferro.

– VOCÊ IRÁ ME PAGAR POR TER ROUBADO A MINHA VIDA!

A mulher de branco tentava atacar, mas a barreira de sal a impossibilitava. Em uma de suas investidas, Dean a acertou com uma barra de ferro e ela desapareceu por alguns instantes.

– Precisamos queimar os seus ossos para acabarmos com ela – eu disse. – Mas onde vamos encontrar sua tumba?

– Talvez no cemitério da cidade – ponderou Dean. – Mas o problema vai ser descobrirmos o seu nome.

– Vamos tentar o seguinte: – eu propus – você me cobre enquanto revistamos a casa a procura de alguma informação.

Dean aceitou e seguimos a procura de uma informação que revelasse o nome da mulher de branco. Vez por outra o fantasma aparecia, mas logo meu irmão a cutilava com a barra de ferro.

– Achei!

Depois de vários minutos procurando, encontrei um documento bolorento em um dos quartos que revelava o nome de uma mulher: Débora de Assis.

– Pronto – falou Dean. – Agora vamos encontrar o maldito cemitério e assar ossos de galinha em uma bela fogueira!

Entramos no carro e seguimos em disparada a procura do cemitério. Estava silêncio até por demais. Quando me preparava a iniciar um diálogo com meu irmão, o carro para bruscamente no meio de uma ponte de ferro. Somos lançados para fora.

– Filha da puta! – Dean exclamou.

Levantamo-nos com dificuldade. O carro começou a avançar, e em meio às pragas de Dean tivemos que correr para não sermos atropelados. Em outro momento, o Impala veio atrás de nós em alta velocidade, o que nos restou a fazer foi saltar da ponte e segurar firmemente em uma das barras de ferro que a delineava. Com muito esforço escalamos e, percebendo que não havia mais manifestações sobrenaturais, entramos no carro e seguimos para a cidadezinha.

Ziguezagueando pelas ruas, encontramos o cemitério. Procuramos pelas tumbas e encontramos a sem muita dificuldade de Débora. Nós a abrimos e no momento depois Dean jogou sal, gasolina e acendeu o seu isqueiro. Logo depois os ossos da mulher de branco queimavam e crepitavam na escuridão da noite, levantando cortinas de fumaça que espiralavam em direção ao céu. O fantasma da mulher surgiu gritando, implorando para que a deixemos ficar. Porém não demorou a desaparecer de uma vez por todas.

– Bom, conseguimos – Dean disse satisfeito. – Estava com saudades de você, Sammy. Por favor, eu te imploro, procure o nosso pai comigo. Somos irmãos. Eu te amo, você sabe disso.

“O amor que você sente por mim não é o mesmo que sinto por você, Dean”, eu refleti.

– Você sabe que não posso, Dean. De verdade. Tenho uma vida agora. Eu larguei esse lance de ser caçador a muito tempo atrás, e não pretendo reaver minha decisão.

– Você tem certeza? – Dean me fitou. Seus olhos estavam marejados.

Eu fiz que sim com a cabeça.

Dean me olhou com raiva, adentrou no carro e unicamente disse que me levaria para casa. Seguimos em silêncio. O sol já estava a pino quando estacionamos em frente ao prédio onde morava.

– Você quer subir? – eu perguntei, olhando para o meu irmão, já ele não me retribuía o olhar.

– Não – ele respondeu secamente, ainda sem olhar para mim.

Desci do carro e peguei minha mochila. Olhei mais uma vez para trás e percebi que Dean ainda estava lá, mas desta vez me olhando. Eu sorri, acenei e adentrei no prédio. Subi o elevador e entrei no meu apartamento. Encontrei Gabriel no sofá, sentado e com uma expressão estranha na face.

– Oi meu amor. Cheguei.

Gabriel não me respondeu.

– Você deve estar chateado comigo. Mas vou te comprar com um beijo. Só espere eu ir tomar um banho.

Eu segui para o nosso quarto. No meio do aposento, sinto um cheiro estranho ser emanado. Era algo como enxofre misturado com ovo podre. Algo pingava em minha cabeça. Estendi a minha mão e percebi que era sangue. Olho assustado para o teto e vejo meu namorado, meu amor, Gabriel pregado no teto, retorcido, olhando assustado para mim. E logo chamas o envolveram, consumindo todo o seu corpo, carbonizando-o segundos depois.

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Comentários

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muito bom mesmo! pena que vc parece q parou de postar, eu acompanho a serie desde o começo. Parabens

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Muito bom, você escreve muito bem. Parabens

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Uau, muito bom. Adorei sua versão de sobrenatural sou viciado nisso. Não demora com a continuação não viu.

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Uau, adorei o conto. Mais um que pretendo acompanhar. Parabéns!!!!

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