Nas Garras do Lobo (Três) Os Velhos Mestres

Um conto erótico de winter
Categoria: Homossexual
Contém 1798 palavras
Data: 27/02/2013 20:17:00
Assuntos: Gay, Homossexual, série

3. Os Grandes Mestres

Tanto Ian quando o gigante se transformaram nas criaturas bestiais que andavam sobre duas patas e ainda sim não tinham nenhuma semelhança com os homens que eram antes. Em um momento só rosnavam um para o outro e ameaçavam avançar. A partir de um momento deixou de ser ameaça e as duas feras se engalfinharam. Não conseguia ver se alguma tinha vantagem sobre a outra, mas eu conseguia enxergar sangue caindo e torcia para que não fosse o de Ian, mesmo que ele fosse uma criatura tão selvagem quanto aquela que estava na minha frente. Os outros gritavam ao redor como um bando de bárbaros, o que me dava mais nojo ainda daquela cena.

“Kaius, leve o garoto para o acampamento. Nós vamos em seguida.” Disse novamente o homem negro, o provável líder dos selvagens.

Então um homem se aproximou de mim. Até então eu estava de joelhos observando tudo, ele chegou e me levantou com apenas uma mão. Ele era do mesmo tamanho que eu, porem muito mais forte. Não era algo impressionante, quase todo mundo aparentava ser mais forte que eu.

Ele me vendou um pedaço de pano que ele tinha tirado de sua camisa. E me empurrou por entre a mata por cerca de vinte minutos. O terreno era montanhoso com vários pontos altos e baixos, mas no fim conclui que ele estava me levando para um lugar mais alto.

A venda foi retirada no meio do acampamento onde novamente eu caio de joelhos no chão arenoso. Diante de mim, varias pessoas me observavam até mesmo crianças estavam ali. Vestiam poucas roupas, bem diferente das que eu era familiarizado. Parecia couro, se fosse com certeza não era sintético.

“O que significa isso Kaius?” Perguntou um homem grisalhos que saiu de uma das tendas.

“Ele apareceu sem que nós o percebesse, Glaber ordenou que o trouxesse para cá. Bem, ele esta resolvendo um probleminha com Ian e Thor” Respondeu Kauis.

“Não me surpreende que vocês não tenham o percebido, nem eu consigo senti-lo aqui” Respondeu o homem com um olhar firme para mim. ”Leve o para a sua tenda, vamos mostrá-lo a o Alpha quando Glaber e os outros voltarem.”

Kaiu fez que sim com a cabeça.

“Ah, tente tirar alguma coisa dele.” Disse o homem e deu um leve sorriso. Temi ao tentar imaginar o que aquilo significasse.

Kaiu me puxou do chão e continuou a me empurrar até uma barraca. Quando entrei naquele lugar fiquei imaginando como tudo aquilo ainda me era desconhecido, eles pareciam uma tribo indígena. Mas eu não tinha conhecimento sobre nenhuma tribo indígena naquela reserva. Eles definitivamente conseguiam cobrir seus rastros.

Quando entramos, ele me ajudou a sentar em um baú alto.

“Você quer um pouco de água?” Ofereceu ele educadamente. Nem parecia aquele homem grosseiro que vinha me empurrando a alguns minutos atrás. Talvez fosse só encenação.

“Não, obrigado.” Respondi seco.

Pela primeira vez eu tive contato visual direto com Kaius. Ele era da mesma altura que eu, mas seu corpo esguio, ombros largos e tronco torneado me faziam um nada perto dele. Tinha olhos escuros, assim como o cabelo. Pele morena, mais do que Ian. Tinha um rosto fino e dentes afiados, como de um verdadeiro lobo.

“Tem certeza, você vai precisar. Quando o Alpha estiver aqui...” Ele não terminou a frase, mas eu sabia o que significava. Ele riu quando percebeu minha temerosidade.”No entanto não precisa ter medo. Eu vi que Ian está do seu lado, se ele está eu também estou.” Revelou ele.“Agora, beba a água.”

Desta vez não recusei, bebi até o ultimo gole. Estava morrendo de cede.

Ficamos ali por quase meia hora, sob o olhar atento de Kaius. Por diversas vezes o peguei me analisando, e aquilo me deixava desconfortável. Fiquei agradecido quando uma menina surgiu entre os panos que serviam como porta chamando a atenção de Kaius.

“Naggi, eles chegaram.” Alertou ela e depois saiu.

Ele levantou e olhou pra mim novamente.

“Vamos.” Chamou ele. Eu apenas levantei e o segui.

Nós fomos até a maior tenda que existia naquele lugar, era a mais bonita também. Desenhos detalhados a cobriam completamente. Quando chegava mais perto pude ouvir o final de uma conversa.

“Não somos inimigos aqui, por tanto não devemos brigar entre nós. Se acontecer outra vez, as punições vão ser mais severas.” Disse uma voz masculina, grossa e onipotente. Que me fez tremer em imaginar o que eu estava prestes a emfrentar.

“Sim Alpha.” Duas vozes disseram juntas. Reconheci a de Ian, era impossível não reconhecer a voz dele. Era máscula, mas ao mesmo tempo suave e perfeita.

Logo após Kaius me empurrou a frente dele me fazendo entrar na tenta gigante com um pulo. Ian estava ajoelhado, se virou para trás e me deu um olhar que queria dizer, me desculpe. Eu não estava certo se aquele era mesmo o meu amigo de infância ou se era um monstro lupino.

“Então esta aqui a nossa razão de tanta confusão.” Disse a voz onipotente.

Agora eu olhei o meu carrasco. Ele não parecia tão intimidador agora. Talvez se colocasse ele do lado de Ian ou mesmo Kaius todos eles teriam o mesmo porte físico. O que era mias intimidador era seu rosto, que dava a aparência mais velha e respeitável, repleto de cicatrizes e um olhar frio e raivoso. Sinceramente senti como se estivesse sendo encarado por um lobo prestes a me atacar.

“Realmente, é interessante.” Disse ele, pela primeira vez eu vi sua expressão firme dar lugar a uma mais simpática. “Vamos levá-lo aos Kannie” Disse o homem.

Ele levantou e saiu, Kaius colocou a mão no meu ombro me guiando. Nós seguimos até outro lugar, era um pouco afastado do centro do acampamento. E não era uma tenda, era feito totalmente de madeira. Quase como um templo, menor mais ainda sim como o mesmo tipo de estrutura. Quando entramos, vi sentados no chão com as pernas dobradas três velhinhos, sendo dois homens e uma mulher. Era difícil identificar, todos eles pareciam cobertos sob suas rugas, mesmo assim não foi uma tarefa difícil.

“Kannie’s” Disse o Alpha se ajoelhando na frente dos três velhinhos, como reverencia.

Kaius me obrigou a fazer como mesmo, assim como ele fez. Depois da reverencia, o Alpha se levantou assim como Kaius e conseqüentemente eu.

“Vim em busca de seus conhecimentos Grandes Mestres.” O Alpha disse.

“Faz tempo que eu não tenho em minha presença.” Disse a velhinha. “Nossos ancestrais os chamavam de deuses.” Completou ela. Fiquei tão surpreso quando Kaius e até mesmo o Alpha, sabia que estava falando de mim e definitivamente eu nem qualquer outra pessoa, nunca me consideraria um deus.

“Claro que nossos ancestrais eram extremamente exagerados.” Ponderou outro velhinho. ”Eles os tinham assim, pela sua incrível habilidade de aparecer e desaparecer com facilidade.”

“Eles tem os sentidos apurados como os nossos.” O que explicava eu ter escutado aquela luta a uma distancia considerável, que nenhuma pessoa comum conseguiria escutar. “Podem camuflar seu cheiro e ruídos, para que nenhuma outra criatura, nem mesmo nós consigamos identificá-los.” O que explicava nenhum deles ter percebido que eu me aproximava, se eu tivesse a intenção de machucá-los. Com certeza teria conseguido. “Tem a capacidade de se camuflar tão perfeitamente, que até atingem a invisibilidade. Por isso tal comparação aos deuses.” Bem, essa habilidade eu ainda não tive a oportunidade de presenciar.

“Dizem que alguns mais poderosos, podem até mesmo controlar nossos pensamentos e inserir ilusões em nossa mente.” A velhinha informou.

“E como são chamados? Quem são eles?” Perguntou o Alpha visivelmente curioso a meu respeito.

“Possuem vários nomes, Shikave, Chamileon, Kaenome” Respondeu o velho me encarando com um sombra no olhar assustadora. ”Num termo melhor compreensível, nós os chamamos de Camaleões.”

Era apavorante descobrir uma coisa como aquela. E seria tão clichê dizer que lobisomens e criaturas como até mesmo eu, era coisas que eu só via em livros e filmes, e até mesmo nos seriados de TV. Mas era a pura verdade, eu era a pessoa mais cética do mundo, nunca tive alguma relação com religião alguma e por isso me considerava ateu. Mas estavam ali bem na minha frente, diante dos meus olhos. Eles pareciam ser humanos, como eu achava que era. Mas não eram nada alem de monstros temíveis. Eu mesmo era um monstro segundo eles. Entre tanto como só naquele momento veio algum conhecimento sobre tais habilidades que eu possuía. Só então veio em minha mente, memórias. Memórias onde eu podia facilmente ligar algumas sobressaídas a algum termo sobre-humano. Mas eu sempre fora uma criança ratiquítica, que sempre dependia da defesa do irmão mais velho, e do melhor amigo.

“Obrigado pela sua sabedora.” Agradeceu o Alpha com uma nova reverencia.

...

Comecei a temer pela minha vida um tempo depois. Kaius estava ali no canto de sua tenda me observando, sem piscar e olhar fulminante, como um predador. Eu estava do outro lado, olhar atento e acanhado, como uma presa. O Alpha tinha nos deixado logo que saímos do templo dos grandes mestres e tinha ordenado que mantesse olhar cuidadoso sobre mim.

“Estou sentindo seu medo.” Foi a primeira coisa que ele disse depois de um longo tempo. E eu não duvidava, ele era o predador ali e tinha essa capacidade.

“Não devia?” Rebati nervoso.

Ele riu. De todas as reações possíveis, essa tinha sido a mais surpreendente. Ele estava debochando de mim, aquilo me deu tanta raiva que eu quis socá-lo ali mesmo. Então lembrei que eu era a presa.

“Não se preocupe, você vai sair bem.” Disse ele encerrando a conversa.

Novamente aquela menininha entrou na tenda nos pegando de surpresa.

“Naggi, o Alpha quer falar com você.” Disse ela e sumiu de repente.

Ele deu uma ultima olhada piedosa, como se dissesse “vai ficar tudo bem” e depois saiu.

Tempo depois ele voltou com um sorriso largo e eu instantaneamente me aliviei.

“O Alpha quer que você assista nossa cerimônia hoje, quando a lua cheia estiver em seu ápice. Depois disso, você estará livre para ir embora.” Disse Kaius. Eu queria rebater e dizer quem ele para me dizer quando eu poderia ir embora, eu queria ir embora agora. Mas novamente lembrei quem era a presa. Eu era um ser inofensivo diante deles.

“Que tipo de cerimônia?” Perguntei vencido.

“O ultimo teste do rito de passagem dos lobos adolescentes. Onde eles iram mostrar que são fortes o suficiente para serem considerados lobos beta.” Esclareceu ele.

Minha mente apenas racionalizava as barbarias que eu estava prestes a ver.

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Gente, agora eu vou demorar um pouco mais pra postar pq to sem net então, tenham paciência ]: Outra coisa, sem que estão ansiosos para cenas mais quente, porem esse conto não é totalmente erótico portanto serão poucas cenas de sexo, me desculpem.

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