O Irmão Ogro 2 - XV

Um conto erótico de CrisBR
Categoria: Homossexual
Contém 869 palavras
Data: 15/12/2012 22:36:52
Assuntos: Gay, Homossexual

Galera, muita coisa pra acontecer e espero que continuem curtindo, dando opiniões e tudo mais. A vida de um casal envolve muitas coisas, inclusive a aceitação da família. Vamos ver no que dá... Obrigado e boa leitura!

Entrei, o médico me deixou a sós com ela.

Segurei sua mão por alguns minutos, até perceber seus movimentos. Ela estava acordando.

- Carlos?

- Sim mão, sou eu.

- Eu senti tantas saudades filho.

Sua voz falhava um pouco por estar sedada, mas eu percebia sua alegria em me ver. Eu já chorava, agradecendo por ela não estar com raiva como meu pai.

- Seu pai ainda não entendeu, mas eu entendo Carlos.

- Não mãe, não fica falando. Descansa.

- Isso que eu to passando é castigo. Castigo por não entender o amor de vocês.

- Não mãe.

- É castigo por deixar seu pai falar por nós dois.

Ela dormiu e eu saí do quarto. Já chorava muito. Saindo, vi meu pai que sequer fez menção de conversar comigo e decidi procurar Bruno. O encontrei conversando com o médico.

- Oi Carlos. Como foi com a sua mãe?

- Foi ótimo. Apesar de ela estar sedada, ela mostrou que está do nosso lado.

- Perfeito.

- E você tá conversando o que com o médico? Algum problema?

- Nenhum, ciumento. Só estava querendo saber mais sobre minha sogra.

O doutor se virou, nos chamando mais pra dentro da sala e continuou o assunto que tinha com Bruno:

- Eu dizia a ele que sua mãe precisa de um transplante de rim o mais rápido possível. Seu pai se prontificou a doar, mas o rim dele já não é interessante pra esse caso, por causa da idade. Se ela for aguardar na fila, tudo vai se complicar e os riscos são grandes.

- Eu quero fazer os exames doutor.

- Carlos, não é tão simples. É uma cirurgia que tem seus riscos e precisamos fazer exames de sangue pra saber se pode ser compatível ou não.

- Eu aceitos os riscos. Posso fazer os exames.

Apertei a mão de Bruno e fiquei ainda mais confiante. Sabia que meu pai ficaria sabendo, mas ele não teria escolha. Por maior que fosse seu preconceito, sua raiva, a saúde da minha mãe era mais importante.

Fiz o exame enquanto o médico informava meu pai sobre a minha possibilidade de doação e eu só conseguia pensar positivo. Pensava que minha mãe estava do meu lado e, junto com Bruno, eu seria feliz. Minha mãe iria se curar com o meu rim e viveríamos bem, mesmo sem o apoio do meu pai.

Acabei o exame e fui comer alguma coisa com Bruno. Só senti quando meu pai, nosso pai se aproximou, falando num tom elevado:

- Não pensem que por causa do rim que você vai doar eu vou aceitar vocês.

Bruno foi ríspido:

- E você ouviu alguém pedindo pra ser aceito aqui? Eu quero é que você se dane com seu preconceito.

Repreendi-o com o olhar. Apesar de tudo não concordava em tratar meu pai mal, afinal ele era nosso pai, mesmo

rejeitando nossa relação. Mas suas palavras o fizeram seguir em direção aos quartos e não nos importunar mais.

- Amor, num fica falando assim com ele não.

- Você quer que eu aplauda ele nos humilhar?

- Bruno, olha pra ele. Nosso pai está perdido, morrendo de medo de ficar sozinho. E quer saber? Você é igualzinho a ele no orgulho. Vamos deixando isso pra lá.

- Quer vencer ele pelo cansaço?

- Eu num to competindo. Entreguei os pontos.

Terminamos de comer e fomos a procura do médico. O resultado dos meus exames já havia saído e era questão de minutos pra eu confirmar a doação e enfrentar a cirurgia.

Entrei no quarto da minha mãe apenas para observá-la dormir e desta vez ela não despertou. Sentia aquilo como um recomeço. A doença dela nos reaproximou, tomara que por muito tempo.

Eu estava tenso quando saí do quarto. Eu torcia pra ela ficar bem depois da cirurgia, mas ainda tinha medo. Ao contrário do meu pai, eu não conseguia deixar de demonstrar esse medo. Eu chorava, doía muito. Bruno tentava me confortar, mas não conseguia estar muito seguro que a vida da minha mãe não corria riscos.

Quanto medo!

Ficamos aguardando até que o médico voltou, acompanhado da enfermeira que realizou o exame em mim e nos chamou para seu consultório.

Bruno e eu entramos e nosso pai entrou em seguida. Nos sentamos e o doutor começou:

- Bom, eu estou com os resultados aqui e quero dizer que essa é uma decisão que vocês dois, pai e filho, devem ter juntos. Eu estou ciente do problema que vocês têm, mas uma trégua se faz necessária.

Tive que interromper. Minha ansiedade falava mais alto.

- Doutor, quando eu faço a cirurgia.

- Você não vai fazer.

- Não? Como assim?

- Seus exames não foram compatíveis. A rejeição a seu rim seria muito grande e não podemos correr esse risco.

Todas as minhas certezas estavam indo por água baixo! Minha mãe estava perdida. E eu não sabia o que fazer. Bruno tomou a dianteira:

- Mas doutor.

- Calma Bruno. Há uma solução pra isso.

Eu estava mais impaciente do que nunca:

- Qual?

Bruno disse, arrancando minha expressão de surpresa e a de raiva do meu pai:

- Eu vou doar.

CONTINUA...

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Comentários

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FANTÁSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSTICO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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Surpreendente, poderia jurar que o Carlos seria o compátivel. Me apaixonei pelo Bruno agora, ta na hora de mudar o nome do conto, de ogro ele não tem nada. Nota 100000000000000000000000000

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Ai que lindo, adorei, ficou perfeito. Cada vez mais eu vejo como o amor dos dois é puro e sincero. Um dia eu tbm acho um assim. Continue logo, estou esperando, nota 10.

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Cara seus contos são incríveis, você sabe conduzir a História sem deixar ela ficar chata é por isso, que sou seu fã. Continue assim.

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Ai estou ansioso para ver qual vai ser a reação de Carlos e do Pai dele. Estou adorando seu conto desde o Primeiro até esse. Agora que tenho conta aqui vou comentar seus contos sempre. E nota 1000000

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Cris vc é muito maravilhoso escreve muito bem,eu li esse conto do começo ao fim da primeira temporada não comentava por ler em um cell,então ficava dificil comentar por ser uma bombinha mas agora estou muito feliz em poder comentar seus contos,espero que tudo certo com os dois e com a mãe do Carlos.beijos 10

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Nossa o Bruno vai doar, que linda a atitude dele.

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Uau, muito louco, muito louco mesmo! Tá incrível!

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Eu disse no conto anterior que seria o Bruno o doador.. Rsrs. Como o pai deles irá reagir? Ansioso

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Sensacional, espero que der tudo certo.

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