Primeiro Namorado - Parte 11

Um conto erótico de Dirtyboy
Categoria: Homossexual
Contém 1709 palavras
Data: 27/12/2012 18:17:21
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

— Hugo, vamos à biblioteca pegar aquele livro de História que você queria. – Clara não perguntou, e sim segurou meu braço, me arrastando por entre as mesas.

Subimos as escadas para as salas do ensino médio, e depois mais um andar para a biblioteca. Estava um silêncio absoluto na sala. Pessoas sentadas sozinhas, em grupo, nos computadores... esse era um ambiente para se ter uma conversas dessas? Ainda mais... era a Clara! Ela não fala, ela grita.

— Sim, pode desembuchar... – ele disse baixinho. Isso tinha de ser filmado. Maria Clara falando baixo?

Me fez sentar em uma mesa mais afastada das outras. Suspirei e passei as mãos no meu cabelo... por onde começaria?

— Vamos Hugo, fala! Eu não vou contar isso para ninguém! Sou sua amiga, cara! – dizia baixo.

Suspirei de novo.

— Ok... Como eu percebi, quase todas as garotas desse colégio sabem o número do Henrique...

— Todas. – respondeu ela. — E pelo visto... alguns garotos também... – e deu uma risada nervosa. Eu também soltei um risinho nervoso e dei um tapa no ombro dela.

— Enfim... Henrique e eu estamos... – hesitei pensando.

— Namorando?

Acenei com a cabeça. Ela colocou a mão na boca. Estava dando até para ouvir seu grito se não estivéssemos na biblioteca.

— Como você não me conta isso Hugo? – perguntou ela ofendida. Eu estava planejando contar para ela, só que não tão cedo.

Voltamos para a cantina. Clara não parava de falar e perguntar coisas. Olhava para Sara que me perguntou do livro, e dei uma desculpa qualquer.

A garota (Clara disse que o nome dela era Carol) não desgrudava dele. Isso tava me irritando até a alma. Teve um momento em que ela começou a colocar batata frita na boca dele, e depois ainda limpar. Eu levantei irado, e passei pela mesa dele e ele nem olhou para mim. Meus parabéns para ele! Está conseguindo fazer seu papel tão bem que até eu estou achando que é verdade!

Segui para o banheiro espumando de raiva. Respirei fundo, contei até dez e joguei água no rosto. Ele estava só fingindo! Aliás, quem seria o Henrique Cardoso sem as garotas babando perto dele? Escuto a porta abrindo. Fecho a torneira rapidamente e tento sair, mas Henrique já está com os braços cruzados na minha frente. Ele me olhava sério. E depois de tempo de hesitação, um sorriso se forma no canto da sua boca.

— Pensei que fosse me bater! – disse por fim.

— Por quê? – ele perguntou passando por mim e encostando-se a pia.

— Com essa cara séria, às vezes você me assusta. E vai que você queira colocar minha surra em dia... – disse com um tom sarcástico.

Ele se aproximou de mim, com uma cara de quem não gostou do que ouviu. Eu nunca tinha visto ele com essa cara antes. Eu já ia me desculpar quando ele começou a gargalhar. Empurrei-o, morrendo de ódio e encostei do outro lado da parede. Ele não vai conseguir me irritar. Mas parece que já conseguiu.

— E qual é a sua com Carol? – perguntei como se não ligasse.

— Estou quase pegando ela... não é uma gostosa? – disse como se eu fosse seu melhor amigo. Abri a boca para falar um monte de atrocidades, mas respirei fundo e tornei a fechá-la.

— É.. ela é muito bonita. Se bem que um pouquinho oferecida.. – disse ainda tentando não ligar para o que ele diz. Tentando fazer com que ele não me irrite. No entanto isso estava me fazendo quase ter uma crise de ciúmes.

— E você? Quem anda pegando? – perguntou dando um murrinho no meu peito.

— Eu não ando pegando ninguém faz muito tempo, sou um garoto solitário. – disse misterioso.

— Fiquei sabendo que você estava pegando alguém... – disse ele chegando mais perto.

— Ah é mesmo? – ironia nível hard – Quem seria essa pessoa?

Ele tirou o cabelo da minha testa e chegou perto o suficiente para que eu sentisse seu hálito. Ele já estava encostando a boca na minha quando a porta rangeu. Ainda deu para ver seu sorriso enquanto ele se afastava e encostava-se a pia novamente.

— Henrique! – gritou Daniel entrando. — Cara! Você tem que pegar a Carol... Ela ta doidinha por você! – como se isso fosse uma novidade!

Sai do banheiro antes que eu desse uma surra nos dois. Ta... só no Henrique. Vai que o Daniel queira me afogar na privada!

O resto do intervalo, eu só fiquei pensando em uma maneira de tirar Henrique da minha cabeça. Pelo menos enquanto eu estiver aqui nesse inferno. Comprei outro suco de laranja, mas Gustavo tomou de mim outra vez.

— Me dá isso! – resmunguei.

— Não. – respondeu ele e colocou sua boca no canudo.

Tentei tomar dele, pegava nos seus braços, tentava puxar, mas o miserável era muito forte. Ele levantou e correu. Fui atrás dele, e escutei Clara gritando quase para todo refeitório:

— Pega ele Hugo! Estamos cansados de sermos roubados!

Ele estava correndo e rindo ao mesmo tempo, e toda hora desviava das minhas mãos. Quando eu finalmente coloquei as mãos nele, ele de alguma forma absurdamente rápida me derruba no chão e ainda coloca a mão em que segurava o copo para cima para não derrubar o suco.

— Ganhei. – disse sorrindo.

Depois levanta e meu deixa lá no chão. Quando ele me dá as costas, eu levanto e pulo nas costas dele o derrubando. Caímos juntos, e o suco derramou todo no nosso lado. Começamos a rir que nem dois idiotas. Então ele levanta e depois me entrega sua mão. Ainda estamos rindo e só depois que a gente percebe que o refeitório inteiro olhava para gente.

— Quem foi que fez essa bagunça aqui? – perguntou a coordenadora nervosa.

Eu apontei para ele e ele apontou para mim.

— Pois então, os dois podem passar lá naquela sala – apontou para uma porta no fundo de um corredor — E pegar um pano de chão para limpar isso tudo, antes que eu dê uma suspensão nos dois.

— Sim senhora. – dissemos ao mesmo tempo.

Depois que ela saiu, andamos até a sala ainda rindo. Limpamos o suco, e todos no refeitório voltaram às constantes conversas. Quando sentamos de volta na nossa mesa, Clara disse:

— Deu uma surra nele?

— Claro que eu dei – e ri logo em seguida, já que isso era visivelmente impossível. Gustavo era duas vezes meu tamanho. E pelo visto sabe lutar alguma coisa.

— Já volto – ele disse se levantando.

— Ok, voltando a nossa conversa, quando é que vamos para casa do Pedro? – ela piscou para ele.

— Domingo. – respondeu Bruno.

— Quem vai? – perguntou Sara.

— A gente aqui, Gustavo se ele quiser ir... e se que quiserem levar algum amigo, pode levá-lo. – respondeu Clara. — Ah, eu gostaria que você levasse sua prima Hugo. – maldita.

— Infelizmente ela vai voltar para casa amanhã. – respondi.

— Que pena... – disse ela segurando um sorriso.

Gustavo voltou com um suco na mão e me entregou.

— Eu não acredito! Porque para mim você não comprou também? – disse Clara nervosa.

— Você não foi atrás de mim, e me derrubou na frente do colégio inteiro. – disse Gustavo.

— Eu sou uma dama! Não ia correr atrás de você nem morta, a não ser que você estivesse com meu gloss! – e jogou o cabelo para o lado. Gargalhadas altas de todos. Clara era uma comédia.

— Você dava para ser uma patricinha perfeita! – disse ainda rindo.

— Eu sei amor, eu sei. – disse se vangloriando.

— Então ta marcado né? Casa do Pedro, domingo, as oito! – disse Sara e logo depois o sinal toca.

As últimas aulas passaram voando, porque eu estava no fundo da sala com o Gustavo e Clara. E a gente conversou praticamente a aula inteira.

Na saída eu me deparo com uma cena que não gostaria de estar presenciando. Clara conversando a um palmo de distancia do Henrique e com as mãos na cintura dele.

Virei-me para a Clara e disse:

— Me tira daqui antes que eu mate aquela vadia – ela pegou meu braço e me puxou para o portão principal.

Encontramos Sara, Bruno e Gustavo no portão principal, e fomos andando juntos. Eles me deixaram em casa – que era a mais próxima – e depois saíram. Beijei minha mãe, subi para meu quarto e tomei banho. Desci para almoçar.

Estava tudo quieto. Apenas os sons dos talheres batendo nos pratos. Minha mãe também pareceria irritada com alguma coisa. Lavamos os pratos e depois sentamos juntos para assistir TV. Ela acabou dormindo no sofá, cansada. Desliguei a TV, e subi para o meu quarto silenciosamente.

Resto da sexta. Nada de Henrique.

Sábado. Nada de Henrique.

Para um primeiro namorado, até que estou me dando bem. Ele não respondeu nenhuma mensagem! Eu queria andar até a casa dele e perguntar o que tanto ele faz que não tinha tempo de responder uma das minhas quinhentas mensagens. Ok... exagerei, três. Será que ele esqueceu que namorava?

Domingo. Acordei escutando meus pais discutindo. Andei para o banheiro cambaleando lavei meu rosto e coloquei um short e desci as escadas segurando no corrimão de madeira.

— O quê está acontecendo com você, Humberto? – perguntava minha irada, mas não gritando.

— Não está acontecendo nada Ana, você está ficando louca? – perguntou meu pai também nervoso.

— Louca? Você chega tarde demais, eu sinto um cheiro diferente em você, já vi batom nas suas roupas...

— Para mim já chega! – gritou meu pai. — Não aceito mais acusações estúpidas suas! – subiu as escadas e não falou nada quando passou por mim.

Andei até minha mãe, que passava a mãos nos cabelos e no rosto limpando as lágrimas. Meu coração apertou, quando vi que ela chorava.

— Não chora mãe... – a abracei e alisei suas costas. — Não chora, por favor. – implorei.

Ela limpou as lágrimas e forçou um sorriso para mim.

— Desculpa por isso Hugo...

— Não tem porque se desculpar. Só não chora, por favor, odeio ver você chorando. - disse choroso.

Isso era um fato. Se minha mãe chora, eu choro junto.

Meu pai saiu de casa, dizendo que ia dormir em outro lugar, o que fez minha mãe ficar ainda mais triste e zangada. Fui para o quarto dela, e deitei do seu lado. Beijei a testa dela, e disse que íamos superar tudo isso juntos.

Olha gente, eu vou viajar amanhã e não sei quando vou voltar. Talvez só uma semana depois do réveillon. Então, não vou poder postar nada até lá. Beijos seus lindos, e feliz ano novo.

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Comentários

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Maravilhoso como sempre. Não importa o quanto demore, eu espero =D

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Muito bom cara e com um toque de humor de sempre, acho q tô apaixonada pelo seu conto, até dia 2 então. Feliz ano novo!!! :)

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mtoo legal kra e o henrique bem que vc poderia fazer ciumes nele com o gustavo e ahh adorei a clara mto comedia tenho uma amiga igual ela kkkk

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Sua história é bem legal, só é ruim a demora que tu tens para postar. Obrigado pela leitura, 10.

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Ótimo começo de namoro esse hein? Hahaha Poste mais frequentemente! (Olha eu sendo hipócrita kkkk). Esperarei o próximo então!

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Posta mais uma hoje, porfaaaaa T___T' Porque contos perfeitos sempre demoram para serem postados???? Só espero que ele não seja curto, tipo, com só uns 30 capítulos... Quero mais hein!! Tá perfeito, maravilhoso, adoro a Clara!! *- Posta mais um hoje, pleeease *-* Ou posta pelo celular, sei lá T__T'

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Seu conto é muito interessante, mas sua demora dificulta um pouco. Fica a dica. 10

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muito bom, sera que o henrique ta aprontando?

ate depois do reveiollon.

continua logo.

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aff -.- entao devia postar a ultima ainda hj pfvr :3

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