Primeiro Amor - Capítulo 8

Um conto erótico de Raquel Souza
Categoria: Heterossexual
Contém 1242 palavras
Data: 19/11/2012 16:03:02

Continuando ...

Não estava pronta para vivenciar aquilo.

Mas a vida, mais uma vez, me reservava surpresas.

Quando percebem a minha presença, olham para mim atônitos. Eles também não sabiam o que fazer. Também não estavam preparados para aquilo. Aquela situação era um tanto difícil para todos.

Mas, decidi enfrentar aquilo de uma vez por todas.

Eu: Como ele está?

Perguntei me aproximando.

Márcia: Estável como sempre.

Respondeu Márcia olhando um pouco assustada para mim.

- Quem é ela mamãe?

Perguntou Rebeca olhando para mim.

Márcia: Ela também é filha do papai.

Respondeu Márcia olhando para ela.

- Então ela é nossa irmã?

Perguntou Thiago olhando para mim, com uma cara de dúvida.

Márcia: ... Sim meu filho.

Respondeu Márcia olhando para mim.

Eu: Eu não sou irmã de ninguém!

Indaguei um pouco alterada.

Eu: Será que eu posso ver o meu pai a sós?

Márcia: Claro que sim.

Respondeu Márcia retirando-se junto com as crianças, que não paravam de me olhar.

Eu realmente não consegui conter a minha raiva. Pelo menos era isto que eu sentia naquele momento.

Ela havia tomado o lugar da minha mãe, e eles o meu!

Me sentia como uma criancinha mimada.

Sentia um misto de raiva, insatisfação, desconforto. Não fiquei bem depois daquele ``encontro´´.

Tudo melhorou quando vejo meu pai.

Olhar ele naquele estado me corroia por dentro, e as lágrimas foram incontroláveis.

Não consegui proferir palavra alguma. Mas, eu conseguia sentir, de alguma forma suas vibrações. Eu sabia que ele sabia que eu estava ali.

Saio da sala, e minha mãe me espera encostada na parede.

Mãe: O que aconteceu, que a Márcia e as crianças saíram tão rápido?

Eu: Ah mãe! A senhora pode até ter aceitado isso, mas eu não! Agora vamos pra casa, não agüento mais fica nesse hospital.

Mãe: Nem eu. Vamos.

Na saída olho Márcia e as crianças na lanchonete, eles me olhavam, mas eu fingi que não os vi.

No estacionamento encontro quem eu menos esperava: Cáio.

Ele estava encostado no mesmo carro que eu o vira no caminho da viagem.

Quando me vê, acena para mim.

Mãe: Filha eu acho que ele quer falar com você. Ele é sobrinho da Márcia.

Sobrinho da Márcia? Por essa eu não esperava.

Vou até ele.

Cáio: Que bom que você melhorou! Eu não fazia a mínima idéia que você era a filha do tio Cláudio!

Eu: Então você é sobrinho da Márcia...

Cáio: Sim. Eu me mudei pra cá junto com ela e seus irmãos há pouco tempo.

Eu: Que irmãos? Eu não tenho irmãos!

Cáio: Você ainda não aceitou essa situação não é ... Eu também não achava bacana...

Eu: Pois é, agora tchau. Tenho que ir.

Cáio: Tchau! Melhoras viu?!

Eu: Ok.

Eu realmente estava de péssimo humor, minha voz saiu até um pouco grosseira. Mas eu nem ligava, eu me sentia no direito de estar zangada.

Entrei no carro, e no caminho ia pensando em tudo que aconteceu. Sentia uma raiva cruel da vida. ``Por que minha vida perfeita teve que acabar desta forma?´´ Pensava eu.

No caminho a minha mãe ia me contando quem havia ido me visitar, e blá, blá, blá.

A verdade era que eu nem ligava.

Eu só queria chegar em casa. No meu conforto. Lá eu conseguiria pensar melhor.

De repente uma tristeza enorme de invadiu. Eu havia caído na real. A minha vida não seria, nunca mais, a mesma. ``Será que a vida vai mudar para melhor ou para pior? O que de mais ruim poderá acontecer?´´ Pensei.

Chegamos e vou direto para meu quarto. Deito em minha cama, e começo a chorar. Sentia falta do meu pai, queria que ele estivesse ali comigo, me apoiando com a segurança que ele sempre me passava. Me senti um pouco desprotegida.

Não se passou alguns minutos e eu adormeci.

Me sentia melhor, por que, pelo menos, estava em casa.

Até que sou acordada por minha mãe.

Mãe: Filha, acorda. Tem visita pra você.

Eu: Visita? Quem é?

Mãe: É o do Dr. Rafael. Ele veio ver como você está. Eu vou mandar ele subir, tudo bem?

Eu: ta.

Nem da cama desci. Fiquei somente encostada na cabeceira.

Em poucos segundos ele surge. Ele estava com uma camisa pólo verde clara, uma calça jeans e um sapatênis. Só naquele momento que ele era jovem, teria uns 25 anos tranquilamente. Ele estava muito cheiroso, seu perfume ezalou sobre todo o quarto.

E mais uma vez, estava com aquele lindo sorriso em seu rosto.

Dr. Rafael : Olá Ana! Como você está?

Eu: Estou melhor. Tentando me reestruturar.

Dr. Rafael: É... Pelo jeito a vida não está fácil... Não pude deixar de reparar... Mas vamos mudar de assunto!

Eu: Você está certo. Quero esquecer um pouco isso!

Dr. Rafael: Eu estava pensando... Bem que a gente poderia sair... Sei lá... Só se você quiser, [e claro... Eu também estou muito estressado com a rotina do hospital...

Eu: Claro que sim.

Dr. Rafael: A gente pode jantar amanhã, que tal?

Eu: Tudo bem.

Dr. Rafael: Te pego as 19:00 hs, tudo bem pra você?

Eu: Claro, eu vou estar te esperando!

Dr. Rafael: Então ta. Eu vou indo. Se cuida.

Disse ele beijando a minha mão e saindo.

``Mais que loucura! Agora até um encontro eu tenho! O que mais pode acontecer?´´ Pensava eu.

Passam alguns minutos e esqueço o encontro.

Parei, e comecei a refletir a situação em que me encontrava.

Tudo parecia estar fora do lugar. Me sentia incomodada. Sabia que novidades estariam por vir.

Decidi ir visitar a minha avó, ele sempre me ajudava em momentos confusos.

- Mãe, vou na casa de vovó. Volto mais tarde.

Disse eu já saindo.

Mãe: Deixa que eu te levo!

Eu: Não, eu quero ir sozinha. Quero caminhar um pouco.

Mãe: Tudo bem, mas tome cuidado. Qualquer coisa me liga!

Eu: Ok.

Enquanto caminhava um turbilhão de incertezas, e medos pairavam sobre a minha mente.

Parecia que eu estava em outra dimensão. Não sei como não errei o caminho.

Chego e encontro minha prima Bruna sentada na porta.

Bruna: Prima!

Exclamou Bruna vindo ao abraço.

Eu: Iai?! Cadê vovó?

Bruna: Ta lá dentro. Ela ta fazendo aquele bolo de cenoura que você adora! Vem!

Entrei e lá estava minha vó, acabando de tirar o bolo da forma.

Vovó: Aninha! Que bom que você veio! Eu já estava indo lá te visitar! Como você está?

Eu: Estou melhor. E a senhora? Como está?

Vovó: Ah, agora tudo ta melhor! Você já está bem e é isso que importa não é mesmo?

Eu: Verdade.

Vovó: Bruna, vai no mercado comprar um açúcar pra mim.

Bruna: Vem comigo Ana!

Eu: Ta.

E fomos. Era um novo mercado e não era muito longe.

Quando chegamos, enquanto Bruna procurava o açúcar, eu fui dar uma olhada não mercado, que, até então, nunca havia ido.

Quando perto no armazém do mercado, vejo mais uma vez quem eu mesmo esperava: Cáio.

Ele carregava algumas caixas, e logo percebeu a minha presença, deu um sorriso e ia falar algo, mas, eu logo sai apressadamente.

De alguma forma eu estava zangada com ele. Eu o via como cúmplice. No fundo eu sabia que ele não tinha culpa de nada.

Logo Bruna aparece, fomos ao caixa pagamos, e saímos.

Eu não via a hora de chegar, precisava dos conselhos da minha avó.

ContinuaDesculpem a demora.

Quero avisar que a partir dos próximos capítulos, haverá mais ``ação´´.

Espero que tenham gostado.

Abraço à todos =)

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Comentários

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Farei o possível para regularizar, é que ultimamente andei muito ocupada. Obrigado pela leitura. E logo, logo voltarei a postar. =)

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é só não demorar a escrever. havia até esquecido que você escrevia esta história. tente dar uma regularidade aas postagens, ok?muito bom conto, eu estou esperando moça.

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