Amar contra o destino – Capítulo IX:

Um conto erótico de Gustavo
Categoria: Homossexual
Contém 1542 palavras
Data: 17/11/2012 21:23:08

Amar contra o destino – Capítulo IX:

Acordei com muita dor no corpo, em um quarto branco que já estava me apavorando. Estava meio tonto ainda e escutei a voz de uma mulher me chamando.

- Sr. Bernardo?

- Onde é que eu estou?

- Você está em um hospital, sofreu um acidente.

Quando ela disse isso, me veio à lembrança do atropelamento, o som da buzina e da freada não saía da minha cabeça. Fiquei agitado, tava com dor.

- Como você está se sentindo?

- Com dor. – Disse tentando me levantar.

- Ei. Calma aí garotão, não se levanta rápido assim, por sorte o impacto não foi tão forte, não houve fraturas, mas você está com luxação por todo corpo, é normal sentir dor, já está na hora de uma outra dose pra aliviar.

- Cadê minha vó?

- Vou chamar ela para você, o médico também já vem falar com você.

Realmente sentia dor por todo corpo, as pernas, os braços, não tinha forças para levantá-los. Logo chegou minha avó e o Augusto, quando os vi fiquei muito feliz, pois eram minha família.

- Oi meu filho como é que você está se sentindo?

- Com dor vó.

- Ei maninho, você quase mata agente do coração, não faz mais isso. – Disse ele me abraçando.

- Aiii, TA DOENDO PORRA. – Que dor desgraçada.

- Desculpa Bê, desculpa – Disse o Augusto todo preocupado.

- Tá tudo bem maninho, só vai com calma na força aí haha.

- Meu filho você precisa repousar o médico disse, mas tem um garoto querendo falar com você.

- O Rick vó?

- Não filho, é um Guilherme.

Quando ela disse me lembrei, por culpa dele estava ali nessa cama, todo dolorido.

- Não quero falar com ele vó.

- Mas Bernardo, ele está desesperado lá fora, ele disse que se algo de ruim acontece-se com você, ele iria fazer uma besteira.

Na hora que minha vó disse isso, me lembrei que sua mãe havia morrido, e o quanto deveria estar se culpando por meu atropelamento.

- Tá certo vó, chama ele aqui, eu gostaria de conversar a sós com ele.

- Só antes Bê, você perguntou do Rick, eu liguei pra ele agora pouco ele já esta vindo ta? – Disse o Augusto.

- Valeu maninho.

Eles saíram e não demorou muito o Guilherme entrou no quarto, percebi seus olhos inchados de tanto chorar com certeza, quando me viu, ficou paralisado na porta.

- Vem cá Guilherme.

Ele se aproximou de mim, e ficou me olhando, parece que queria falar alguma coisa mas não conseguia. Ele pegou minha mão e acariciou, eu logo tirei, e fiz uma cara de: “Vai logo, fala”. Ele entendeu o recado e começou a falar:

- Desculpa Bernardo, não sabia que você perdeu seus pais, fui ignorante com você quando disse que não fazia idéia do que eu estava sentindo. Não era pra você me seguir, não era pra você estar aqui nessa cama, nesse hospital. – Seus olhos encheram de água.

- Eu te entendo, minha primeira atitude quando perdi meus pais foi se revoltar, com todos e com tudo, e se eu te segui, se eu fui atrás de você, é justamente porque eu sabia a dor que você estava sentindo.

- Todos esses anos eu nunca conheci uma pessoa tão maravilhosa como você Bernardo, quem arrisca própria vida pra salvar a dos outros?

- Eu não planejei trocar de lugar com você não, era sim você que deveria estar aqui, mas sabe por que eu te empurrei? Eu não agüentaria a culpa de ter apenas olhado e não ter feito nada.

Ele começou a chorar, e o choro desse muleque mexia comigo. Ele veio lentamente pra me dar um abraço, no exato momento em que o Ricardo entra no quarto.

- Muito bonito, você quase morre por causa desse idiota e ta ai abraçando ele.

A expressão do Ricardo era de espanto, de raiva, ele me olhava de um jeito como se eu fosse um criminoso ou algo assim.

- Calma Ricardo, não fala assim também, você não faz mínima idéia do que ele ta passando.

- Ele está certo Bernardo, por minha culpa você está aqui, vou indo, tenho que ir no vê...lório da minha mãe. – Quando disse isso, ele engasgou, e aquela afeição de raiva do Ricardo, havia virado uma afeição de culpa, de remorso. Eu apenas olhei para o Ricardo, bastou pra ele entender o recado.

- Cara me desculpa eu não sabia.

- Tranqüilo vey, xau Bernardo, e mais uma vez desculpa meu amigo.

Ele saiu do quarto, e eu fiquei desapontado com o Ricardo.

- Rick, todo mundo tem problemas, você tem, eu tenho o Guilherme tem, poxa não foi legal a tua atitude amor.

- Eu sei, eu estou arrependido Bê.

- Depois você vai procurar ele ta?

- Tá bom, e você como está se sentindo, fiquei desesperado quando seu irmão me ligou.

- Ta doendo corpo inteiro.

- Mas não quebrou nada não né?

- Não, a enfermeira disse que não.

- Que bom meu amor. – Disse ele me dando um beijo.

Bem na hora a porta abre, e por sorte era meu irmão. Como o Rick não sabia que o Augusto sabia da historia, ficou todo sem graça.

- Relaxa aí cunhadinho, pode beijar seu namorado eu deixo. – Disse o Augusto rindo do constrangimento do Ricardo

- Fica calmo amor, ele sabe do nosso namoro.

- Poxa Bernardo, porque você não me disse antes que tinha contado para seu irmão.

- Hahahaha – Meu irmão não se agüentava de rir mais.

- Desculpa Rick, hahaha – também já não me agüentava com a cara que ele fez, mas a dor bateu, e acabou a graça.

- Viu para de rir, palhaço. – Disse o Ricardo brigando comigo.

O médico entrou no quarto e pediu para que todos saíssem. Ele começou a fazer um interrogatório de como eu estava me sentindo. Aplicou uma injeção, e mais uma dose de soro pra dor. Pelo menos me deu uma notícia boa, assim que acabassem as medicações eu teria alta.

No outro dia: (Alta do Hospital):

Sai do Hospital um pouco melhor, ainda sentia dores por todo o corpo, mas só de sair daquele hospital já era um alívio. Voltei para casa, acompanhado dos meus seguranças particulares Ricardo e Augusto. E repouso, repouso e mais repouso, recomendação médica por pelo menos uma semana.

Duas semanas depois: (Volta às aulas):

Essas duas semanas de repouso quase que absoluto, em confinamento em meu próprio quarto, foi longa, luz do dia? Só pela claridade que entrava pela janela. O revezamento entre Ricardo e Augusto, que não me deixavam fazer nada praticamente, chegava me irritar. Meu namoro com Ricardo continuava naquela mesma, apenas Augusto sabia, ele aparecia todos os dias para me ver, mas nosso relacionamento não passavam de beijos e carícias. Acordei cedo, feliz e disposto a sair dessa “prisão” e voltar às aulas e principalmente voltar a minha rotina. Minha vó, pra que eu não fosse a pé, chamou um taxi para levar eu e o Augusto para o colégio. Chegamos o Augusto se despediu de mim e foi encontrar a turma dele, entrando no pátio avistei o Guilherme, quando ele me viu se levantou e saiu em direção a sala dele, achei estranho a reação que ele teve, decidi ir para minha sala também, entrando já vieram alguns me perguntando como eu estava. Avistei o Ricardo, como sempre, com cabeça largada na mesa, dormindo, cheguei já cutucando, ele se assustou.

- Porra Bernardo, ta doido?

- Nossa desculpa am...igo – Por pouco não falo amor.

- Tudo bem, e aí como você está?

- Eu até que estou bem, mas podia ta melhor. – Disse mordendo os lábios.

- Imagino. – Disse Ricardo caindo nesse joguinho de sedução.

Resolvi parar, me sentei e virei pra frente. Logo o professor chegou, e foram duas aulas sem nenhum acontecido. No intervalo eu e Ricardo ficamos por último na sala, estava com saudade daqueles lábios. Fechei a porta e voltei pra beijá-lo.

- Você não tem vontade de transar numa sala de aula Bê?

- Pra quem nunca, nem num quarto se quer tinha transado, uma sala de aula me parece ser pra frente demais viu. Haha

Voltamos nos beijar, ele me prensou contra a mesa, fazendo cair as minhas coisas no chão, um beijo selvagem. Até que decidi que parar, alias estávamos em uma sala de aula e alguém poderia ver.

- O que ta acontecendo aqui?

Tarde demais, alguém viuTO BE CONTINUED.

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Ta ai mais uma parte minha gente, quero agradecer pelos comentários de todos vocês, em especial a tres escritores da CDC.

# GRIMM: Minha querida, muito obrigado por todo apoio que me dá, você é uma grande amiga. Obrigado por todos os conselhos, todos os incentivos. Você é muito especial, muito orbigado mesmo. Um beijão pra você.

# CrisBR: Fiquei feliz de mais por ver que volto a escrever aqui, você é minha inspiração aqui, depois que li seus contos, decidi postar o meu, e continuar a escrever fictícios. Obrigado pelas dicas, pelo incentivo, valeu mesmo e seja bem vindo de novo, acompanharei seu conto novamente pode ter certeza. Abraço.

# Realginário: Valeu meu amigo pelo seu comentário, e fiquei muito feliz em saber que esta acompanhando esse meu conto também. Eu também acompanho o seu, e adoro o jeito com que escreve, é uma inspiração pra mim, valeu mesmo cara. Abraço

E a todos os leitores e outros escritores que comentam meu muito obrigado .

Beijos e abraços a todos até o próximo capitulo.

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Comentários

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Consegui um tempo, para comentar, obrigado Guhhh mesmo, você fez o meu dia, espero ter a oportunidade de conversar com você, adoro seu conto, ele é maravilhoso, sua nota é 10!

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guh eu que agradeço a oportunidade de ter conhecido uma pessoa tão legal quanto vc, saiba que sempre pode contar comigo adoro vc e o ale, vcs formam um casal maravilhoso. e quanto ao seu conto como sempre está d+. bjs

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