Um ritual

Um conto erótico de Dira
Categoria: Heterossexual
Contém 548 palavras
Data: 09/11/2012 11:47:30

Sou uma mulher e como tal me concentro intensamente quando me preparo para receber o meu amado. E ao terminar, me examino no espelho, imaginando se o efeito será àquele o ideal desejado a ele, nunca esquecendo que ele me espera e eu o fiz me esperar.

Escolho a lingerie com a mesma paixão com que ele vai me despir. Escolho o vermelho bordô, vestindo a primeira peça, uma tanga strings, suave para os lábios dele. Meus seios, redondos e de mamilos eretos, com bicos provenientes de aréolas marrom-avermelhados escuros, são rapidamente cobertos por uma renda vaporosa, também em vermelho bordô, lembrando que seu corpo forte vai me dominar, invadindo todas as minhas emoções.

Coloco um pé na beira da cama ainda arrumada e coberta com uma colcha de um brocado dourado, examino minhas unhas rubras brilhando num pé delicado e que irá se perdendo nas costas dele, meus pés fincados nas suas nádegas quando sinto sendo penetrada na minha alma. E calço minhas meias rendadas escuras, subindo pela pele acetinada das minhas longas pernas, cobrindo-as de negro.

Cada gesto na vestimenta foi estudado no mais ínfimo detalhe, resultado de hábitos femininos enraizados em caminhos que nasceram e desenvolvidos para torturar o homem, o macho, aquele ser que pensa estar seduzindo, mas, na realidade, é o seduzido.

Olhando meu corpo apenas com o lingerie, sentia-me pronta, aguardando uma cobertura que logo, logo, seria arrancada, e vesti uma saia preta de seda, justa, caindo até o meio do joelho, uma peça falsamente discreta pela exposição carnal graças a uma abertura lateral profunda. Novamente observo o inverso pelo espelho e, satisfeita, deslizo o acetinado da blusa rubra e provocadora que se cola aos meios seios, revelando o suave dos mamilos e seus biquinhos já excitados pelo desejo que me domina a cada gesto. Calço os sapatos, negros e brilhantes, de um salto fino e altíssimo.

Feito um retoque dos meus lábios, examinando se as cores estavam corretas diante do meu rosto e meus olhos, coloco os brincos de ouro branco, o colar e meus anéis, tudo oferecido gentilmente pelo meu amado e entregue para estar junto com o meu corpo.

Enquanto isto eu imagino o nervoso dos seus passos masculinos enquanto ele me aguarda, sentado num sofá, cruzando e descruzando suas pernas, bebericando um uísque “on-the-rocks” que desce pela sua língua, invade sua boca e desliza pela sua garganta, imaginando a totalidade da luxuria da sua amante, da sua fêmea, que certamente estará envergando o tom rubro, próprio para os apaixonados, veemente para os nossos sentidos.

Sorri e terminando o ritual feminino, pronta para ele, sai do quarto e fui para a sala, recordando as muitas noites em que preenchemos nossos prazeres com nossas volúpias, sempre procurando deter as maquinas do tempo enquanto somos apenas amantes.

Ele ouviu o som dos meus passos e virou, sabendo que eu estava com um sorriso sedutor, sabendo que eu estava consciente de ser desejada, uma perfeita amante dele. Ela sabia que eu era sua fêmea, sua paixão, aquela mulher que dominava todos os seus sentidos.

Somos os amantes, e o ritual da sedução repetia-se a cada momento nas nossas vidas, e nos beijamos, deram as mãos e saíram no rubro ritual da nossa paixão se concretiza a cada momento em que ficávamos juntos.

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Comentários

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otima escrita parabens e uma boa leitura mais nao me excitou...bj

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