Amar ou Te Matar... Eis a Questão! - 3

Um conto erótico de Bernardo Della Voglio
Categoria: Homossexual
Contém 1764 palavras
Data: 17/10/2012 19:18:15

Lembram de quando eu falei que quando se trabalha nesse tipo serviços, tem certas dificuldades? Pois bem, quando aparecem saqueadores as coisas podem tomar diferentes rumos: Se você perde, perde também seus bens e com sorte, MUITA sorte sai com vida. Se você ganha sai ileso. A primeira coisa que eu fiz foi atacar... Primeiro um, depois o outro... Quando deu os três, notei que estava faltando um. Olho para trás e vejo-o com a adaga na garganta de Louis... Tive de respirar fundo para manter a calma.

-- Abaixe a espada senhor... Se não vou molhar o chão com o sangue desse fedelho – ele segurou bem os braços do garoto.

-- Deixe ele ir... Eu vou abaixar... Pode levar o que quiser. – disse largando o florete.

-- Ótimo. Agora ponha os meus companheiros na carruagem. Agora. – ele disse com rancor.

Coloquei os caras mais um por um na carruagem, amaldiçoando o pirralho com todos os xingamentos possíveis. Depois o ladrão começou a dizer.

-- Excelente. – ele empurrou o garoto que caiu e saiu correndo, ficando atrás de mim. O outro subiu na carroceria, partindo a toda velocidade.

Depois de três minutos notei que estávamos no meio do nada. Sozinhos. Sem ninguém ao redor... Pelas marcas da estrada, a outra carruagem partiu em direção oposta a nossa nos deixando sozinhos.

-- Por que você não cuidou daquele sujeito?! – ele disse atordoado.

-- Por que simplesmente ele estava com uma lamina no seu pescoço... Se eu fizesse alguma coisa que ele não quisesse sua nobre cabecinha iria estar na estrada!!! – gritei.

-- Nossa!!! Não me diga!!! Pelo o que eu me lembro você foi pago para me proteger... Olhe agora onde estamos! NO MEIO DO NADA! A NOITE! – ele gritou.

-- Sabe que agora até que não seria má ideia ele ter cortado a sua garganta! Assim falaria menos!!! – gritei de volta.

E do nada ele começou a chorar. Tipo chorar de verdade... Como uma criança.

-- QUE ÓDIO... O QUE EU FIZ PARA MERECER ISSO?! NO MEIO DO NADA... COM ESSE PARVO IMBECIL! – ele berrava.

-- Ah... É... Mi perdoni. – fiquei com remorso.

-- E agora? – ele olhou para os lados, mais calmo.

-- Vamos andar até acharmos algum lugar... – peguei o florete e coloquei na bainha.

-- Como é que é? Monsieur perdeu o juízo de vez? Enlouqueceu? – ele arregalou os olhos.

-- Claro... Ou quer ficar aqui sozinho.

-- Está bem. Mas escute aqui, quando chegar a Florença juro que farei uma carta de reclamação aos seus superiores... – Ele disse caminhando com birra.

-- Tanto faz.

E começamos a caminhar... As horas se passavam e ele continuava a tagarelar sem parar, falando besteiras em francês.

-- Com todo o respeito monsieur... Sabe para onde estamos caminhando? – ele perguntou.

-- Sim... Acho que sim... É só olhar o cruzeiro do sul e... – disse apontando para o céu.

-- UM MOMENTO! SABE QUE ESTÁ ME LEVANDO AO CAMINHO CERTO POR QUE... ACHA... QUE SABE?! – ele disse irônico.

-- Sim, escuta, confia em mim... Eu já tenho experiência...

-- Confiar em você? Ah faça-me o favor... – ele se sentou em uma pedra, suspirando fundo.

-- O que está fazendo? – perguntei cruzando os braços.

-- Esperando uma carruagem vir me buscar... – ele riu sarcástico.

-- Nem pensar. Nós vamos continuar andando.

-- Há Há Há. Não saio daqui... Nunca! – ele virou o rosto para o lado.

-- Você me obriga a fazer isto pirralho.

Peguei ele carregando pelos ombros, com ele se debatendo todo.

-- SOCORRO!!! ALGUÉM ME AJUDE!!! ME LARGA!!! ME SOLTA !!! – ele gritava.

-- Grite a vontade!!! Ninguém vai te ouvir mesmo! –ri ciente da nossa solidão.

Um pouco mais tarde.

-- Eu ordeno que me solte! – ele falou petulante.

-- Você não para nem um minuto? FICA QUIETO!!! – disse sem paciência.

Uns minutos se passaram e comecei a sentir que ele estava fazendo... Carinho em minhas costas. Passando os dedos de leve... Ainda estava escuro e resolvi solta-lo. Vasculhei em minha mochila de couro, até encontrar uma lona... Peguei o braço dele e o arrastei pela a floresta até encontrar uma clareira. Amarrei a lona em quatro arvores formando uma espécie de tenda, e estendi abaixo dela uma manta. Ele continuava parado sem entender nada.

-- Pronto. Temos aonde dormir. – falei cansado.

E supreendentemente ele deitou lá, sem se queixar... Acho que estava muito cansado. Deitei ao lado mais distante o possível de onde ele estava deitado. Deixei os olhos abertos, e comecei a escutar ele gemendo.

-- Signore está bem? – perguntei me aproximando.

-- Estou com tanto frio... – ele falou... Ele estava muito pálido... E os dedos tremendo.

-- Fica bem quieto. – falei, vendo a loucura que ia fazer. Deitei atrás dele e o abracei.

-- O que está fazendo?! – ele disse assustado.

-- Eu não sei... Mas ou é isso, ou congelar de frio... A escolha é toda sua.

Ele ficou parado, e respirando fundo... Ele dormiu, e involuntariamente aproximou ainda mais o corpo dele no meu... E eu abracei ainda mais forte, como em um impulso... Em minha cabeça havia um duelo estranho... Por um lado eu gostava do toque, o cheiro que saia do cabelo e pescoço... Por outro eu tinha repulsa por que ele apesar da pouca idade também era homem assim como eu, e o pior, era noivo da mulher que eu amava o que fazia me lembrar de mata-lo.

O dia foi surgindo, e a cena era o mais estranha o possível... A minha mão estava nos quadris e cocha dele pressionando contra o meu pau, e como todo mundo sabe, de manhã temos sempre aquela ereção matinal. Pulei longe dele, que por incrível que pareça dormia profundamente bem. Passei as mãos no rosto e fui procurar alguma coisa para comermos... Depois de encontrar algumas frutas eu fui acorda-lo.

-- Louis...- balancei ele de leve – Louis!!!

E de repente ele me deu um soco certeiro em meu nariz me fazendo ter um espasmo de dor.

-- Pardon, eu não sabia que... Ahh é você? Então foi bem feito! – ele virou o rosto para o lado.

-- Merda, acho que quebrou o meu nariz – disse passando a mão nele. – Pega. – dei a maça na mão dele.

-- Merci. – ele deu uma dentada.

Depois de um tempo ele falou.

-- Machucado?

-- Passou... Um pouco... Seu soco é muito forte para um... – disse cortando a frase.

-- Para um o quê? Vai, pode falar! – ele colocou as mãos na cintura.

-- Para um pirralho arrogante. – sorri.

-- Bem... Acho que eu preciso encontrar um rio, ou lago... Preciso tomar um banho.

-- Tem um ali atrás daquelas arvores. – apontei a direção.

Ele sorriu e começou a tirar a roupa lá mesmo... Primeiro o gibão... Depois o colete por baixo... As botas... Ficando apenas com o corpete e as calças...

-- Desamarra para mim? – ele sorriu.

-- Ah bem eu... Sei lidar com essas coisas... – inventei uma desculpa para me manter distante.

-- É simples... É só desatar os laços...

Fiquei atrás dele e comecei a desatar... Um por um... Deixando-o só de camisa de linho branco. Engoli o seco.

-- Merci. – ele saiu de lá e desapareceu entre as arvores. Peguei a roupa dele caída na grama e cheirei... Ele tinha um cheiro único... E... Era... Tão bom quanto o de Cecília... Ou até melhor... Larguei aquilo de mão.

E fiquei lá parado, me perguntando se... Não... É errado isso... Mas... Que se dane tudo.

Corri disparado entre as arvores e cheguei no rio... Escondi entre as arvores... Vendo-o nadar. Era aquele momento em que você sabe que é errado... E faz... E o pior que gosta.

Ele saiu de lá, com o cabelo loiro escuro gotejando de agua... Bochechas vermelhas... Calça grudada nas coxas... Camisa de linha molhada semitransparente... Eu estou enlouquecendo.

Corri de volta para o acampamento fingindo que nada aconteceu.

-- A agua estava fria, mas estava excelente! Tens alguma toalha ai para me secar? – ele disse com os olhos verdes cintilantes.

-- Sim... – entreguei a ele. E ele ficou completamente nu em minha frente... Sem nada... Com o traseiro empinado... E estranhamente atrativo... E as pernas lisas e fluidas como se fossem de mármore polido.

Depois ele só ficou de toalha esperando as roupas secarem. Para me distrair tirei as adagas e o arco e flecha da mochila... Para conferir se estava tudo certo.

-- Eu fiquei pensando... Acho que seria de bastante proveito eu saber lidar com armas... Assim não ficaríamos mais a mercê de saqueadores... O achas? – ele sorriu.

-- Hum... É perigoso. – disse carrancudo.

-- Mas, se analisares com cuidado... Vai ver que é bom... Por favor Lorenzo. – ele disse.

-- Desculpe... Do que me chamou? – eu olhei pra ele.

-- Lorenzo... Não é assim o teu nome?! Como és amigo... Acho que chega de formalidade, certo? – ele estendeu a mão.

-- Hum... Pode ser. – disse sem nenhum humor.

-- O que é isso... –ele segurou uma arma.

-- É um punhal... É muito eficiente para assassinatos a curta distancia... Quando o inimigo esta próximo o suficiente, acertamos isso nos pontos vitais.

-- E isto? – ele passou a mão em outro.

-- Adaga... É que nem um punhal só que mais perigoso... – disse mostrando as facetas da lamina.

E depois que ele se vestiu, começamos a treinar com as armas... Tentava ensinar todas as manhas e os macetes para uma boa investida contra o adversário. Depois fomos para o arco e flecha.

-- Não está errado!!! – disse.

-- Então como devo fazer? – ele disse impaciente errando o alvo.

-- Deixa eu te mostrar. – peguei o arco das mãos dele acertando, exatamente no ponto marcado.

-- Humm minha vez – ele disse. Pegou o arco da forma errada de novo.

-- Espere eu lhe mostro.

Passei os braços atrás dele e segurei as mãos dele...

-- Segure assim- disse entrelaçando os meus dedos no dele colocando no ponto certo.

-- Humrum.

-- Use o seu queixo como ponto de apoio. – disse tocando bem leve o queixo dele apoiando a minha cabeça no espaço entre o ombro e o pescoço dele. -- Assim... Muito bom...

--Certo.

-- Gire o pulso... – disse segurando o pulso macio, e girando de leve. – Dispare.

E ele soltou a flecha... Que acertou o alvo. Ele sorriu por um momento mas não nos mechemos... Ficamos estáticos... E por fim, nossas bocas se aproximaram aos poucos até que nossos lábios se tocaram. E o beijei... Segurando firme a cintura e o quadril dele puxando-o mais perto de mim... E ele segurou o meu pescoço mantendo as nossas bocas coladasE ae galerinha!!! Tudo blz? Ta ae um novo capitulo! Sejam felizes! Quero agradecer a todos os comentários e os números de leitura que recebi hehehehe. Bem, respondendo algumas duvidas eu e o fosforozinhos estamos muito bem... E o próximo capitulo vai ser no sábado. Leem, comentem e votem kkkkkkkk Abraçosssss

bernardodelavoglio123@hotmail.com

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Comentários

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Muito bom, espero ver seus comentários em meus contos "Monsieur"...[rsrsrs]

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Nossa quanta saliência, adorei kkkk 10

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ameeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeiiiiiiiiiiiiiiiiiii

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Cara, muito bom o teu conto, a forma como tu escreve é viciante. Ansioso por mais... que sábado chegue logo. Eu estou louco pra saber o que estes homens do século XVI vão fazer ao se darem conta que se beijaram?

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Cara, sendo sincera li inúmeros romances do século XIV ao XIX..mas muitos mesmo! E o seu conto está maravilhoso!

E ri pra caramba também!!

E só. sábado?! Gosta mesmo de nos deixar ansiosos!

e muito obrigada por ler o meu!!

Abraço! *-*

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Estarei aguardando a continuação porem espero que pense em reproduzir seus contos também em escala maior. me mande um e mail se estiver interessado.castelotemplario@hotmail.com

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Estou apreciando o conto de vocês ,é indescritível o prazer que eu sinto quando o leio.Será que agora vai rolar?

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