Livro Aberto 30 FIM

Um conto erótico de CrisBR
Categoria: Homossexual
Contém 1207 palavras
Data: 08/10/2012 17:56:43
Assuntos: Gay, Homossexual

Olá! Mais um fim aqui. É o quarto... E em cada um eu me sinto diferente. Dessa vez, me sinto triste, pois sei que agora sim vou demorar um pouco mais pra escrever outra história. Possivelmente, uma continuação para “Irmão Ogro” (será?). Mas me sinto tranquilo pois sei que nem sentirão minha falta com tantas histórias boas aqui. Espero que tenham gostado de mais essa jornada e que lembrei de mim na minha ausência, ao menos um pouco. Esse ficou um pouco maior e espero que gostem desse desfecho. Comentem bastante sobre esse final. Até logo e... boa leitura!

Pronto!

Meu dia estava acabado. Tudo que havia planejado ia por água abaixo.

Enquanto via aquele abraço, minha consciência só pensava na minha idiotice em achar que seriamos só nós dois de novo. Um cara como ele já tinha arrumado coisa melhor. E assim foi!

Fiquei esperando por mais um tempo até que Victor notou minha presença. Nesse momento, eu sei, agi como um garotinho acuado. Corri em direção ao meu carro com Victor vindo atrás. Quando ia abrir a porta do carro ele me surpreendeu:

- Você não tá achando que eu e o Marcelo...

- Eu já entendi Victor. Eu sabia disso, eu sabia.

Não conseguia chorar, mas estava muito triste. O tal do Marcelo olhava de longe e minha raiva aumentava muito mais. Entrei no carro, mas Victor ainda segurava a porta, não me deixando fechá-la.

- Agora que tá tudo certo você vai estragar de novo?

- Não era eu que tava agarrando outro cara. Victor, desde o início eu quis acreditar numa coisa que eu mesmo sabia que não ia acontecer.

- Você tá falando de nós dois? Cara, você é muito burro mesmo!Quer saber. Vai embora. Vai.

Ele gritou e foi em direção ao tal Marcelo. Eu fiz o que ele disse. Voltei pra casa, destruído.

Os dois que seguiram foram uma tortura. Eu só conseguia pensar nele e ele não me ligou, sequer um torpedo ele enviou. Cheguei a cogitar que talvez eu estivesse interpretando tudo errado, mas se ele não fazia questão de me procurar é porque ele tinha desistido de mim. E no fundo, eu mesmo pensava que ele estava certo.

Os dias foram caminhando e meu aniversário se aproximando. Como todo ano, imaginava uma festa surpresa feita pela minha mãe (sim, estava previsível). Me arrumei pra ir pra agência, sabendo que em minutos minha mãe já estaria no meu apartamento arrumando tudo. Ela chamaria alguns amigos meus que eu só vejo nessas datas e eu forçaria o sorriso a noite toda. Ia ser assim mesmo e eu me contentava em ter pelo menos alguém pra se lembrar do meu aniversário, ao menos que fosse minha mãe.

Almocei sozinho perto da agência ainda pensando em mais um ano de vida, mais um ano de burradas, mais um ano que eu não merecia. Mais um ano!

Voltei pra agência até que anunciaram uma visita pra mim. Imaginei ser alguém pra me dar parabéns, como todos anos e pedi que entrassem sem perguntar o nome. Essa ação deixou tudo mais emocionante:

- Daniel?

- Olá. Vim te desejar um feliz aniversário!

Imagino minha expressão de surpresa com sua presença ali. Não porque eu sentia algo ainda por ele, mas porque era a última pessoa que eu esperasse ver.

- Senta.

Ele se sentou na minha frente e eu pude ver o quanto ele estava diferente. Bem mais magro, sem todos aqueles músculos que vi crescer enquanto ele estava morando comigo. Sem aquela beleza que o deixava encantador. Agora com um ar de sofrimento que não o deixava tão belo, mas ainda sim interessante. Ele começou:

- Você deve estar curioso então vim dizer de uma vez. Eu sinto muita vergonha desde aquele dia cara. Eu só ficava remoendo aquela cena com você sofrendo sendo que o maior causador era eu. Mas a droga falava mais alto. Eu busquei um tratamento e encontrei novas motivações.

- Parou de usar?

- Totalmente, mas ainda sigo o tratamento. Estou livro, mas tenho medo de uma recaída.

- Faz bem!

- É. Eu te devia essas desculpas Carlos. Pra você pode não ser nada, mas pra mim é algo muito importante. Eu preciso recomeçar a minha vida.

- Eu acredito em você.

Seu tom era de sofrimento mesmo e eu sabia quando ele era sincero. E estava sendo sincero dessa vez. Me contou mais sobre seu tratamento até comentar:

- Então agora eu quero uma vida nova. Estou recomeçando. Voltei a estudar e to até de namoro.

- Ah é?

- Sim. Lembra do Sérgio? A gente tá junto. Tá bem legal.

Por meio dele fiquei sabendo que Henrique continuara internado. Pensei um pouco e decidi que seria bom ter uma companhia legal na noite do meu aniversário, provavelmente na festinha “surpresa”.

- Quer dar um pulo lá em casa hoje? Deve ter aquela festinha surpresa, sabe?

- Claro. Posso levar o Sérgio?

- Por favor.

Estava marcado. Terminei meu expediente e fui pro apartamento, já esperando a “surpresa”. Entrei e as luzes se acenderam, os gritos começaram e eu fazia o possível pra parecer feliz. Carlos e Sergio chegaram e conversamos um pouco. Estava achando tudo muito chato. Até Victor chegar!

Victor?

Eu estava no corredor, sozinho, bebendo e ele se aproximou com uma caixa nas mãos.

- Eu precisava te desejar os parabéns!

Nem sabia o que dizer. Estava anestesiado. Ao mesmo tempo que gostava da sua presença, me cortava o coração não poder tê-lo comigo.

- Obrigado.

Ele chegou bem mais perto:

- Mais que isso. Eu quero você de volta. E dessa vez sou eu que imploro. Abre.

Ele me entregou o presente e eu abri. No mesmo momento ele ia me puxando pro centro da sala. Involuntariamente fui seguindo ele e abrindo aquela caixa. Dentro, mais duas caixas. Na maior, um relógio lindo. O abracei como forma de agradecimento e senti um choque ao me aproximar do seu corpo. Que vontade.

- Abre a outra caixa.

Era uma caixa menor, linda, azul. Abri e me assustei. Me assustei mais ainda quando o vi ajoelhado, procurando meus olhos.

- Carlos, quer casar comigo?

Era uma aliança de ouro na caixinha e só nesse momento que eu reparei que ele já usava uma. Olhei e dentro estavam nossas iniciais e a data do primeiro encontro. É, o encontro na boate. Na minha primeira saída após o término com Daniel.

Todos olhavam esperando uma resposta e eu sem palavras, até que minha mãe disse ao meu ouvido:

- Não perde essa chance porque deve ser a última.

- SIM!

Pronto, estava respondido. Ele se levantou e me agarrou como nunca.

- Eu sou o cara mais feliz do mundo Carlos. Eu te amo.

Nos beijamos ouvindo os aplausos da turminha no meu apê. Disse ao seu ouvido:

- Você não tava com raiva de mim?

- Eu te amo demais pra isso.

Três meses depois e já estávamos morando juntos, na casa dele. Não nos casamos, mas fizemos um contrato que selou nossa união. Tudo que eu queria eu tinha ao lado dele e acho que vice-versa. Daniel se tornou meu amigo e Victor convivia bem com ele, inclusive agradecia por ser o responsável por eu ter o conhecido. Victor é o amor da minha vida e tudo que aconteceu foi responsável por solidificar esse amor.

Cada vez mais. Pra sempre...

FIM!

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Comentários

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Nossa conto perefeito, so falta agora eu ver irmao ogro, mas n para n as pessoas gostam d + dos seus contos!!!! vc é incrivel

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CARALHO! Vocês ficam tomando conta do ranking. Dá um tempo, junta esses contos num só CARALHO! Vão lá pro site gay CARALHO!!!

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Parabéns pela história. Ficou massa...vou sentir falta dos seus contos. Espero que volte logo, enquanto isso vou lendo algumas histórias daqui que são demais. Abraço!

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Adorei.. Foi mto bom acompanhar todo o conto. Não pare nesse por favor. Eu to rindo agora das vezes que quis bater no meu pc por causa das burradas do Carlos kkkkkkkk...

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oun nao faz isso não demora muitomas devo te parabenizar Nossa! todos os seus contos são perfeitos! você disse que isso é hobby mas se vc investir nisso vc se dar bemmsn: robsons159@hotmail.com

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Maravilhoso o desfecho!!!

Só sofro pq vou ficar sem te ler por um tempinho... Gosto tanto!!!

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Tu vai ter a cara de pau de me deixar sem os seus contos! Kkkkkkkkkkk

Tudo bem amigo, esperarei o próximo! Não demore e PARABÉNS!!!

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Muito bom! A serie inteira foi incrivel, caramba você tem muito talento cara. Parabéns mesmo! E espero sinceramente que volte a escrever!

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Outro Conto Incrivel ... Estou sem palavras ! Quero que volte logo,sentirei sua falta !!!

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