Sonhos secretos

Um conto erótico de Sonhos Secretos
Categoria: Homossexual
Contém 1250 palavras
Data: 20/10/2012 22:03:04

Sonhos secretos – 1º capitulo

Acho incrível o fato de um ser humano se apaixonar perdidamente por outro. Este é o meu primeiro conto e espero que agrade a todos. Não sou nenhum escritor, apesar de que durante um bom tempo venho me dedicando a leitura de vastos sites para pode compor minha escrita.

Este será um conto fictício que dependerá de aprovação, caso gostem tentarei postar diariamente os capítulos.

“Acredito que minha vida começou a despontar nos anos 2000, quando realmente aprendi o que era o significado de poder ser quem realmente sou. Nasci em meados dos anos 80, criado por uma família de classe média. Pai descendente de Português e mãe descendente de índios/negros, posso assim dizer que tenho uma cor negra, mas com cabelos lisos, sei que é difícil aceitar mas é a realidade. Morávamos no estado de São Paulo, e tínhamos uma boa casa, e por ser filho único fui mimado por meus pais, mesmo assim não perdi o gingado brasileiro e continuei sendo integro a certos ideais sociais.

Meu nome, não acho necessário revelar neste momento, pois devidos os fatos este despontará com o narrar. Cresci como uma criança normal joguei bola, pingue-pongue, peão, pique-esconde, corre-corre, e demais brincadeiras que nem perto se veem hoje em dia. E nestas brincadeiras comecei a ter noção que não gostava nenhum um pouco dos padrões impostos pela sociedade.

Quando completei 15 anos percebi qual era a minha predileção, gostava de homens e não aceitava, como muitos, o que acontecia comigo, me perguntava por qual motivo havia nascido daquele jeito, mas com o passar dos anos acabamos por aceitar tal desafio e tentar viver da melhor maneira possível. Claro que, como muitos, de inicio mesmo me aceitando como, não queria que as demais pessoas soubessem, por isto vivia perdido no meu mundo. Neste período me acabei nos livros, lia todo e qualquer tipo de literatura, desde a literatura infantil até as biografias de renomados artistas.

Ao completar a maioridade, com 20 anos prestei concurso para uma renomada faculdade de Direito, e qual não foi minha surpresa ao passar. Esta faculdade por sua vez ficava no centro da cidade de São Paulo assim sendo teria eu que me deslocar diariamente por meio de trens e metros até o meu mais novo local de estudo. De inicio não gostei da ideia, mas como nem sempre fazemos aquilo que gostamos, me aventurei.

Durante os primeiros meses de faculdade, me sentia como um louco no hospício. Nada entendia, mas buscava compreender. Neste meio tempo, nada de novo acontecia na minha vida, somente casa, faculdade, faculdade, casa, e como diz o poema de Drummond, “No meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho”, a minha apareceu no segundo semestre, com o novo professor de Direito Civil.

Parece que o destino sabe quando unir duas pessoas mesmo por caminhos diferentes. Como já de costume, a cada seis meses se trocava de professor e este era aclamado por ser o professor mais nome e mais respeitado por todos os alunos e também mais cobiçado pelas alunas. Mas como tudo nada era perfeito, sua arrogância e transparência na forma de falar deixavam todos os alunos com os pelos ouriçados de medo, mesmo sendo um dos melhores professores.

Rafaello era seu nome, não tão velho, por volta de 28 anos, mestrado na matéria que ensinava. Não posso dizer que era um Deus grego, pois não era. Moreno, alto, cabelos pretos, numa pela clara que muito contrastava com os olhos cor de um azul tão límpido quanto o mais belo lago azul. Seu porte físico se revelava em roupas que pareciam ter sido feitas somente para ele, da mesma forma que seus sapatos. Mas o que mais chamava atenção eram suas mãos, grandes e com unhas tão perfeitas como que acabadas de ser feitas na melhor manicure da cidade.

Ao voltarmos das férias de meio de ano soubemos quem seria nosso novo professor de Civil. Claro que como todos, ninguém gostou da ideia de ter um professor como ele, arrogante em sua forma mais pura. A semana foi a mais normal possível, ainda por cima por ter professores tão bons, mas a semana parecia durar uma eternidade, visto que nossa aula com ele somente seria na sexta-feira e todas as cinco aulas do período.

Como sempre, preferia chegar cedo às aulas, na verdade madrugava, eu era sempre o primeiro aluno a chegar. Mas naquela sexta foi diferente e tudo estava contra mim, como já disse, pegava trem e metro para chegar à faculdade, mas justo naquele dia, a greve começaria, tive que pegar ônibus e demorei cerca de meia hora a mais, em um trajeto de duas horas. Entrei na faculdade como um porco, todo suado, pois o ônibus a qual vinha, não passava tão perto assim e me deixou a cerca de quatro longas quadras da faculdade. Subi as escadas de forma eufórica, pois não podia perder de forma nenhuma aquela aula, ainda mais com um professor tão casca grossa.

Ao virar nos últimos degraus corri e fechei os olhos, e a pior coisa na minha vida aconteceu, trombei com alguém e tanto as minhas coisas como a da pessoa de repente caíram ao chão de forma simultânea e junto com ela, uma voz forte, alta e máscula, que me deu muito medo.

- Pelo amor de Deus, não olhas por onde andas? – falou, ao passo que cabeças apareceram nas portas mais próximas.

Ao subir os olhos para poder me justificar, me deparei com costas totalmente arqueadas e que dava medo somente o fato de se deparar com elas, e aquilo me causou arrepios, não sei dizer, mas parecia que estava com o ódio a flor da pele, e por mais que eu tentasse falar, as palavras não saiam da minha boca.

- Ééé... me... descul... – tentei de forma simples começar a falar.

Como estava de costas, apenas falou de forma involuntária:

- Desculpar? Você está de sacanagem com a minha cara? Você vem, derruba meu material de trabalho, quase que eu vou junto e você vem me pedir desculpas?

O rapaz virou-se e me encarou, de repente sua fisionomia mudou e de forma diferente, não sabia dizer o que era. Sua voz se tornou ao mesmo forte e este baixou o tom de voz, não parecendo ser a mesma pessoa que a pouco quase me xingou.

- Se levanta pega as suas coisas e vai para a sua sala – falou de forma educada e em tom de ordem.

Como me foi ordenado, peguei meus cadernos e fui para a sala, deixando todo o material dele no chão. Corri para a sala e nem olhei para trás para ver o que aconteceu.

Cheguei à sala e me sentei, e com os braços sobre a mesa e com a cabeça sobre os braços fiquei tentando de forma descontrolada me controlar. Não sabia mais o que pensar, deveria procurar por aquele cara depois da aula e tentar me justificar sobre o ocorrido, mas os pensamentos vinham e iam a correntes, que nem mesmo um carro de Fórmula 1 poderia acompanhar. Durante 10 minutos fiquei assim quieto, não queria mais saber de nada preferia sair dali como se o vento não tivesse me visto, porém altos burburinhos começaram a ser ouvidos por mim das meninas da sala, neste momento acordei do meu transe momentâneo e olhei para a porta e meu redobrou.

Pessoal, agradeceria imensamente se comentassem este conto e também a opinião de todos. Mesmo criticas pois são construtivas.

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Comentários

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Olá querido gostei muito ficou otimo e continue pois vou acompanhar hem! Bjss 10

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adoravelmente clichê, mas perfeitamente culto e comprensivel. muito bom, seria incapaz d desenvolver idem.

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Para uma primeira parte tá ótimo! Gosto de amores de faculdade, continua sim e posta todo dia também, 10.

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Gostei muito mesmo... Vc narra bem, a estoria é instigante, envolvente... Por mim vc continuaria, seu conto promete...

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Adorei. Expressões adequadamente colocadas. Vc escreve mt bem. Gostei muito. Seu estilo de linguagem e escrita me chamaram a atenção. Colocações nominal e verbal perfeitas. Gostei muito msm. Um escritor não. Ancioso pela continuidade.

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O homem que você derrubou é seu professor gato.

Está ótimo para um início você deve continuar sim e postar diariamente e se der colova e separa diálogos

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