Desejos- Parte 6

Um conto erótico de Duarte
Categoria: Heterossexual
Contém 2307 palavras
Data: 20/09/2012 06:33:51
Última revisão: 20/09/2012 06:34:54
Assuntos: Heterossexual

UMA NOVA PAIXÃO

Ainda meio tonto e sem muita noção de tudo a minha volta aos poucos fui retornando a realidade.

Em uma breve passada de olhos ao meu redor vi os rostos de Eve e Gaby com um certo ar de preocupação ao meu lado.

Mas um terceiro rosto, até então desconhecido, me chamou a atenção. Era o o rosto de uma mulher madura: cabelos extremamente lisos até a cintura de um tom negro profundo e um corpo de dar inveja a qualquer menina mais nova.

Assim que retornei a realidade sibilei umas palavras ainda meio embargadas, mas como nunca perdi o bom humor mesmo em situações como essas, logo fiz questão de quebrar o clima tenso que ali se fazia presente: “Nossa!! Qual o motivo da reunião? Até onde me lembro hoje não é meu aniversário.” Os rostos que eram de preocupação se tornaram um pouco mais leves, com um sorriso tímido se desenhando em cada um.

Gaby se aproximou de mim: “Como se sente meu amor?” disse ela ao lado de minha cama. “Me sinto meio tonto, o que aconteceu?” Perguntei a ela, mas quem me explicou a situação não foi ela e sim um senhor, um médico que também estava ao meu lado, notei sua presença apenas quando ele se aproximou com um prontuário em mãos: “Você foi atropelado rapaz e por sorte não sofreu nada de mais grave. O carro dessa moça vinha em baixa velocidade, foi apenas um susto e que sirva de lição para que da próxima vez tenha mais atenção ao andar pelas ruas” Falou ele aprontando para a desconhecida que estava mias afastada de nós, próxima a porta do quarto. E seguiu explicando: “Você não sofreu nada de mais sério aparentemente, apenas escoriações, já lhe fizemos alguns exames e está noite, por garantia, ficará em observação. Amanhã realizaremos mais alguns exames e se tudo correr conforme o esperado poderá ir para sua casa”

Naquele momento tudo parece ter voltado em minha mente, mas a ultima recordação que tinha era de um carro se aproximando de mim e o choque e nada mais.

“Agradeça o fato de você estar bem a ela que foi muito ágil em chamar o socorro e solícita em lhe prestar ajuda” Assim concluiu o médico.

“Era o minimo que poderia fazer depois de ter te atropelado, mas cuidado ao andar pelas ruas rapaz, você vinha muito distraído por sua sorte estava reduzindo quando você apareceu em minha frente” Assim disse a mulher que estava na porta já se aproximando de mim. “E você como se chama?” perguntei curioso em saber dela. “Me chamo Andréa, e você é o Léo não é mesmo ?” Sua voz era delicada e muito suave. Usava de extrema educação e cordialidade. Sua aparência indicava que era uma pessoa que frequentava a alta sociedade. “Bom... Você já sabe meu nome então não vou lhe chatear com apresentações. Quero lhe agradecer por ter me ajudado outro em seu lugar teria me deixado ali mesmo. Certo que tive minha parcela de culpa em tudo isso.” Assim respondi para Andréa, com um sorriso no rosto que foi retribuído por ela, Gaby ao ver uma aproximação exagerada entre eu e Andréa logo deu seu jeito de acabar com o clima de descontração entre nós. “Bom meu amor, o importante é que meu MARIDO está bem, e que amanhã poderei ter você comigo o dia todo” Assim disse ela deixando bem claro a Andréa sua condição de esposa. Mas Andréa pareceu não dar muita importância para a cena de Gaby. “Bom já estou além de minha hora, tenho que voltar pra casa, descansar, pois hoje foi um dia daqueles e amanha acordo cedo para o trabalho. Mas faço questão de acompanhar seu restabelecimento e cobrir qualquer despesa que por ventura possa ter. Aqui fica meu número, qualquer coisa basta me ligar” Assim se despediu ela me estendendo a mão para alcançar um cartão com seu número, que fiz questão de pegar o mais rápido possível antes que Gaby voasse nas mãos de Andréa e consumisse com o cartão. Andréa se despediu acenando para todos e apenas eu retribui, Gaby e Eve nem sequer se viraram-se para olhar ela sair pela porta.

Os rostos que antes eram de preocupação agora eram de insatisfação por Andréa.

Uma noite interminável dentro de um hospital estava apenas começando, não tinha sono algum, e logo após a saída de Andréa, Gaby e Eve também saíram: Eve para sua casa e Gaby foi tomar banho e comer algo para logo depois retornar para passar a noite comigo no hospital.

O meu acidente fez Gaby esquecer momentaneamente a noite passada e tudo que havia acontecido haveria de sumir da mente de Gaby por um tempo. Menos da mente de Eve e da minha mas no momento não queria pensar em nada, queria aproveitar a noite de paz que teria minha cabeça de todo os meus problemas nem que fosse em um hospital e nem que fosse por uma noite apenas.

Ao procurar meu celular que Gaby havia deixado ao lado de minha cama antes de sair, queria arrumar um jeito de passar o tempo até chegar o sono, dei de cara com uma mensagem “carinhosa” de Eve: “Pelo visto seu acidente vai sair melhor que a encomenda né?! A Gaby vai esquecer por um bom tempo da sua noitada de ontem e essa tal Andréa parece que adorou você e você não fez nem questão de disfarçar seu interesse. Bom... Gaby pode ter esquecido mas eu não!! Ainda nos falaremos amor!!

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Após uma noite nada agradável no hospital e uma manha de exames, a tarde estava em casa. Tudo saiu como esperado: meus exames não acusaram nada grave. Realmente foi apenas um susto, apenas algumas escoriações ficaram do acidente.

A chegada em casa foi tranquila, Gaby parecia ter esquecido minha noite fora, e eu não fiz a minima questão de lembrá-la.

Mas tinha algo que por mais que quisesse não poderia mudar: o fato de que seria pai.

E realmente não queria mudar. Apesar de não ter sido uma gravidez planejada, era um filho meu que Gaby traria ao mundo e já o amava.

Naquele dia resolvi não ir para o PC como de costume fazia quando estava em casa, resolvi ficar com Gaby, conversar, e resolver nossa vida já que a situação naqueles dias havia mudado muito de figura.

Meu sentimento por ela não havia mudado em nada apesar de tudo, então nossa tarde foi normal, apenas passamos juntos conversando assuntos rotineiros.

Eve também estava lá então o clima se manteve tenso para mim, meu medo de que ela deixasse algo escapar para a irmã não deixava desgrudar um segundo sequer da volta delas.

As duas planejaram um jantar para comemorar o fato de eu estar bem e de volta em casa depois do susto do acidente.

As irmãs haviam se entendido nos últimos dias, com certeza, era algo que Eve havia planejado para me causar medo, sabia muito bem como aquela mente sórdida agia. E a reaproximação das duas deixaria o planinho de Eve bem mais fácil.

O jantar e o dia havia transcorrido normalmente, Eve foi embora logo depois de passar algum tempo conversando com Gaby, o alivio de vê-la sair pela porta tomou conta de mim no mesmo instante que ela pisou na saída de minha casa.

O dia havia sido maçante, meu corpo pedia por uma ducha quente e uma cama macia e como não haveria de ficar no PC aquela noite, iria aproveitar para conversar com Gaby e resolver de vez o rumo que tomaria minha vida.

Ao voltar do banho Gaby já estava deitada mas ainda acordada lendo, algo que ela adorava.

Sentei-me ao seu lado na cama, mas ela não deixou eu nem começar a falar, largou o livro ao lado na cama e começou o assunto antes de mim: “Léo, sei o que você vai me falar, e não quero ficar remoendo uma história que não me faz nada bem e nem quero explicações de você. Quero atitudes e mudanças. Estou disposta a por uma pedra em tudo que você me fez e começar uma nova vida ao seu lado, por mim, por você e por esse filho que estou carregando.” Sabia que ela não tinha certeza do que fiz mas burra ela não era com certeza, estava na cara o aconteceu comigo aquela noite, mas não começaria a explicar nada já que Gaby não queria explicações, era preferível deixá-la na desconfiança do que dar uma desculpa nada convincente e acabar dando a certeza que faltava para ela.

“Está certo Gabryelle, então será como você quer, a partir de hoje tudo será diferente para nós dois. Quero dar o melhor pra você e meu filho. Vou largar minhas aulas de música, vou procurar um emprego descente para que tenham, você e meu filho, a vida que merecem.

Mas não posso mentir, não espere de mim mais do que lhe dou. Nossa vida desde de que nos conhecemos mudou muito. E você está ciente de que nada mais é como era antes e nesse ponto nada irá mudar. Então não crie expectativas de um amor que não posso lhe dar mais.”

Ao ouvir minha resposta Gaby consentiu apenas acenando com a cabeça, forçando um sorriso, com as lágrimas escorrendo em seu rosto. Me puxou para perto dela e ainda chorando me deu um beijo, deligou o abajur no seu lado da cama e me abraçou. Mas como havia dito não poderia lhe dar o amor que ela queria. Virei para meu lado na cama deitei no travesseiro. Senti apenas Gaby me abraçando pela cintura à minhas costas. Sabia que ela ainda estava chorando, à conhecia muito bem , apesar de minhas palavras Gaby esperava que aquela noite tudo seria diferente mas não conseguia agir de outra forma a não ser da mesma que sempre agia todas as noites: deitando do seu lado para dormir somente como amigos.

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O despertador do celular me acordou apenas na manha seguinte, havia apagado no momento que deitei minha cabeça para dormir tamanho era meu cansaço.

Levantei, fui tomar um banho quente para começar bem o dia e me dirigi até a cozinha. Gaby já estava em pé e com o café posto à mesa.

Com um sorriso lindo no rosto me desejou bom dia e perguntou como havia passado a noite, disse havia dormido bem, estranhando a felicidade de Gaby, mas não perguntei nada sobre a conversa da noite anterior. Depois de um café da manha delicioso (na cozinha Gaby se superava, ela realmente cozinhava muito bem) liguei para meus alunos avisando que não os daria mais aulas por motivos pessoais e que todos seriam encaminhados para um outro professor de música amigo meu para que assim concluíssem seus estudos sem que ninguém fosse prejudicado. E como prometido sai para procurar um emprego com uma pasta debaixo do braço abarrotada de currículos.

Passei aquela manhã toda distribuindo currículos.

Ao chegar a hora de almoço não fui para casa, resolvi comer algo na rua para não perder tempo.

Entrei em um restaurante em frente uma empresa que largaria meu currículo depois do horário da refeição.

Quando acabei o almoço fiquei mais um tempo por lá tomando um café e esperando os funcionários da empresa terminarem seu horário de almoço para que pudesse largar meu currículo.

Tratava-se de uma empresa muito importante na cidade e conseguir um trabalho com eles seria uma grande oportunidade de mudança de vida para qualquer um. E iria trabalhar no meu ramo de atuação e em que era realmente formado: o ramo da publicidade.

Quando todos estavam retornando ao trabalho pedi minha conta ao garçom e ao puxar minha carteira vi cair sobre a mesa o cartão que Andréa havia me deixado no hospital.

Ao sair do restaurante, olhando para o cartão senti uma vontade imensa em ligar para aquela mulher tão linda, mas guardei o cartão no bolso rapidamente. Meu objetivo seria mudar de vida e isso que iria fazer. Assim retornei á tarefa de entregar meus currículos.

Entrei na recepção Cucatto Publicidade (nome da empresa de publicidade mais importante da cidade) ainda com o pensamento em Andréa.

No caminho até a recepção ao longe avistei uma mulher com as características de Andréa : cabelos lisos e negros até a cintura e muito bem vestida. Apresei o passo para alcançá-la mas a mulher foi mais rápida seguiu para o elevador sem que eu pudesse fazer nada.

Tirei de lado a hipótese de Andréa ter entrado no elevador da Cucatto Publicidade com os executivos da empresa, apesar de parecer uma mulher muito elegante , nunca que uma executiva da Cucatto seria tão humilde para me acompanhar pessoalmente ao hospital e me oferecer ajuda como Andréa fez. Meu pensamento era tão fixo naquela mulher que haveria me causado alucinações.

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Ao chegar em casa depois de um dia muito cansativo, andando toda a cidade em busca de emprego, dei de cara com Eve de novo com Gaby. Desta vez não fiz questão nenhuma de permanecer na sala com as duas, fui para o quarto mas antes de conseguir sair da presença das duas meu celular estava tocando, olhei para o visor e vi um número desconhecido. Atendi esperançoso que fosse alguma empresa que teria visto meu currículo mas me surpreendi com a voz que ouvi: “Amanha você vai almoçar comigo”

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A todos os leitores peço desculpas a demora para postar a continuação, por motivos pessoais estava sem tempo para escrever. Mas agora estou de volta.

A partir de hoje tentarei postar as continuações mais rápido possível.

O conto de hoje vai em especial para: jordane, Théo e Nah delicia.

Agradeço a todos por estarem acompanhando e pelos comentários. Espero que estejam gostando.

Continuem comentando sua opiniões são sempre muito importantes.

Beijos a todos e até a próxima.

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Comentários

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Você tem talento. Não eh como a maioria aqui que só escreve putaria. Dez.

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Cara seu protagonista é um verdadeiro sultão. Quem sera a próxima odalisca? kkkkk

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