Desejos- Parte 5

Um conto erótico de Duarte
Categoria: Heterossexual
Contém 2194 palavras
Data: 03/09/2012 16:48:44
Assuntos: Heterossexual

UM NOVO RUMO – CONTINUAÇÂO

Ao ver o teste de gravidez que Gaby havia me alcançado cai para trás sentado na cama ouvindo ao fundo sua voz irritada tecendo explicações e esbravejando.

“Estou grávida de dois meses Léo, mas não queria lhe falar, queria que fosse uma surpresa. Lhe diria apenas quando tivesse certeza com o teste em mãos.

Ontem à tarde fui pegar o resultado e quando chegasse em casa lhe diria.

Mas quando cheguei não lhe encontrei. Liguei um milhão de vezes para você e para minha irmã. Seu celular estava desligado seu cachorro.

Mas nem precisa gastar seu latim para me dizer onde estava, com certeza estava com uma vagabunda qualquer da internet não é mesmo?”

Quando ouvi as palavras de Gaby senti um misto de confusão e medo: confusão por não ter assimilado a ideia da gravidez e medo por achar que à aquelas alturas Eve jã teria entregado todo o serviço.

Tentei indagar para ver se arrancava algo e para minha surpresa Eve não havia dito nada: “Você conseguiu falar com sua irmã?”. Perguntei com receio de que iria ouvir. “Sim falei com ela ontem mesmo, e hoje um pouco antes de você chegar. Contei da gravidez e perguntei se ela havia tido noticias de você mas ela me disse que não tinha te visto que também tentou te ligar e não conseguiu”. Espantado com o que tinha acabado de ouvir me despreocupei com o fato de Eve ter me entregado mas agora tinha que dissolver a ideia da gravidez.

Uma gravidez em meio a tudo que havia acontecido e que ainda estava acontecendo significava um novo rumo em minha vida. Gaby estava carregando um filho meu na barriga e as coisas tinham que se ajeitar, minha vida teria que tomar novos caminhos.

Me peguei pensando na possibilidade dela ter engravidado propositalmente para evitar uma separação que visivelmente se encaminhava mas naquela situação não tive coragem de contestar nada. Mal conseguia abrir a boca para falar, tamanho era o choque em que me encontrava, apenas perguntei como Gaby estava e como havia passado a noite, mas com certeza a resposta era óbvia:”Como estou Léo? Como você acha que devo estar heim? Depois de você ter feito eu passar a noite toda acordada por sua causa? Não sei que rumo você quer dar nas nossas vidas, mas pelo menos menos pense nessa criança que é seu filho. Agora não perca seu tempo tentando inventar uma historia qualquer para me enrolar, você já me fez merda demais. Alias nossa vida já anda uma merda mesmo. Vou para casa de minha mãe descansar, conversar com ela sobre tudo isso, lhe contar que será avó e graças a você a noticia não será dada como imaginava. E você se vire sozinho com sua consciência, isso se você pelo menos tem alguma consciência do que está fazendo com nossa vida. E não esqueça que agora não é só nós dois e sim três. Quando chegar TALVEZ vou querer ouvir o que você tem a dizer sobre está noite, então você tem um dia todo para inventar uma boa desculpa Léo.” Apenas ouvi em silêncio cada palavra de Gaby observando ela pegar sua bolsa e sair porta a fora para casa de sua mãe. Cai para trás com cama olhando para o nada tentando entender todo o acontecido, ali fiquei durante uma meia hora assim, pensando como estava conduzindo minha vida.

Joguei minha mão até onde estava meu celular, e como esperava: incontáveis ligações. Na sua grande maioria de Gaby e algumas de Eve. E para o meu espanto uma ligação me chamou a atenção

Alessandra também havia me ligado minutos antes.

Com tamanha confusão não recordei que havia lhe passado meu número.

Apenas joguei meu celular para o lado na cama sem dar muita importância a sua ligação.

Naquele dia não havia mais animo para nada. Liguei para meus alunos de musica, inventei uma desculpa qualquer e desmarquei todas as aulas que tinha aquele dia.

Depois de dispensar tudo que tinha naquele dia deitei-me novamente, mais uma vez me via olhando para o vazio e pensando em que rumo tomar.

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“Léo, Léo, acorda!!” Despertei assustado com Eve me sacudindo. “Eve... Que horas são??

“Tarde para uma pessoa estar arressem acordando” Respondeu ela sorrindo de uma forma sarcástica.

Olhei para o relógio no criado mudo ao lado de minha cama já passava das três da tarde, havia dormido sem perceber.

“Pelo visto a noite foi boa heim ?! Essa menina, como é o nome dela mesmo? Alessandra? Não parou de te ligar o dia todo.” Falou Eve sentada aos pés da cama olhando para meu celular. Quase arranquei o celular de sua mão: “Já não está satisfeita com showzinho de ontem ??” Indaguei com pouca paciência. “A Gaby está lá na mãe. A coitadinha está inconsolável. Isso que ela só desconfia da sua noitada, imagina se ela fica sabendo da história toda, já imaginou?? E por falar nisso: Parabéns papai!! Você sabia que eu sempre quis um sobrinho?” Um sorriso safado se estampou no rosto de Eve.

Meu sangue subiu na mesma hora vendo tamanho veneno sendo destilado. Mas me contive afinal estava nas mãos dela um passo em falso e tudo iria, com certeza, cair nos ouvidos de Gaby. Mas mantive uma pose de quem estava pouco ligando, joguei um “verde” para pescar a reação de Eve: “E porque você não conta tudo de uma vez ao invés de ficar me lembrando da merda que fiz? Acaba com isso de uma vez Eve, afinal, seu dever é abrir os olhos de sua irmã do marido cachorro que ela tem. Não é isso que você falou ontem ? Que sou um cachorro?” Eve não deu sinal de fraqueza e me colocou contra a parede: “Tem certeza que é isso mesmo que você quer? Que eu conte tudo pra Gaby? Agora que ela está esperando um filho seu? Com certeza se ela ficar sabendo você nunca mais vai vê-la, nem ela e nem seu filho. Se bem que eu acho que você está pouco se importando com fato de não vê-la mais não é mesmo? Seria até melhor pra você assim você poderia seguir sua vida, fazer as farras que você fazia em sua época de solteiro.” Fiquei em silêncio por uns instantes pensando no que Eve havia me falado. O silêncio foi quebrado pelos passos de Eve indo até a sua bolsa: “Bom acho mesmo que você não se importaria com isso mesmo e meu sobrinho será muito bem criado por nós, melhor do que por você com certeza.” Para quem você está ligando?” Perguntei assustado. “Oras, para minha irmã. Não é isso que você quer, que eu conte tudo pra ela e acabe com

essa situação?” No mesmo instante que Eve terminou de falar e levou o celular ao ouvido, saltei em cima dela lhe tirando o celular da mão o mais rápido que pude. “Você não tem pena de sua irmã? Ela está gravida e abalada depois dessa história toda, imagina como ela ficaria se soubesse de tudo? Pelo menos agora não seria uma boa hora não acha?” Tentei convencê-la apelando para um lado sentimental, mas aos poucos descobri que não existia um lado sentimental em Eve. Apenas um lado frio e calculista que ainda não conhecia, apesar de ter tido uma prova na noite do primeiro encontro.

“Eu pena de minha irmã ?? Eu estaria ainda fazendo um favor para Gaby abrindo os olhos dela do sem vergonha que você é. Mas, e você? Teve pena dela quando você estava na cama com aquela menina ontem??” As palavras de Eve me cortaram como uma espada afiada.

Diante dos fatos não existe contestação.

“Ok, achei que nunca mais repetiria isso pra você, mas chega de jogos. De graça com certeza você não veio aqui e muito menos pra me lembrar do que fiz ontem e se você quisesse contar algo a sua irmã já teria contado. Como tudo tem um preço, me diga o seu. O que você quer com tudo isso ??”

Falei decidido a acabar de vez com aquela situação.

“Aiii Léo, não fala assim que você me deixa exitada. Me faz lembrar da noite do encontro. Você adorou me comer. Dava pra ver em seus olhos desde de que você me viu pela primeira vez que era á mim que queria. Você se segurou para não me agarrar assim que me abraçou na chegada ao encontro.” Realmente o que Eve tinha dito era verdade, fiz força para não pular em cima dela assim que à vi no dia do encontro.

“Onde você quer chegar com tudo isso Eve??” Perguntei mais uma vez para ela.

“Você realmente não entendeu ainda Léo?” Falou Eve se aproximando de mim com um ar de malicia no rosto.

“Meu preço para ficar quieta é ter você na minha cama novamente. Quero que minha irmã sinta como é o gosto da derrota pelo menos uma vez na vida” Após ouvir sua condição meu espanto foi nítido.

“Você está louca? Em um instante quer ajudar sua irmã abrindo os olhos dela e no outro quer fazer isso com ela, você realmente não presta, como não vi isso antes?”

Minhas palavras pareceram não afetar Eve que continuou: “Minha irmã sempre foi a primeira em tudo. Ela que é a filha verdadeira de meus pais, eu sou apenas a menina do orfanato. Ela sempre teve tudo que queria, inclusive os meninos que eu queria ela também teve. Por isso sempre me contentei em dividir com ela o que era meu. Agora é a minha vez de ter o que eu quero. Você era pra ser meu e não dela.” A cada palavra de Eve meu espanto só fazia aumentar.

“Você é louca menina, quer acabar de vez com a vida de sua irmã?” Indaguei espantado.

Sua resposta foi a mais fria possível : “Não, muito pelo contrario: quero protegê-la da verdade ficando quieta” Um sorrisos irônico tomou conta do rosto de Eve naquele momento. “Ahh, não se faça de santo Léo, diz que não quer deitar comigo de novo ? Que não sente um pingo de tesão por mim? Fala que nesse momento você não está duro ai dentro das calças comigo assim tão próxima de você?” Falou ela encostando-se em mim, sua mão desceu até o meio de minhas pernas, para constatar algo que de fato era verdade: Eve era uma delicia, não pude segurar o tesão com ela esfregando-se em mim. “Viu ? Eu disse que você sente tesão em mim ainda. Não adianta negar Léo” A cara de safada em Eve ao me responder era de enlouquecer. Mas contive minha vontade afinal Gaby podia voltar a qualquer momento e nos flagrar o que iria piorar e muito a situação toda.

Empurrei Eve delicadamente explicando a situação: “Ok Eve, você terá o que quer, mas não aqui e nem agora. Afinal Gaby pode chegar a qualquer momento e isso não seria bom”

“Tudo bem Léo, entendo. Dessa vez passa, mas não vou esperar muito tempo não. Voltarei a te procurar, faça assim: deixe seu celular ligado, vou querer te ver em breve” Disse Eve.

Nada mais foi dito, Eve apenas me acenou e saiu, Com um sorriso imenso de satisfação no rosto.

Fiquei alguns instantes sentado na cama pensando naquela visita inesperada. Não podia negar o tesão que ainda sentia por Eve, mas nada mais que tesão. Afinal, um ser humano não se mede só por beleza. A sua atitude me fez sentir uma certa repulsa.

Após os momentos de reflexão, levantei-me da cama, me dirigi até a sala, peguei um pedaço de papel e escrevi um bilhete para Gaby: “Quando chegar em casa me ligue, precisamos conversar”.

Fui até a cozinha, e fixei o bilhete na geladeira.

Precisava dar uma volta pela cidade, pôr a cabeça no lugar. Assim o fiz. Sai andando pelas ruas caminhando sem rumo com o pensamento longe.

Quando de repente, distraído não vi a aproximação de um carro, não tive tempo de mais nada, a não ser de fechar os olhos e fazer um movimento natural de defesa jogando os braços para frente.

Fui arremessado a um metro com o choque e no chão fiquei atordoado com a pancada. Totalmente tonto e sem noção de nada em volta, ouvi longe uma pessoa se aproximar, preocupada perguntar: “Meu Deus!! Você está bem rapaz? Alguém chame uma ambulância rápido!!”

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E, do forno, quentinho e saindo fumaça, eis que posto a parte 5 da série Desejos rs

Esse vai em especial para a Nah delicia que, em seu ultimo conto, Eterno amores, (Leiam lá pessoal recomendo. Hora do merchan kkk), me fez um decdic´s, e em consequência do seu conto quase infartei kkkkk. E se não postar rápido sofrerei um atentado, não é mesmo amor?? kkk

Bom pessoal espero que estejam gostando da série, comentem, opiniões, quais forem, serão sempre levadas em consideração.

Não deixem de curtir também meu blog, ele está em fase de montagem, mas já postei alguns textos para quem gosta de uma boa leitura.

http://luisduarteficaadica.blogspot.com.br/

Bom, por hoje, aqui me despeço, abraço a todos!! E até o 6º episódio, em breve!!

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Comentários

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Gostei, o cara ta mais enrolado que bobina, estou aguardando a continuação.

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