Tudo o que preciso é amor (1X01- Começo)

Um conto erótico de Eduardo
Categoria: Homossexual
Contém 2484 palavras
Data: 17/08/2012 04:44:01

Olá a todos os amigos da casa dos contos.

Já faz algum tempo que venho lendo alguns contos aqui da casa, confesso que muitos deles me ajudaram a superar meus próprios medos. Pode parecer meio clichê o titulo do conto, mas durante o conto vocês vão entender o motivo desta escolha. Sou novo nisso de compartilhar a minha história, então espero que vocês curtam e comentem o que vocês acharem e já vou avisando que apesar da maioria dos contos da casa serem eróticos, o meu conto trata mais das minhas descobertas e dos problemas que enfrentei para me tornar uma pessoa melhor, só para deixar claro que não se tratará apenas de sexo. Bem, vamos às apresentações:

Meu nome é Eduardo tenho 20 anos, 1,70 de altura e uns 65 kg. Tenho cabelo e olhos pretos e o corpo bem branquinho de não pegar sol. Eu sempre fui magro, mas agora fiquei um pouco mais definido pela academia que venho frequentando a uns três meses. Nasci numa cidade no interior do rio grande do sul chamada Dom Pedrito e morei lá até terminar o ensino médio, depois com a ajuda dos meus pais e da minha irmã me mudei para Porto Alegre. Mas para começar eu pretendo contar um pouco da minha infância.

Eu sempre fui um menino fechado, falava pouco e tinha dificuldade de fazer e manter amizades com exceção do meu primo Ruan e da minha irmã Elisandra, que eram as pessoas com quem eu mais me abria. Mas eu não era assim por escolha, acredito que sempre fez parte da minha personalidade. Com o tempo meus pais se preocupavam com isso, me levavam em médicos para saber se eu tinha algum problema.

Minha mãe dizia – Por quê ele é assim? Eu e o pai dele sempre fomos tão comunicativos e ele fechado assim. Qual é o problema dele doutora?

E a doutora Deise – Ele não tem nenhum problema. Evelise e Ricardo o filho de vocês é um menino muito saudável. Esse é o jeito dele, com o tempo vocês vão se acostumar.

Mas não adiantava minha mãe não entendia. Acho que pelo fato dela e do meu pai serem pessoas tão agitadas. Meu pai é advogado, trabalha num escritório de advocacia junto com um amigo dele da época da faculdade, ele sempre trabalho muito para dar o melhor para mim e para minha família. Ele sempre teve medo de como minha sexualidade ia se desenvolver. Eu nunca fiz nada que justificasse a suspeita dele, mas eu acho que era pelo próprio modo que eu agia como um menino envergonhado e fechado. Mas eu nunca duvidei do amor que ele tinha por mim, assim como também nunca duvidei do amor que a minha mãe tinha por mim. Porém, não me abria com eles sobre isso e sim com minha irmã que sempre foi um porto seguro na minha vida. Minha mãe nunca trabalhou, era ela que mandava e desmandava em casa. O meu melhor amigo sempre foi o Ruan ele é uns meses mais velho que eu. Os meus tios e ele moravam a poucos metros da minha casa, nós conversávamos muito e foi com ele que eu pude começar a me abrir e arrumar novos amigos que eram quase os mesmos que os dele. Nós brincávamos muito, eu adorava jogar futebol, correr, fazer coisas que crianças fazem. Sem ele provavelmente minha infância seria muito difícil. Com o tempo meus pais já estavam mais tranquilos quanto a minha calma para tudo. Meus pais resolveram me matricular na primeira com 5 anos, para o meu azar eu e o Ruan ficamos em turmas separadas. Pela primeira vez eu teria que me virar sem a ajuda do meu primo, eu me lembro como se fosse ontem. No primeiro dia a mãe foi levar eu e o Ruan, ele estava muito ansioso e eu deixava transparecer meu nervosismo.

–Não fica assim primo, vai ser muito legal nós vamos conhecer um monte de gente legal. Se acontecer qualquer coisa com você, eu vou estar ali perto da sua sala é só você me chamar que eu vou.- dizia Ruan.

Quando cheguei eu fui direto para a sala, não me lembro muito o aconteceu neste dia, só me lembro de ter ficado sentado na mesa da professora durante a aula. Na saída minha avó Ivone foi buscar eu e o Ruan e ele já pediu para ir à casa de um menino que ele tinha feito amizade. Lembro-me de ter ficado com inveja do Ruan, como ele pode fazer amizade tão rápido. Durante o ano eu me soltei mais, mas um menino implicou comigo e eu acabei pedindo para a minha mãe me mudar de escola no meio do ano. Na nova escola acabei entrando num grupinho de amigos que me recebeu super bem. Durante os anos seguintes, eu tinha meus amigos no colégio, fazíamos os trabalhos juntos, ia na casa deles e eles na minha e de tarde brincava até anoitecer com os meninos e meninas da minha rua incluindo o Ruan. Teve uma fase, que o meu pai me obrigava a ter um relacionamento com alguma menina, ele ficava muito irritado. Ele brigava muito comigo, discutíamos, até que minha mãe e minha irmã se metiam e eu ia para o meu quarto chorar. Ele e minha mãe começaram a frequentar uma igreja e me obrigaram a ir com eles, minha irmã sempre deixou bem claro que não queria ir, mas para mim eles não deram opção. Eu estava muito irritado na primeira vez que fui. Entrei indignado, o meu pai notou a minha cara.

–Desfaça essa cara guri! Ou eu vou chegar em casa e vou te dar uma surra.- era só o que ele dizia.

Não prestei muita atenção no culto, mas notei que um menino ficava me olhando. Na saída meu pai ficava falando com o amigo dele que tinha nos convidado para ir à igreja e minha mãe foi na feirinha da igreja que tinha depois do culto para ver o que as irmãs andavam vendendo e eu como sempre fiquei de lado.

–Primeiro eles me trazem num lugar que eu não quero ir, tenho que aguentar toda essa encheção de saco e agora tão nem ai para mim, que tipo de pais são esses?- Estava pensando auto, quando o menino vem por traz de mim e diz

– Ei! Falando sozinho?- levei um susto, respondi meio que gaguejando

– Não, não, é que meus pais me deixaram sozinho e eu já estou louco para ir pra casa.

–Hum. É a primeira vez que você vem aqui na igreja?

– Sim, um amigo do meu pai o convidou e eu vim no embalo.

No pouco tempo que falei com ele descobri que o nome dele era Marcos e que ele tinha sido criado na igreja, ele me disse que eu ia acabar me acostumando e que no final eu não iria me arrepender de ir com meus pais na igreja. Confesso que não levei muita fé no que ele disse.

–Eu acho que não vou me acostumar de jeito nenhum, não entendo uma palavra do que esse pastor diz.

– Vamos fazer o seguinte, na sexta tem um culto para os jovens. Pede para seu pai te trazer, que você vai gostar. - Ele terminava de falar quando ouço o meu pai gritando.

– Vou indo, até sexta.

– Até!

Cheguei em casa e fui me deitar que no outro dia tinha aula de manhã. Nessa época eu já estava na sétima série com 11 anos e os trabalhos da escola já me consumiam muito tempo, mas o engraçado foi que eu não conseguia tirar o Marcos da cabeça. Ele era tão bonito, tinha cabelo preto e olhos verdes e era um pouco mais forte do que eu, mas o que mais me preocupava era o fato de estar gostando dele. Sempre lutei contra a minha homossexualidade, tinha medo de como meu pai reagiria ao fato de eu ser gay. Acordei às 7 horas, me arrumei rápido e sai em direção à escola que não era muito longe de casa. No caminho encontrei Diogo, que era um dos amigos que consegui conquistar com o tempo.

– Oi Duda, como foi o teu final de semana?

–Foi bom cara, e o seu?

–O meu foi muito bom, sabe a minha prima da capital que ia passar um tempo lá me casa?

–Sei o que tem ela?

–Pois é cara, ela chegou ontem e é muito gata.

Enquanto ele ia me contando sobre a tentativa de conquistar a prima da capital, nós já íamos entrando pelo portão da escola. As três primeiras aulas passaram rápido, acho que pelo fato de eu ser meio nerd e adorar ciências e matemática. No intervalo conversei mais um pouco com o Diogo sobre a prima dele, era só o que ele pensava, e depois puxei a Bianca para um canto, para contar o que tinha acontecido durante o final de semana. A Bianca foi uma das primeiras pessoas que conversei, quando entrei nessa escola, ela era uma grande amiga e eu gostava de contar as coisas que aconteciam comigo para ela. A Bianca era bem baixinha e loirinha, mas muito bonita. Ela namorava na época com o Rodrigo e eram os três incluindo o Diogo, os meus melhores amigos da escola.

–Não acredito! - Dizia ela espantada, quando contei sobre o Marcos para ela.

–Eu falei só uma vez com ele, e agora não consigo tirar o rosto dele da minha cabeça, será que eu estou gostando dele?

–Bem isso só quem pode dizer é você, mas vai na sexta e tenta, quando vê ele gosta de você também.

No decorrer da manhã fiquei pensando no que ela havia me dito. Na saída me despedi deles e fui almoçar na casa da minha avó. Fui direto para o vídeo game e fiquei jogando com o Ruan um bom tempo, isso é uma coisa que agente fazia muito depois da aula. Depois fomos almoçar, Ruan devoro a comida em segundos e voltou para o game e eu fiquei na cozinha mais um pouco. Perguntei para a minha avó se ela me amava e ela disse que sim, então eu perguntei se ela me amaria de qualquer forma mesmo se eu fosse diferente ela não entendeu a pergunta, mas eu insisti por uma resposta. Ela veio até mim, seguro o meu rosto e disse que independente do que estivesse para acontecer ela sempre me amaria e que não era para eu duvidar disso. Voltei para casa, encontrei minha mãe lavando a louça, dei um beijo nela e fui para o quarto da minha irmã. Contei para ela o que tinha acontecido que agora eu tinha certeza da minha homossexualidade. Ela me disse que não ia ser fácil, ainda mais pelo papai, mas que ia dar todo o apoio que eu precisasse. Eu resolvi que não ia contar para mais ninguém, porque eu dependia dos meus pais para me sustentarem e não podia correr o risco de ficar desamparado naquele momento.

O resto da semana foi meio monótono, pedi para o meu pai para ir à igreja na sexta que um amigo havia me convidado, ele ficou muito feliz pela minha iniciativa. Quando chegou a sexta ele me deixou na porta da igreja e pediu que quando terminasse que eu ligasse para ele ir me buscar, concordei e fui em direção a entrada. Entrei pela porta principal, ainda não conseguia ver o Marcos quando uma menina veio até mim e me convidou a sentar para acompanhar o culto que já ia começar. Enquanto o culto não começava peguei meu celular para jogar um joguinho para passar o tempo, o Marcos chegou e veio sentar no meu lado com aquele sorriso lindo.

– Oi que bom que você veio Eduardo, vamos sentar mais ali para frente?

Concordei, e fomos para perto de outros jovens que estavam por ali, ele me apresentou a alguns. Eles eram bem simpáticos, me trataram super bem. Durante o culto conversávamos um pouco baixinho, ele me mostrava à letra das músicas que todos cantavam juntos e depois me explicava algumas coisas que eu não entendia na bíblia. Depois do final do culto, agente ficou conversando um pouco na frente da igreja e ele me convidou para ir numa pizzaria com ele e com alguns jovens da igreja e que depois eles me deixavam em casa, eu falei que teria que avisar meu pai. Liguei para o celular do meu pai, a minha mãe atendeu e eu pedi para ela. Ela disse que não tinha problema, já que era com os jovens da igreja e disse que era para eu ter cuidado e não voltar tarde para casa. Desliguei o telefone e fomos para a pizzaria, chegamos e me sentei no lado dele. Ele me perguntava muitas coisas, tipo de músicas, filmes e jogos que eu gostava... Eu fui sincero disse que escutava rock. Curtia todo tipo de filme e de jogos, na época eu tinha um Nintendo e jogava muito. Ele me olhava como se cada coisa que saia da minha boca fosse muito importante, prestava atenção e queria saber tudo sobre mim.

– Agora é a sua vez de me falar sobre você. – falei enquanto ele me olhava atento.

-Não tem muito que você já não saiba. Ah! Tem uma coisa que você não sabe, eu toco teclado e violão em um grupo da igreja.

-Sério? Que massa.

Falou-me mais sobre os pais dele e sobre a vida que ele levava fora da igreja. Conversa vai, conversa vem ele me pergunta o que eu achei dele. Nesse momento certamente eu fiquei vermelho, mas me controlei e disse que tinha gostado muito dele, que era realmente muito bom conversar com ele. Ele disse o mesmo e me perguntou o que eu achava de ir posar na casa dele no outro dia, que ele queria me apresentar os pais dele e eu já poderia o ouvir tocar.

- Vou sim, mas antes eu tenho que perguntar para os meus pais.

- Se eles não deixarem, vou ter que me obrigar a ir te sequestrar.

Rimos bastante e depois ele e um garoto chamado Luciano me levaram até em casa, nos despedimos e fui entrando em casa. Meu pai tava lendo a bíblia no sofá (achei engraçado, parece que ele esta entrando no espírito), cumprimentei ele e fui para o meu quarto dormir. Demorou uns 20 minutos e minha irmã entro querendo saber como foi, eu disse que tinha sido muito bom e que ele havia me tratado super bem, enfim eu estava realmente gostando dele.

É isso ai galera, espero que vocês gostem desse primeiro capitulo. Escrevi ele no Word, então não tenho ideia se ele vai ficar grande ou não quando eu postar, mas se ficar bom vai servir de base para os próximos.

Criticas e sugestões são bem vindas. E-mail : dudu.eduardorosa@hotmail.com

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Comentários

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Cara realmente maquinifiko Eu viajei cm se eu estivesse la a passei uma dessa tbm era da tau iurd mais sai porq me descobri kkk nota mil

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Esta otimo vc escreve super bem,eu nao consegui identificar nenhum erro, alem do mais vc me fez ver a cena como se eu estivesse lah. Parabens

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hum.. eu gostei bastante viu. o tamanho tbm estah otiimo. nem muito grande nem mto pequeno. a única coisa q estranhei foi a gramatica.. mas isso a gente ignora neh kkkkkkkkk

bjuus

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Olha, você realmente foi a fundo quando disse que ia voltar um pouco na infância rsrsrs. Mas como vc disse também, foi preciso para exclarecer algumas coisas. Eu particularmente gostei. De primeira instãncia parece uma história que pode render. Parabéns por ter coragem de compartilhar sua história, e obrigado também por compartilhá-la conosco.

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cara, não tem como dar uma outra nota que não seja 10! Sensacional. Tá de parabéns

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Está de bom tamanho. Parabéns pelo conto e pela escrita.

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