Love is the only game that is not called on account of darkness. (5)

Um conto erótico de Caio Rodrigues
Categoria: Homossexual
Contém 5648 palavras
Data: 11/07/2012 21:44:31

QUE BOM QUE GOSTARAM, ESSA PARTE(5), PARA MIM FOI A MELHOR! MAS QUERO SABER A OPINIÃO DE VOCÊS!

Love is the only game that is not called on account of darkness.

PARTE 05 - VOLTANDO PARA SAM

Sam ajeitou a mochila no seu ombro e colocou as mãos nos bolsos e começou sua caminhada para casa. Ele estava voltando mais tarde que o normal já que teve que supervisionar uma atividade extra. Ele gostava de estar com as crianças ensinando algo que gostava como xadrez. Enquanto andava seus pensamentos se voltaram para sua vida nova. Ele a amava. Ele não sentia a mínima falta de caçar e amava seu novo emprego, o de professor. As crianças os faziam se sentir bem e ele estudava bastante à noite para conseguir seu Certificado de Professor.

Sam estava feliz, mas preocupado com Dean. Ele sabia que seu irmão estava se sentindo miserável e tendo dificuldades com sua cegueira. Uma barreira negra parecia estar em volta do seu irmão o isolando do mundo e das pessoas que o amavam e Sam estava apavorado de perder o irmão. Ele o amava tanto que doía às vezes e saber que Dean estava se sentindo miserável o deixava triste. Sam não conseguia evitar pensar que de alguma forma ele estava falhando com seu irmão. Toda a sua vida, Dean tomou conta dele e o fez se sentir seguro. Dean perseguiu todos os seus pesadelos tanto quando criança quanto quando adulto, bateu em cada criança que o ridicularizasse, o carregou nos ombros e beijou seus machucados. E Sam queria que essa fosse sua vez de tomar conta de Dean e devolver pelo menos uma parte daquilo tudo que Dean já tinha dado a ele por toda sua vida – um porto seguro.

Sam suspirou, tirando a cegueira de Dean, outros machucados invisíveis gradualmente sumiram, mas os internos ainda o tormentávam. Os danos em seu cérebro que causavam as convulsões, as dores de cabeça e a gagueira. Dean continuava na sua batalha diária. Sam estava agradecido que o médico que Jim tinha arranjado tinha organizado todas as medicações do irmão e apesar de nunca ter admitido, Sam suspeitava que Dean gostasse do novo médico, que nunca o tratou como inválido, deu um bom conselho e era paciente com Dean, mesmo quando seu irmão era hostil. Sam sabia que Dean estava apavorado com as convulsões e odiava perder o controle, mas a nova medicação parecia estar funcionando e Dean não tinha crises há um mês.

Dean tinha se fechado, afastando tanto ele quanto Pastor Jim. Ele foi ficando cada vez mais quieto com o tempo e sua energia e entusiasmo parecia que tinham o abandonado. Aquele Dean idiota estava escondido e de vez em quando aparecia, mas geralmente ele estava com raiva e gritando com Sam por qualquer motivo. Sam sentia falta daquele humor sarcástico e importuno e ele queria seu irmão cabeça dura de volta, e não o de agora, o raivoso e miserável irmão. Dean estava lentamente afundando em depressão e Sam sabia que Dean estava desesperadamente infeliz e frustrado com a sua incapacidade até com coisas simples. Sam estava perdendo Dean e isso o apavorava, o fazendo se sentir só e desolado.

Eles nunca falaram sobre o ataque ou a batalha final com o demônio. Sam não sabia o que tinha acontecido, mas conseguiu algumas respostas do pai. Depois de muitos gritos e gritos, mas finalmente seu pai contou as partes que ele não sabia, mas ainda assim, Sam sabia que seu pai estava escondendo detalhes importantes. Foi Bobby quem finalmente contou tudo. Dean tinha sido espancado até fica inconsciente, depois de tentar salvar o pai, porque John tinha insistido em ir atrás dele antes que os outros caçadores chegassem. Seu pai tinha continuado a batalha, ignorando os gritos do filho. Bobby e Joshua finalmente conseguiram chegar e tiraram Dean de lá. Então com mais dez caçadores eles conseguiram derrotar o demônio e todos os seus seguidores. Sam escutou a tudo horrorizado, sua culpa quase o sufocou. Ele teve que correr até o banheiro mais próximo pra colocar tudo para fora.

Dean não tinha nenhuma lembrança da abordagem ou dos outros acontecimentos e Sam estava aliviado com isso, mas a maioria das noites seu irmão acordava de pesadelos horríveis gritando em pânico e tremendo incontrolavelmente. Sam se sentia inútil nessas horas e ele ficou se perguntando se era daquele jeito que Dean devia se sentir quando ele estava tendo os pesadelos. Ele amava seu irmão e tudo que ele podia fazer era abraçá-lo e sussurrar palavras de conforto até que ele dormisse, vencido pelo cansaço. Depois de uma semana de pesadelos, Sam não agüentava mais ver Dean naquele estado então conseguiu persuadi-lo a ir para o seu quarto e dormir abraçado à ele. Depois daquela noite, eles continuaram a dividir a cama. Não sexualmente. Eles nunca tocaram no assunto e Sam decidiu que seria Dean que faria a primeira abordagem. Mas todas as noites Dean aparecia na porta, pronto para dormir, inseguro. Sam sempre dizia para ele entrar e o confortava na cama e Dean, na cama, agia como uma criança sendo confortada. Eles sempre se sentiam bem com essa intimidade e Sam não queria perder isso.

Sam tirou Dean de seus pensamentos por um tempo, pensando no que fazer para o jantar e tentando lembrar o que tinha no freezer. Ele respirou fundo pensando em que humor Dean estaria quando chegasse em casa, já que eram imprevisíveis. Sam pôs a mão na maçaneta e sentiu cheiro de comida sendo feita.

Ele abriu a porta cuidadosamente e foi entrando, ligou a luz e colocou a mochila no chão. “Dean?” ele chamou. Realmente ele não estava enganado, era cheiro de comida sendo feita e ficou pensando se Jim teria se oferecido para fazer o jantar.

Dean apareceu apressado. “Sammy!” ele disse sorrindo e andando pelo lugar confiante sem bater em nenhum móvel ou objeto em seu caminho e como sempre deixando Sam impressionado. “Eu esqueci de acender a luz de novo né?” Dean perguntou fazendo cara.

“Pensei que estavamos economizando na luz.” Sam brincou não querendo que Dean perdesse aquele bom humor que estava. O rosto de Dean virou um sorriso e ajudou Sam com o casaco e o cachecol, pendurando atrás da porta. Dean estava sinceramente feliz e sua aparência energética parecia ter voltado.

“Espero que esteja com fome, fiz o jantar!” Ele disse avidamente.

“Você cozinhou?” Sam não pôde esconder a surpresa em sua voz. “Quem é você e o que fez com meu irmão?”

“Eu sei cozinhar!” Dean fez cara ao perceber o tom de voz do irmão. Ele sabia que tinha que consertar muitas coisas. Ele devia muito à Sam e esperava que não fosse tarde demais. “Talvez até melhor que você, mesmo com esses olhos inúteis.”

“Eu sei.” Sam disse suavemente. Dean sempre cozinhou melhor que ele. Dean era criativo na cozinha, sempre usando um pouco disso ou daquilo, nunca sonhou em usar um livro de culinária. Por conta disso, Sam nunca se preocupou em passar fome quando era criança. “Mas como?”

“Eu sabia que você... a quem já chamei várias vezes de Sr. Previsível... teria deixado tudo pronto.” Dean riu. “Levou quase a tarde inteira porque... bem… Eu não podia ver o que estava fazendo,” ele deu de ombros. “E queimei minha mão umas duas vezes, mas no fim, eu consegui.” Ele levantou os dedos para Sam. “Mas olha, dez dedos! Então você não tem que se preocupar em achar um dedo no jantar.” Dean disse sorrindo.

“Obrigado!” Sam disse rindo. “O que cozinhou?” Ele perguntou curioso.

“Cozido. Queimei a carne… Essa foi a tentative número um.” Dean falou fazendo careta. “Então eu meio que joguei tudo que você tinha por aqui lá dentro, coloquei algumas ervas e outras coisas.” O irmão disse dando de ombros. “Deve tá bom...”

“O cheiro tá ótimo!” Sam disse entusiasmado.

“Então... senta aí! Não vai demorar.” Dean falou acenando para a mesa que estava posta, pratos, talheres, copos. O café estava borbulhando na cozinha. Sam decidiu não dizer nada ao irmão, mas a toalha da mesa estava do lado contrario. Dean andou pela cozinha numa vivacidade que há tempos Sam não via e até que a cozinha estava bem organizada. Normalmente quando Dean cozinhava, a cozinha parecia uma zona e Sam achou que mantê-la arrumada ajudaria Dean a achar as coisas com mais facilidade.

Ele sentou na cadeira com uma expressão confusa. O velho Dean parecia estar de volta e ele não conseguia conter o sorriso. O Pastor Jim tinha prometido tentar conversar com Dean e Sam se perguntou se isso seria o efeito da conversa. Sam se sentiu um pouco enciumado já que foi o Pastor quem conseguiu convencer seu irmão teimoso, mas ele não ia olhar os dentes de um cavalo dado. Seu Dean estava voltando para ele e não iria se arriscar a perdê-lo de novo.

“Tá sorrindo de quê?” Dean perguntou virando para o forno.

“Você.” Sam respondeu. Há muito tempo ele desistiu de perguntar ao irmão como ele sabia das coisas que ele está fazendo ou saber exatamente a sua expressão facial. “Você tá bem?”

“Sim.” Dean respondeu sério. Sam precisava saber. Seus olhos cegos procuraram e acharam Sam facilmente. “Uma garotinha me disse hoje de manhã que eu era corajoso. Só que eu sei que não tenho sido. Eu tô sendo um total idiota, tendo pena de mim mesmo, então decidi deixar isso pra trás e comecei pelo jantar. ”

“Entendo...” Sam assentiu ainda confuso com a mudança do seu irmão e se perguntando quando encontrou essa garotinha, mas deixou para perguntar depois. “Posso te ajudar com alguma coisa?” ele perguntou se sentindo inútil naquela cozinha.

“Não, tá tudo sob controle.” Dean respondeu voltando sua atenção para o pequeno forno. Ele parou e tateou a mão no balcão da pia. “As porcarias das luvas se esconderam de novo!” ele disse se virando para Sam e sorrindo.

Sam se levantou rapidamente, feliz em pode ajudar em algo. Ele pegou as luvas da mesa e colocou nas mãos de Dean que sorriu agradecendo e voltando para o forno. Sam sentou novamente, assistindo o irmão silenciosamente. Ele pegou a panela e foi andando cuidadosamente até a mesa. Sam sorriu novamente ao ver Dean contando os passos até o móvel, ele colocou a panela na mesa tirando a tampa rapidamente. “Tá!” Dean disse sorrindo.

Sam aproximou o rosto da panela sentindo o cheiro. “Parece gostoso!” Ele disse servindo os dois pratos de cozido e colocando na frente de Dean o dele.

Dean se sentou e pegou uma colher se servindo de batatas, milho e pegando um pedaço de pão que estava no centro da mesa. “Claro que tá!” ele disse ousado. “Eu acho que tirei todas as cascas das batatas, mas você sabe...” ele disse fazendo cara e mostrando os olhos, dando de ombros.

“Você tirou.” Sam disse impressionado. Dean deu um sorriso prazeroso e tateou por seu talher. Sam se serviu das batatas e do milho e provou o cozido, suprimindo uma risada. “Vi que achou o pote de sal, Dean.” Ele disse tomando um pouco de água.

“Droga! Sabia que tinha posto demais... Achei que com algumas ervas fosse acobertar o gosto.” Ele suspirou. “Acho que tenho que praticar mais... Foi mal Sam... isso era pra ser-eu queria te agradecer com o jantar por tá me agüentando.” Dean sussurrou tristemente sem conseguir esconder o desapontamento em sua voz.

Dean esticou a mãe para pegar o prato do seu irmão, mas Sam pôs a mão em cima da dele. “Cara é do jeito que eu gosto do meu cozido.” Ele disse apertando a mão de Dean assegurando-o e foi recompensado com um enorme sorriso, que fez seu coração derreter.

“De verdade?” Dean perguntou ainda em dúvida.

“De verdade, Dean.” Sam o assegurou apertando mais uma vez a mão dele.

“Ok...” Dean respondeu empurrando o prato com os pães para Sam. “Talvez ajude com o sal.” Ele disse sorrindo.

“Obrigado.”

Os irmãos comeram em silêncio. “Sammy?” Dean levantou o rosto em direção ao irmão.

“Mmmm” Sam murmurou colocando café para os dois.

“Você pode-quero dizer, você podia me ajudar organizando os potes e a cozinha pra que eu possa cozinhar de novo?” ele perguntou. “Assim eu posso... posso achar as coisas mais fáceis... Eu passei metade da tarde procurando as coisas que tavam bem debaixo do meu nariz.”

“Oh Dean...” Sam disse com a voz cheia de emoção.

“Não, Sammy.” Dean interrompeu. “Só me ajuda a arrumar, tá?”

Sam olhou para o irmão um tempo, Dean parecia cheio de esperanças e tão determinado. Sam nunca parou de se surpreender até com os olhos cegos do irmão. “Ok, claro que te ajudo. Só tinha que ter pedido, Dean.” Sam respondeu finalmente.

Batidas na porta interromperam a resposta de Dean. “Deixa que eu abro.” Sam respondeu se levantando e indo até a porta. “Oi Jim!” ele disse dando espaço para o amigo passar até a sala e oferecendo o sofá. “Café?”

“Não, obrigado.” Jim falou balançando a cabeça. “Olá Dean” ele disse sorrindo quando o amigo entrou na sala. “Decidi visitar ao invés de ligar.” Jim esperava que tivesse falado sem demonstrar ansiedade em sua voz depois de passar a tarde inteira preocupado se tinha forçado Dean demais ou não. Sem sossego em casa ele resolveu visitar os dois rapazes, sabendo que Dean era mestre em esconder seus sentimentos e ele precisava ver com seus próprios olhos e se certificar que tudo estava bem. O Pastor estava feliz em ver que tanto Sam quanto Dean pareciam felizes e calmos.

“E aí Jim,” Dean sorriu na direção da voz dele e se sentando perto de Sam no sofá.

“Dean fez cozido hoje!” Sam não conseguiu disfarçar a empolgação em sua voz.

“É mesmo?” Jim disse. “Se me lembro bem, Dean era o que cozinhava melhor de vocês dois. Você,” o Pastor apontou para Sam, “Teve problemas pra cozinhar um ovo uns dias.” Sam virou os olhos enquanto assentia na direção de Jim que sorria.

“Tava muito salgado.” Dean falou.

“Eu gostei.” Sam respondeu de jeito teimoso e fazendo cara feia pro irmão.

“Não me olhe assim Sammy,” Dean repreendeu. “Vai fazer buracos em minha cabeça.” Sam deu língua pro irmão que balançou a cabeça. “Quantos anos tem? Cinco?” ele sorriu. Sam deu lingual de novo antes de cruzar os braços fazendo bico.

Jim tentou se concentrar para não rir dos seus dois garotos prediletos, mas era bom ouvir os dois provocando um ao outro. “Dean te contou o que ele fez essa manhã?” Jim perguntou à Sam.

“Não.” Sam respondeu preocupado olhando para Dean e Jim. Dean estava totalmente ignorando ele e estudiosamente olhando para seu jeans.

Jim suspirou. Era óbvio que Dean não iria contar à Sam. “Dean foi comigo até a escola hoje e contou para os alunos de Miss Miller uma estória sobre dois irmãos ursos e suas aventuras com um amigo fantasma.” “Você contou pra eles sobre Sandy e Dinky?” Sam perguntou olhando pro irmão.

Dean fez um barulho com o nariz. “Sempre foram nomes idiotas. Sabia que não devia ter deixado você dar nomes à eles.” Ele brincou. “Mas Dinky, o mais velho, sempre era o mais legal e Sandy era... bom... o nerd.”

“Eu tinha cinco anos!” Sam protestou. “E eu amava as estórias.” Ele disse sorrindo lembrando de como se aconchegava em Dean enquanto ele contava as estórias para ele.

“Você vivia reclamando quando era hora de dormir até que eu te contasse uma.” Dean riu. “Você sempre reclamava quando criança.”

“Reclamava não!”

“Ele foi ótimo com as crianças,” Jim interrompeu em voz alta antes que tivesse que apartar uma briga daqueles dois. “E como Dean se saiu muito bem, as crianças resolveram te fazer um presente de obrigado.”

Foi quando Sam percebeu que Jim estava segurando uma cartolina enrolada, ele abriu em cima da mesinha em frente ao sofá. Dean se inclinou para frente e Sam guiou sua mão até o presente. Dean tocou o papel suavemente com seus dedos. Ele pôde sentir pedrinhas de diferentes texturas e tamanhos, algumas folhas, algo que parecia um arco-íris e outros materiais.

“Wow... legal! Tá colorido Sammy?” Dean disse empolgado.

“Está lindo Dean,” Sam respondeu. “Tem um arco-íris na parte de cima bem colorido, e seu nome bem aqui.” Sam disse movendo os dedos do irmão até o lugar das letras. “E tem dois ursos aqui.” Ele moveu os dedos de Dean até onde os ursos foram feitos com material de pelúcia. Eles estavam de mãos dadas e um deles estava de óculos escuros.

Dean olhou na direção de Jim. “Obrigado, Jim. Ta ótimo. Pode agradecer às crianças por mim?” ele perguntou.

“Você mesmo pode fazer isso,” Jim respondeu piscando um olho para Sam. “Apareça na escola na sexta de manhã. As crianças querem ouvir outra estória e eles passaram a tarde inteira fazendo uma estorinha para você.”

“Mas... Eu não posso-” Dean começou a protestar.

“Não pode o quê? Ler estórias?” Jim interrompeu. “Você não precisa. Eles querem ler a estória deles pra você. Miss Miller e eu explicamos à eles o que era ser cego. Então cada criança escreveu sobre algo que você não pode mais ver pra que assim você não possa esquecer como são.” Ele disse sorrindo e piscando mais uma vez para Sam. “Então, o que me diz?”

Dean olhou para o lado, onde Sam estava quieto e o observando. “O que acha Sammy?” ele perguntou mostrando dúvidas em sua voz.

“Nós fazemos desenhos na sexta,” Jim acrescentou. “Você pode praticar suas abilidades pra poder pintar minha casa no verão como propôs.” Ele riu enquanto Dean olhava feio pra ele.

“Acho que deveria aceitar,” Sam disse concordando com Jim. “Você obviamente gostou de hoje de manhã e as crianças querem te ver de novo.”

Jim calmamente se levantou. “Então está marcado,” ele decidiu antes que Dean pudesse mudar de idéia. “As crianças e eu te esperaremos às 11h na sexta.”

“Ok.” Dean concordou enquanto Sam levava Jim até a porta.

Ao fechá-la, Sam virou para o irmão. Dean estava com os dedos no presente e Sam o viu movendo delicadamente sob o papel e explorando as diferentes texturas. “Ótimo não é?” Sam se sentou no sofá perto de Dean. “Jim acabou de me dizer que foi idéia das crianças de fazer o desenho assim, pra que você pudesse senti-lo.”

Dean estava com um nó na garganta. Ele não conseguia acreditar que as crianças o mandaram um presente tão bonito e significativo. Ele não pôde evitar de se sentir empolgado com a próxima visita. De repente seu mundo não parecia tão escuro e solitário como antes e pela primeira vez desde a batalha final com o demônio, seu coração estava iluminado e sentiu esperança com o futuro. A garotinha que disse que ele era corajoso o tinha pego de surpresa e o fez pensar em como estava agindo. Ele estava empurrando as pessoas que amava pra longe dele temendo achar que elas estavam com ele por pena e obrigação. Ele tinha sido tão tolo e egoísta, só se concentrando no que tinha perdido ao invés do que tinha encontrado. E ele sabia que tinha tanto. Elas o amavam e ele as amava. Elas não o viam como um cego inútil como seu pai. Apenas viam Dean Winchester, amigo e irmão e ele decidiu então provar que fé e amor não eram extraviados.

“Você tá bem?” Sam perguntou preocupado com quietude do irmão.

Dean soltou um soluço, mas assentiu. Ele respirou fundo. Primeira coisa da lista era fazer Sam entender. “Eu... Eu tenho me sentido inútil esses tempos. Eu achei que minha vida tinha… tinha se acabado…” ele murmurou, “Eu achava que ninguém ia me querer mais... Tudo tem sido tão escuro e solitário... Mas o Pastor me fez ver.”

“Fico feliz que Jim tenha ajudado.” Sam interrompeu. “Eu-”

“Sam, eu tô tentando ser romântico aqui, não corta.”

Dean respirou fundo novamente. “É... Pastor Jim ajudou. Me deu um empurrão na direção certa. Provavelmente,” ele cutucou o irmão com o ombro. “Porque você estava…” Dean balançou a cabeça sem encontrar palavras.

“Eu estava muito assustado,” Sam admitiu, ajudando o irmão. “Eu estava com medo de te empurrar e com isso você ir embora... e… e eu não ia agüentar isso…” ele terminou.

Dean assentiu entendendo. “Jim deu um bom chute no meu traseiro, mas foi você... Você me trouxe aqui, você cuidou de mim, afastou meus pesadelos, você que não desistiu mesmo comigo te empurrando pra fora da minha vida e sendo... sendo grosso com você. Sammy, você me salvou quando o pa-pppai-” Dean parou um instante tentando se controlar. “Quando o pai simplesmente me descartou. Eu tava com medo de pedir... pedir ajuda.” Dean passou a mão nos cabelos, nervoso. “Eu não sei como Sammy,” Dean virou o rosto pro irmão, sua expressão pedindo para que Sam entendesse o que ele estava tentando dizer. “Mas eu... Eu meio que senti uma luz aparecendo hoje. Ou talvez ela estivesse ali o tempo todo e eu fui muito cabeça dura e estúpido pra ver.” Dean virou o rosto na direção contrária do irmão para que ele pudesse tentar controlar suas emoções.

Sam mordeu o lábio ao ouvir a confissão do irmão. “Dean, você nunca esteve só. E você é querido. Você sempre foi.” Dean virou o rosto para seu irmão. “Por… por mim,” Sam disse hesitante. Ele levantou a mão e encostou no rosto de Dean traçando seu dedo na maçã do rosto dele.

Dean se afastou do toque, incerto. “Você me quer? Mas eu não posso... não posso ver. Você é tão perfeito e eu sou tão-” Sam o silenciou com um dedo nos lábios.

“Dean, você é lindo pra mim. Sempre foi. Sempre será.” Ele gaguejou. Sam negou seus sentimentos por tanto tempo que agora ele estava determinado a dizer seu irmão o quanto o amava. “Há muito tempo eu quero você... Preciso de você, desde o dia em que foi me buscar em Stanford, e provavelmente antes disso também. E você não me vendo, não tão importante. O que importa realmente é que eu... eu te amo Dean,” ele disse.

“Você me ama?” Dean perguntou, medo e expectativa misturados em sua voz sem poder acreditar no que ouvia.

Ele sentiu seu irmão assentir com a cabeça. “Volte pra mim,” Sam sussurrou. “Eu preciso de você.”

“Sammy, eu preciso de você e eu tenho te amado por tanto tempo. Eu quase te disse antes... antes do d-dddemônio-” Dean gaguejou nervoso. “Ma-mas depois... depois do ataque,” ele estremeceu e Sam o abraçou. Dean respirou fundo algumas vezes. “Eu tava com medo que você… que você sentisse pena de mim.”

“Dean, eu nunca iria sentir pena de você,” Sam o assegurou. “Eu simplesmente amo você.”

“E quanto à... à…” Dean forçou as últimas palavras. “Somos irmãos.”

“Eu não ligo, e você?” Sam perguntou nervoso.

Dean balançou negativamente a cabeça. “Mas se fizermos isso, não vai haver volta.”

“Eu sei,” Sam disse. “Eu não quero que tenha volta. Acho que fomos feitos para estar juntos e não estamos machucando ninguém.”

“E as outras coisas? As... as crises?”

“Eu não ligo.” Sam enfatizou cada palavra.

“Ma-mas-” Dean persistiu, ele tinha que ter certeza.

“Eu já disse que não ligo. Não ligo se não pode me ver. Não ligo se somos irmãos. Não ligo para as crises... ou gagueira. Eu não ligo se não vamos mais ver o pai. Eu só ligo pra você. Entendeu?” Sam falou pegando a mão de Dean e apertando-a com força.

“Sim senhor,” Dean retorquiu, mas apertou a mão de Sam em resposta. Ele se moveu um pouco, ficando assim de frente para Sam. “Posso... Posso te tocar?” Dean perguntou. Ele sentiu Sam assentir. “Eu posso te ver, do meu jeito.” Dean disse movendo as mãos na direção do rosto de Sam, gentilmente passando os dedos pelo rosto do irmão, como se estivesse memorizando cada linha e curva. Seus dedos foram até a testa dele e depois percorreram o cabelo que caía sobre ela. Ele foi até as orelhas desenhando os dedos por elas. Depois Dean foi até as bochechas, acariciando-as sentindo a pele quente. “Você fica vermelho que nem uma menina.” Dean brincou enquanto explorava a forma do nariz de Sam e depois os olhos fechados dele. Sam suspirou e Dean sorriu. Deixando os olhos do irmão, Dean moveu seus dedos até os lábios, traçando-os. Sam sorriu um pouco quando Dean passou os dedos neles. Ainda descendo um pouco, Dean traçou o queixo sentindo a barba que estava crescendo.

Dean segurou o rosto de Sam com as palmas das mãos massageando os polegares nas bochechas. Ele apertou os olhos tentando lembrar como era o rosto do irmão. As lembranças vieram e ele sorriu. Dean sabia que naquele momento, ele nunca mais iria esquecer o rosto de Sam, a pessoa que ele mais amava no mundo. Estava gravado em sua memória para sempre.

“Você é tão lindo.” Dean murmurou se aproximando de Sam. “Amo você,” disse encostando os lábios nos de Sam que gemeu se aprofundando no beijo. Sua pele queimava, parecia estar levando choques com o toque de Dean, era como se ainda sentisse os dedos dele percorrendo seu rosto. Aquilo foi a coisa mais sensual que ele já tinha experimentado na sua vida.

Dean passou os braços em volta de Sam enquanto se beijavam apaixonadamente. Sam pressionou a língua nos lábios do irmão. Dean abriu sua boca e suas línguas exploraram uma boca do outro.

“Feche seus olhos,” Dean sussurrou se separando do beijo. Ele pegou as mãos de Sam e colocou os dedos dele em seu rosto. Sam sorriu e fechou os olhos enquanto gentilmente percorria o rosto de Dean. Em sua mente ele pode ver o rosto de Dean, cada linha, cada cicatriz e era como se ele pudesse sentir cara sarda em seu rosto. Sam continuou a traçar os dedos pelo rosto do irmão, desesperado para que ele pudesse sentir o que ele sentiu momentos atrás.

Dean suspirou ao toque de Sam que sorriu satisfeito. “Faz amor comigo,” Dean sussurrou. “Faz a escuridão ir embora.”

Sam assentiu. Ele encostou as duas testas por um momento. “Eu amo você,” ele sussurrou se levantando e ajudando o irmão. Ele passou o braço em volta do irmão beijando-o mais uma vez. Suas mãos acariciaram as costas de Dean de cima a baixo provocando um gemido. Sam foi andando para trás levando o irmão junto até onde era o quarto deles. Não se soltaram um instante, desesperados para continuarem beijando.

“Quero você,” Sam murmurou enquanto tirava a roupa de Dean. Ele sussurrou no ouvido de Dean o que ele estava fazendo enquanto vagarosamente retirava cada parte da roupa dele. Sua voz estava rouca e cheia de desejo, vez ou outra soprando levemente na pele de Dean fazendo-o estremecer de prazer. Dean ficou parado uma das mãos acariciando o braço de Sam enquanto era despido levantando braço e perna quando era instruído. Sam percorreu as mãos pelo corpo que desejou por tanto tempo. Sam foi logo recompensado com um longo beijo que fizeram os dois gemer.

Então Sam guiou as mãos de Dean para as suas roupas. Ele suspirou ao ser tirada sua blusa e Dean lamber e chupar o osso de seu pescoço. Dean traçou sua língua pescoço acima, quando chegou na orelha do irmão, ele deu mordidinhas no lóbulo. Ao mesmo tempo suas mãos estavam ocupadas abrindo a calça de Sam. Impaciente, o mais novo se afastou e retirou a calça e sua cueca. Dean soltou um suspiro descontente com a perda de contato. O suspiro se tornou um gemido quando Sam o puxou para perto e percorreu suas mãos pelas nádegas de Dean.

De pé e nus, eles roçaram seus corpos um no outro sentindo suas peles, e sentindo suas ereções. Dean hesitantemente moveu sua mão até embaixo e começou a fazer movimentos cuidadosos sentindo o membro em sua mão. Dean se sentiu mais excitado enquanto massageava o irmão. Sam gemeu satisfeito, pressionando seu pênis na mão do irmão e mexendo seu quadril.

“Eu vou te tocar,” ele sussurrou no ouvido de Dean enquanto tocava levemente o membro dele. Ele esfregou o polegar na cabeça sentindo o liquido sair, Dean estremeceu com a sensação e aumentou a velocidade de sua mão, ambos massageavam um ao outro, desejando os lábios um do outro alternando as forçadas de língua na boca de cada um.

Sam retirou a mão da ereção do irmão e o levou até a cama e se deitaram entrelaçando mãos e pernas. Sam rolou até esta por cima de Dean. Roçando o corpo um no outro, se deliciando e explorando as novas sensações que provocavam.

Considerando que cada toque era importante para o irmão, Sam gentilmente acariciava o corpo de Dean, que fazia o mesmo. Ereções acariciadas, outras partes massageadas por entre os dedos, pele lambida, mamilos sendo sugados na tentativa de descobrir seus corpos e prazeres.

Finalmente Sam deixou Dean imóvel. Ele o beijou profundamente depois beijou seus olhos e lambeu seu pescoço, sugando a pele, deixando sua marca ali. Sua língua foi traçando um caminho mais abaixo do corpo de Dean até chegar em seus mamilos. Dean arqueou suas costas enquanto Sam tomava seu tempo sugando cada um. “Isso é bom,” Dean murmurou.

“Bom,” Sam respondeu se movendo mais para cima e beijando o irmão novamente. Sua língua forçou entrada e explorou toda a boca quente de Dean. Ao mesmo tempo ele abria as pernas do irmão e se acomodava no meio delas. Eles se encaixavam perfeitamente, como se fossem feitos um para o outro. E eram.

Dean gemeu e Sam aproveitou para sugar sua língua. As mãos de Dean percorriam de cima a baixo o corpo do irmão mais novo, sentindo seus firmes músculos das costas e braços. Ele percorreu os cabelos de Sam enroscando seus dedos nos fios. Depois desceu a mão, acariciando cada parte. Dean gentilmente segurou a ereção de Sam e massageou o membro, espalhando o líquido que escorria pelo resto do pênis. Sam gemeu mais alto e forçou ainda mais sua língua na boca do irmão, fazendo com o quadril o mesmo movimento de sua língua. Sam emitiu um som de descontentamento quando Dean retirou a mão de lá, acariciando mais uma vez o rosto do garoto mais novo. Sam olhou para o irmão e seus pálidos olhos verdes, embora sem visão alguma, brilhavam com amor e afeto por ele. Sam levantou a mão e acariciou o rosto de Dean também. “Amo você, Dean,” ele sussurrou sabendo que Dean não conseguiria ver todo o amor refletido em seus olhos.

“Eu sei, posso sentir. Não preciso ver para saber que me ama.” Dean sussurrou em resposta, percorrendo os dedos sob os olhos, bochechas e lábios do irmão.

Nem mais uma palavra foi dita enquanto os irmãos se tocavam e roçavam um no outro. Eles tinham um ritmo calma e gentil, rolando pela cama e entrelaçando seus corpos nos lençóis. Eles sussurravam um para o outro enquanto suas mãos tocavam um ao outro. Depois pararam seus movimentos eróticos e ficaram deitados de frente um para o outro. Tentando controlar suas respirações, suas mãos não conseguiam para a exploração corporal e se aproximavam cada vez mais. Suas carícias se tornaram mais urgentes até chegarem ao clímax. E a medida que a necessidade aumentava, seus corpos se aproximavam mais. Pele com pele. Lábios com lábios. Suas ereções tocaram uma na outra os fazendo gemer de prazer. O quarto parecia emitir o eco de suas respirações. Sam foi o primeiro, estocando desesperadamente na mão do irmão. Ele gemeu o nome de Dean enquanto seu gozo era derramado em seus abdomens. Ao sentir aquilo, Dean perdeu o controle de seu corpo e acompanhou Sam. Eles roçavam o corpo um no outro em luxúria, tentando acalmar suas respirações sentindo os últimos momentos do orgasmo. Seus lábios se encontraram desesperados, não querendo deixar um ao outro. Eles rolaram na cama, pernas, braços e corpos entrelaçados como um só, ainda puxando e empurrando um ao outro.

Finalmente exaustos, eles se acomodaram na cama. A mão de Dean procurando a de Sam, apertando uma na outra. Quando se controlaram, Sam esticou o braço e pegou sua camisa, limpando-os gentilmente. Sua mente já fazia planos para um bom banho. Ele deitou de lado e puxou Dean para perto de si, seus braços o envolveram protetoramente. Dean se aninhou. Ficaram deitados em silêncio, apenas apreciando a companhia de cada um.

“Dean,” Sam chamou roçando o nariz no pescoço do irmão.

“Mmm” Dean respondeu sonolento. “Quase dormindo aqui. Acabei de ter uma transa e tanto.”

“Então foi tão boa assim, han?” Sam brincou rindo.

“Não sabia que era tão bom assim, Sammy” Dean brincou em resposta.

“Estava esperando a pessoa certa” Sam murmurou.

“Então, a encontrou?” Dean provocou mais ainda sorrindo.

“Acho que o sexo afetou seu cérebro” Sam disse se afastando um pouco e dando um murro de leve no braço do irmão. “Estava esperando por você, idiota”

“Cara, cê bate como uma menina!”

Eles deitaram em silêncio por alguns minutos. Dean entrelaçou suas pernas nas de Sam e o puxou para mais perto. “Eu também tava esperando por você” ele sussurrou no ouvido de Sam.

“Aquilo que fez com seus dedos mais cedo, quando tocou meu rosto...” Sam sussurrou.

“Não gostou?” Dean perguntou se afastando um pouco, não conseguindo conter a preocupação em sua voz.

“Não, não. Amei, mas...” Sam assegurou abraçando-o novamente e perdendo as palavras.

“Meu jeito de te ver, se acostume seu nerd!” Dean interrompeu.

“Com certeza eu vou” Sam respondeu.

Dean riu. “Amo você Sammy.” Ele murmurou no ouvido do irmão. “Quer mais?” ele sussurrou novamente, sem conseguir conter o desejo em sua voz.

Sam rolou até ficar por cima de Dean e disse esperançoso, “Você pode praticar seu toque”

“Agora você falou minha língua.” Dean respondeu beijando Sam apaixonadamente.

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Comentários

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adoreiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

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essa parte sem duvida foi a melhor. adorei

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Aaaaaaaa!!!! Finalmente juntos *.* Continua logo! :D

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que bom e vcs dois algum progresso?

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e

E

Estou bem! O rafa está melhor. Evitando qualquer tipos de redes sociais. Mas tá bem melhor.

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oiiiiiiii como vc e o rafa estão?

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