Keep Calm, Work Hard And Stop Mimimi (25) – What’s Going On?

Um conto erótico de Leo
Categoria: Homossexual
Contém 1211 palavras
Data: 27/07/2012 00:30:10

Chegou segunda feira, eu estava meio sem graça de encontrar o Félix, sei lá, nem sabia o que ele falaria pra mim, quando cheguei na sala a Alana veio direto falar comigo.

-Amigo, tenho que falar com você, é sobre o Félix…

-Aconteceu alguma coisa com o Félix?

-Eric, o Félix foi embora.

-Como assim? Ele passou mal? Foi pro hospital? – eu estava preocupado.

-Não é isso, ele foi embora de vez, ele se mudou daqui.

-O que? Como assim? Ele não falou nada…

-Na verdade ele te procurou, mas aí você desapareceu, então ele foi embora… - ela deu uma pausa e voltou a falar – aliás, por onde você andou?

-Eu viajei com o Caio, voltamos ontem à noite.

-É amigo, acho que finalmente você se decidiu…

-Alana, agora que escolhi, eu tenho certeza que fiz a escolha certa, mas eu tenho tanta pena do Félix…

-Amigo, não fica assim, tenho certeza que o Félix vai começar uma vida nova e vai encontrar uma pessoa que vai amar ele e tudo mais…

-Espero que sim…

-Mas então, como está entre você e o Caio? Vocês já…? É melhor que o Félix?

-Nossa amiga – esses amigos só querem nos deixar encabulados com essas perguntas íntimas - estamos bem e sim, a gente já, só não sei se ele é melhor, mas é diferente, um diferente bom.

-Ui devasso.

-Para sua boba…

Então a aula começou e foi até o fim normalmente como todos os dias, fiquei pensando sobre o Félix ter ido embora, mas isso foi uma escolha dele, não ia ficar remexendo e remoendo coisas que não estavam ao meu alcance, ele agora fazia parte do meu passado, uma passado bom, mas que já foi, agora tinha que pensar num futuro, com o Caio.

Quando a aula acabou, estava indo pra fora e o Caio estava lá, todo lindo e charmoso em frente ao seu carro, me esperando.

-Oi gato, você vem sempre aqui?

-Oi, então, na verdade tem um garoto aí que me interessa muito, acho que vou começar a frequentar aqui mais vezes…

-Hum, entendo, acho que esse garoto está totalmente na sua – adorava esses joguinhos…

-Será que ele aceitaria uma carona?

-Acho que sim…

Entramos no carro e fomos pra casa.

-Eric, o que você acha da gente namorar? Eu gosto muito de você e suponho que você também goste de mim, queria muito poder te chamar de meu.

-Nossa, que pedido mais romântico, dentro do carro na volta pra casa – falei rindo ironicamente.

-Desculpa, é que eu tinha pensado nisso, mas não aguentei esperar – ele falou meio triste, pensando na rejeição do pedido.

-Não fica assim, eu gostei, adoro sair do convencional, é isso que gosto em você, me faz sentir diferente das outras pessoas, então não quero fazer como as outras pessoas, então sim, aceito ser seu namorado…

-Que bom, acho que devemos comemorar isso de um jeito bem particular… - ele mexeu com as sobrancelhas, estava com um sorriso safado no rosto.

-Acho uma ótima ideia.

Chegamos em casa e fomos direto pro quarto, logo que entramos já começamos os beijos quentes, desesperados, parecia que era o fim do mundo, ele era muito selvagem, parecia que ia me devorar, seus braços me apertavam com força e era ótimo, fomos pra cama e acabamos tendo uma transa rápida, afinal a mãe dele estava na casa, era perigoso, mas foi muito bom.

-Amor, como você acha que sua mãe reagiria ao saber de nós?

-Ehh – ele fez uma cara de feliz quando o chamei de amor – eu acho que ela ia pirar, também ela vive dizendo que queria ter netos e tal.

-Esses pais são tão incompreensíveis, eu fiquei muito chateado com meu pai e minha mãe, não quero vê-los tão cedo.

-Nossas vidas parecem ser tão complicadas, olha que somos novos, mas no final tudo vai dar certo, eu estou terminando minha faculdade e sei lá, quando arrumar um emprego bom, podemos quem sabe nos mudar e morar juntos… - ele parou e pensou, afinal nós já morávamos juntos – só nós dois, é claro…

-Seria ótimo.

Os dias foram passando, tudo na mesma, o namoro com o Caio estava indo muito bem, estávamos nos gostando cada vez mais, a Fátima continuava não desconfiando de nada, meus pais continuavam sumidos, apenas deixando os recadinhos na caixa postal de que mandariam o dinheiro para pagar os gastos, não podia dizer que minha vida estava péssima, mas também não estava maravilhosa, mas consideravelmente boa.

Já era setembro, o ano estava passando muito rápido, as coisas mudaram desde o começo do ano, tudo foi uma loucura, só faltavam mais 2 meses e meio para me formar e começar logo a faculdade – na verdade eu tinha vontade de continuar os negócios da família, continuar com a construtora do meu pai, então eu faria a faculdade mais para entender do assunto, apesar de que depois de todo o episódio de “meu filho é gay”, nem sei se ele me deixaria comandar a empresa algum dia – e também o Caio terminaria a faculdade dele, as coisas começariam a mudar.

Já estávamos juntos uns 3 meses, eu amava o Caio e isso não era difícil, pois sabia que não estava enganado, eu vivi a minha vida toda ao lado dele, o conheço perfeitamente, não teria problemas de “quando te conheci era uma pessoa, agora é outra”, fora o fato de que conviver com ele era fácil, ele sempre foi bem organizadinho e educado, era lindo demais.

Era uma quinta feira à tarde, o Caio tinha saído de casa, eu estava indo pra cozinha, quando ouvi a Fátima conversando no telefone, eu provavelmente não ligaria pro que ela estava falando, mas algo no tom da conversa me chamou atenção, me fazendo querer ouvir.

-Eu não acredito nisso, você não devia ter me ligado, o que você quer de mim? Eu já disse que não posso fazer nada quanto à isso, saia da minha vida e da vida do meu filho – ela estava brava e então desligou o telefone.

Ela percebeu minha presença, eu tentei disfarçar, mas não adiantou, ela veio falar comigo.

-Eric, o que você está fazendo aí? Está precisando de algo?

-Não, eu só estava passando e…

-O que você ouviu dessa conversa? - ela me interrompeu rapidamente.

-Nada Fátima, quem era no telefone? – ela estava meio nervosa, então preferi fingir que não tinha ouvido nada.

-Ninguém importante, esqueça isso, tudo bem?

-Tudo bem… - eu achei aquilo muito estranho, iria verificar essa história depois.

Quando foi de noite, o Caio chegou em casa e então fui pro seu quarto procura-lo, eu estava com aquela conversa na cabeça, afinal o Caio estava envolvido.

-Oi Caio.

-Oi meu amor, sei que te vi hoje de tarde, mas já estava com saudade… - ele veio me abraçar, me deu um beijo, que por minha causa foi um pouco mais rápido do que de costume – amor, o que foi?

-Nada.

-Você está com cara de preocupação e também nem me deu um beijo direito…

-É impressão sua… - tratei de melhorar a minha atuação de “não estou preocupado”, pois se a Fátima estava mentindo pra mim era porque tinha algum motivo, tiraria a história à limpo antes de falar com o Caio e ela teria que explicar tudo direitinho - está tudo bem.

CONTINUA…

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive LeoAlves a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Huuum... Quando parece tudo bem... Continua logo, 10

0 0
Foto de perfil genérica

adorei, só não demora muito por favor.

0 0