Tomás: Bebe, o que é que se passa, o que fizeram em você? - Ele diz levando-o ao colo até ao sofá onde o sentou sobre ele. - Me diz o que se passa, você sabe que eu estou aqui. Tem calma.
Matheus: Ele... me obrigou... eu não queria... eu juro... ele me chantageou... - Ele dizia devagar por causa do choro.
Tomás: Amor, tem calma, respira.
Matheus: O Miguel, ele ontem me disse que se eu não me separasse de você ele te iria fazer mal. Ele hoje veio cá e... e...
Tomás: Diz amor, tem calma, me conta.
Matheus: E me estuprou. Eu não queria, foi horrível, ele me humilhou e disse que agora eu sou o seu escravo sexual e que sempre que ele precisasse de alguma coisa eu seria o pagamento dele. Eu tenho medo, vergonha, eu sinto nojo de mim. Me desculpa!
Tomás: Ele fez o quê?
Matheus: Ele me estuprou! - Tomás o larga naquela altura e sai até ao jardim da casa de Matheus que nesta altura para além de sentir nojo de si, acreditava que também Tomás o sentia pela sua atitude. Ele dirigiu-se ao jardim, que se encontrava na traseira da casa e privado, nem os vizinhos conseguiam vê-lo devido aos muros que o cercavam. - Me desculpa, não me abandone, não agora. - Tomás se encontrava de costas para o garoto. - Eu te amo, eu não queria. Por favor responda, me diga alguma coisa.
Tomás permaneceu sem dizer nada, nem sequer se moveu enquanto este falava. Matheus cai, sentia-se fraco, sujo, para ele o mundo tinha acabado e não iria sujeitar mais o seu namorado aquela situação.
Matheus: Eu te compreendo, você sente nojo de mim, você já nem consegue olhar na minha cara. Eu também não, também sinto nojo de mim, agora não passo de alguém que ele usa quando e como quer. Agora não passo disso, de um viadinho que vai dar para quem ele quiser. Agora sai da minha casa. Eu já não suporto mais ver você aqui. Poderia esperar muito de você, nunca isto!
Tomás: Você nem se atreva a dizer isso! Eu te amo e eu não sinto nojo de você, eu sinto nojo de mim por não ter estado aqui para te proteger, por não ter percebido que você não estava bem, que me estava escondendo algo. Me perdoa. Eu nunca mais te deixo só, nem um minuto. E eu vou mostrar ao Miguel quem é o viadinho. - Enquanto diz isto, algumas lágrimas caem dos seus olhos. Ele pega em Matheus e coloca-o deitado na sua cama. - Espera um minuto, eu vou preparar alguma coisa para você comer.
Tomás regressou alguns minutos depois com um verdadeiro manjar dos deuses, sumo, batido, croissants, pão, bolachas. Tudo! Matheus continuava com medo, triste, revoltado, mas protegido. Sabia que o seu namorado estava do seu lado e era isso que para ele era o mais importante. Ambos comeram sem trocarem nenhuma palavra.
Tomás: Bebe, hoje eu vou ficar aqui a dormir consigo, eu não quero que você fique sozinho a pensar no que não deve... Quase de certeza que sua mãe vai deixar. Agora, só temos de arranjar algum motivo para você estar tão em baixo, já sabe que sua mãe é super atenta... - Explicava enquanto fazia cafuné no seu cabelo.
Matheus: Obrigado por tudo e me desculpe, acredite que e... - Ele foi interrompido com o dedo indicador nos seus lábios.
Tomás: Se você me volta a pedir desculpas eu vou atacar você com tantas cócegas que você não vai ficar com suas bochechas doloridas o resto da semana!
Matheus: Diga que eu simplesmente estou indisposto e que como você é meu amigo faz questão de ficar cá. Isso chega.
Tomás: Em 15 minutos eu chego tá bom?
Matheus: Sim.
Tomás dirigiu-se rapidamente a casa, apanhou um táxi para não demorar muito e pegou nas primeiras coisas que lhe apareceram à mão, indo assim novamente rumo ao seu amado. Quando chegou lá, Matheus estava amarrado à mãe, ele chorava desesperadamente.
Matheus: Me... Me... Desculpa... - Ele gritava e quase que gaguejava.
Tomás: Que se passa? - Ele não percebia nada do que se estava a passar.
Matheus: Eu não aguentei... Eu contei... Tudo...
Tomás: Tudo... Tudo o quê? - Sua face ficava vermelha.
Matheus: De nós, de Miguel, tudo!
Mãe M: Nós precisamos de ter uma conversa TomásE agora, o que será que vai acontecer? Eu sei que está curto, mas prometo que o próximo será maior e mais breve.
Os agradecimento ficam para o próximo pois não o quero fazer a correr! Vocês merecem muito mais do que isso!
Sei que alguns tentam falar comigo no MSN, eu confesso que não passo lá muito tempo, por isso terei todo o gosto em falar com vocês por e-mail, esse sim eu vejo toda hora ahahahah
E-MAIL - bruno_costa_pt@hotmail.com
Obrigado por TUDO!
