Uma vida de esperança - Parte 9

Um conto erótico de DeBemComAVida
Categoria: Homossexual
Contém 1903 palavras
Data: 06/06/2012 18:44:35
Assuntos: Amor, Gay, Homossexual, Romance

Oi.. Primeiro de tudo peço desculpa pela demora, mas tenho passado um momento complicado na minha vida. Mais tarde vocês vão entender porquê. Mais uma vez peço desculpa, agora vou tentar postar tudo com menos tempo de intervalo. Já escrevi até à parte 13, o meu objectivo é chegar até à parte 20, mas depois vejo melhor. Queria também agradecer os comentários e dizer que fico muito contente porque todas as nota que recebi foram nota 10, obrigado do fundo do coração.

Agora espero que gostem da continuação. Ainda vêm muitas emoções pela frente, espero mesmo que gostemAfonso: Bem, vamos dormir então meu amor.

Eu: Vamos sim – digo virando de costas para ele encaixando no seu corpo – boa noite meu amor. Te amo!

Afonso: Boa noite minha vida – diz beijando o meu pescoço e me causando arrepios – Te amo!

Não demoramos muito a adormecer. Amanhã tínhamos um dia bem preenchido e tínhamos de nos levantar cedo para a consulta. E que consulta…Abri os olhos e via tudo escuro.

Eu: Que estranho – pensei para comigo – eu sei que estou sonhando mas não consigo ver nada.

Para onde quer que olhasse só via a escuridão.

De repente começo a ver um ponto branco muito distante de mim. Parecia um túnel e saía de lá uma luz branca. Fui-me aproximando e cada vez mais conseguia ver aquela luz, quase me cegava.

Cheguei na entrada do túnel e olhei para dentro, mas não conseguia ver nada, só a luz muito forte.

Dei um passo em frente e quando estava quase a entrar a luz se apagou e à minha volta só havia escuridão.

Fiquei sem chão literalmente e senti o meu corpo cair num poço sem fundo.

Comecei a gritar, a pedir socorro, mas a voz não saía!

Procurava alguma coisa para me agarrar mas não havia nada, só escuridão.

Já estava a cair descontroladamente, então fechei os olhos e deixei-me levar… desisti…

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.

.

Abri os olhos e via tudo escuro.

Mas agora apesar de só ver escuridão, sentia-me mais calmo. Estava acordado.

Sinto o braço de Afonso à minha volta e encolho-me mais junto a ele. Sinto-me protegido.

Tento sair da cama sem o acordar mas quando me mexo ele aperta ainda mais.

Afonso: Bom dia meu amor – diz com a voz rouca do sono – onde você vai?

Eu: Bom dia meu amor, vou só no banheiro e volto já. – digo me sentando na cama.

Afonso: Vamos tomar um banho? – pergunta se espreguiçando.

Como eu tava com a mão no seu peito pude sentir todos os seus músculos ficando duros. Mas que homem gostoso meu Deus do céu rsrsrs

Eu: Vamos, mas tem de ser rápido, nada de brincadeira rsrsrsr senão o Doutor Batista vai dizer que eu ando fazendo exercício demais rsrsrs

Afonso: Eu prometo que vou tentar me controlar rsrsrs

Eu: Vamos então, daqui a pouco a minha mãe aparece à porta a dizer que estamos atrasados.

Vou me dirigindo para o banheiro e sinto Afonso me agarrando por tras, ele tinha dormido de bermuda mas já estava completamente nu. Agarrei o seu pau ainda mole.

Afonso: Você disse que tínhamos de ser rápidos então eu já tou pronto para o banho rsrs – diz beijando o meu pescoço.

Eu: Eu sei muito bem o que você quer, mas nada de brincadeira – digo dando um apertão no pau e depois largando – vê se controla o meu amigo aí de baixo rsrsrs

Afonso: Agora já tá fora de controlo rrsrsrs mas eu prometo que não faço nada rsrs

Fomos para debaixo do chuveiro e como prometido não fizemos nada. Só uns apalpões de vez em quando rsrsrs

Já arrumados fomos para a cozinha. Já estavam lá os meus pais. Sílvia já estava no hospital a trabalhar.

Eu: Bom dia! – disse bem disposto.

Pai: Bom dia meu filho.

Mãe: Bom dia. Sentem aí que já trago tudo para a mesa.

Pai: Dormiram bem?

Afonso: Que nem uns anjinhos. Ontem estávamos bem cansados – diz dando um apertão na minha perna por baixo da mesa.

Pai: Ainda bem. Já liguei com o Doutor Batista e ele disse que tá tudo confirmado. È só chegar lá, dar o nome e entrar.

Eu: Tudo bem então. Vou ter de fazer exames?

Pai: Não meu filho, hoje é só um espécie de entrevista. Ele só quer conversar com você.

Eu: Sozinho?

Pai: Isso você é que decide.

Eu: Então prefiro ir sozinho.

Pai: Como você quiser.

Mãe: Pronto, já tá na mesa – diz trazendo o café, leite e chá quente – Comam com calma que ainda têm tempo.

Durante o pequeno almoço ninguém falou na consulta. Estava um ambiente agradável, como num dia normal.

Pai: Vou só buscar um casaco e podemos ir. Estão prontos?

Eu: Sim, podemos ir.

Fomos então para o carro. Eu, Afonso e meu pai. Minha mãe ia ficar em casa. Eu sei que ela também queria ir mas não queria que eu me sentisse asfixiado por todos me tentarem proteger demais.

Mãe: Qualquer coisa me liguem!

Afonso: Pode deixar D. Antónia, se for preciso alguma coisa eu mesmo ligo.

Fomos então para o carro e ninguém falou. Apenas se ouvia o noticiário do rádio.

Eu abri o vidro do carro e pude sentir a brisa matinal. Respirei fundo e enchi os pulmões de ar fresco.

Afonso: Chegamos. Podem ir entrando que eu vou estacionando o carro.

Eu e meu pai saímos e ele me guiou para a entrada.

Pai: Bom dia – disse para a rececionista – Temos uma consulta marcada com o Doutor Batista, o nome do paciente é Pedro Albuquerque.

Rececionista: O Doutor está no seu consultório, eu indico o caminho . disse num tom simpático.

Andamos um pouco e ouvi abrir uma porta.

Dr. Batista: Entrem, entrem. Fiquem à vontade. – disse dirigindo-se a nós. – Bom dia Dr. Albuquerque - disse cumprimentando o meu pai – Bom dia Pedro.

Eu: Bom dia – disse apertando a sua mão.

Dr. Batista: Sentem-se, fiquem à vontade. Tomam alguma coisa? Uma agua, um café?

Pai: Nós acabamos de tomar o pequeno almoço, muito obrigado. Bem eu então espero lá fora, Pedro prefere ficar sozinha.

Dr. Batista: Tudo bem Dr. Albuquerque, qualquer coisa pode pedir à Clara, nossa rececionista.

Meu pai saiu e fechou a porta. Eu já estava sentado numa cadeira. À minha frente devia estar a secretária pois ouvi o Dr. Batista se sentar e mexer em alguns papéis.

Dr. Batista: Então Pedro, hoje não vamos fazer exames, só preciso fazer umas perguntas.

Eu: Por mim tudo bem.

Dr. Batista: Muito bem então, podemos começar. – diz mexendo em alguns papeis – Há quanto tempo ficou invisual?

Eu: Mas isso está tudo no meu processo médico, porque a pergunta? – não estava a perceber porque é que esta pergunta era importante para o tratamento.

Dr. Batista: Pedro, esta primeira consulta serve para traçarmos o seu perfil psicológico. Pode não parecer mas isso é muito importante para o tratamento dar certo. Por isso é normal que eu faça perguntas que não lhe fizeram para outros tratamentos.

Eu: Estou intendendo. Pode continuar Dr.

Dr. Batista: Então retomando a entrevista. Há quanto tempo ficou invisual?

Eu: Fez dois anos no mês passado.

Dr. Batista: Como é que aconteceu?

Eu: Como assim? – esta pergunta na me agradava nada.

Dr. Batista: Como é eu ficou invisual? – ele falava calmamente.

Eu: Mas isso tá no registro medico. – eu não queria de maneira nenhuma voltar a lembrar esse dia.

Dr. Batista: Pedro, como já lhe disse esta consulta é diferente, preciso mesmo que colabore e que responda às perguntas. Eu sei que não é fácil, mas o sucesso deste tratamento depende mais de você do que de nós.

Eu: Mas o Dr. Sabe que foi de repente, não há muito a contar. – digo um pouco aflito, a minha vontade era sair dali.

Dr. Batista: Pedro eu sei o que os exames técnicos me dizem, mas preciso saber o que você me diz. Às vezes faz toda a diferença.

Fiquei calado por uns segundos. Não gostava deste assunto mas tinha de o enfrentar, ele não ía simplesmente desaparecer. Mas a ferida ainda era muito grande e demorava muito tempo a curar.

Eu: Foi num dia normal como qualquer outro…

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.

.

Estava a sonhar com que estava com os meus amigos no mar. Estávamos todos na brincadeira, como sempre fazíamos. O mar estava uma delícia e o sol abrasador. Saímos da agua e fomos deitar na areia. De repente ao fundo começo a ouvir uma música bem baixinho mas que ia aumentando o volume. Eu sabia que ainda estava a sonhar mas a musica que ouvia ao fundo era o meu despertador rsrsrs

Acordei de vez mas fiquei deitado com os olhos fechados á procura do despertador para o desligar. Só ouvi ele a cair ao chão e a música parou rsrsrs

Ouço passos no corredor, de certeza que era a minha mãe que me vinha despertar, estava na hora de levantar para mais um dia de aulas.

Mãe: Pedro? – ouço-a abrir a porta e chamar por mim baixinho – meu filho está na hora. Prepare-se que o pequeno almoço já está na mesa. – e nisso abre a janela e eu sinto a luz do sol na minha cara.

Eu: Ah mãe, só mais um minuto, deixa por favor. – digo cobrindo a cara com a coberta.

Mãe: Se quiser dormir mais tempo deite-se mais cedo, agora fora da cama. – diz puxando a coberta.

Eu: Tá bom, tá bom… Tou indo rsrs – digo me espreguiçando.

Fico uns segundos deitado a sentir a luz do sol na cara e por fim abro os olhos.

Estranho, está tudo escuro, deve ser a luz do sol nos olhos que me deixou meio cego rsrsrs

Esfrego os olhos e volto a abrir.

Eu: Mãe?! Mãe?! – começo a chamar aflito – MÃE?!?!?! MÃE?!?!?! – começo a gritar.

Mãe: Que foi meu filho, que se passa? – diz ela preocupada.

Eu comecei a chorar sufocado, era uma aflição enorme. Quase não conseguia respirar.

Só pode ser um pesadelo, só pode ser um pesadelo. TENHO DE ACORDAR.

Comecei a dar tapas na cara para ver se acordava mas nada acontecia.

Mãe: Pedro para com isso. – ela já estava a chorar - meu filho fala comigo, se aclama. – ela tentava acalmar-me – Pedro para com isso! O que é que está acontecendo com você?

Eu então parei de dar tapas na cara mas o choro estava cada vez mais intenso. Eu estava desesperado. Não sabia o que o que fazer, só queria acordar. SÓ QUERIA ACORDAR.

Mãe: Clarice! CLARICE! – minha mãe gritava o nome da empregada.

Clarice: Sim D. Antónia. Está tudo b…. Meu Deus, o que se passa?!?! – diz ela preocupada.

Mãe: Ligue imediatamente para o meu marido. O Pedro não se está sentindo bem e eu preciso do Francisco aqui já. – a minha mãe chorava enquanto falava – e traga um copo com agua rápido.

Clarice: Sim D. Antónia. – disse saindo do quarto a correrDr. Batista: Pedro se quiser pode fazer uma pausa. – foi a primeira vez que o Dr falou desde que comecei a contar.

Eu: Queria só um copo de agua então. – as lágrimas começaram a cair dos meus olhos desde que comecei a falar. Ainda estava tudo muito presente. Às vezes ainda pensava que era um pesadelo e que podia acordar a qualquer momento.

Dr. Batista: Se quiser podemos continuar logo à tarde.

Eu: Agora que comecei prefiro dizer tudo de uma vez…

Dr. Batista: Como queira. Quando quiser pode continuar. Tudo a seu tempoCONTINUA

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Comentários

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boa noite, poucos contos sao tao puros como o seu, ao lermos nos questionamos o porque de ainda duvidarem do amor entre pessoas do msm sexo. obg pela leitura =') emocionado.

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Acho lindo o amor de afonso e o do pedro.seu conto e maravilhoso, parabens.

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Mocinho quer me matar de curiosidade?!!? Nossaa como esperei a continuação de seu conto, entrava sempre no seu nick na esperança de ver mais um capítulo postado. E que aflição esperar para saber como foi a consulta mas valeu a pena que conto lindo, estou emocionada aqui e feliz que voltou a postar.

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Muito Obrigado Danny 2012.

geo matheus fiquei sem palavras, foi o melhor comentário que recebi. obrigado do fundo do coração. Muito obrigado, fiquei sem palavras...

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Paraéns pelo conto.

É um conto emocionante por tocar em assuntos que muitos não se importam de refletir sobre eles,as vezes certos tópicos ficam abreviados porque causam estranhamento,dor e medo.

Fazer um conto com temas que tocam ao espírito,cujo principal motivo é emoção,torna-se essencial na vida,acreditamos no diálogo se faz necessário para aprender com as diferenças,mesmo que não tenhamos a prática de exercitá-la.

Desejo que volte em breve para nos prestigiar com sua escrita maravilhosa.

Abraços.

Boa noite.

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