EU TE AMO 5

Um conto erótico de CARPE DIEM*
Categoria: Homossexual
Contém 2210 palavras
Data: 29/06/2012 15:34:34
Última revisão: 24/05/2018 20:58:32

Eu não sabia o que dizer. E agora? Pensando bem... Seria tão mais fácil se a Clara se interessasse pelo Breno, já que eles ficaram juntos por um tempo, ou até mesmo o Edu que era todo “másculo” e tal, mas se apaixonar logo por mim? Nessa época eu tinha o rosto meio infantil, rsrsrs, bem muleque mesmo hahaha, com piercings, brinco, essas coisas, totalmente o contrário da Clara que era toda delicadinha. Não tinha razão para ela atrair-se por mim, mas essas coisas do coração não tem muita explicação não.

Eu – Clara. Como aconteceu isso? (perguntei calmo, tentando compreender).

Clara - Começa assim: Primeiro o olhar, depois você descobre as afinidades, aí vem à convivência e, por último você percebe que não pode ficar longe da pessoa. (ela disse com ironia).

Eu - É serio.

Clara - Eu não sei Diego, não sei explicar, essas coisas são assim.

Eu - Olha Clara, não queria te deixar triste, mas...

Ela me interrompeu.

Clara - Mas, não podemos ficar juntos.

Eu - Você entende?

Clara - Não entendo, mas eu só queria que você soubesse, mesmo que não sinta nada por mim.

Eu - Eu sinto algo por você.

Clara - Mas não na mesma intensidade né?

Eu - Você é importante para mim, por isso estou sendo sincero.

Clara- E você ainda quer saber o motivo de gostar tanto assim de você? (ela disse sorrindo).

*Silêncio.

Clara - Não fica assim Diego você não tem culpa. (ela disse me consolando).

Eu - Nem sei o que te dizer.

Clara - Vamos esquecer tudo bem?

Eu - Mas vamos continuar sendo amigos. Ok? Não vai ficar chateada comigo?

Clara - E você acha que vou deixar de conversar contigo? Nunca.

Eu não poderia dar falsas esperanças para ela, não mesmo. Continuamos mais um tempo por lá. É claro que o clima ficou meio ‘estranho’ diante dessa situação, mas nós combinamos de seguir assim: apenas bons amigos. Meu desejo era que a Clara encontrasse alguém para ‘entregar’ esse amor que ela dizia sentir, pois de mim, ela não teria nada além da minha amizade. Nos despedimos e cada um seguiu seu rumo. Estava distraído caminhando, até o Eduardo parar o carro perto de mim.

Eduardo - Entra. (ele disse abrindo a porta).

Eu - Por acaso você está me seguindo?

Eduardo - Você acha? Claro que não (debochando). Eu estava passando e por acaso te vi. É claro que estava te seguindo. Kkkkkkkkk.

Eu - Porque você não me deixa em paz? (irritado).

Eduardo - Não vou sair da sua vida. Agora entra logo.

Eu – Você é muito chato. Não gosto desse seu jeito Eduardo. (falei entrando no carro).

Eduardo - Que jeito? Lindo e sensual?

Eu - Não. Irritante e mandão.

Eu pensava em tudo o que a Clara tinha me dito. Era muita informação. Realmente ela era linda e qualquer pessoa gostaria de ‘tê-la’. Logo, o Eduardo se incomodou com todo esse meu silêncio e resolveu interferir nos meus pensamentos.

Eduardo - O que você tem?

Eu - Nada.

Eduardo - Ok. Então para onde nós vamos agora?

Eu - Eu vou para minha casa e você vai para sua, ok?

Eduardo - Pensei que você queria fazer algo. Porque você estava na praia até essa hora?

Eu - Não te interessa.

Eduardo - Depois eu é que sou sem educação.

Eu - Quer saber? Me esquece.

Sei que o respondi mal, mas esse papo da Clara estava martelando na minha cabeça. Então ele parou o carro.

Eduardo – Fala. O que tá pegando?

Eu – Eu não tenho nada para falar.

Eduardo - Tem sim. Eu te conheço.

Eu - Você não me conhece. (falei irritado).

Eduardo – Amor ♥... (ele disse fazendo carinho no meu rosto). Você acha que não, mas eu te conheço perfeitamente. Agora fala. Porque eu não sou adivinho.

Eu - Uma pessoa disse que me ama.

Eduardo - Quem disse isso?

Eu – Eu não vou te falar.

Eduardo - É aquele cara lá da balada né? Vocês trocaram telefones?

Eu - Você é muito paranóico, sabia?

Eduardo - E o que você fez?

Eu - Eu beijei essa pessoa. (menti. Nem sei por que).

Eduardo - Me diz quem é a pessoa que vou matar?(ele disse nervoso).

Eu - Se você quiser matar a Clara. (respondi calmo).

Ele ficou parado, sem entender, mas até hoje, nem eu entendo rsrsrs.

Eduardo - Mas a Clara? E porque você não disse que já tem namorado?

Eu - Sim, ela disse que é apaixonada por mim, e você não é meu namorado não Eduardo, e ela ainda não sabe que eu sou gay. (respondi, já sem paciência).

Já em casa, arrumei minha bagunça. Depois, comprei algumas coisinhas e preparei tudo para a vinda do meu ‘povo’ e, logo mais eles chegaram. Eu sempre fui um cara superfamília, gosto de ficar com os amigos e tudo mais, por isso fazia sempre o possível para estar junto deles, apesar de que também é muito bom viver sozinho.

Estávamos na sala conversando quando a Campainha tocou, quando meu amigo foi abrir a porta, era o Eduardo lá paradão. Aff. Eu não tinha o convidado e nem queria vê-lo naquela hora. Nem acreditei quando o vi e, ele estava lá todo sorridente. Cumprimentou todo mundo sendo bem simpático até. Então, chamei meus amigos para me acompanharem até o quarto e deixei-o lá com meus pais. Notei que ele não gostou muito. Logo, meu pai foi até o quarto dizendo que era para eu chamar o Eduardo para se juntar conosco também, já que ele era meu 'amigo'. Fazer o que? Então, fui buscá-lo, mas quando estávamos no caminho do quarto, ele me questionou muito bravo que não era para eu deixá-lo sozinho e tal, mas ele não veio ver meus pais? Então, que fique com eles, ora. Depois de um tempo, ele foi embora, e assim ficou mais fácil para minha irmã e minhas amigas o elogiarem bastante. Aff.

Logo mais á noite, saímos para jantar e nesse tempo nem lembrava mais da festa do Eduardo. Já era tarde e meus amigos louquinhos para dar uma volta. Até que seria bom relembrar meus velhos tempos com eles. Eu poderia falar da festa, mas acho que eles não ficariam a vontade num ambiente diferente do nosso. Meus pais foram dormir e meus irmãos também. Eu não poderia privá-los de se divertirem por conta dessa relação minha e do Eduardo e, também estava ficando com remorso, já que eles queriam tanto sair e tal. Logo meu telefone tocou e era o Breno dizendo que lá estava muito legal, mas o dono da casa havia sumido. Eu já imaginava que ele viria me buscar, então apressei meus amigos, avisei meus pais e ficamos na entrada de casa esperando-o e, logo quando o Eduardo chegou já ficou surpreso por me ver pronto. Por todo o caminho até sua casa, ele dava atenção á todo mundo. Quando chegamos lá, tratei de tentar enturmar todos os meus amigos. A Clara assim que me viu, chegou junto me abraçando, bem grudenta mesmo. O Eduardo estava só de longe nos observando, mas nessa hora ele logo chegou perto também.

Eduardo - Diego me ajuda pegar umas coisas lá dentro.

Confesso que às vezes eu gostava de contrariá-lo um pouquinho, mas só um pouquinho rsrsrs.

Eu – Ah! Chama o Breno.

Eduardo - É rápido Diego. Vem comigo.

Entreguei minha bebida para minha amiga, entramos na cozinha e ele já foi me arrastando para o quarto, me intimando.

Eduardo - Não quero você perto da Clara.

Eu – Ei. Você não manda em mim, tá entendendo?(respondi irritado).

Eduardo - Você não tá vendo que ela está dando em cima de você não?.

*Silêncio.

Eduardo - Pô Diego. Não faz isso comigo cara.

Eu - Acabou?

Eduardo - Como acabou? Do que você tá falando?

Eu - Eu vim para essa festa para me divertir. Ok? Não pra discutir relação.

Eduardo - Me responde uma ultima coisa?

Eu – Vai. Fala.

Eduardo - Você a beijou mesmo?

Eu - O que você acha?(fiquei o encarando).

Eduardo - Eu não sei por isso estou te perguntando.

Eu - Se você realmente me conhecesse nem teria feito essa pergunta.

Deixei-o no quarto e desci. Meus amigos estranharam essa demora, mas inventei umas desculpas. Tentei ficar lá e curtir mais um pouco, mas toda hora aparecia alguém procurando o Eduardo e nada dele voltar logo. Fui ao seu quarto e, ele estava lá deitado com cara de poucos amigos.

Eu - A festa é sua e você aqui dentro?

Dessa vez ele não respondeu e já que não queria conversar, era melhor eu sair, mas ele voltou atrás e pediu para eu ficar ali. Eu estava mais preocupado com os seus convidados e se alguém chegaria naquele momento e nos visse juntos, do que ficar no quarto com ele. Eu tentava compreender o Eduardo, juro que eu tentava, mas às vezes nem eu mesmo me entendia. Deitei junto dele e ficamos em silêncio. O único barulho era lá embaixo.

Eduardo - Eu te amo tanto.

*Silêncio.

Eduardo - Você adora me ver sofrer né?

Eu - E você não para de falar né?

Eduardo - Amor?

Eu - Para de me chamar de amor, por favor.

Eduardo - Você não gosta que as pessoas demonstrem amor por você?

Eu - Quando elas são sinceras sim.

Eduardo - Me dá um beijo?

Eu – Claro que não.

Eduardo - Só um vai?

Eu - Já disse que não.

Eduardo- Tá vendo? Eu me esforço, digo que te amo e você em vez de aproveitar vive me esculachando.

Eu- Tá vendo também? Por isso nós nunca daremos certo, você só enxerga as coisas do seu jeito. (falei já me levantando).

Eduardo - E você? Sempre egoista, tudo tem que ser como você quer.

Eu - Quer saber Eduardo...? Esquece, é melhor eu ir embora.

Eu estava muito bravo e, logo quando desci, já quis ir para casa, já não tinha clima nenhum para ficar ali. No domingo, acordei super mal, de ressaca, mas eu precisava me esforçar para os meus amigos se divertirem também, afinal, eles vieram para cá por minha causa. Levei-os ao shopping, mas eles sabiam que eu não estava muito legal não, dava para perceber logo de cara. Logo à tarde, eles se foram e, agora sim pela primeira vez eu estava me sentindo muito sozinho e triste. Na segunda, cheguei à faculdade e o Breno já estava na sala me aguardando. Conversamos um pouco, e ele me contou sobre a noite passada. Até aí tudo bem, foi quando eu descobri que o Eduardo havia ficado quase o tempo todo no quarto.

Esse fato me preocupou um pouco, mas eu não deixei transparecer não. Na hora do intervalo, ele nem ficou conosco. E foi assim durante toda a semana,fugindo de mim, mas vida que segue. Final de semana chegou e o Breno tinha me convidado para passar com sua família e a do Eduardo na casa de praia deles. Achei melhor não ir, porque não queria encontrá-lo e passar mais uns dias brigando com ele, então ficaria em casa mesmo de bobeira e sozinho. Á noite a Clara foi na minha casa, e nos divertimos muito. Depois de um tempo conversando, ela me disse que tinha concluído que o certo seria mesmo continuarmos amigos e que não daria certo um relacionamento entre nós. No domingo resolvi ir á praia, estava pensando na vida quando encontrei um amigo, conversamos um pouco, depois fui para casa. Decidi então que a noite eu iria sair mesmo sozinho tentaria me distrair. Cheguei numa festa qualquer, dancei, me diverti e, já indo para casa, um pouco mais escuro até o ponto de táxi, tentei andar rapidamente, mas logo vejo pessoas estranhas me perseguindo (cadê o Eduardo para me seguir agora)?

O inevitável aconteceu. Me assaltaram e, como se não bastasse ainda fui agredido (sempre pode piorar), tentei pedir ajuda, mas não conseguia andar direito, já que havia levado um corte e estava sangrando um pouco. Eu sentia medo é claro, mas naquele momento eu tentei ficar calmo, até que passou um casal por mim, então pedi ajuda. Depois de relutarem um pouco, eles me socorreram... Até porque é muito complicado hoje em dia, já que nunca se sabe o porquê alguém está ferido, tudo é tão perigoso. Prestei queixa, e logo no hospital liguei para o Breno, mas esqueci de que ele não estava em casa. Então, engoli meu orgulho e liguei para o Eduardo, ele não respondeu logo no início não, tentei bastante até me atender.

Eduardo - O que você quer?

Eu - Por favor...

Eu não queria brigar, não mais. Só precisava de ajuda.

Eduardo - Fala logo (ele disse com raiva).

Eu - Eu estou no hospital.

Eduardo - O que?! Como assim?

Eu - Você pode vir me buscar?

Dentro de pouco tempo ele chegou. Agradeci o casal que a todo tempo ficou ali comigo e seguimos. O Eduardo me recomendou muito cuidado, para eu ter atenção e tal e, eu já estava me sentindo muito culpado por vários motivos. Novamente ele me levou para sua casa, mas dessa vez eu nem questionei porque eu não queria ficar sozinho. Então, ele me emprestou uma roupa para vestir tomei banho e deitei. Logo ele voltou para me desejar boa noite.

Eduardo - Pensei que já estava dormindo.

Eu – Não. Eu to sem sono.

Ele ficou me olhando.

Eduardo - Bom. Então boa noite.

Eu não podia errar mais, não dessa vez.

Eu - Aonde você vai?

Eduardo - Vou dormir no outro quarto, te deixar mais a vontade.

Eu – Espera.

Eduardo – Fala.

Eu - Dorme aqui comigo?

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Comentários

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Não acho o Dih seco e bruto, só acho que ele não quer entregar todas as fichas logo assim no início, poq muitas as vezes nos fodemos por fazer isso, minha gente....

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Cara o Edu gosta mesmo de ti, e você é meio bruto, meio seco, sei que não é de demonstrar sentimentos, como já nos relatou no inicio do conto, mas deixa as pessoas demonstrarem que gostam de ti. Maravilhoso.

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Cara você é um tanto seco kkkkkk

Mais tá dando certo o desprezo vale muito...assim você. Mata papai!

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Até que fim, pelo menos um simples gesto de carinho ;) to adoranduuuu

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Ja tava na hora de vc dar uma entrada para o Edu né ja estava com peninha dele...continua logo

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vc faz gato e sapato do dudu e quando vc precisa e ele quem te socorre, para de humilhar o menino e se entrega garoto. que seja eterno enquanto dure.

bjs

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agr vc quer ele neah danado kkkk pois eh tadinho o kra se derretendo ae por ti e tu so dando patada olha q para um cara q so ficou com mulheres n e facil admitir q ta gostando de um kra nao eu sei pq ja passei por isso e sei o quanto doi

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olha tem um ditado para o dih quem desdenha quer comprar entao e claro que ele ta interessado no Edu só não quer dar o braço a torcer kkkk a historia ta muito legal parabéns

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Tadinho do eduardo vc ta esculaxando ele.

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vou te falar... vc humilha muito e Eduardo....agora q ele te der um gelo ele tem toda razão rsr!!! bjs

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