Os olhos da Monalisa - Parte 1

Um conto erótico de Hudson2012
Categoria: Homossexual
Contém 1532 palavras
Data: 16/05/2012 02:35:17

Todas as vezes que eu saía com minha mãe, tinha a certeza que não voltaria de mãos abanando. Eu sabia que bastava fazer uma carinha mais dócil e ela sempre comprava o que eu queria. Alguns metidos a psicólogos diriam que meu interesse por homens teria muito a ver com esse jeito que ela me educou, sempre cheio de mimos e vontades. Por isso, quando entramos naquela galeria, eu me despreocupei com relação a valores e foquei unicamente na busca por algo que realmente pudesse quebrar aquele branco sem graça da parede do meu quarto.

Enquanto ela conversava com um dos vendedores que tentava empurrar alguma coisa medonha, eu andava pelo local, analisando todas as pinturas e era incrível como eu sempre me perguntava por que os artistas insistiam em retratar paus minúsculos em quadros e esculturas. Ou, pior ainda, por que no meio de tanta gente nua, nenhum cara ficava excitado? Eu pensava isso analisando aquelas obras, mas tratava de mudar de foco, pois pensar em homem me deixava de pau duro e a roupa que eu estava usando me permitiria disfarçar.

Foi quando, de repente, me deparei com ela. A mãe de todas! A perfeita! Ela que, se tivesse nascido nos dias de hoje, com certeza receberia o status de Diva. Sempre me fascinei por aquela mulher. Gioconda ou, como é mais conhecida, a Monalisa. Com seu olhar misterioso, o seu sorriso cínico. Eu poderia jurar que ela tinha acabado de chupar o pintor. Isso me fascinava nela. Algumas pessoas viam tristeza em Monalisa. Eu via sexo. Aliás, eu via sexo em tudo na minha vida.

_Mãe, vamos levar a Monalisa. _falei, interrompendo a conversa do vendedor.

_Carlos, você sabe que não é a pintura original, não é? _disse ela, com um sorriso meio tímido, como se estivesse discordando da minha escolha.

Não havia o que discutir. Uma vez que eu tivesse feito essa escolha, não voltaria atrás. Na verdade, a imitação da Monalisa estava bem barata, comparada a outras peças que eu poderia levar. Mas nada me interessava. A única coisa que eu queria era ter aquela mulher na minha parede.

Já havíamos saído da loja há um bom tempo e enfrentávamos aquele trânsito infernal, quando minha mãe resolveu colocar na conversa o verdadeiro motivo pelo qual decidiu me dar um presente naquele dia e, com certeza, não era algo que iria me agradar.

_Seu primo vem aí pra passar uns dias com a gente! _disse ela a meio tom, como se fosse uma coisa corriqueira.

_Que primo?

_O Diego! Vocês brincavam muito quando eram crianças. Não lembra?

_A gente não brincava mãe. A gente tentava se matar! Eu fui parar duas vezes no hospital por causa dele.

_Vocês eram crianças! Crianças sempre aprontam. Mas agora são dois homens, quase maiores de idade. Dois homens juntos não podem brigar.

Calei-me por um instante, enquanto apenas analisava uma parte de sua fala: "Dois homens juntos"... Isso ecoava em minha cabeça. Eu conseguia pôr maldade e sexo em qualquer situação. É claro que minha não fazia idéia da minha enorme atração por homens. Ali mesmo, no meio do engarrafamento, eu conseguia olhar pros motoristas gostosos, imaginando como seria bem desestressante transar dentro do carro, sem ar condicionado, enquanto nossos corpos suados se encostavam. Só de pensar nisso, meu pau endurecia e eu tentava disfarçar com a bolsa da minha mãe, que estava sobre minhas pernas. Sem falar nas malas dos motoqueiros. Amo motoqueiros! São machos! Mas enfim... não! Não teria nada com aquele maldito primo! Tenho as piores lembranças dele.

_Carlos, não há o que discutir. _falou ela, daquele jeito que fala quando tenta me colocar no meu lugar.

Eu sabia que se eu começasse a discutir iríamos brigar e a situação ficaria insustentável. Fechei a cara e esperei chegar em casa. Tranquei-me no quarto, pendurei o quadro da Monalisa na parede e fiquei olhando para ela, enquanto pensava como reagiria quando Diego estivesse de volta na minha casa. De fato, não éramos mais crianças para nos atracarmos como antes, mas eu não tinha a menor afinidade com ele para ficarmos conversando sobre nada. Monalisa parecia viva. Parecia me olhar e entender o que eu sentia. Mais do que isso, ela parecia querer me dar alguma idéia sobre essa nova situação.

Naquela noite, quando estava quase fechando o notebook para dormir, resolvi dar uma olhada no perfil de Diego no facebook. Eu não o tinha adicionado. Realmente, não tínhamos absolutamente nenhum contato, mas eu sabia como achá-lo. Suas fotos estavam abertas a todos. E uma coisa eu percebi que ele era: exibicionista. A própria foto do perfil já passava essa imagem. Sem camisa, de óculos escuros, sorrindo e fazendo sinal de positivo para a câmera.

Que tesão aquele menino tinha se tornado. Abri o seu álbum e vi até fotos de cueca. Eu nao resisti, comecei olhar com bastante atenção, procurando o contorno do pau na cueca. Vendo aquilo, meu começou a ficar duro e eu pensei que a minha história com esse primo poderia ter sido bem mais divertidas como são as histórias que se ouve por aí ou que se lê nos contos.

Meti a mão por dentro do pijama e agarrei meu pau. Diego, por mais que eu o odiasse era uma tentação. E tudo ficava ainda mais tentador quando eu pensava que dali a alguns dias ele estaria na minha casa. Eu não queria me punhetar olhando para aquele garoto, mas diversas situações começaram a vir à minha mente. Nós dois transando na sala, no meu próprio quarto e em vários outros locais da casa. O garoto que eu menos queria aqui agora era meu objeto de desejo. Que inferno!

Os dias foram se passando e, pouco a pouco, fui passando a ter menos rejeição pelo Diego. Comecei várias punhetas olhando pras suas fotos, mas nunca cheguei a gozar em nenhuma delas. Na minha cabeça, tudo o que eu queria era começar a ter uma relação diferente com ele e todas as minhas gozadas eu queria dar na presença dele. Às vezes eu chegava a rir desses desejos. Mas, ao mesmo tempo, eu pensava que se tive tudo o que sempre quis, Diego não seria uma exceção.

Naquela tarde, eu havia chegado da faculdade, almoçado e tirei um cochilho. Acordei com um voz bem grossa vindo do corredor.

_O vôo atrasou e eu acabei pegando um outro que veio antes. _disse a voz, que eu rapidamente deduzi ser de Diego.

Ele e minha mãe conversavam e eu só conseguia pensar naquela voz, misturada àquele corpo. Todas as características másculas me excitam. Diego era completamente másculo. Ainda meio sonolento, deitei de bruços e continuei ouvindo sua conversa com minha mãe. Eu estava só de cueca e fique roçando meu pau na cama. Eu pude sentir que já estava começando a babar de tesão, só de imaginar aquele primo gostoso ali do lado.

Diego iria ficar no quarto lateral ao meu. Havia apenas uma parede dividindo os dois quartos. Aquela parede, antes sem graça, agora enfeitada pelo quadro da Monalisa. É claro que eu não perdi tempo e já havia providenciado uma armação. Aproveitei uma das saídas da minha mãe e fiz um buraco na parede, justamente no local onde ficavam os olhos da Monalisa. Era um buraco discreto, claro. Era só subir na cama e colocar os meus olhos ali que eu saberia exatamente tudo o que se passava no quarto do Diego.

Mas não era nisso que eu pensavam no momento. Pensava naquela voz falando no meu ouvido, naquele corpo másculo, o peito, a barriga definida, tudo se esfregando em mim. Pensar nele como um inimigo, tornava tudo mais excitante. Nunca gostei de sexo muito romântico. Sexo é sexo, é violento pela própria natureza. Pegue, mas pegue com jeito. Com força!

Enquanto pensava nisso, meu corpo todo se arrepiava, enquanto eu sentia a porra sujar toda a cueca. Merda! E o colchão! E agora? Esfreguei com a mão, joguei outro lençol por cima e agora era torcer pra que minha mãe não percebesse.

Fiquei o resto do dia ali no quarto sem saber o que fazer, imaginando como seria ao vê-lo pela primeira vez ao vivo, depois de tanto tempo. E se o meu pau ficasse duro na sua frente? Tentei inventar milhões de coisas pra fazer, mas nada fazia o tempo passar. Fiquei louco quando ouvi o barulho do chuveiro, imaginando aquele corpo molhado. E o pau... Tudo o que eu mais queria era ver aquele pau. De repente, todos os meus pensamentos foram interrompidos por minha mãe batendo à porta. Pelo menos, era o que eu achava.

Abri a porta, meio carrancudo e com cara de poucos amigos. Eu não queria que ela me fizesse sair para conhecer o Diego naquele dia. Mas, para minha surpresa, não era ela. Era o próprio Diego que estava ali, parado na minha frente, de banho tomado, cabelos molhados, sem camisa, com os mamilos ainda eriçados por causa do frio e, com certeza, sem cueca, por causa do pau marcando no moletom. Fiquei sem reação. Acuado. Como jamais pensei que me sentiria.

_Eu achei que não ia ver o meu primo! _disse ele com um sorriso no rosto.

(CONTINUA...)

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Comentários

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Adorei cara. Muito bom. Se puder , leia os meus também...

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