Sem-Razões

Um conto erótico de Lex
Categoria: Homossexual
Contém 1117 palavras
Data: 08/05/2012 22:50:09

"Vocês são a minha motivação para escrever"

Não fugi, nem evitei aqueles olhos. Afinal eram eles que me mantinham ali de pé. Simplesmente entrei e o abracei. Era tudo tão confuso, mas eu tinha certeza de que ele estava ali e que meu melhor amigo, Bernar não me deixaria apesar de distância ou tempo.

- Lex juro que sempre estarei com você cara. Não importa onde. Vou estar dentro de você.

Bernar falou isso levando sua mão até meu peito onde meu coração palpitava acelerado como se tivesse sido despertado apenas pelo seu toque. Eu me enterrei junto àqueles braços e mantive-me assim por vários minutos até que uma voz vinda do andar de baixo nos tirasse daquele universo só nosso. Meu e dele. Nosso enfim. De amigos, de irmãos, de companheiros.

- Alexander Ivanov, traz o Bernar e venham jantar. Seus avós estão aqui.

Não queria comer, nem ver meus avós que eu amava mais que tudo nessa vida. Não naquela hora, naquela hora eu queria estar com o Bernar. Como nunca estive, fazer dele meu homem, meu eu, um só. Corpo alma e espírito; ter aquele garoto só para mim. Entregar-me. Mas que desejos são esses? Afinal o Bernar é o garoto mais hétero e popular que eu conheço. Até achei estranho essa pequena declaração que ele havia acabado de fazer. Mas não foi bem declaração, ele simplesmente sussurrou e eu muito atrevido por ironia escutei. Melhor eu parar ou vou acabar perdendo ele, ninguém quer um melhor amigo viadinho apaixonado. Quer? Acho que não o Bernar.

-Desce logo Alexander Ivanov, sua mãe não vai ter a mesma paciência, sabe como ela é.

-Então ta Ber. Mas...

- Fala Lex.

- O que aconteceu hoje foi coisa da nossa amizade, certo?

- Certo.

-E eu quero sim que você vá pra Rússia, é um sonho que nós compartilhamos, mas eu ainda não to pronto. E afinal

vai ser ótimo pra sua formação e talz.

- Sabia que você ia entender. Mas relaxa amigos são assim mesmo. Hoje eu percebi que eu sou muito fechado com você e tudo mais. Mas eu não faço por mal, é meu jeito você sabe. Mas com você vai ser diferente, aliás tem que ser diferente.

- Também tem coisas que eu tenho que mudar.

- Lex você é o melhor amigo que alguém poderia ter cara! O melhor conselheiro e sempre cuida de mim depois das festas, haha.

- Verdade.

- Tanto é verdade que eu falo mais de mim do que de você. Eu queria conhecer mais você.

- Você já me conhece desde que temos 5 anos.

- Lerdo, não desse jeito né.

- Então de que jeito?

- Você nunca dos seus lances e talz. Mesmo daqueles que eu te ajeito, que são com as minas mais gostosas da

escola.

- Sei lá mano, nem fico muito à vontade e talz. Vc sabe.

- É, você sempre foi muito tímido todo mundo fala. Mas eles não te conhecem como eu.

- Mano vamo comer antes que a dona Rita surte conosco.

Descemos. Cumprimentamos meus avós. Ele sentou do meu lado. Fizemos as orações. Mas eu nem toquei na comida.

- Querido você está bem?

- Sim mãe, por quê?

-Parece meio pálido.

- Só to um pouco resfriado. Não se preocupa.

Sempre nesses momentos de família em que não há assunto nem emoções variadas, alguém sempre diz um comentário incomodo. Dessa vez não seria diferente, e foi minha avó quem começou:

- Então Lex meu neto, e a namorada?

- Dona Sarah, não seria namoradas? –Disse Bernard só para me provocar

- Esse é o meu filho. –Disse meu pai num tom de orgulho.

- Vocês sabiam que o Lex tem que dispensar um monte de garotas que ficam no seu pé?

- Gente não liga pro Ber, ele bebeu refrigerante demais e está delirando.

- Querido, não precisa ter vergonha dessas coisas. Estamos em casa e afinal na sua idade os hormônios..

- Não mãe, essa conversa de novo não, eu já sei de tudo isso.

-Mas você usa camisinha né meu filho?

Disse meu avô quebrando aquela conversa que até aquele momento tinha valores morais, até aquele momento

- Vô, para de besteira.

- Não se preocupa seu Joseph. Eu to sempre deixando umas com ele. Eu sei que ele é meio desprevenido. – Disse Ber em tom de deboche.

- Mas filho a mamãe sempre fala sobre sexualidade com você meu querido! Tem que se cuidar meu amor.

- Tia Rita você não sabe nem da metade das coisas que seu filhinho lindo apronta por aí destruindo corações de donzelas indefesas.

-Chega de besteira Bernard! Mãe, vou pegar a sobremesa na geladeira e depois vou subir com o Ber porque a gente tem que terminar de ensaiar.

- Licença, família maravilhosa. – disse Bernard.

Deixei a sobremesa na mesa e subi rindo com as bobagens do Ber.

- Pega o violão ae Ber.

- Mas já Lex. Ainda nem terminei de mastigar a comida.

-A gente tem que terminar logo.

- Vou dormir aqui hoje então, posso?

- Garoto você não precisa pedir, aqui também é sua casa.

- Vou pedir pra minha mãe trazer umas roupas. Pera ae.

Eu e Bernard compúnhamos musicas para a banda da nossa turma. O nome era STAL´ que significa aço. A última parte DA MÚSICA até aquela hora era:

A HORA NÃO PASSA,

O TEMPO NÃO VÊ,

CORREM OS CARROS,

MORREM OS PASSAROS,

MAS AQUI RESTA VOCÊ...

Enquanto Eu pensava na próxima parte, Bernard foi buscar suas coisas que já estavam lá em baixo.

- Lex pensou em algo?

- Sei lá cara, falta inspiração.

-Vou tomar um banho porque to cansado. Vamo terminar depois isso ai, pedi pra minha mãe trazer um filme pra gente ver.

- Melhor terminar a música. Falta só esse refrão.

- Ta vou tomar banho e venho te ajudar.

Bernard nunca teve vergonha e se despiu ali mesmo. Era como se cada gesto dele provocasse em mim uma série de fagulhas que me incomodavam por dentro. Primeiro a blusa de lã Helfiger vermelha que eu havia dado de niver pra ele, o vermelho nele ficava bem intenso por causa da pele clara dele.

Depois a camisa, aquele corpo pequeno e delicado já mostrava os traços fortes da idade como os bíceps saltando para fora da camiseta regata e logo aquele peito despido por completo com alguns pelos finos e claros revelavam a masculinidade que exalava de Bernard. O abdômen com as curvas lapidadas naturalmente davam o toque final naquele garoto de apesar da pouca altura praticava esportes com muita freqüência.

Da calça jeans colada agora saltavam pernas torneadas e com muitos pelos loiros como os do peito. Logo estava somente de cueca. Foi até o banheiro e encerrou o espetáculo sensual que eu admirava sem que ele percebesse através do espelho do closet.

Capítulo II

Obrigado a todos vocês amigos leitores. Um beijo

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 3 estrelas.
Incentive Moço da Casa ao Lado a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.
Foto de perfil genéricaMoço da Casa ao LadoContos: 23Seguidores: 2Seguindo: 0Mensagem

Comentários

Foto de perfil genérica

gostei, vai um dez. Desculpa o toque...mas será que você não queria dizer...'STELL' em vez de STAL? STELL- AÇO.

0 0