A Dama e o Bruto (parte 3)

Um conto erótico de Izz
Categoria: Heterossexual
Contém 1328 palavras
Data: 05/05/2012 17:09:30

CONTINUAÇÃO...

Ao ver aquela cena me deu um embrulho no estomago, tive vontade voar naquela vadia e bater nela, até ela entender que ele era meu, mas ai eu recuperei a consciência e percebi, que ao contrario do que eu estava começando a achar, ele não era meu.

Provavelmente, ele já deveria ter dito para os amiguinhos dele que só foi ele vir com um papinho mole, e a “psicóloga estressadinha” já foi logo se entregando a ele.

Tudo isso eu fui pensando enquanto voltava para minha sala.

Entrei e sentei em minha cadeira, minha garganta estava com um nó, percebi que a vontade de chorar era imensa, mas consegui me segurar, porém uma das minhas amigas, a Juliana, percebeu que eu voltei estranha e me perguntou:

-Amiga tudo bem?Você voltou com uma cara estranha, o que aconteceu lá fora?

Quando abri a boca para respondê-la, tudo aquilo que eu estava guardando para mim, saiu em forma de lagrimas.

Minha amiga se assustou.

-Iza o que aconteceu?Me fala.Sua mãe te ligou?Aconteceu algo com a sua avó?

Somente neguei com a cabeça. Não conseguiria contar a ela.

Logo todas as minhas amigas que sentavam perto de mim,percebendo que eu estava chorando,ficaram me olhando e questionando o que tinha ocorrido, mas elas viram que eu não diria nada a elas, então somente me consolavam e falavam para eu não ficar daquele jeito.

Na hora do intervalo, não tive vontade de descer, não conseguiria olhar para ele. Eu estava com vergonha, não vergonha de ele ter dito algo para seus amigos, mas sim vergonha, de eu por um momento ter cogitado a idéia de dar uma chance a ele, vergonha por ter quase me entregado para uma pessoa que só queria saber de pegar todas. Agora eu percebia que sim, ele era um ótimo ator, por um momento me convenceu de que era um cara legal, e que as outras pessoas é que o julgava mal. Como eu posso ter sido tão tonta??!

Fiquei na sala, lendo um livro, e quando menos espero vejo alguém sentando na cadeira a minha frente, não foi preciso tirar os olhos do meu livro para ver quem era, aquele perfume já estava impregnado em minhas lembranças, antes o perfume dele me causava arrepios, agora me dava náuseas.

Continuei lendo meu livro, na verdade, somente fingi que estava lendo o livro, por que meus olhos encheram-se de água novamente, porém não estava magoada, agora eu estava com raiva, raiva dele ter o descaramento de ir a minha sala, e sentar-se a minha frente como se nada tivesse acontecido, o que ele queria?Pisotear os meus sentimentos?

Para chamar minha atenção ele pigarreou. Só que eu não o olhei, então ele falou:

-Nossa esse livro deve ser realmente muito bom.

Nada falei então ele tentou mais uma vez:

-Por mais interessante que esse livro possa ser, será que eu não mereço pelo menos cinco minutinhos da sua atenção?

Finalmente engoli minhas lágrimas, tirei meus olhos do livro, o encarei e falei:

-Sinceramente?Você não merece nem que eu olhe na sua cara.

Ele ficou surpreso com minha resposta, estava claro que ele nem imaginava que eu tinha presenciado aquela cena grotesca dele com a vadiazinha.

-Nossa, de onde veio isso?Depois de ontem, pensei que estava tudo bem entre a gente.

Tentei me controlar,mas não consegui,olhei para ele e disse:

-Ontem foi um erro que eu cometi, e nunca, jamais voltarei a cometer um erro tão idiota como aquele,agora se você não se importa,prefiro a companhia do meu livro,e aposto que pra você companhia não deve faltar,então vai lá e siga seus extintos de pegador.

-Por que você está falando isso?Me diz o que aconteceu?

Como ele poderia ser tão sínico?Ele queria que eu fala-se, pois bem,ele iria me escutar.

-Aconteceu que por um momento eu cheguei a acreditar que você era uma pessoa legal, eu pensei que as pessoas é que te julgavam mal, cheguei até a cogitar a idéia de finalmente me abrir para alguém, deixar finalmente de ser uma pessoa fria e passar a seguir meus sentimentos.

Minhas lagrimas que eu tanto quis controlar, já estavam descendo pelo meu rosto. Tomei fôlego e continuei:

-Mas ai hoje eu chego na faculdade,e o que vejo?Você se agarrando com uma garota no corredor, justamente no corredor da minha sala.

Mas quer saber a culpa não é sua,você simplesmente seguiu seus extintos de caçador, culpada sou eu por ser tão trouxa.

Ele ouviu tudo o que eu disse em silencio, em nenhum momento tentou me interromper ou se defender, talvez por que não tinha como se defender.

Após disser tudo aquilo, fiquei sem voz e somente minhas lagrimas caiam.

Ele me olhou, deu um suspiro e finalmente falou:

-Eu não fazia idéia de que você tinha visto o que aconteceu, aquela garota é uma ex namorada minha, acho que ela ainda gosta de mim, ou simplesmente não aceita o fato de ter tomado um fora, então ela veio e me beijou, não vou falar que eu fui agarrado, e não quis aquilo, por que estaria mentindo, eu a beijei sim, mas quando eu retribui o beijo, a sua imagem me veio a cabeça, eu pensei no seu sorriso, então eu interrompi o beijo e falei para ela que não ia rolar mais.

Ao ouvir aqui meu coração se encheu de esperanças, mas logo todas elas morreram novamente, por que como eu poderia acreditar nele?Como saberia que era verdade?

-Como você quer que eu acredite em você?

-Eu posso falar várias coisas, disser coisas bonitas, mas nada disso é importante, por que não importa o que eu fale, somente você e seu coração podem decidir se devem confiar em mim.Eu estou sendo muito sincero com você,mas cabe a você decidir se deve me dar uma chance.

O que eu deveria fazer?Metade de minha queria agarrá-lo, beijá-lo, abraçá-lo e sentir seus braços em minha volta, mas a outra metade ainda estava com raiva. Eu precisava de um tempo para decidir o que fazer.

-Não posso te falar nada agora, tenho que pensar, não quero tomar nenhuma atitude precipitada.

-Tudo bem, você está no seu direito. Na hora da saída posso passar aqui na sua sala, para saber o que você decidiu?

-Hum, Ok.

-Então ta, agora eu vou para minha sala. Pensa com carinho ta?!

Ele me disse isso, fez uma carinha de cachorrinho pidão e foi logo saindo.

Como não conseguiria prestar atenção na aula mesmo, arrumei minhas coisas e sai da sala, fui para umas escadas que ficavam perto do corredor, ali eu ficaria sozinha e poderia pensar bem em que decisão tomaria.

Eu tinha que pesar os prós e os contras de acreditar nele.

Decididamente eu estava gostando dele, talvez eu me machuca-se se desse uma chance a ele, mas também poderia estar perdendo a chance de finalmente ser feliz.Ele não era um príncipe e nem perfeito,mas talvez ele fosse o MEU príncipe e poderia ser perfeito para mim.

Ai meu Deus que decisão difícil, o que faço?

Para mim eu estava ali a apenas alguns minutos,mas logo ouço o sinal,que me desperta dos meus pensamentos e me joga de volta a realidade.Já era a hora da saída,e eu deveria tomar uma atitude decisiva.

Ao invés de esperar ele ir ao meu encontro, decido ir a sala dele.

Vou caminhando pelo corredor, e logo o avisto.

-E ai pensou? Ele logo me pergunta.

-Calma ae apressadinho, será que primeiro rolaria uma caroninha?

-Claro.

Eu precisava enrolá-lo mais um pouco, para poder refletir e tomar minha decisão.

Durante o caminho não conversamos. Pela primeira vez, o caminho até minha casa foi rápido.

Ele parou o carro em frente a minha casa,tirou o sinto,virou-se para mim e disse:

-E ai o que você decidiu?

Então eu respondi...

CONTINUA.

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Comentários

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Muito dez... vamos ao restante logo.... htpp://ana20sp.sites.uol.com.br

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Conto mto bom... Esperando ansioso pela continuação

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