Primeiramente queria Desculpar-me com vocês, por conta de alguns comentários no conto anterior. Muito chato isso, estou envergonhada. A Pikeeena me prometeu que não comentará os contos, aliás, como sempre fez, ela apenas se sentiu desconfortável com a possibilidade de ser considerada a traida perante vocês - acho que ela não leu a parte que tive a certeza de que a amava - e foi infantil a ponto de queixar-se através de um comentário, mesmo morando na mesma casa e nos vendo todos os dias. Os comentários indelicados de minha parte e os dela já foram removidos.
Ao conto ...
Incrivel como só comigo acontece essas coisas, dizer 'eu te amo' a pessoa errada =/, que absurdo.
Com o meu nervosismo calei-me e comecei a balançar as pernas, que estavam sobre os encostos laterais da poltrona, com isso rapidamente o Bruno gozou.
Para mim foi uma eternidade, precisava reorganizar as coisas. Ficaria muito chato se eu disse a verdade logo após o sexo, mas também não seria justo deixá-lo ir embora enganado. Assim que ele estiver se preparando para ir embora eu conto a verdade. Fiquei pensando essas coisas enquanto ele foi para o banho. Acho que demorei pois ele saiu enrolado na toalha e eu estava na mesma posição.
BRUNO: Pronta para outra mocinha?
GISELA: O que? NÃO!
Quase gritei, me colocando sentada com as pernas cruzadas. Nos olhamos ele estava visivelmente alegre e eu estava louca sem saber o que dizer ou fazer.
GISELA: Banho.
Como continuação de meus pensamentos foi apenas o que eu disse. Me encaminhei para chuveiro enquanto ele fitava meus suaves passos até lá. Com aquela água que percorria o meu corpo tentava me livrar daquela sensação de sujeira, que me invadia a alma, água e sabão insuficientes. Eu tinha acabado de trair, coisa que acho irrelevante, eu sou uma vagabunda =/.
Sai do banho cheia de coragem e disposta a me abrir com o Bruno, afinal antes de tudo éramos amigos, ele iria entender.
GISELA: Me desculpe, eu não queria te magoar, mas não estava aqui enquanto transávamos, era nela que pensava. Era com ela meus pensamentos, quando disse eu te amo, me desculpa Bruno, em momento algum eu quis lhe magoar, nem te usar, eu apenas me sinto atraida por você, apenas isso. Quem eu amo de verdade, é a Paula.
Disse tudo isso em no máximo dois segundos, nem eu mesma entendi, precisava que fosse rápido ou então perderia a coragem. Mas ele entendeu. Me olhava estático e com lágrimas nos olhos. Continuei.
GISELA: Desculpa, nunca quis te fazer sofrer se eu pudes ...
BRUNO: Eu te compreendo, eu havia percebido em seus olhos o brilho quando dela se referia. Eu vi lá na sala a sua confusão sentimental e me aproveitei disso. Eu fui um canalha. Vai atrás dela e tente se desculpar.
Nem dei bola para o que ele disse. Assenti com a cabeça e comecei a me vestir, ele fazia o mesmo. Saimos juntos portão a fora.
BRUNO: Boa Sorte! E me desculpe novamente.
GISELA: Obrigada.
Cheguei a casa da Paula em poucos minutos. Porem ela estava alerta e havia travado o portão. Como eu ia entrar? Abri-lo ela não iria. Nem atendia meus telefonemas. Estava tão aflita que nada pensava. Não raciocinava direito. De repente uma Luz.
GISELA(telefone): Carol, por favor eu posso ir buscar a chave da casa da Paula que está com você?
CAROL(telefone): A chave? Ela perdeu a dela?
GISELA(telefone): Não não, ela saiu e me pediu para pegar umas coisas para ela aqui, posso buscar?
CAROL(telefone): Não, espere, meu marido está saindo eu peço para ele deixar ai. Você já está na casa dela né. Estou ouvindo o Thor.
GISELA(telefone): Estou sim, okay espero então.
Esperei por quase quarenta minutos até ele chegar. Estava ansiosa e impaciente. Abri o portão com muito cuidado para que não disparasse o alarme. Estava tudo escuro, claro mesmo só Thor, um pitbull branquinho e sem vergonha. Entrei o mais silenciosa possível.
PAULA: Quem te deu autorização para vir aqui? Ainda não percebeu que acabou? Curtiu o seu namoradinho, agora que ele te dispensou você veio atrás de mim? Você é ridícula, puta que faz isso que você fez. Você manipulou as pessoas ao seu redor. Me usou e ao Bruno também. Está satisfeita agora?
Ela gritava, e eu me sentia culpada, ela tinha razão. Eu estava magoando as pessoas que eu mais amei. Que eu escolhi como familia. Eu chorava demais. Até que ela me abraça, me acalmando na escuridão.
PAULA: Pára de chorar Gisela, o Bruno me ligou, ele disse que você viria.
Dizia ela mais amena.
GISELA: Ligou?
PAULA: Ele me disse que transaram, e você disse que o amava pensando em mim. Você sabe que se me amasse mesmo não teriam transado né.
GISELA: Mas e ...
PAULA: Cala a boca. Se me amasse de verdade não faria isso comigo. Muito Lindo dona Gisela, você transa com quem quiser e depois volta pedindo desculpas e a idiota da Paulinha aceita? Não senhora, agora você vai ter que fazer por merecer, todo meu amor e carinho. Eu quero uma simples prova.
GISELA: Que prova?
Indaguei ainda chorosa.
PAULA: Amanhã, às 22hrs aqui em casa saberá.
CONTINUA!
