Cotidiano de Amores Cruzados - Cap. 11

Um conto erótico de Contos Em Série
Categoria: Homossexual
Contém 2906 palavras
Data: 14/04/2012 22:55:05
Última revisão: 14/04/2012 23:01:12

“Uma alma gêmea é como um melhor amigo, mas mais que isso. É a pessoa que te conhece melhor que qualquer outra. Que faz de você alguém melhor. Na verdade, é você mesma que se torna uma pessoa melhor, porque ela é uma inspiração. A alma gêmea é alguém que você carrega consigo, sempre. É a única pessoa que conhecia e aceitou você e que acreditou em você antes dos outros, ou quando os outros não acreditaram. E, aconteça o que acontecer, você sempre vai amá-la. Nada pode mudar isso!” – Dawson’s Creek

1998

Numa tarde ensolarada, num devasto campo desmatado, estava um menino tímido descalço e sem camisa com apenas 8 anos de idade, exibindo um corpo cafuzo magrelo, com os cabelos encaracolados que cobriam a testa e olhos meio que esverdeados. Era Diogo. Seus pensamentos eram confusos, sua visão tentava ir além do horizonte e refrescava-se sentindo a brisa fresca.

– Ei guri! Tas atucanado no tédio é? Como tu te chamas?

Diogo olhou pra trás e viu um menino imperativo pulando e quicando com uma bola. O menino tinha uma pele branca bem pálida, cabelos lisos claramente acastanhados, olhos azul-cinza e um corpo magro espalhado por algumas sardas. Era Gabriel.

– Hein, piá?! O gato comeu tua língua!

Diogo sorriu e levantou estendendo a mão para cumprimentar Gabriel. Gabriel se aquietou, colocando a bola debaixo de um braço, e estendeu a outra mão para Diogo. Mas quando ia apertar a mão de Gabriel, Diogo deu um soco na bola que estava embaixo do braço de Gabriel, a fazendo cair, pegou a bola e saiu correndo rindo, enquanto Gabriel tentava correr atrás dele. E nessa tarde ensolarada, duas pessoas opostas transformaram-se em uma só alma.

– Bah! Eu fiquei tostado com este sol desgramado!

– To exausto! – exclamou Diogo se jogando no mato e olhando pro céu.

O sol já tava se escondendo. Gabriel deitou-se olhando para o céu ao lado do seu mais novo amigo, com quem ficou a tarde toda brincando e conversando .

– Capaz! Tu levaste um coió de mim!

– Vocês, do Sul, falam com um sotaque estranho...

– Claro “mérrmão”! É meiiixmo! – Gabriel imitou Diogo rindo

– Babaca!

– Abobado!

– Branquelo azedo!

– Nescau enfornado!

Os dois olharam um para o outro e começaram a rir. Então do nada, Gabriel se levantou e começou a pular, fazendo headbanging e tocando sua guitarra imaginária.

– É, rock in! Rock in! Rock in… ROLL! – cantarolou Gabriel.

Diogo se levantou e tentava pular em Gabriel para fazê-lo parar. .

– Não, não! Pára com esse rock satânico! – reclamava rindo tampando os ouvidos.

– Nem todo rock é satânico! Mas toda MPB é chata...

– Ih, nem ligo pra música mesmo. Gosto mesmo é de TV! Quando crescer vou ser ator, sabia?

– Que palha... E eu “el gran vocalista do rock”! Aposto 10 pila com tu!

Diogo olhou Gabriel com desdém enquanto ele fazia movimentos com sua guitarra imaginária. Ao perceber a distração do catarinense, Diogo pulou em cima do amigo, só que ambos se desequilibraram e caíram no mato, sendo que Diogo por cima de Gabriel. Os dois ficaram mudos, se encarando sorrindo. .

– Quer ir lá pra minha casa? – perguntaram ambos ao mesmo tempo.

Eles caíram na gargalhada, mas permanecendo na mesma posição.

– É que tem um programa de rádio tri legal que passa neste horário – argumentou Gabriel.

– Detesto rádio. E na minha casa tem uma coisa muito mais interessante... – argumentou Diogo, seguido de um sorriso malicioso.

Gabriel logo se animou...

– Bah! Isso que tu chamas de coisa interessante? – resmungou Gabriel olhando para a TV ligada em pausa numa cena.

– Sim. É Dawson’s Creek, um seriado. Vamos assistir?

– Mas eu...

– Xiu! ! A gente faz o seguinte: Eu te ensino a gostar das coisas que gosto e vice-versa.

– Espero que seja tão fácil como é gostar de ti. – murmurou Gabriel, e Diogo apenas deu um sorriso, despausando a cena e focando seus olhos na TV.

“– Não quero mais dormir aqui.

– Dormimos juntos desde os sete anos, Joey.

– As coisas evoluem, DawsonNão podemos dormir juntos, temos quinze anos. Vamos para o colegial. E já tenho seios. Você tem genitália.

– Sempre tive

– Agora tem maisNão quero que nossos hormônios modifiquem nossa relação.

– Seus hormônios tão querendo algo comigo?

– Não estou querendo nada com você. Conheço-o a muito tempo e o vi arrotar, cutucar nariz. Não quero nadaSó que se não nos adaptarmos, o sexo vai atrapalhar tudo.”

2003

“– Éramos amigos, viramos um casal. Ficamos amigos de novo, e depois, um casal. Então.. O que somos agora?

– Dawson e Joey.

Dawson sorri e tira seu colar colocando em Joey.

– Acha que cada Joey tem um Dawson e cada Dawson tem uma Joey?

– Espero que sim. Pelo bem deles”.

A TV desligou. Na imagem da TV desligada, estava Diogo olhando para a tela, deitado nas pernas de Gabriel, que estava deitado com olhos fechados olhando pra teto.

– Já é quarta vez que você assiste isso – Gabriel abriu os olhos sorrindo – Você devia protagonizar seu próprio seriado.

– Eu não seria um protagonista interessante. Não teria drama, conflitos. Nem uma relação complicada eu tenho!

– E a nossa relação é o que, hein seu piá safado!

Diogo levantou-se rindo, olhou para Gabriel deitado na cama e foi até a ele, o beijando na testa. Então se sentou na cabeceira da cama enquanto Gabriel permanecia deitado.

– Você já teve alguma relação? Já beijou na boca? Teve vontade de...?

– Não! – exclamou Gabriel enojado – Porque essas perguntas?

– Nada – desconversou tenso.

– Diogo...

– Sei lá! Você nunca teve vontade de ter alguém?

– Eu já tenho a você. Isto me basta – disse Gabriel arrancando um sorriso de Diogo, sentando-se e o beijando na testa.

– Eu vou pra minha casa dormir...

– Hã? Adoidastes de vez é? A gente sempre dorme junto.

– Não podemos dormir mais juntos, Biel! – disse levantando-se – As coisas evoluem. Não temos mais 7, 8 anos...

– Tu tás reproduzindo uma cena de...

– Não, Biel! Nos isolamos do resto do mundo e vivemos somente um para o outro! Eu to cansado de todos os dias serem a mesma coisa. Vemos um seriado, escutamos rock e analisamos TV e música. E nesse mundinho isolado, temos os mesmos dilemas!

– É outra cena de...

– Na escola o pessoal vive implicando! Dizendo que a gente não se desgruda, que somos namoradinhos, casalzinhos...

– E daí? Te incomoda isto? Somos almas gêmeas, como Dawson e Joey.

– Pára de viver nos seriados e cresça! Somos apenas Diogo e Biel. Vivendo uma realidade perigosa num mundo diferente. Mas eu cresci! Sinto tesão, sei beijar, toco punheta...

– Beijar? Quem tu beijaste? Porque tu não me constaste antes?!

Diogo apenas sentou na borda da cama e abaixou a cabeça.

– Tu não confias mais em mim? Nós planejamos que íamos perder ao mesmo tempo o BV, pois era algo especial. Porque tu não foste honesto comigo?

– A gente nunca vai conseguir honestos um com outro. Dizer o que sentimos de verdade um pelo outro. O que desejamos. O que realmente queremos um do outro.

Gabriel abaixou a cabeça. Diogo levantou-se para ir embora, mas Gabriel levantou-se o segurando pelo braço.

– A gente ta crescendo. Por isso a honestidade assusta.

– E eu to cansado de viver num paraíso entediante com você. Boa noite, Biel.

Diogo soltou-se dos braços do Biel e quando estava indo embora, Gabriel o virou e lhe deu um selinho na boca. Os dois se olharam assustados. Gabriel pegou Diogo pela nuca, mesmo assustado, e lentamente os dois trocaram um longo beijo apaixonado.

2004

– Feliz aniversário, meu guri! – disse Diogo sorrindo.

Gabriel olhou para os lados, mas como estavam na última fileira de um ônibus vazio, ninguém os olhavam. Então se aproximou de Diogo e o beijou, apaixonadamente.

– Eu tive medo quando sua mãe avisou que vocês voltariam pra Santa Catarina. Ainda bem que é seu aniversário, e consegui convencer minha mãe de vir contigo.

– É. Mas e depois? Como vai ser? Eu não quero me separar de ti, visse? Quero ser velhinho acachapado e desdentado ao teu lado com a nossa felicidade eterna.

– E vamos ser. O plano era esse, conseguir o mais difícil que era vir. Agora nem que eu vire foragido, mas só vou voltar com você!

Dona Neuza, mãe de Biel, vinha se aproximando e acabou ouvindo a última frase de Diogo.

– Então esse era o plano de vocês? – Diogo e Gabriel se entreolharam assustados – Só quero ver se tu agüentarás guri. Lá em SC não tem essas praias, calor do Rio não!

Os três riram aliviados.

– Lá tem a felicidade eterna, tia. – respondeu Diogo sorrindo e trocando olhares discretos com Biel – É o que me basta.

2006

“– Nossas vidas estão tão interligadas, Dawson, que às vezes sinto que você me inventou. E isso me deixa tão apavorada. Quero ser capaz de ser uma pessoa inteira sem você. Descobrir se posso ser uma pessoa inteira sozinha.

– Mas não demore, está bem? Porque eu te amo demais, Joey .

Dawson fecha os olhos e dorme

– Eu também te amo, Dawson.”

Diogo desligou a TV e limpou as suas lágrimas. Levantou-se com dificuldades e verificou sua temperatura: Sua febre não baixava. Voltou a deitar, até ouvir alguém batendo na porta. Já sabia quem era então nada respondeu.

– Ei, Diogo... – disse Biel entrando no quarto.

– Ei, Biel.... – respondeu triste, mas logo após soltando um riso – Veio verificar o estrago da tempestade que você provocou? Como se faz isso com alguém?

– A gente não tava dando mais certo! A gente vivia brigando por coisas palhas, besteiras...

– Então surgiu a cópia! Bárbara, tão perfeita! É mulher e você não tem que enfrentar seus demônios bissexuais! Curte rock, tem mentalidade evoluída e é muito parecida com você, sendo sua cópia feminina. Tão perfeita... Só que a perfeição nada mais é que o espelho de nossas expectativas. E quando a realidade chega, o espelho perfeito se quebra!

Diogo levantou-se com raiva e começou a chorar.

– Cara, como você pôde fazer isso comigo! A gente terminou dois dias atrás..

– Não foi nada planejado...

– Sua falta de planejamento trouxe a minha dor! Ta doendo, cara... Muito...

Aos prantos, Diogo abraçou Biel que correspondeu penalizado ao abraço.

– Porque a gente não volta...? – sugeriu Diogo aos prantos.

– A gente não pode. A gente não dá mais certo.

Diogo largou dos braços de Biel, o empurrando, com força.

– É fácil pular pra outro barco e dizer palavras confortadoras pra quem ainda luta para não afundar o barquinho idiota que a gente construiu! Mas se afundar, eu o refaço mesmo com os destroços! Agora vaza daqui porque a gente infelizmente vai continuar compartilhando o mesmo espaço, mas nunca mais a mesma vida.

Biel apenas abaixou e cabeça e saiu. Diogo se jogou na cama, chorando, enquanto passava seus próximos dias depressivo e febril.

2006

Após os meses que se passou, Diogo lutou para ter uma vida independente. E Biel fez o mesmo. E até conseguiram. Por alguns meses. Porque no final, os dois voltaram para os mesmos dilemas só que mais evoluídos e para o velho quarto onde Biel dormia.

Diogo estava deitado na cama, Biel por cima dele, e os dois trocavam um longo e caloroso beijo, os deixando de pau duro. Então bruscamente Biel saiu em cima de Diogo, e deitou-se ao seu lado.

– Eu não sei se estou preparado pra gente se amar pela primeira vez.

– Definição do Google: Você quis dizer trepar?

– Mete a boca, demonho! Quando tu viraste tão depravado assim, hein guri?

Diogo caiu na gargalhada e apoiou sua cabeça no peito de Biel.

– Foi horrível ficar esse tempo sem você.

– Bah! Não combinamos de não falar mais do passado?

– Mas o passado é que nos leva ao presente. Por exemplo: O passado era Bárbara. Que no presente virou Joana.

– Não! – exclamou rindo – Aquela galega doida que vive espalhando que tem algo comigo.

– Nossa! Como ele é santinho!

– E tu? Que disseste que só topava voltar comigo nessa tal de relação aberta.

Os dois riram. Mas de repente, Diogo ficou pensativo e sério.

– Meu presente tem feridas não cicatrizadas no passado. – falou Diogo com uma voz embargada – E no presente, cometo atos para ferir que me feriu no passado.

Diogo se levantou e Biel sentou-se, o olhando sem entender.

– Eu trepei com um cara. – Gabriel engoliu seco – Nem sei o nome dele. Conheci na Internet. Foi perigoso. Mas é divertido transar.

– Porque tu fizeste isso? Porque tu estás me contando isso? Tava tudo tão perfeito, cara!

– Eu sei. Mas era a chance de eu ter passar pra trás. Como lá trás no BV. Só que agora no sexo.

– Então tu achas que nossa relação é uma corrida? Se for corrida de diversão, eu levo. Só perguntar pra Joana, Bárbara, Luísa, Mariana e todas as gurias com quem me diverti enquanto estava contigo!

Diogo engoliu seco, decepcionado.

– Eu sempre te passo pra trás, mas é você quem tem em mãos a vitória de me magoar né? E eu não me sinto mais apavorado por isso, pois sei que não sou uma invenção sua.

– Eu preciso de um mês sozinho pra pensar...

– Eu lhe dou a vida inteira sozinho pra me magoar. Mas sem ficar a mercê dessa relação. Eu to voltando pro Rio. Viverei os meus sonhos e a minha vida. Até mais, Biel. Adeus.

Lágrimas caíram do rosto de ambos, e Diogo foi para o seu quarto, arrumou suas malas e partiu para o Rio. Ao chegar ao Rio, voltou pra casa da mãe, mas por pouco tempo, pois logo conseguiu um emprego e foi morar sozinho. Paralelo a isso, Diogo tentou ir atrás do seu sonho, se matriculando numa escola de teatro, onde lá conheceu Jeff. Porém, Diogo percebeu que os sonhos daquele menininho eram diferentes do adolescente que se tornou.

E os anos passaram-se. Dessa vez, não mais detalhados e marcados para Diogo. Ele já tinha seus 19 anos e dividia um apê com Jeff. Soube que Biel havia voltado a namorar Bárbara, mas resolveu esquecer tudo e focar no seu presente, conhecendo novas pessoas que o fizeram se tornar outra pessoa. Mas quando o passado bate em nossa porta e a gente abre, é impossível não deixá-lo entrar.

– E aí guri? Faz sempre calor por aqui? – disse Biel sorrindo, com umas malas na mão contemplando Diogo sem camisa, com seu corpo já definido de academia.

E Diogo até tentou não se deixar levar. Evitou, esperneou, gritou, relutou, mas quando a onda do mar é forte é impossível não se deixar levar. E naquela praia deserta, de noite, deitados na areia apenas de sunga e sem camisa, e olhando para o céu, Diogo constatou que alma gêmea é alguém que você carrega consigo pra sempre.

– Então... Éramos amigos, viramos um casal. Ficamos amigos de novo e depois, um casal... O que somos agora?

Biel deu uma alta gargalhada, incrédula e respondeu com um sorriso convencido.

– Biel e Diogo?

– Acha que cada Diogo tem um Biel e cada Biel tem um Diogo?

– Espero que sim. Pelo bem deles.

Diogo e Biel se entreolharam, sorrindo.

– Sério que tu ainda assiste este seriado palha? – perguntou Biel rindo.

Diogo subiu em cima de Biel, enfurecido, fazendo cócegas e dando socos nele, enquanto ele tentava se defender.

E assim seguiu a história de Diogo e Biel. Às vezes acontecia algo, eles se estranhavam e se separavam, mas logo voltavam. E se deram conta no meio de ida e vindas, que na teoria era o famoso casal perfeito, mas na prática era difícil de funcionar. Mas uma ida após uma briguinha boba, poderia bloquear pra sempre uma volta.

– É isto. Um piá que eu conheço me chamou para trabalhar lá no exterior e eu aceitei, assinei, tava fulo da vida com tu por causa daquela briga. Só que agora eu preciso e quero ir, mas tem tu, nossa relação...

– Eu amo você, meu guri! – disse Diogo se aproximando de Biel e o beijando, mas logo se afastando – Mas cada vez que a gente volta e se separa a noite vai ficando mais fria... E é difícil suportar. Portanto vá, mas não volte para me buscar porque não vou estar parado esperando por você. Eu também sei caminhar sozinho com a minha vida.

Os dois choraram, porém Gabriel acabou partindo. Diogo ficou desolado e se consolava em suas fodas sem compromisso. Até que um destino lhe reservou uma surpresa. Colocou em suas fodas um homem chamado Paulo, com quem Diogo relutou, mas acabou se apaixonando. Paulo era o amor de sua vida, um amor maduro, verdadeiro e sem muitas complicações. Gabriel era sua alma gêmea, fator que nada e nem ninguém poderia mudar. E Diogo se sempre se perguntava o que aconteceria se um dia ficasse entre o seu amor e sua alma gêmea. O que Diogo não sabia é que em breve sua resposta seria respondida.

Já amanhecia, e Paulo arrependido pela discussão na noite anterior com Diogo, voltava pro apartamento disposto a acertar tudo. Ao girar a chave para abrir a porta, percebeu que havia fechado, pois a porta estava aberta. Estranhou. Então girou novamente a chave e dessa vez ao abrir a porta, seus olhos contemplaram Diogo dormindo no sofá abraçado com um desconhecido já lhe familiarizado.

Assim, Diogo estava entre a sua alma gêmea e o seu amor.

PS: Foi mal pela demora na publicação, é que comecei a trabalhar e também estudo. Foi mal também por esse capítulo não ter nenhuma “novidade”, mas achei importante voltar ao passado para vocês poderem “decidir” o futuro. (: No mais, valeu aos comentários e votos, e sempre aberto pras críticas (y) contadordeserie_rj@hotmail.com

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