existe coisa pior ou melhor que o amor? 13 (23dias)

Um conto erótico de summer nights
Categoria: Homossexual
Contém 1166 palavras
Data: 26/04/2012 23:58:37

Eu lembro de acordar em uma ambulância, havia enfermeiros e eles falavam a todo momento coisas que eu mal podia entender naquele momento “me passa o bisturi”, “precisamos injetar o soro agora”, “ligue e diga que precisamos de sangue”... foram algumas das frases que entendi antes de apagar novamente, acordei depois na entrada de algum hospital, eu estava em uma maca e havia gente de branco pra todo lado, eles mexiam e tocavam em mim toda hora, apaguei de novo. Dessa vez acordei deitado em outra maca, mas com uma luz forte nos meus olhos, tinha certeza de ouvir o som da voz da minha mãe discutindo com alguém, e logo ouvi alguém perto de mim dizer “perda de sangue ainda esta alta, vamos precisar fazer uma bla bla bla” não entendi muito bem, eu não ouvia mais nada, só o som ao fundo de pessoas discutindo e mexendo em a todo o momento, só escutava minha respiração e ela parecia forçada e sem vida. Eu não pensava nada, não conseguia, tudo fugiu da minha mente, eu estava estranho, como quando você mergulha no fundo da piscina e fica lá por alguns segundos, você por alguns segundos não pensa em nada, apenas sabe que esta lá. Era assim que sentia, só que em um nível maior. Depois disso apaguei, de novo, eu sei.

Acordei definitivo era numa manhã de sol. Estava deitado em uma cama de costas pras janelas e o sol entrava e batia no chão do quarto.

Eu ainda estava bem fraco, olhei em volta e vi mais uma cama com outro rapaz nela, ele estava acordado lendo jornal e com algumas ataduras no corpo, ele notou que eu acordei e disse, bem baixinho:

- olha só quem acordo, pensei que estava em coma já. Hehe. – ele tinha um bonito sorriso e parecia gentil.

- é. Quanto tempo eu fiquei dormindo?

- desde que chegou nesse quarto? 2 dias. – ele respondeu sorrindo.

- você tem grandes amigos. Muita gente veio aqui, gente bonita =]

- haha obrigado. Sabe o que aconteceu comigo?

- bom, eles estavam comentando que você sofreu um acidente de moto. E precisou de transfusão. Ainda bem que não precisa mais, eu não agüentava mais ver aquele saco vermelho cheio de sangue aqui no quarto, me da arrepios.

- huuum, legal, eu acho.

- ei! Queria te perguntar algo assim que você acordasse, você quase morreu certo?

- haam, creio que sim.

- então, você viu Jesus? DEUS? Sei lá? Algo? Dizem que pessoas a beira da morte vêem, você viu? – ele perguntou todo animado.

- huum, não, tudo foi como se eu estivesse em um sono profundo, só me lembro disso.

- hum, ok então, não foi dessa vez. Aah já ia me esquecer, seus parentes pediram pra eu lhe avisar que esses presentes são seus.

ele apontou pra uma cesta cheia de livros e ursinhos e coisas que agente faz quando não tem nada pra fazer, tinha até um gameboy. Eu peguei a cesta encima do lado da minha cama e comecei a olhar.

- quem entregou isso? – perguntei.

- a maioria das coisas foi ele quem trouxe. – ele apontou pro canto da sala e lá estava o Carlos todo tordo dormindo em uma pequena poltrona, ele estava lindo, mas estava com olheiras, parecia exausto.

- nossa eu nem vi ele ali. Eles esta aqui quanto tempo?

- desde que você chegou, aqui no quarto a 2 dias, mas ele me contou que ta aqui faz 5 dias. esperando, ele sai de vez em quando, mas não demora muito. Ta sempre aqui te cuidando.

Senti uma felicidade na hora, e uma dó dele também. Todo torto ali na poltrona.

- ele dormiu faz tempo?

- não, ele ficou a madrugada toda discutindo com médicos e enfermeiras, sempre querendo algo novo, noticia, ou qualquer coisa pra te ajudar.

- é ele é um bom ami...

- namorado? – ele me interrompeu.

- não, ele não é meu...

- é sim. Da pra ver, o jeito que ele passa a mão no seu cabelo e beija sua testa, o jeito que te olha. É obvio. – ele sorriu, parecia não se importar.

- é, ele é um bom namorado, sinto-me mal por ele estar aqui e não poder descansar.

- ele parece não se importar.

Eu peguei um ursinho da cesta e joguei nele. Carlos acordou e olhou assustado para os lados e quando me viu sorrindo na cama, se levantou num pulo e veio me abraçar.

Ele sorria tanto que parecia que seu sorriso terminava na nuca, ele tremia, sentia seu coração colado no meu e os dois pulando, foi tão bom sentir seu cheiro de novo. Seu calor seu amor.

- velho, você me matou de susto, nunca mais você vai sair de casa, vai ficar trancado e nunca mais vai sair, entendeu? – ele falou brincando e soluçando, ele tinha começado a chorar. Sentia seus suspiros no meu pescoço, seus me beijava de leve o pescoço, com amor, eu estava feliz de vê-lo de novo, estava feliz por telo comigo a todo momento.

Ficamos ali por um tempo, conversamos, e eu perguntei como estavam todos da minha família, e tudo mais, Carlos ligou para minha mãe e avisou que eu já estava consciente, e em meia hora meu quarto se encheu de gente. E logo as enfermeiras, encheram o saco e mandaram todos pra fora. Mas claro ninguém tirou Carlos de perto de mim, pelo jeito já teriam tentado pelo jeito que a enfermeira olhou pra ele com uma cara de “ta, você fica”.

Foram passando os dias, e Carlos sempre se negava aos meus pedidos de ele ir tirar um a noite de sono descente, e ele sempre negando, sempre dormindo na poltrona, agente foi ficando sem idéia do que fazer nesses dias enquanto eu me recuperava, então ele comprou um Nintendo wii pra gente jogar (rico é foda não pode ver nada e já compra rsrsrs), mas pra nooooooooossssaaaa infelicidade, a enfermeira mandou levar embora porque “não era permitido”, então Carlos saiu certa tarde e comprou um monte de jogos de tabuleiro, batalha naval, banco imobiliário, jogo da vida, uno, baralho, um jogo bacana que de montar as coisinhas, não lembro o nome, enfim comprou a rihappy toda, brincamos e tudo mais, se passaram 18 dias, 18 dias!!!! 18 dias!! internado naquele hospital com comida sem sal, eu nunca sai do quarto, o cara do nosso quarto havia ido embora antes de mim há alguns dias, e logo trouxeram um outro cara pra ser meu companheiro de quarto, o cara era forte e tinha altas tatuagens, enfim, quando chegou minha alta, eu fui embora, e doamos todos os jogos pro salão de jogos do hospital. Ao todo fiquei 23 dias no hospital. Foi chato, mas seria bem pior se meu anjo não estivesse lá. S2 te amo Carlos.

Bom gente desculpe pela falta de detalhes, mas creio que seria muito chato contar detalhes desses 23 dias, não aconteceu nada demais, foi monótono, comentem por favor, cliquem em gostei, assinem minha pagina e... espera, droga, não tem isso aqui, hahaha desculpe a piada sem graça XD

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Comentários

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Nossa 23 dias no hospital gente deus me livre nossa como ele conseguiu fica sem sexo já to imaginado a transa de vcs depois de semanas sem nada kkk amando esse conto sem palavras simplemente lindo,sensacional nota 1000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000

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Demais, muito bom, criei conta no Casa dos contos so para comentar cada parte desta magnifica historia!

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aqui não é youtube oras! HAHAH... Parabéns, mas poderia ter postado só mais um pedacinho ein :/

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muito bom, que bom que vc se recuperou.. continua logoooo

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